Story Of Us escrita por Mina do Jorge


Capítulo 28
Capitulo 28


Notas iniciais do capítulo

Heeeey Cupcakes.. Desculpa esta postando só Agr... Então Penúltimo capitulo da Fic Hj.... *-* heee vou sentir saudades.. Ok nem tanto pq já estou pensando em uma nova fic, pra vcs kkkk.. bem espero que gostem do capitulo!!!

Boa Leitura..



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Violetta’s POV

Abri a porta e provavelmente fiz uma cara estranha, porque Fran riu. Olhei pra Marco, que eu não via desde a nossa última conversa sobre Leon, e estranhei o fato de ele estar ali. Nos últimos três dias, Leon não apareceu na escola, todas as vezes que eu ia procurá-lo ninguém me atendia e a Fran passava as tardes comigo, já que eu parecia uma criança que não conseguia ficar sozinha.

– O que você está fazendo aqui? – perguntei pra Marco. Ele deu de ombros. - Vim te visitar. Não posso? - Pensei que estivesse ocupado – eu disse, pois era isso o que Fran vinha me dizendo. Os dois entraram na casa e Marco sentou-se no sofá, me encarando. - Precisamos conversar. – disse, e Fran assentiu. Dei uma última olhada na casa de Leon e fechei a porta. - Sobre o quê? – perguntei entediada, afinal, imaginava que o assunto da conversa seria o fato de que eu precisava seguir em frente, voltar a ser quem eu era, parar de ficar triste e todas as baboseiras que Fran me dizia nos últimos dias. - Sobre o Leon. – Marco respondeu e eu estranhei. O que mais poderíamos falar sobre ele? - Tudo bem... – eu disse, sentando-me no sofá ao lado dele. Marco se virou pra mim e respirou fundo. - Ele me procurou, uns dias atrás, e é por isso que estive meio ocupado.

Arregalei os olhos e observei Marco revirar o bolso enorme de seu casaco sem falar nada, até ele tirar um envelope grande dobrado e estender pra mim. - O que é isso? – perguntei receosa, sentindo meu coração bater forte contra o peito, prevendo algo ruim. - O Leon pediu pro Marco te entregar – foi Fran quem respondeu, e eu peguei o envelope. Comecei a abrir, com as mãos trêmulas, mas Marco pediu que eu parasse. - Acho que tenho que te explicar porque ele me procurou... – levantei uma sobrancelha pra ele, temendo o que estava por vir. – Ele foi se despedir... - Marco... – interrompi, quase sem conseguir respirar direito. – Onde ele está? Pareceu que uma eternidade se passou até que Marco respondesse.

As palmas das minhas mãos estavam suando e eu já estava preparada pra correr até a casa de Leon, arrombar a porta se fosse preciso, e descobrir que besteira ele havia feito. - Vilu, presta atenção – Marco me disse, quase implorando, e eu prendi a respiração – O Leon... Ele decidiu se tratar. Soltei o ar que estava segurando, querendo bater em Marco por fazer todo aquele suspense se a notícia era tão boa. Assim que a tensão passou, abri um largo sorriso, mas ele sumiu quando eu vi a expressão de Fran. - Isso... Isso é bom, não é? – perguntei, quase suplicando, já que eles deveriam estar comemorando comigo, e não com aquelas caras de enterro. – É o que ele precisava... – continuei, meio desesperada – Eu vou poder ajudá-lo e visitá-lo e...

– Vilu... – Marco chamou, mas eu o ignorei. - Ele vai ficar bem. Então isso é bom! – eu continuei, sentindo algo ruim no peito. Encarei Marco e Fran, que me olhavam quase com... Pena. – Eu vou falar com ele! - me decidi e me virei para a porta, mas Marco me segurou. - Você não pode ir agora, Vilu... – ele disse, triste. – O Leon... Ele foi ontem de manhã. Acho que se meus olhos pudessem ter saltado pra fora do meu rosto, eles teriam. Foi quase como se um buraco tivesse sido aberto debaixo dos meus pés e eu caísse lentamente, sem nunca encontrar o chão. Meu estômago protestava, se revirando, e eu me senti enjoada.

