Curvas do destino escrita por Alguém


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Desculpe qualquer coisa, sou novo nesse meio. A historia está meio sem sal, mas irá melhorar.



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Acredito verdadeiramente em que antes de pisarmos na terra, nossa historia já foi escrita. Destino, como chamam, ele é o mestre das surpresas e adora pregar peça nas pessoas. Acredito também em que quando duas pessoas têm que ficar juntas, não há idade, distância, religião, dia chuvoso, brigas ou desencontro que atrapalhe. Aquela pessoa especial que parece ter um brilho, um campo magnético que te puxa para ela e você não tem a menor vontade de soltar.

Me chamo Miguel, era moreno magro, na altura média para a idade, morria, alias, até hoje não gosto de palhaços. A historia começa quando tinha 15 anos, estava nervoso sobre o inicio das aulas, escola nova é sempre assustadora. As aulas aquele ano começaram na terça feira, mal consegui dormir na noite anterior, mas finalmente o dia chegou. Graças à ajuda do pneu do carro da minha mãe que furou, cheguei um pouco atrasado, sabe como é quando se chega atrasado, você entra e vai para o lugar vazio e todos olham para você como se você fosse deu outro planeta.

Lembro-me de entrar na sala de cabeça baixa e ir diretamente para o lugar vazio no fundo da sala. Não vi rostos apenas ouvi vozes rindo e falando coisas que não entendia, então a sala ficou no mais absoluto silencio quando o professor se levantou de sua mesa, era aula de matemática, iniciamos estudando geometria, não era bom nessas coisas, mas sabia algumas coisas. O professor estava de bom humor até o momento, rindo e gesticulando bastante, um garoto que se sentava, acho que na quarta carteira da fila do meio fez uma piada suja, o professor a partir dali mudou completamente, passou a ser grosso e objetivo.

– você, como se chama? – pergunta o professor apontando para um garoto que se sentava do meu lado.

– Marcos.

– Marcos, como se calcula os lados de um triangulo retângulo?

– Não sei.

– mocinha, como você se chama?

– Laura.

– Laura, como se descobre a área de um quadrado?

– somando seus lados.

–errado.

– Como seu chama meu jovem? – pergunta o professor olhando para mim.

– Miguel, senhor.

Ao responder ouvi o mesmo garoto que fez a piada suja que deixou o professor no estado que se encontrava fazendo o seguinte comentário:

“Que idiota, acha que estamos no exercito.”

– Quanto vale Pi, Miguel ?

Sabia a resposta, alias, sabia todas as respostas e aquele comentário havia me tirado do serio, porem não era um bom falante em publico e então apenas balancei a cabeça negativamente como se não soubesse a resposta e o professor fez uma expressão de reprovação e começou a andar nos corredores formados pelas carteiras.

– não admito uma sala de primeiro ano não saberem as coisas mais básicas da matemática, irei tirar dois pontos de cada um aqui, talvez assim passem a estudar mais um pouco. – disse o professor com um tom forte e amedrontador. Não poderia deixar todos perder nota por ter vergonha de falar, então involuntariamente levantei a mão.

– Sim Miguel.

– Bom... Se eu responder todas as três questões ficamos com nossos pontos senhor?

– Você pode tentar, responda corretamente e decido depois.

– Os lados do triangulo quadrado se calcula com a formula de Pitágoras, a área do quadrado elevando um dos lados ao quadrado e Pi é uma dizima periódica infinita, mas usam apenas as três primeiras casas que se forma 3,14 – respondo convicto – Se me permite acrescentar, dirigir-se ao professor como senhor ou senhora, era o mínimo de respeito que minha antiga escola exigia dos alunos.

O professor me olhou e abriu um sorriso, todos da sala me olharam como se fosse um alien, o professor se pega seus livros em sua mesa e olha para mim nesse momento o sinal bateu, pois é, havia chegado muito atrasado.

– Parabéns senhor Miguel, todos vão ficar com seus pontos e até a próxima aula. – disse ele saindo da sala.

Não me lembro de quem foi à próxima aula, mas por causa daquela aula ninguém falava comigo, mesmo tendo evitado perderem seus pontos, passei a ser alvo de piadas e ter a mochila pendurada nas grades das janelas e até posta no lixo. O garoto que fez a piada suja que deixou o professor zangado se chamava Maik, tinha uma longa ficha na direção e nunca me deixava em paz. Não praticava esportes na escola para ficar fora do alcance dele, que por ser grande achava que poderia mandar na quadra.

Já haviam se passado três meses de aula quando entrou uma aluna nova, ela era ruiva seu olho tinha um azul lindo e seu corpo em formação, ela era simplesmente linda, se chamava Luiza. Como toda a aluna transferida e por ser bonita, ela passou a ser a meta de todo garoto da sala e a inimiga das garotas que estudavam ali, nunca vi necessidade naquele comportamento, pareciam um bando de animais agindo irracionalmente. Mantive-me admirando ela de longe por algum tempo, nunca tive coragem nem para falar um oi mesmo ela se sentando perto de minha mesa no refeitório quase que diariamente com seu irmão mais novo, bom pelo menos ela tinha alguém, eu tinha apenas meus livros, sempre amei ler, era uma espécie de refugio que tinha, como ficava em casa sozinho a maior parte do tempo graças ao trabalho de minha mãe e ao sumiço de meu pai quando minha mãe ficou gravida de mim, ela era arquiteta, passava muito tempo no escritório dela e quase nunca se divertia.

