Story Of Us escrita por Mina do Jorge


Capítulo 26
Capitulo 26


Notas iniciais do capítulo

heeey Cupcakes.. Então hj estou feliz.... Mais isso n interessa, aqui mias um cap da minha fic pra vcs.. bjs espero q gostem... Obrigado peloa recomendação viu Fate Sad...

Boa Leitura..



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– Você devia ter nos contado antes, Vilu. Fran disse e eu assenti Nós podíamos ter te ajudado.
Ela estava me abraçando de lado, enquanto Marco estava sentado a nossa frente, com as mãos na cabeça, pensativo.
– Eu achei que não tinha o direito de contar algo assim respondi Achei que podia ajudá-lo...
– Você não pode Marco me interrompeu, enérgico, e continuou com uma voz mais suave Não sozinha.
– Eu sei... sorri triste Descobri isso da pior forma. E eu já falei com ele. Eu... Eu quero que ele se interne e se trate.
– E ele...? Fran perguntou.
– Ele não quer concluí, colocando as mãos na cabeça, do mesmo jeito que Marco havia feito há pouco Ele simplesmente não quer! Mas também não consegue parar de se drogar. E eu não sei o que eu faço...
– Ele é menor de idade ainda, Vilu Marco disse astutamente Ele não tem direito de escolher nada, por enquanto.
– Marco... comecei, sabendo onde ele queria chegar, mas não querendo ouvir o resto.
– E você sabe sim o que tem que fazer, só não quer! ele concluiu, com um sinal de impaciência na voz.
– E o que é? Fran perguntou, confusa, e pude ver Marco revirar os olhos quando levantei a cabeça.
– Contar pra mãe dele eu expliquei, com a voz rouca Eu tenho que contar pra mãe dele, porque ela pode fazer algo.
– Tipo, internar ele Marco explicou, quando viu que Fran ainda estava confusa Por enquanto, é ela quem responde por ele legalmente.
– Mas... Não seria pior pra ele? Fran perguntou e eu e Marco assentimos.
– O tratamento seria mais puxado ele explicou, olhando pra mim E demoraria mais tempo. Mas não tem mais nada que possamos fazer. Se a gente não conseguir que ele aceite se tratar antes de ele se tornar maior de idade, vai ser uma burocracia do caramba depois. Teríamos que provar que ele não tem condições de decidir as coisas por ele mesmo e... Marco parou de falar quando me ouviu soluçar.
– Eu não quero ficar longe dele! eu disse chorosa E também não quero que ele se trate à força!
– A gente sabe, Vilu... Fran começou a dizer, compreensiva, mas era mentira. Eles não sabiam como era.
Levantei-me, sem conseguir controlar meu choro e minha exasperação.
– Vocês não sabem como é! eu gritei, com a voz falha, e percebi que os dois ficaram surpresos com minha reação. Não sabem como eu me sinto! continuei falando e andando de um lado pro outro, tentando limpar as lágrimas que embaçavam minha visão Não têm nem ideia de como é horrível saber que ele tá acabando com ele mesmo e querer ajudar, mas não poder fazer nada!
– Vilu... dessa vez, foi Marco quem começou a falar, mas eu o interrompi também.
– Eu não quero ficar longe dele! repeti Eu quero que ele se trate, que fique bom, mas eu queria poder estar do lado dele!
Parei de falar, e agora eu soluçava como uma criança.
Senti braços me levantando e só nessa hora percebi que eu estava no chão.
Marco me abraçou forte, me mantendo de pé, e logo Fran se juntou ao nosso abraço.
– Talvez essa seja a única saída pra ele agora. ouvi Fran dizer, e eu sabia que devia estar preparada pra encarar mais essa verdade.

