Molly & Arthur escrita por Thiago, Thiago II


Capítulo 5
Orgulho Weasley


Notas iniciais do capítulo

Capitulo novo para vocês
Espero que gostem.



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25 de dezembro de 1961

Arthur não fazia ideia de o quanto estava com saudades de seus pais até o momento em que os viu na plataforma e sua mãe chamou seu nome. O garoto simplesmente saiu correndo em direção aos seus braços e se sentiu envolto em um abraço aconchegante enquanto podia escuta-la fazer perguntas de como havia sido os últimos meses e coisas assim.

Logo seus irmãos haviam recebido o mesmo tratamento e o filho caçula da família foi ter com o pai inicialmente o abraçou fortemente então o desfez podendo ver ao longo da plataforma em meio às famílias, uma garota ruiva sentada sobre seu malão parecendo esperar pelos seus irmãos e o pai que ainda não haviam chegado.

_ o que esta olhando filho? – disse Septimus encarando a direção que o filho estava olhando – é sua amiga?

_ aquela é a Molly – respondeu Arthur enquanto se colocava ao lado do pai.

_ Molly? – perguntou Cedrella - Aquela que seus irmãos tem nos falado em cartas? – a morena a procurara entre a multidão a garota.

_ espera, como assim? - questionou Arthur olhando para os irmãos mais velhos - o que vocês têm falado dela em cartas?

_ que você esta gamado nela – disse Billius rindo levemente até levar uma cotovelada de SJ – ai, hei não me trate assim não é porque o pequeno Artie encontrou uma namorada antes de você que precisa ficar com ciúmes.

_ não dê ouvidos para o que o Bill diz, nós não dissemos nada demais Artie apenas que você tem passado um bom tempo com a Molly e que são grandes amigos – respondeu SJ – desculpe se não te contamos antes, mas é que você esqueceu um pouco de mandar cartas para casa.

_ me desculpe por isto – falou Arthur para os pais.

_ tudo bem querido, nós estamos felizes por saber que se adaptou tão rápido a escola – disse Cedrella – seus irmãos demoraram um pouco mais para fazerem isto.

_ até porque sabemos que os primeiros meses são sempre os piores – falou Septimus – agora... Rapazes, vamos para casa porque o pai de vocês conseguiu uma arvore de natal e gostaria de enfeita-la ao lado dos filhos.

_ demais – disse Arthur enquanto começava a caminhar ao lado dos irmãos.

Eles caminharam em direção a barreira então Arthur dera uma ultima olhada em direção de onde vira a garota sentada podendo ver que ela anda estava sozinha e cogitou a ideia de se aproximar para lhe dizer adeus claro que já havia feito isto quando estavam no trem, mas simplesmente não gostava de vê-la daquele jeito parecendo entediada quando ele podia fazer algo para mudar isto. Foi então que vira a garota se levantar no mesmo instante em que dois vultos de cabelos cor de tomate corriam em sua direção para abraça-la então pode ver o sorriso retornando a Molly quando ela teve seus irmãos perto dela e quando foi recebida pelo Sr. Prewett que chegou alguns minutos depois já estando atrás dos filhos.

Arthur e sua família passaram pela pilastra saindo no hall da estação de Kings Cross e caminhando apressadamente pelo lugar até a saída onde foram em direção a uma parte afastada do estacionamento e então aparataram chegando na casa deles que ficava num subúrbio trouxa londrino.

Era uma casa simples e modesta com moveis baratos que o dinheiro de seu pai ganhava lhes havia permitido gastar, a decoração antiquada a mesma desde que o garoto podia se lembrar. Com papeis de parede amarelo com pequenos detalhes em branco que os moradores trouxas antigos haviam deixado para trás quando se mudaram há muitos anos atrás e sua mãe havia usado um feitiço para preserva-lo assim como o carpete azul arroxeado sendo que uma das poucas coisas que certamente denunciava que ali moravam bruxos eram os quadros e porta-retratos trouxas espalhados.

Podia não ser o lugar mais luxuoso, mas era um lar e Arthur se sentia muito bem ali porque tinha tudo do que precisava para ser feliz incluindo sua família. Ele carregou seu malão sozinho pelas escadas meio que se entortando e quase sendo derrubado quando seus irmãos subiram as escadas correndo para seus quartos.