– Como assim, Marco? – perguntei, como uma idiota, ainda confusa. – Ele já... foi? Fran assentiu pra mim, penalizada, e eu fiquei ali, um tempão parada no mesmo lugar, sentindo minhas mãos tremerem, meu peito doer e meus olhos arderem. Ele não podia ter ido assim, sem nem se despedir! Ou podia? Vi Marco me lançar um olhar onde pesar e carinho se misturavam. Talvez ele entendesse um pouquinho do que eu sentia. Talvez ele estivesse se colocando no meu lugar, pensando que ele provavelmente se sentiria assim se Fran estivesse no lugar de Leon e fosse embora desse jeito, de repente. Acho que eu nunca disse isso pra ele, ou sequer disse isso em voz alta, mas era por isso que sempre considerei meu primo o meu melhor amigo. Ele fazia eu me sentir bem quando parecia impossível, mesmo sem saber pelo o que eu passava. E, de alguma forma estranha, parecia que não compartilhávamos apenas o mesmo sangue.

Se doía nele, doía em mim também. E eu tinha acabado de descobrir que o mesmo acontecia com ele. Ele caminhou até mim e me abraçou forte, mas eu não consegui retribuir seu abraço, por mais que quisesse fazer isso. Meus braços pareciam feitos de chumbo, parados ao lado do meu corpo, e as primeiras lágrimas vieram aos meus olhos. - Era pra eu me sentir feliz por ele, não era? – eu perguntei, ainda envolta pelos braços de Marco. Fran se aproximou de nós e Marco me soltou. Ela secou as minhas lágrimas, parecendo querer chorar junto comigo. - Acho... Acho que todos nós devíamos nos sentir felizes por ele. – disse, e olhou pro meu primo, que assentiu. - Então por que... – comecei, olhando nos olhos da minha amiga – Por que a única coisa que eu consigo sentir é esse... Esse aperto no peito? Nem Fran nem Marco tinham uma resposta pra isso. Olhei novamente pela janela, à espera de ver algum sinal, algum indício de que Leon estava ali, mesmo sabendo que não o veria por um longo tempo. Marco e Fran já tinham ido pra casa há pelo menos duas horas, depois de eu conseguir verbalizar meus sentimentos e assumir que eu estava feliz por Leon, mas que não ter tido nem a chance de me despedir era, no mínimo, decepcionante. Na verdade, eu estava muito aliviada também.

Do jeito que Marco começou a falar, eu podia apostar que Leon tinha feito alguma besteira. Imaginei um milhão de coisas que pudessem ter acontecido com ele e era um alívio saber que ele tinha me escutado, mesmo que, no fim das contas, eu fui a última a ser informada disso. Tentei afastar o pensamento de que a última vez que o vi ele estava indo embora pra longe de mim, dizendo ser melhor não nos vermos mais, mesmo sabendo que esse pensamento me assombraria por muito tempo. Marco me explicou que eles haviam escolhido uma clínica especializada em tratar de dependentes químicos, que ficava a muitos quilômetros dali, mas me faltava coragem de perguntar algo sobre ele. Como o que ele tinha dito, como decidiu fazer isso e por que eu fui a única a não ser informada. Não tinha coragem de perguntar isso, com medo da resposta. Assim como me faltava coragem para descobrir o que havia no envelope que ele pediu pra Marco me entregar. Olhei no relógio e vi que já tinha passado da meia noite. Fiquei tentando me lembrar de algo que parecia muito distante naquele momento, perdido em minha memória, mas que era relacionado ao fato de já ser outro dia. Ouvi uma batida na porta e nem sequer estranhei o fato de que ainda tinha alguém acordado naquela casa, além de mim.

