A Different Prince Caspian escrita por Nymeria


Capítulo 11
A batalha do Beruna


Notas iniciais do capítulo

Genteeeeeeeeeeeeee! Tudo belezinha? Eu demorei? Bem, eu perco a noção do tempo. E ainda mais estudando... Ninguém merece aquela droga.
Bem, para esclarecer a dúvida que muitos mandaram por MP... Imaginem a Adria como a Adelaide Kane na versão Reign, só que um pouco mais morena, já que ela tem de parecer pelo menos um pouquinho com os calormanos.
Sobre esse capítulo... Nada a declarar. Detesto descrever duelos e bah, eu sou péssima nisso.
Aliás, muita gente quer que pelo menos a Susana volte, mas gente, em compensação vai ter beeeeem mais Edria. Olhem que legal eu sou!
Sem mais delongas... good read! ;)



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Os gritos e urros eram ouvidos desde a entrada do Monte de Aslam. Enquanto Pedro e Edmundo subiam em direção ao campo de batalha escolhido, mais gritos de apoio dos narnianos foram ouvidos. O lado telmarino também incentivava, mas de modo mais contido.

Edmundo percorreu o olhar pelo lugar. Adria estava junto do mais velho dos Ursos Barrigudos, que serviria como juiz. A garota mexia nas mãos incansavelmente, e quando o seu olhar encontrou o dele, pôde ver o olhar preocupado que ela exibia.

— Pedro sabe o que faz — ele murmurou quando chegou perto o suficiente da garota.

— Eu sei que ele é um bom espadachim, Edmundo, mas eu não confio naquele cara — ela murmurou de volta. — Para mim, ele vai trapacear.

Edmundo lançou um olhar para Miraz e logo após passou a mão pelo rosto da garota.

— Ed, eu lamento te atrapalhar, mas preciso da espada — ouviram a voz de Pedro.

Edmundo, mesmo a contragosto, andou até Pedro e levantou a espada na bainha. Pedro desembainhou-a e se virou para Miraz. O garoto voltou para o lado de Adria.

— Espero que Lúcia e Susana consigam — ela murmurou quando Miraz se levantou da cadeira implantada do outro lado das ruínas do que antes fora o palco para a morte e ressurreição de Aslam.

— Ainda há tempo para se render — o usurpador disse, empunhando a espada.

— É. Fique à vontade. — Pedro retrucou.

Assim que Pedro abaixou o elmo à frente do rosto, o duelo começou.

XX

Lúcia e Susana corriam montadas em Destro, o cavalo de Caspian. Elas já se afastavam do monte e se aproximavam do lugar ao qual a menor julgava ter sonhado com Aslam. Quando achavam ter conseguido passar sem ser percebidas, alguns soldados telmarinos surgiram, cercando-as pelos lados.

— Fomos vistas!

Susana freou o cavalo e desceu. Lúcia a olhou confusa e assustada.

— O que está fazendo?

— Desculpe Lúcia, mas você vai sozinha no fim das contas — Susana disse, já preparando o arco com a primeira flecha.

Destro correu, parando um segundo para Lúcia olhar para trás e logo em seguida retomando a corrida.

Susana voltou-se para os telmarinos e começou a saraivada de flechas, todas certeiras. Quando ela se preparava para atirar a última, se atrapalhou e o soldado quase a acertou. Sem ter por onde fugir, ela engatinhou de costas pelo chão, até que uma figura surgiu do nada e atacou o soldado de Telmar.

— Tem certeza que não precisa da trompa? — Caspian perguntou, estendendo a mão para que ela se levantasse.

XX

No campo de batalha, Pedro e Miraz continuavam a duelar. Miraz era um bom espadachim, mas um tanto lento. Pedro, em um meio arco, acertou-lhe nas costas. Eles continuaram a cruzar lâminas, e o que mais se ouvia era o tilintar do metal. Os narnianos gritavam em aprovação, até a hora em que o usurpador acertou Pedro com o escudo, fazendo o elmo do mesmo cair e quase o decapitando. Mas Pedro foi rápido o suficiente para desviar do golpe seguinte e deixar um corte profundo na perna direita de Miraz, que cambaleou, mas tentou manter-se firme.