O caçula então se viu caminhando pelo corredor então ajeitando os óculos e puxando uma corda que pendia no teto que abriu uma portinha e deixou cair uma escada que ele subiu então arremessando o malão pela passagem antes de continuar a subir até o quarto que lhe pertencia que na verdade era o antigo sótão.

Ele havia se mudado para lá quando seus pais haviam percebido que a ideia de três garotos dividirem o mesmo quarto era um grande risco afinal já era surpreendente demais que os dois mais velhos conseguissem dormir no mesmo beliche sem que um não tentasse matar o outro quando dormisse ( não que isto não tenha ocorrido quando eram mais novos felizmente a tentativa foi falha) dai o caçula fora mandado para aquele lugar que era até agradável quando podia se olhar afinal duvidava que seus irmãos possuíssem um lugar tão grande daqueles apesar de que a coleção de objetos trouxas de Arthur se empilhasse num dos cantos do lugar.

Nas paredes existiam recortes de objetos trouxas colados como caixas de correio além de cabines telefônicas, e meios de transporte como aviões e dirigíveis mas em especial havia fotos de carros que sem duvida alguma eram o desejo de consumo de Arthur sendo que seus irmãos o achavam doido por desejar uma coisa daquelas no lugar de uma vassoura.

Havia uma cama colocada próxima à pequena janela redonda presente no espaço e um guarda-roupa bem como uma escrivaninha que era onde o garoto costumava fazer lições e uma mesa onde ficavam seus vidros de coleções de pilhas, porcas, parafusos e moedas trouxas assim como o ultimo objeto que havia trabalhado o desmontando antes de ir para Hogwarts. Era um que se tratava de um ferro para passar roupas (sabia o que era porque estava na caixa) que havia conseguido quando estava mexendo no lixo dos vizinhos atrás de pilhas.

Ele colocou seu malão sobre a cama e o abriu, mas antes que pudesse desarruma-lo quando escutou alguém lhe chamando se voltando e andando até a passagem de se quarto aonde se agachou para encarar Billius.

_ desça para que possamos enfeitar a arvore – falou Billius para o irmão que assentiu e começou a descer a escada - papai falou que devemos ser a única família que esperou para fazer isto no natal.

_ alguém vem para a ceia de hoje? – perguntou Arthur quando se encaminhava com o irmão pelo corredor.

_ tio Percy vem porque papai o convidou porque parece que depois da aposentadoria do ministério ele anda meio depressivo afinal a vida dele sempre foi o trabalho – respondeu Billius quando ambos começaram a descer os degraus que levavam a sala - fora ele, eu acho que ninguém além da gente.

Eles chegaram à arvore de natal que não era a das mais belas e bonitas como aquelas que havia no salão principal de Hogwarts apesar que Arthur duvidasse que alguém mesmo o trouxa mais rico pudesse ter uma tão especial quanto aquela. Os rapazes colocaram os enfeites como bengalas de doces, corujinhas e sapos de mentira que se mexiam quando alguém olhava para eles por muito tempo entre outros como a estrela na ponta que fora necessário que Arthur fosse erguido pelos irmãos para que pudesse colocado.

Fora Septimus, no entanto, que havia dado um toque final ao criar uma pequenina nuvem que derrubava neve sobre os galhos enquanto sua esposa chegava com os presentes para serem colocados debaixo da arvore.

_ ela esta linda, querido – disse Cedrella beijando o marido quando começava a colocar os presentes aos pés da arvore com uns movimentos de varinha sendo que Billius pegara um no ar.

_ oba, já esta na hora de desembrulhar os presentes então? Agora que a arvore esta decorada não a nada que possa nos impedir – brincou Billius chacoalhando a caixa sendo que sua mãe tirou de sua mão com um feitiço de convocação.

_ engraçadinho você – disse Cedrella colocando o presente sobre os outros então se voltando para os filhos - agora vocês três vão se trocar e desçam para me ajudar a colocar a mesa.

Arthur e os irmãos já estavam terminando de arrumar a mesa na cozinha quando eles escutaram algumas batidas na porta em seguida puderam ouvir o pai falar com alguém e rindo então os três souberam que o tio havia chegado e a mãe lhes liberou para que fossem cumprimenta-lo.

Tio Percival Weasley ou simplesmente Percy era um dos nove irmãos de Septimus sendo o terceiro mais velho. O homem era baixo e corpulento com um nariz adunco e com uma calvície intermediaria com o que lhe sobrara de cabelos sendo brancos sendo que os escondia por debaixo do chapéu que sempre usava, possuía as bochechas coradas aquela noite por conta do frio e ainda tinha um bigode e um cavanhaque no queixo. Ele era uma cabeça mais baixo de Septimus e quinze anos mais velho sendo que sua aparência o fazia parecer quase o dobro.