Cheguei em casa e fui direto para o meu quarto. Joguei-me na cama e desejei já estar tomando os remédios que Brit receitaria. Se estivesse tomando, não estaria desse jeito.
Você consegue eu disse pra mim mesma e levantei, decidida a tomar um banho demorado e dormir o resto do dia.
– Toc, toc ouvi a voz de Leon e quando me virei, ele estava parado na porta, com um lindo sorriso Você fica bastante sexy com o cabelo assim, todo bagunçado ele comentou.
Revirei os olhos e tentei não sorrir, enquanto prendia os cabelos em um coque, mas não consegui. Quando viu o pequeno sorriso que eu me permiti dar, ele atravessou o quarto, segurou meu rosto entre suas mãos e me beijou, como se não fizesse isso há anos e não há apenas um dia.
Quando se afastou de mim, ele sentou na minha cama, pedindo pra que eu me sentasse ao seu lado.
Assim que sentei em minha cama, ele me devolveu o cartão que eu havia entregado a ele na noite anterior.
– Não perguntei ontem... Acho que eu tava bêbado demais ele disse, constrangido Mas por que você não me contou isso antes?
– Porque eu não queria pressionar você expliquei, suspirando. Eu queria que você chegasse sozinho à conclusão de que precisávamos de ajuda e eu não queria que você achasse que devia algo a mim ou que você fosse procurar ajuda só porque eu estava fazendo isso. ele olhou pra frente e ficou encarando a porta do quarto Eu queria que você percebesse que, sim, existem pessoas que conseguem parar sozinhas, mas você... Nós corrigi rapidamente quando ele me olhou com uma sobrancelha erguida Nós não podemos. Porque isso já está fora do nosso controle. terminei e esperei que ele falasse algo, apreensiva.
– Você acha mesmo que eu deveria me internar? ele perguntou, procurando olhar nos meus olhos, mas parecia controlar a voz.
– Leon, eu devia ter te contado antes, eu sei. Esconder de você só te fez ficar pior...
– Não foi isso o que eu perguntei ele disse, mas eu o ignorei.
–... Mas eu precisava deixar você se decidir sem nenhuma influência minha. E agora eu não sei mesmo o que fazer, porque durante um tempão você escondeu de mim que ainda se drogava. Me fez pensar que eu estava te ajudando a parar e olha pra nós agora! eu disse, e embora as palavras não fossem carinhosas, não consegui sentir raiva dele e ele percebeu.
– Olha... ele começou, segurando a minha mão Me desculpa. Eu não queria te decepcionar e só piorei as coisas. Eu piorei as coisas ele acrescentou e eu ia protestar, mas ele pediu que eu esperasse e continuou. Eu não parei. As idas à casa de alguma tia, as saídas com a minha mãe... Eram desculpas pra não deixar você me ver, não deixar você ver o jeito que eu ficava. E quando eu ficava muito tempo sem usar eu não me sentia... Eu ele disse com o olhar distante Me desculpa por isso. Eu sei que não devia ter escondido de você. Me desculpa, por favor? ele me olhou no fundo dos olhos, mas havia algo de errado no jeito que ele falava. Ele disse tudo absolutamente calmo, quase frio, como se tivesse decorado um texto e estivesse sendo obrigado a dizê-lo agora.
– Tudo bem eu disse, ainda estranhando, mas sendo sincera Eu te desculpo.
Ele sorriu e passou um braço sobre meus ombros, mas eu me levantei.
– Antes, você me perguntou se eu achava que você devia se internar eu disse, o encarando, antes que perdesse a coragem de dizer o que precisava dizer E a minha resposta é sim. ele me olhou pasmo, mas eu não parei Eu sempre precisei de ajuda, mas era orgulhosa demais pra admitir. Mas agora eu estou me ajudando. Você deveria fazer o mesmo.
Leon, ainda sentado na minha cama, pareceu atônito com a minha reação e eu fiquei surpresa com a reação dele. Pensei que tinha ido até minha casa com uma resposta. Achei que tinha ido até ali me dizer o que tinha decidido sobre o que eu falara na noite anterior. Mas agora ele me olhava como se a ideia de tentar parar fosse absurda e nunca tivéssemos tocado no assunto.
– Eu achei que você iria me ajudar... ele disse, olhando pra baixo e parecendo confuso.
– Eu tentei eu disse, me ajoelhando em frente a ele.
– Então você está desistindo? ele perguntou, em um sussurro.
– Não seja injusto, Leon pedi, sentindo algo que parecia como uma facada no peito quando ele disse aquilo. Mas ele me afastou e se levantou Não estou desistindo de te ajudar, pelo contrário!
– Me internar em uma clinica estúpida e me deixar lá por meses, sem nem poder colocar o pé na rua, é me ajudar? ele gritou.
Ótimo, estávamos de volta ao ponto inicial. Será que nunca conseguiríamos passar um dia inteiro sem brigar?
– Se você não for por bem... eu comecei, já de pé.
– Você vai fazer o quê? ele perguntou, chegando perto de mim.
– Eu vou contar pra sua mãe! gritei e por um momento ele pareceu surpreso. Você ainda não é maior de idade, Leon Vargas, e é ela quem decide por você legalmente!