Mandei que entrassem e Angie apareceu, vestindo seu roupão de banho, colocando apenas metade do corpo pra dentro do quarto. - Vim ver como você estava... – ela disse. Tentei sorrir.- Eu estou bem. – falei, e me ajeitei melhor na cama, tentando não parecer depressiva demais. - Eu trouxe uma coisa pra você – ela tornou a falar e entrou, segurando algo às suas costas e sentando-se na cama. Olhei-a curiosa e ela sorriu, me mostrando o que estava escondendo. Era uma caixa enorme de bombons, em formato de coração. - Feliz aniversário! – ela quase cantarolou e eu sorri verdadeiramente, a abraçando. Então era isso que eu tinha esquecido. Era meu aniversário. - Não achei que fosse ganhar presentes... – comentei, ainda sorrindo. - Bom, ganhou um! – ela disse, piscando de lado, e se levantou – Tenho certeza que seu pai te daria outro, se não estivesse dormindo – revirou os olhos e eu ri um pouquinho. - Obrigada, Angie – falei, e esperava que ela percebesse que esse agradecimento era por muito mais do que por aquela caixa de bombons. - De nada. – ela disse – Depois me fala se é gostoso! – apontou pra caixa e, ainda sorrindo, lançou um olhar para o envelope que estava diante de mim na cama – Talvez você devesse abrir. E sem esperar por respostas, ela saiu do quarto.

Suspirei alto e tentei ignorar o envelope de Leon, abrindo a caixa de bombons e devorando uns seis. Eram maravilhosos. Tentei organizar aquela bagunça de embalagens quando acabei de me empanturrar, até que minha mão bateu no bendito envelope, e eu não pude continuar a ignorá-lo. Puxei-o pra mim e, de uma vez só, abri e o virei de cabeça pra baixo, deixando seu conteúdo cair na cama. Havia o que pareciam ser pelo menos três folhas dobradas juntas, um saquinho preto amarrado com uma fitinha e um pingente, que rolou pela cama e caiu no chão. Peguei-o e identifiquei o pingente que havia visto no quarto dele.

Era do tipo que abre e as pessoas colocam fotos. Sabia o que encontraria ali. Uma foto dele, aos oito anos, ao lado de seu avô. Joguei-o para um lado e peguei as folhas dobradas. Desdobrei-as com cuidado e respirei fundo antes de começar a ler.