_ tome aqui os presentes que trouxe e os coloque debaixo da arvore – falou tio Percy para seu irmão mais novo – ah, menos este aqui que iremos beber no jantar – mostrou uma caixa com uma garrafa de alguma bebida certamente cara.

_ não precisava disto tudo Percie – disse Septimus enquanto levava os presentes para a sala e os acomodava embaixo da arvore – você aqui já seria um grande presente.

_ deixe que os garotos decidam então se querem ou não... E olha só ai estão eles - sorriu tio Percy e Arthur se perguntou se aquele homem era realmente o mesmo que seu irmão havia lhe contado estar sofrendo de depressão – venham cá dar um abraço no tio de vocês, suas pestes.

Ele cumprimentou cada um começando sendo que Arthur acabou sendo o ultimo e ao olha-lo o tio Percy ergueu a sobrancelha parecendo intrigado deixando o próprio garoto parecendo confuso e se perguntando se havia algo de errado com ele.

_ você não é meu sobrinho Artie – disse tio Percy - se bem me lembro de ele era um garotinho dá ultima vez que o vi e você já é um rapaz grande e forte.

_ sou eu sim – disse Arthur fazendo com que Percy sorrisse e lhe passasse a mão sobre os cabelos os bagunçando e fazendo com que os óculos do garoto deslizassem pelo nariz sendo que teve de acerta-los.

_ eu sei que é – respondeu tio Percy então se erguendo para olhar para Cedrella que acabara de sair da cozinha e vinha passando as mãos no avental para cumprimenta-lo.

_ que prazer em vê-lo Percy – disse Cedrella se separando do abraço, mas ainda com as mãos sobre os ombros do cunhado – como tem estado?

_ bem na medida do possível – falou tio Percy suspirando – e vocês como tem passado devem estar se sentindo meio vazios agora que o ultimo de seus filhos foi para Hogwarts.

_ ah, foi difícil inicialmente só que tivemos que nos acostumar com isto – disse Cedrella – porque não tira o chapéu e o casaco e dá para que um dos meninos o guarde? Logo estarei colocando a ceia na mesa.

_ ah, mal posso esperar para comer sua comida – confessou tio Percy enquanto tirava o casaco e o chapéu os entregando para SJ colocar no cabide – me admira Septimus conseguir manter esta forma dele sendo que tem você para fazer estas belíssimas e deliciosas refeições para ele.

_ acredite não é difícil quando se tem um trabalho como o meu – disse Septimus – agora que tal as crianças irem ajudar a mãe de vocês enquanto eu e o tio aqui conversamos um pouco.

A ceia não demorou muito para estar colocada e logo toda a família estava reunida na cozinha sendo que Arthur ficara em silencio somente respondendo quando recebia alguma pergunta do tio o mesmo podia se dizer de seus irmãos já que todos pareciam atentos a conversa dos adultos o outro lado da mesa.

Depois de terminarem de comer a família se reuniu na sala de estar para que as crianças pudessem abrir seus presentes. Os três irmãos se sentaram no chão estando próximos da arvore enquanto buscavam seus presentes das pilhas enquanto os adultos sentavam em seus lugares com Septimus tomando lugar em sua velha poltrona com a esposa sentada em um dos braços ao seu lado. Percy tomava lugar num dos sofás de frente para o fogo da lareira que havia aumentado com o fato de agora pouco ter sido atiçado por Septimus.

_ deixem os meus presentes por ultimo primeiro abram o dos pais de vocês – disse tio Percy para os sobrinhos que fizeram como o pedido.

_ acho que vou abrir agora aquele hidromel que você trouxe irmão – comentou Septimus se levantando sendo acompanhado da esposa que foi buscar cálices para o três adultos na casa.

Septimus servia a bebida ao irmão e depois a esposa para então encher seu cálice por ultimo e sentar para olhar os filhos enquanto eles desembrulhavam seus presentes de natal podendo ver Cedrella lhe colocando as mãos sobre seu ombro enquanto ele colocava seu braço ao redor da cintura da mulher.