Miraz olhou de relance para seu general e lorde, esperando pelo momento em que os dois fossem interceder por ele. Mas esse momento não veio, e Pedro voltou a atacar, desviando e rolando para o chão logo em seguida. Mais cortes ao ar foram ouvidos, até que Miraz empurrou Pedro, fazendo o garoto cair novamente e pisando no escudo preso ao pulso do mesmo, distendendo o braço e o fazendo urrar de dor.

Adria apertou a mão de Edmundo, que lhe devolveu o aperto engolindo em seco.

Mesmo ao chão, Pedro tentou atacar, errando por um triz e desviando de mais golpes do usurpador, fazendo-o cair ao mesmo patamar. O garoto se levantou, pronto para voltar a atacar, mas ouviu o relincho do cavalo de Caspian e mirou Susana e o mesmo voltando da floresta.

— Vossa Alteza precisa de um repouso? — a voz abafada de Miraz soou nos ouvidos de Pedro.

— Cinco minutos. — Pedro propôs.

— Três!

Pedro andou até onde estavam os outros, mesmo entortando o corpo com o peso do escudo. Edmundo pegou o elmo do irmão e o ajudou a chegar até um banco improvisado.

— E a Lúcia? — perguntou, vendo que era verdade o que tinha visto, e que Lúcia não estava com os dois.

— Ela passou — Susana olhou para Caspian. — Com uma ajudinha.

— Obrigado — Pedro agradeceu a Caspian.

— Você estava ocupado — o outro respondeu.

— Fiquem de guarda, por precaução — o Pevensie mais velho disse. — Não acho que os telmarinos vão cumprir com a palavra.

— Já eu tenho certeza — Adria comentou, olhando para o lado inimigo.

Susana andou até o irmão e o abraçou, murmurando um "Desculpa" após ouvir o resmungo de dor que o garoto soltou.

— Tudo bem — Pedro respondeu.

— Cuidado — Susana o advertiu.

Edmundo deu uma olhada para os narnianos que os miravam da entrada para a Mesa de Pedra e percebeu as expressões preocupadas que todos faziam.

— Sorria — murmurou para Pedro.

O irmão mais velho virou-se para os narnianos, e, sorrindo, ergueu a espada para os mesmos, que gritaram de satisfação.

— Você não vem? — Susana perguntou para Adria.

— Só um instante — a garota respondeu.

Susana assentiu e correu para o monte, aparecendo em seguida junto dos arqueiros.

Caspian tirou o escudo preso à Pedro, o que o fez soltar um "Ah!" em desaprovação à dor.

— Acho que eu desloquei — comentou.

Edmundo andou até o lado do irmão, verificando o braço.

— O que será que acontece em casa... Se morrermos aqui? — Pedro perguntou, mas não obteve resposta.

Adria, que observava os telmarinos, voltou sua atenção para os dois.

— Você sempre esteve ao meu lado — continuou Pedro. — E eu nunca achei que... AH!

— Deixa pra depois — Edmundo o cortou em plena fala.

Adria não pôde evitar rir. A garota voltou seu olhar para os arqueiros no topo do monte e deu o primeiro passo, mas foi impedida por Edmundo.

— Só... — ele engoliu em seco. — Tente não se perder por aí.

— Pensarei no seu caso — ela sorriu e depositou um beijo na bochecha do garoto, correndo, em seguida, para o monte.

Edmundo revirou os olhos, pegando a espada de Pedro e entregando-a ao próprio, que recusou o elmo logo em seguida.

Do outro lado, Miraz já havia se levantado. Assim que Pedro pisou na arena, os gritos dos narnianos voltaram a aparecer.