“Violetta, Já disse o quanto eu gosto do teu nome? Pois é, eu adoro ele. E embora você não o ache tão bonito quanto eu acho, ouvi-lo sempre me faz lembrar coisas boas. O céu azul, as nuvens branquinhas, o vento no rosto, música, correr na areia, sentir teu cheiro... O seu nome me causa uma sensação tão boa que chega a ser estranho pensar que a sensação boa só é maior se eu ouvir o seu nome e você vier acompanhada dele. Bobo isso, não é? E agora eu estou me sentindo um idiota, por nunca ter dito todas as coisas bobas que pensei, que senti, que quis dizer todas as vezes que estava do seu lado. Provavelmente, quando estiver lendo isto, eu estarei há milhas de distância de você. Talvez você esteja com raiva por perceber que eu não me despedi ou, pior, esteja magoada. Desculpe-me por isso, Vilu. Mas eu finalmente entendi o que você vem tentando dizer faz tempo e eu espero que, um dia, você se sinta feliz por mim. Eu entendi que não posso mais parar sozinho. Percebi que as drogas já estavam me dominando a tal ponto que me fizeram escolhê-las em vez de te escolher. Desculpe-me por isso também. Espero que você me dê a chance de reparar o meu erro. Então, preciso que você saiba de duas coisas e me faça dois favores. A primeira coisa que eu quero que saiba é que não me despedi porque sou um covarde. Pensei que assim as coisas seriam mais fáceis. Na verdade, estou rezando pra elas serem. E a primeira coisa que te peço é que você me perdoe. Preciso que você entenda que eu não queria causar mais esse sofrimento a você, por isso estou indo embora assim. A segunda coisa que quero que saiba, e me sinto um egoísta por admitir isso, é que, mesmo depois de tudo o que fiz, quero te ter de volta um dia. Ridículo, não é? Depois de toda a decepção que te causei, de tudo o que te fiz, querer que você ainda goste de mim e me espere voltar. Mas eu quero, com todas as minhas forças, porque eu não consigo mais imaginar a minha vida sem você. A segunda coisa que te peço é fácil, aposto que até você, lerdinha, já adivinhou o que é. E o pior de tudo é que eu não consigo nem me sentir envergonhado por pedir isso: me espera. Porque eu vou voltar. Vou voltar melhor. Vou voltar pra você. E sabe o que eu descobri? Mesmo se você não atender meu pedido, eu vou voltar pra você de qualquer forma. Lembra que você me disse não ter outra opção, a não ser me desculpar, porque não consegue fazer o contrário? É mais ou menos isso. Eu não tenho outra opção, a não ser voltar pra você, porque se tem alguém no mundo que eu quero, preciso e não sei viver sem, essa pessoa é você. Agora, tem outra coisa que eu não preciso que você saiba, mas gostaria que soubesse. Eu te amo. Não importa o que aconteça ou aconteceu, isso não vai mudar. Desculpe-me se nunca disse antes, Vilu, mas eu te amo. Espero que, quando eu voltar, você ainda sinta isso por mim. Serão longos oito meses de recuperação e, depois do quarto, você pode vir me visitar se quiser, mas vou te entender se não vier. Agora eu sei que você nunca, nunca desistiu de mim, e mesmo sem ter o direito de querer algo de você, eu também nunca vou desistir de você. Eu vou voltar, Vilu. E não importa o que aconteça, não importa o que você faça ou onde esteja, saiba que eu te amo. E que, com certeza, você é tudo. - Leon”

Algumas lágrimas mancharam partes da carta e eu as sequei rapidamente, tentando não chorar mais. Se continuasse assim, ia estragar a carta toda. Li novamente, me sentindo do jeito que nenhuma palavra poderia explicar. Só ao final da segunda leitura percebi que tinha um ps.

“ps.: Não sei quando vai receber isso, mas espero que goste do seu presente de aniversário!”

Só então eu me lembrei que, dentro do envelope, tinha mais do que aquelas folhas que agora estavam manchadas pelas minhas lágrimas. Quando consegui deixar a carta de lado, peguei o saquinho preto com as mãos trêmulas, ainda fungando por causa do choro. Dentro, tinha uma pulseira de prata com vários pingentes, mas um lugar vazio, onde eu imediatamente pensei em colocar o pingente de Leon. Dentro do saquinho havia também um pedaço de papel, que eu suspirei antes de ler, tentando me controlar emocionalmente pra mais palavras de Leon Vargas.

Esta pulseira é um lembrete. Quero que, todas as vezes que se sentir com vontade de se cortar de novo, olhe pra ela e pense em mim. Em mim, na Fran, no Marco... Em todas as pessoas que te amam. Quero que pense que, quando faz isso com você, nos machuca também.” Sorri para o pedaço de papel antes de ler o outro ps., pensando que, pra primeira hora do meu aniversário, já tinha ganhado bastante presentes. “ps.: você pode colocar meu pingente na sua pulseira, se quiser. E, se eu fosse você, abriria ele antes de fazer isso.”

Peguei o pingente e procurei pelo fecho, curiosa. Demorei um tempo pra conseguir abrir e, quando o fiz, algo caiu no meu colo. Era uma aliança.


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Notas finais do capítulo

Então oq vcs acharam?? Pf digam q gostaram kkkk :D Bem finalmente o Leon decidiu se tratar neh!!! Bem n tenho muito a fala... Bjs e ate mais cupcakes