Arthur ganhara dos pais um conjunto novo de penas e tinteiros certamente era o que o dinheiro havia dado para comprar levando em conta que seria bastante útil já que os que possuíam já estavam no fim. SJ lhe deu uma cesta com caldeirões de chocolate e Billius lhe deu um conjunto novo de gobstones (jogo bruxo em que as bolas espirram um liquido fedorento na cara do outro jogador quando ele perde um ponto sendo Arthur vira trouxas jogando algo semelhante chamado bolinhas de gude) e prometera ensinar o irmão jogar mais tarde.

Billius ganhara um caldeirão novinho dos pais segundo eles para incentiva-lo a tentar ir melhor à aula de poções. De SJ ganhara um baralho novo de snap explosivo e de Arthur e lhe presenteara com um pacote com feijõezinhos de todos os sabores.

SJ ganhara um novo par de sapatos dos pais, o que era compreensível já que os que usavam atualmente em Hogwarts eram cerca de dois números menores do que o ideal para ele. De Billius ganhara um vale grátis de cerveja amanteigada no Três Vassouras e de Arthur ganhara um par de luvas de couro falso de dragão.

Para os pais os meninos haviam juntado um pouco de dinheiro e comprado presentes em conjunto. Para o pai, eles compraram um cachimbo esculpido em osso de dragão enquanto que para a mãe haviam comprado um perfume novo de uma loja em Hogsmeade.

Então chegou a vez dos presentes de Tio Percy que pela aparência dos embrulhos já dava para perceber que estavam um pouco acima do padrão que a família costumava gastar com eles mesmos no natal. SJ recebeu o primeiro que eram um embrulho comprido que fez com que Billius parece ter inveja a medida que era desembrulhado para revelar uma nova vassoura não as que estavam acostumados a comprar de segunda mão usadas.

_ uma beleza não é mesmo? Um colega meu no Beco Diagonal me falou que é o top de linha que os jogadores profissionais atuais estão usando – disse tio Percy

_ deve ser muito cara Percie – falou Septimus se sentindo um pouco incomodado - eu não sei se posso aceitar que compre algo tão caro assim para meus filhos.

_ ora, vamos é só uma vassoura – resmungou tio Percy parecendo incomodado com o comentário do irmão – e seu filho foi feito monitor então acho que ele merece um premio por isto.

_ desculpe-me tio – disse SJ - mas eu não posso aceitar até porque não sou muito fã de vassouras e sobre meu premio meus pais me compraram um gato quando souberam que eu havia sido feito monitor.

– isto é verdade, ele é péssimo voando não é algo que ele faça muito bem – comentou Billius – mas eu aceito a vassoura sabe tio, afinal fui feito capitão do time de quadribol este ano.

_ oh, meus parabéns por isto Billy – disse tio Percy – se seu irmão aceitar pode ficar com seu presente e você com o dele.

_ então, o que me diz SJ? – falou Billius olhando para o irmão mais velho – vamos lá, eu não sei o que tenho aqui, mas deve ser tão bom quanto a min... A sua vassoura.

_ você quer mesmo esta vassoura não é mesmo? – perguntou SJ sorrindo.

_ esta brincando não? É uma Cleansweep 5 – exclamou Billius - certamente a vassoura desta década se querem saber ia ser um grande apoio para nosso time.

_ certo então – concordou SJ passando a vassoura para o irmão e pegando o presente dele – o que será que temos aqui? – ele rasgou o embrulho um pouco menor tirando dali um telescópio novo de bronze – uau isso realmente vai ser um grande apoio nas aulas de astronomia.

_ agora sua vez Artie – falou tio Percy apontando para o ultimo presente que era deveras muito menor que os que seus irmãos haviam recebido.

Arthur abriu encontrando ali uma lata de chá já meio enferrujada e ao abri-la pode ver vários cartões antigos com fotografias de jogadores de quadribol que de tão velhas algumas tinham dificuldade para se movimentar. Atrás havia informações como nome, posição em campo e o time a que pertenciam.

_ são figurinhas bastante raras estas, são do tempo em que eu e seu pai éramos crianças não sei se ele lembra porque era um garotinho pequeno quando pararam de fabrica-las acho que você tinha uns quatro anos não é Sep? – disse tio Percy - Já que eu me lembro de que tinha a mesma idade que o Artie quando completei minha coleção – deu um gole em sua bebida - elas eram vendidas em lojas de quadribol vinham com aquelas gomas de mascar que nem são fabricadas mais.