Quando chegaram ao centro da estrutura de pedra, Pedro atacou. Mas Miraz, levemente mais rápido, contra-atacou, e continuou a atacar, tanto com a espada, como com o escudo. Mesmo mancando, Miraz encurralou Pedro em uma rocha sobressalente e o garoto acabou caindo ao chão. O usurpador voltou a atacar, erguendo a espada e tentando por um fim em Pedro, mas este desviou e, dando uma "rasteira" em Miraz, o derrubou. Os dois se levantaram e continuaram com o duelo, até Pedro conseguir tirar de Miraz a espada. Ele atacou, enquanto Miraz se defendia com o escudo, mas em um golpe falho, Pedro perdeu a espada e o usurpador acertou-o com o escudo diversas vezes. Pedro, em um ato rápido, agarrou o escudo e girou-o, por pouco não torcendo o braço do usurpador, que acertou o rosto do garoto com uma cotovelada e o arremessou para uma rocha, pegando em seguida uma das espadas caídas. Ele atacou, apenas acertando a rocha, já que Pedro havia se desviado, e continuou a atacar. Pedro se defendia com podia, várias vezes utilizando da armadura no antebraço. Ainda desviando de um golpe com um braço, o garoto empurrou Miraz e o socou da perna ferida, o que o fez exclamar de dor e cair ao chão. Pedro já se preparava para ar um último golpe, quando o usurpador pediu por uma pausa.

— Pedro, não é hora para cavalheirismo! — exclamou Edmundo.

— Por que ele tinha que ser tão bobo? — Adria murmurou do alto do monte, ao lado de Susana e Trumpkin.

Mas Pedro não escutou, dando as costas ao homem ajoelhado no chão. Miraz, por outro lado, agarrou uma espada e investiu contra o garoto, que se virou e desviou quando Edmundo gritou um "Cuidado!".

Pedro defendeu-se, novamente, com os antebraços. Miraz tentou golpeá-lo, mas Pedro segurou a lâmina da espada em mãos e a virou contra o próprio, ferindo o usurpador na lado direito das costelas.

Miraz caiu ao chão, esperando pelo golpe que lhe seria fatal. Mas ele não veio.

— Qual é o problema, rapaz? — perguntou. — É covarde demais para tirar uma vida?

— Não cabe a mim tirar.

Pedro abaixou a espada e a ofereceu a Caspian, que a aceitou e andou até Miraz.

— Acho que eu me enganei — comentou o usurpador. — Talvez você tenha as qualidades de um rei telmarino, afinal.

Caspian ergueu ainda mais a espada, mas, no final, a espetou em um pequeno pedaço de terra no chão de pedra.

— Não igual a você — vociferou.

Miraz o olhou com confusão.

— Fique vivo — continuou. — Mas vou devolver aos narnianos o reino deles.

Todos os narnianos gritaram em êxtase pela aparente vitória. Susana e Adria se entreolharam. Susana parecia feliz, com um leve sorriso no rosto, mas Adria ainda estava desconfiada, e sua expressão declarava isso.

Lorde Sopespian andou até o meio do campo de batalha e ajudou Miraz a se erguer. O ex-usurpador vociferou algo para ele, este o respondeu com uma expressão suspeita. De repente, Miraz tropeçou e começou a cair decrescentemente.

Todos pararam para olhar enquanto o homem jazia ao chão. O pior? Ele tinha uma flecha presa nas aberturas entre a armadura. Lorde Sopespian olhou acusadoramente para os narnianos, e em seguida para os telmarinos.

— Traição! — gritou. — Atiraram nele! Assassinaram o rei!

Ele pegou a espada que continuava no chão de pedra e correu para o lado telmarino.

— Preparem-se! — Pedro gritou e os arqueiros, juntos de Susana e Adria, empunharam os arcos.

— Pedro! — Caspian apontou para um dos guardas telmarinos que vinha em sua direção.

O irmão mais velho rapidamente golpeou o guarda, e em seguida voltou-se para Caspian.