Era sexta feira e estava saindo um pouco mais cedo da escola por ter terminado o dever mais cedo, ao chegar à frente da escola me deparei com uma cena lamentável, Maik batia no irmão de Luiza enquanto outro garoto a segurava, não me lembro de ter pensado naquele momento, apenas deixei minha mochila cair no chão e fui à direção deles, consegui agarrar um soco em que ele daria no menino.

– Vamos parar com isso. - digo a ele.

– Eu paro quando eu quiser. – Maik responde ofegante.

– Você vai parar agora. – Digo o soltando. Ele respira fundo e me acerta com um murro no nariz, começa a sangrar.

Nesse momento o pessoal começava a sair da escola e foi gerando a rodinha tradicional de briga. E então ele tentou me acertar outra vez.

– Vamos bichona, não quer ser machão? Agora aguente apanhar. – diz ele com ar de gozação.

Ele tenta me acertar com outro golpe e consigo desviar novamente, seu amigo que segurava Luiza a solta e me segura pelo pescoço com um mata leão, Maik começa a me dar socos na barriga, o irmão de Luiza se levanta e tira a atenção dele por um instante, o necessário para poder fazer algo. Quando ele se vira para mim outra vez consigo acertar um chute em sua barriga, ele cai e chorando deitado no chão sem ar, usava o pouco que podia falar para jurar vingança contra mim. O incrível que foi apenas ai que o diretor chegou, ele não viu o garoto apanhando do Maik, mas torcia para ter visto o necessário.

– Todos para a diretoria, agora. – disse o diretor com um ar de nervoso.

Meu nariz sangrava muito e minha camiseta já estava toda suja de sangue, Luiza passou o tempo todo cuidando dos ferimentos de seu irmão e mesmo depois da confusão não tive coragem de falar com ela. Estávamos os três na sala do diretor e os dois garotos esperavam no corredor, não nos deixaram ficar na mesma sala, a porta abriu e entrou uma mulher.

– Aqui mocinho, tome essa camiseta limpa e esses lenços. - disse mulher com um sorriso no rosto.

Não entendia o porquê ela estava sorrindo, eu havia acabado de fazer uma monstruosidade, machuquei outra pessoa, achei um pouco estranho, mas não disse nada, apenas agradeci e fui para o banheiro me trocar. Quando voltei para sala do diretor ele já estava sentado em seu lugar.

– Estava esperando você para podermos começar. – diz diretor. – qual de vocês vai me falar o que aconteceu lá fora? Quero a verdade.

– Bom senhor, o Maik tem me atormentado desde que cheguei, hoje estava indo embora e ele ficou me pedindo um beijo ou pelo menos um abraço, como disse não ele me segurou pelo braço e meu irmão o enfrentou, ele começou a bater no meu irmão e o amigo dele me segurou e foi então que o Miguel chegou e nos ajudou. – disse Luiza. A única coisa que conseguia pensar era que ela sabia meu nome, não podia acreditar.

– Sendo assim, estão liberados. E Miguel, já estava na hora de alguém dar um corretivo nele, não aguento mais ele todos os dias em minha sala por ter arrumado confusão. – disse o diretor. – mas nunca disse isso para vocês, certo?

Balancei a cabeça assentindo e sai da sala, passei pelos garotos no corredor, desviando o olhar e olhando para o chão. Estava saindo da escola e me deparo com Marcos com minha mochila nas mãos, Marcos nunca havia falado comigo desde o inicio das aulas, ele era um pouco mais alto e muito mais magro que eu, era bem moreno e tinha o cabelo enrolado o qual Maik sempre colocava canetas em seus cachos por achar aquilo engraçado.

– muito legal o que você fez. – diz Marcos.

– Obrigado, mas não acho legal levar socos no nariz. - digo sorrindo.

– Você tem razão, não deve ser bom mesmo, porem ganhou pontos com a ruiva.

– Acho que ela não vai gostar de alguém por ser brigão.

– E quem te chamou de brigão, você foi o herói ali, até o lerdo do diretor chegar lá o garoto já teria sido morto.

– Não acho que tenha sido herói, qualquer um faria a mesma coisa.

– Para provar que está errado me responda, quantos dos que estavam olhando, incluindo eu foram te ajudar?

Querendo ou não Marcos tinha razão, nenhum dos presentes ali ameaçaram me ajudar, era como se fosse um espetáculo apenas. Antes que pudesse responder um carro para e Marcos entra nele e faz um sinal de adeus pela janela. Não demorou muito e minha mãe chegou para me buscar, atrasada como sempre, quando ela viu aquele nariz inchado e ela ficou louca.

– Miguel o que você fez? Você não brigou ne? Pois sabe o que acho sobre isso.

– mãe, vamos embora, em casa te explico.

– você vai me explicando no caminho do hospital.

– Mãe estou bem, podemos ir para casa?

– jura que esta bem?

– Juro.

– Então vamos para casa, mas começa a me falar o porquê da briga mocinho.

Durante o caminho expliquei para ela todos os detalhes, menos o fato da Luiza, digamos que ela não saberia lidar com aquilo. Ela é o estilo de mãe super protetora. Já estava anoitecendo quando acordei, os analgésicos me apagaram legal, liguei meu notebook e entrei em meu perfil, tinha uma nova solicitação de amizade, era Luiza. Meu coração batia a mil, um sorriso idiota tomou conta de meu rosto, não conseguia parar de sorrir nem se quisesse. Então a aceitei e questões de segundos ela puxou assunto comigo.


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