_ eu lembro que você tinha o maior cuidado com elas – falou Septimus – não deixa que eu nem sequer as tocasse quando mais novo.

_ lógico, não ia correr riscos não é mesmo? – disse tio Percy rindo - Mas agora sou um homem velho e quando as vi achei que seriam um bom presente para algum dos meus sobrinhos e dos mais novos que ainda iriam se interessar por algo assim é lógico que seria o Artie.

_ obrigado tio Percy – disse Arthur embaralhando os cartões que havia recebido em suas mãos enquanto seus irmãos se posicionaram cada em um de seus lados para olhar também.

_ de nada – sorriu tio Percy então se voltando para o irmão – se não for muito incomodo Sep, será que poderia me servir mais um pouco deste hidromel fantástico? – gesticulou seu cálice vazio em sua mão.

_ deixe-me fazer isto Percie – falou Cedrella se levantando e pegando o cálice do cunhado e levando até um aparador onde estava a garrafa com a bebida então retornando e o entregando-o – aqui está.

_ obrigado Cedrella – disse tio Percy dando um pequeno gole - Acredita que eu o comprei por um bom preço em uma adega de um conhecido meu? É envelhecido em barril de carvalho antes de ser engarrafado acho que isto dá um sabor especial não concorda?

_ certamente que sim – disse Septimus então se voltando para os filhos – hei que tal uma partida de xadrez agora garotos?

Eles pareceram animados com a ideia e concordaram então Arthur foi buscar o velho jogo que o pai possuía que estava guardado em uma das gavetas de um armário na sala então retornando. O restante da noite se estendeu com uma disputa de xadrez entre os irmãos e o pai. Sendo que mesmo se tratando de seus filhos, Septimus jogava pra valer e ainda conseguia partilhar uma conversa com a esposa e o irmão.

Cedrella teve de retirar para a cozinha chamando os dois filhos mais velhos para que pudessem ajuda-la a desfazer a mesa e limpar os pratos e a louça que haviam utilizado na ceia. Ficando somente Arthur, seu pai e tio na sala sendo que o garoto estava em meio a uma partida séria de xadrez que fizera com que ambos ficassem em silencio por um tempo.

Percy não era o tipo que conseguisse ficar encarando a partida de xadrez por muito tempo e acabou cochilando em seu lugar sendo que a gata de SJ fora responsável por acorda-lo quando ela se aconchegara em seu colo para também tirar um cochilo.

Já marcava meia-noite no relógio sobre a lareira quando tio Percy havia recolhido seu chapéu e casaco no cabide ao lado da porta então se voltando para a família e se despedindo de cada um também agradecendo por ter sido convidado.

_ crianças para cima e direto para as camas – ordenou Septimus – irei acompanhar o tio de vocês até o jardim e já volto.

Os três garotos subiram as escadas um atrás do outro ainda com os presentes de natal em seus braços. SJ se despediu dos irmãos e bocejando foi direto para seu quarto deixando a porta meio aberta para que sua gata pudesse entrar e sair de noite. Billius e Arthur seguiram por um tempo até que o mais velho foi entrar em seu quarto e o caçula puxou a corda que abriu a porta do teto então deixando a escada cair.

Arthur já estava subindo os degraus quando sentiu uma mão em seu ombro e ao olhar pode ver que se tratava de Billius que havia retornado antes que pudesse perguntar seu irmão lhe fez um sinal para se calar e outro para que o seguisse. Estava agora no quarto de Billius debruçados sobre a janela onde abaixo podiam ver o pai acompanhado do tio nos jardins laterais.

_ foi bom tê-lo esta noite em nossa casa Percie – falou Septimus com o braço ao redor do ombro do irmão - deveria vir mais vezes para cá.

_ você não é apenas um irmão maravilhoso também é um grande amigo – disse tio Percy – diferente do restante dos nossos irmãos, você parece ser o único que se importa de verdade comigo porque os outros estão muito ocupados com suas famílias e carreiras mesmo que eles tentem fazer parecer que esta tudo bem indo me visitar no verão com os filhos não é a mesma coisa.

_ isto porque no passado você se afastou de nós por conta própria – falou Septimus – e isto pode ter deixado algumas feridas abertas neles, mas eu sempre gostei muito de você assim como de todos os outros então não dava para simplesmente virar as costas.