— Vai!

Caspian montou em Destro e observou enquanto o general telmarino atiçava os soldados, que já preparavam as catapultas.

Quando a cavalaria telmarina correu em direção ao exército inimigo, Caspian se juntou aos narnianos que ainda estavam dentro do monte e Pedro começou uma contagem.

— Arqueiros preparados! — gritou Susana, e todos os arqueiros, inclusive Adria, ergueram os arcos já com as flechas.

— É sério? Não tinha nada melhor pra dizer, não? — a garota perguntou, enquanto ajustava o arco em mãos.

— Ah, calada Adria.

Quanto mais a frente telmarina se aproximava, mais olhares eram trocados entre os narnianos.

— Mirem nos alvos!

— Mirem neles! — Trumpkin esclareceu.

Cada vez mais as catapultas eram acionadas e a cada elevação de terra, mais nervosos todos ficavam.

— Oito, nove... Preparar! — Pedro gritou.

Abaixo da terra, nas construções do monte, Caspian e mais um mínimo exército de narnianos começaram a executar o plano, quebrando as colunas que mantinham o subterrâneo elevado. A quebra das colunas fez-se abrir um enorme buraco à frente dos telmarinos, que, não parando a tempo, caíram erosão abaixo.

— Já! — Susana ordenou, e uma saraivada de flechas cortou o ar, parando exatamente nos alvos.

Edmundo montou em um cavalo com uma besta de mão, enquanto Pedro empunhava a espada.

— Atacar!

Os narnianos à frente do monte correram até o exército inimigo, prontos para atacar. Do outro lado, Caspian e os demais cercavam os telmarinos.

Em meio à luta, Pedro mirou nos telmarinos que se mantinham parados. Eram centenas, agora marchando para a batalha.

Os grifos cortaram o ar com anões e faunos presos às garras, cada qual com um arco. Mas muitos foram atingidos por arpões e acabaram caindo em pleno voo.

Pedro olhou para Susana e Adria, no topo do monte, e, mesmo não sendo ouvido, perguntou por Lúcia. As duas, tendo entendido, acenaram a cabeça em negativa. Ele voltou a olhar para o exército do outro lado.

— Para o monte!

Rapidamente os narnianos regrediram de volta ao monte. Lorde Sopespian, percebendo a retirada, vociferou aos soldados:

— Impeçam a fuga!

As catapultas começaram a trabalhar mais rápido, lançando enormes pedras redondas no monte, fazendo-o desmoronar gradativamente.

— Preparem-se! — gritou Susana à medida que pedaços da construção desabavam.

— Não comentarei sobre isso — murmurou Adria.

Pedro e os narnianos corriam em disparada para o monte, mas, quando se aproximavam da entrada, a mesma desabou. Estavam cercados.

No alto, uma árvore crescida entre a estrutura do monte cedeu, fazendo Susana ficar a um triz de cair, se não tivesse sido segurada por Trumpkin. Adria pulou na superfície mais baixa, quase caindo também, mas tentando agarrar pelo menos o pé de Susana.

— Balance ela!

Trumpkin assim o fez, e Susana caiu em cima de Adria.

— Não era bem isso que eu tinha em mente — ela disse se levantando.

Do outro lado, Lorde Sopespian tentava manter uma expressão séria, mesmo não conseguindo. Ele deu um sorrisinho discreto antes de ordenar um "Esmaguem todos" aos soldados.

Edmundo correu para o lado de Caspian e Pedro, chegando ao mesmo tempo que Adria e Susana.

— Você está bem? — perguntou à garota.

— Se não me fizerem correr...

Mas nesse exato momento, Pedro e os outros correram para a batalha, fazendo-a revirar os olhos.

— Deixa pra lá.

Edmundo sorriu e a levou consigo.


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Notas finais do capítulo

E aí? Curtiram? Não gosto de pedir comentários, mas me digam o que acharam. Até um "gostei" vale, ok?
Beijos estalados ♥