Por um momento, ele ficou paralisado pela minha ameaça, mas logo se recuperou.
– Você não faria isso... ele disse, de um jeito ameaçador e se aproximou mais de mim. O olhar em seu rosto me assustou mais do que seu tom de voz e eu me encolhi, com medo da reação dele Você é louca, mas não o bastante! gritou, quando estava perto o suficiente pra me tocar e eu me encolhi mais. Você... Não... Faria... Isso! ele disse pausadamente, quando estávamos cara a cara e sua fúria me fez dar um passo pra trás, assustada.
Quando ele percebeu isso, parou abruptamente de gritar o que quer que fosse e me olhou surpreso.
Respirei fundo e dei mais um passo pra trás.
– Você... Você tá com medo de mim? ele perguntou e seu tom de voz havia mudado drasticamente.
– Não menti, mas a minha voz tremeu, me entregando.
– Você tá sim! ele disse e andou vários passos de costas, se afastando de mim, como se estivesse tão assustado quanto eu com sua reação.
– Eu... Eu não queria estar! eu confessei, olhando pra baixo, em uma voz fraquinha Mas você muda o tempo todo, Leon, e eu não sei o que esperar! eu atropelava as palavras e não tinha certeza de que ele entenderia Você... Eu não sei! Às vezes, eu acho que você pode se descontrolar e...
– Vilu ele chamou, me interrompendo Eu... Eu não sei o que dizer! a voz dele falhou e seus olhos brilhavam de um jeito estranho, como se estivesse prestes a chorar.
Aproximei-me dele, mas ele se afastou novamente. Chegou até a porta e ainda parecia desorientado.
Você tem medo de mim! ele afirmou e eu suspirei.
Eu não tinha medo dele, apenas não sabia o que esperar quando ele começava a se descontrolar daquela forma. Eu sabia que aquele não era o Leon. Sabia que ele nunca agiria assim comigo. O que o fazia agir assim era a situação em que se encontrava e era disso que eu tinha medo, mas algo me impedia de conseguir verbalizar aqueles pensamentos vendo Leon tão surpreso quanto estava.
Leon abriu a boca pra dizer mais alguma coisa, mas parecia que as palavras não saíam.
– Leon chamei, receosa, e ele me olhou nos olhos, o que fez meu estômago revirar, porque ele me olhava de um jeito que eu nunca tinha visto antes. Quase como se olhar pra mim doesse.
– Eu... Eu não posso me internar ele disse, por fim Me desculpa, mas eu não posso. ele ainda parecia confuso, mas se virou para o corredor e eu corri até ele, antes que ele chegasse à escada.
– Pra onde você vai? perguntei, confusa, sem entender mais nada.
– Eu não sei ele disse, ainda com aquele olhar estranho, que eu odiava ver em seu rosto Mas talvez seja melhor não nos vermos mais.
Demorei um tempo pra entender o que ele disse. Quando finalmente entendi, abri a boca, chocada, mas ele parecia inflexível.
– Mas, Leon... gaguejei, sem entender.
– Eu não vou me internar ele disse e também não vou mais te fazer ter medo de mim!
– Leon, por favor! pedi, exasperada, me aproximando dele. Ele tinha entendido tudo errado! Não seja burro!
– Vilu, eu não posso! ele me olhou nos olhos e eu senti um aperto no peito. Não sabia mais o que fazer.
– Você... Você prometeu que sempre estaria do meu lado! gritei, quando percebi que ele estava mesmo falando sério sobre não nos vermos mais, e ele sorriu triste.
– Promessas foram feitas pra serem quebradas...
Eu não consigo dizer o que pensei àquela hora, mas parecia meio surreal o que ele estava dizendo.
Como assim "promessas foram feitas para serem quebradas"? Ele estava indo embora? Estava... Terminando, o que quer que tivesse, comigo?
Esse pensamento me desesperou. Não tinha motivo pra nada daquilo!
– Leon, por favor, me escuta! eu pedi de novo, quando ele já estava na escada, mas ele não se virou.
O desespero estava começando a tomar conta de mim quando percebi que, sei lá por que, eu estava o perdendo. Ele estava indo embora. Vasculhei minha mente atrás de algo que pudesse dizer pra consertar aquela situação, mas nada me ocorria.
Você... Você é tudo, Leon! eu disse, quando o desespero chegou ao auge, pensando que aquelas palavras fariam algum efeito, mas ele continuou a descer as escadas. Era como se eu estivesse tentando segurar água com as mãos Eu te amo! sussurrei, e então ele parou de andar.
Virou lentamente e voltou até mim. Suspirei aliviada, pensando que finalmente teria a chance de entender que porcaria estava acontecendo ali e por que ele estava dizendo que ia me deixar, mas ele apenas secou uma lágrima do meu rosto e encostou seus lábios nos meus, de um jeito que não parecia ser um beijo.
Parecia uma despedida.
– Desculpa ele disse, com a voz fraca Desculpa! observei, sem acreditar, ele se virar e caminhar novamente pra longe de mim.

Não olhou pra trás nenhuma vez.


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Notas finais do capítulo

Bem e só isso meninas eu tenho q ir dormi só postei pra ñ deixa vcs esperando... Bjs By



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