_ sabe que isto é muito importante para mim não é? – sorriu tio Percy então puxando do bolso algo que os garotos não puderam ver do que se tratava a principio só na hora em que o homem puxara a mão dos pais deles e colocara ai que puderam ver do que se tratava – quero que fique para você.

_ isto é... – disse Septimus surpreso abrindo a bolsa de couro e vendo seu conteúdo – não, eu não posso aceitar isto Percy – ele estendera de volta e o irmão se afastou.

_ sabe que não irei aceitar de volta – disse tio Percy estendendo as mãos para o alto como se rendesse - considere meu presente de natal porque tenho certeza de que irão fazer um bom uso.

_ é muito dinheiro não me sentiria bem se aceitasse isto – disse Septimus – por favor, pegue de volta eu lhe peço – pegou a mão de Percy e colocara a bolsa em sua palma.

_ você e sua família precisam deste dinheiro – falou tio Percy - sei que irá fazer uma diferença muito grande caso aceite, vocês não tem que se sentir envergonhados afinal é apenas um irmão querendo ajudar outro.

_ eu ainda tenho força de vontade para trabalhar e é com muito suor que consigo manter esta casa sozinho nos últimos anos sem precisar de auxilio de parentes não vou começar agora – disse Septimus podendo se notar que esta irritado - e agora chega você como se pudesse fazer isto... Como se por acaso meus filhos estivessem passando fome e nós precisássemos de caridade.

_ esta sendo ridículo Septimus – contrapôs tio Percy - não é caridade é apenas uma pequena ajuda para você meu irmão.

_ não é do jeito que vejo – suspirou Septimus - posso não ter um cargo gratificante no ministério ou vá receber uma gorda aposentadoria como você quando eu me aposentar só que eu tenho orgulho Percy e é por isto que não posso aceitar sua oferta.

_ me desculpe se lhe ofendi – falou tio Percy – espero que isto não estrague a visão que possa ter de mim afinal eu não esperava que o que fiz pudesse te ofender.

_ não se preocupe apenas não repita isto novamente – disse Septimus – faremos de conta que nunca aconteceu e tudo ficara bem.

_ mas sabe que se precisar algum dia de ajuda pode contar comigo – disse tio Percy e o seu irmão assentiu.

_ espero que não precise – disse Septimus então estendendo a mão para dar um aperto de mão de despedida – até mais Percy, se cuide.

_ foi um imenso prazer ter vindo aqui esta noite – disse dando uns tapinhas no ombro do irmão - muito obrigado por tudo Septimus.

_ não foi nada – sorriu Septimus fracamente - sua companhia foi excelente.

_ então você vira para a festa de ano novo? – disse tio Percy - Não será apenas nós terá o restante da família também ao que parece este ano será n’A Toca.

_ claro – disse Septimus – nos vemos lá então, quer que cheguemos uns dias antes para cuidar das coisas e te dar uma ajuda?

_ seria muito bem vinda a ajuda de vocês – disse tio Percy – até mais então irmão.

E assim tio Percy aparatou. Billius e Arthur saíram da janela antes que o pai pudesse ver e o mais novo foi para fora do quarto em silencio apenas com um ultimo trocar de olhares entre eles. Arthur subiu as escadas e se dirigiu a sua cama tirando o malão quem nem chegara a mexer para que pudesse deitar então ficando alguns instantes encarando o teto e suas teias de aranha.

Estava impressionado com o modo como o pai agira, não podia acreditar no tom de voz que usara e em sua expressão que mesmo de onde estava poderia ver ser feroz. Septimus sempre fora o divertido e Cedrella a que controlava e colocava os filhos na linha agora ver o modo como o pai poderia agir era ainda mais assustador que a mãe em seus momentos.

Mas uma coisa Arthur tinha que admitir, ele estava orgulhoso do pai que tinha e do modo que agira afinal o garoto nunca se importou muito com dinheiro pelo menos por enquanto já que não entendia muito bem o valor de certas coisas. O jeito que Septimus falara com irmão e suas palavras ainda ecoavam na cabeça do filho e Arthur só teve um pensamento que era de seguir os passos do pai e ter orgulho de não aceitar a ajuda de pessoas por mais que elas fossem da família e insistissem sendo que só poderia concordar em receber se fosse a ultimo caso.


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Notas finais do capítulo

Como puderam ver, o capitulo não teve momentos de Molly e Arthur como os outros.
Mas teve algumas coisas importantes aqui como mostrar fatores que moldariam a conduta do Arthur mais para frente.

Espero reviews.



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