É aqui que meu mundo começa a se separar do seu, leitor, pois no mesmo momento que o homem descobriu a tecnologia da fissão nuclear, nós descobrimos algo que ainda seu planeta não obteve, nós aprendemos a conter toda essa energia e transforma-la em elétrica, podendo assim, criar uma revolução energética e, por fim, ter energia suficiente para transportes muito eficientes no espaço. Havíamos chegado na tecnologia das naves espaciais, e começamos a colonizar as constelações afora.

Com isso, descobrimos que nosso mundo é muito pequeno, e que Neosphera não podia mais suportar os efeitos das guerras, e iria se quebrar, então a guerra se expandiu para todo o universo e foi combinado que o país que dominasse os planetas, poderia tomar o controle das terras de Neosphera, pois todos sabiam que se a luta não ocorresse longe de nós, talvez todos ficássemos sem uma casa para retornar.

Devido a destruição da Oceania, ela teve muito pouca participação na guerra estrelar, mas seus muitos soldados sobreviventes, foram mandados para as tropas Americanas, aumentando um pouco as chances do país que tinha ajudado a por fim na guerra, poder ter a chance de terminar a mesma.

Meu filho foi um dos soldados que lutaram nas rápidas naves interplanetárias e de bombardeio, e nelas, participou de inúmeras lutas espaciais, destruiu muitas das bases que guardavam as naves, junto aos enormes fortes espaciais com suas defesas absurdas e quase impenetráveis. Viveu sua vida lutando, e em sua última e derradeira missão, quando estava prestes a completar seus 33 anos, faleceu em uma explosão no hangar-fábrica mais bem protegido da Ásia, cumprindo sua missão com honra, e em seu último suspiro, lacrou as salas do núcleo, impedindo que a explosão desintegrasse toda a nave, salvando muitos de seus amigos que também estavam no lugar.

Ele foi meu único descendente, e ali morreu, finalizando minha família que participou dos maiores acontecimentos do mundo dês do aparecimento da inteligência em Neosphera.

A guerra durou muitos anos depois, e deixou feridas absurdas em todo o mundo. Infelizmente, a natureza teve seu grande contra ataque para proferir a paz que tanto lhe faltava; com todos os destroços, combustíveis e armas que voavam e cercávamos planetas que o homem habitava, formou-se uma enorme camada por entre as constelações e o homem perdeu a visão do lado de fora de sua galáxia.

Com isso, ninguém viu os enormes asteroides que viriam a colidir com seus planetas.

Ninguém notou que com tanto entulho, qualquer cometa que colidisse, logo causaria um enorme caos, levando uma chuva de metal e explosões por todos os planetas, incluindo Neosphera.

Já era tarde demais, e o mundo viu seu primeiro apocalipse, como se os próprios deuses houvessem se irritado demais e lutassem até sua própria morte.

E da morte dos deuses, viesse algo para recomeçar o resto da vida inteligente em Neosphera.

E o “Ragnarok” bateu em minha terra...