MIC 2 escrita por NT


Capítulo 32
Capítulo 32


Notas iniciais do capítulo

Olá gente bonita, como você estão? Hoje trouxe um super capítulo como presente, espero que gostem *---*

Não esqueçam de dar uma olhada nas minhas outras estórias: Opostos Perfeitos, Segure minha mão (que é a MIC III, só coloquei outro nome, mas ela é independente da II, então podem ler ela tbm *-*)

Boa leitura e divirtam-se!



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Capitulo 32 – Não a magoe!

Narrado por Lukas:

Vi ele beijar ela e senti uma dor dentro do peito, tanto que cheguei a me afundar na cadeira, ele estava jogando comigo e com ela, eu não estava gostando disso, de alguma forma tenho a sensação que alguém sairá muito machucado dessa história. Maldita ora que fui aceitar aquela droga de aposta! Por que eu fiz aquilo?! Nem eu nem ele temos o direito de... de brincar com o que a Isa sente. Mas agora... o que eu posso fazer? Eu vou proteger ela, ele não vai ganhar essa aposta, mas não vai mesmo! O problema é que eu estou... estou apaixonado por ela, eu não vou deixar ele magoá-la.

Estava com esses pensamentos quando vi os dois chegarem, ela sentou de frente para mim e eu não conseguia parar de pensar nisso. Estávamos em silencio, até que Gio o cortou:

– Vamos para a praia gente? Ta um calor aqui.

– Vamos. Está mesmo. - Isa concordou.

Levantamos todos e fomos para a areia, colocamos nossas coisas perto de umas amigas da Gio e fomos para o mar, quando a Isa tirou o shorts eu quase fiquei maluco, ela me deixava daquele jeito.

Ela é tão linda, tão perfeita. E eu estou enlouquecendo. Não consigo resistir, quando ela lava os cabelos, o jeito dela secar, o jeito como ela desse as escadas e como da risada sozinha, o jeito como ela adora aqueles desenhos animados e mesmo que todos a chamem de criança ela nem liga, a personalidade que ela tem, o jeito de ouvir musica, e até de deitar para dormir. Ela é perfeita. E eu estou completamente apaixonado.

Fomos os cinco para o mar e a Lana, uma colega lá da escola veio falar comigo.

– Oi, Lukas. – ela sorriu.

– Oi, Laninha gatinha. – sorri de volta e ela ficou um pouco envergonhada com o elogio.

– Tudo bem?

– Tudo amor, e contigo?

– Tudo... – ela sorriu ainda sem jeito, era como se quisesse me dizer alguma coisa e tivesse vergonha... sei lá...

– Hum... que bom... – eu sorri, porque não tinha nenhum assunto para falar com ela.

Ela era bem gostosinha de biquíni, eu nunca tinha reparado... Lana virou e ia ir embora, eu peguei no braço dela.

– Espera... – segurei e ela virou.

– O que? – ela sorriu.

– O que você queria?

– Nada não... só vim dar um oi... – ela sorriu mais ainda. Entendi que ela queria ficar comigo e estava sem coragem de pedir, então...

– Então Lana... quer ficar aqui comigo um pouco? Eu estou quase de vela aqui. – falei sorrindo, vi ela se derreter toda naquele momento.

– Claro, Lukas, eu ia adorar ficar aqui com você. – ela disse com um sorriso de orelha a orelha.

Ela ficou ali conversando comigo e com a galera, e até parecia ser bem legal, já eram umas cinco horas da tarde, estávamos todos sentados na areia e ela olhou para o relógio.

– Caramba, eu tenho que ir, meu pai já deve estar louco comigo. Eu disse que só ia dar uma voltinha. - ela riu levantando.

– Tchau, Lana... - a galera falou.

– Tchau, gente... – ela acenou já caminhando.

– Tchau, Laninha. – acenei para ela e ela acenou de volta.

– Tchau, Lana delicia – Vini chamou ela de delicia na frente de todo mundo ali, inclusive da Isa, grande fora... eu até fiquei feliz, mas quando olhei para a Isa e viseus olhos, minha raiva subiu, só aí eu me toquei que ela podia estar gostando dele de verdade... Ela levantou e disse que ia pegar uma água de coco, Gio e Pedro já estavam indo para o mar de novo. Parei na frente do Vini, que agora estava de pé e encarei ele bem no fundo dos olhos.

– Olha aqui cara, quer continuar com a aposta, a gente continua, mas não, em hipótese alguma, magoe ela de novo. Ouviu? – Eu estava quase dando um soco na cara do Vini.

– Que? o que? magoar quem? – ele perguntou sem entender.

– Você tinha mesmo que chamar a Lana de ''delicia'' na frente da Isa? Sei lá o que você falou para ela antes, mas ela ficou magoada, entendeu? Nunca mais, faça isso Vini, ou...

– Ou o que Lukas? O que você vai fazer? – ele falou me desafiando.

– Ou eu vou quebrar essa tua cara, vou te dar tanta porrada que você vai pedir desculpas de joelho. Ouviu bem ou quer que eu repita?

Vini sabia bem que eu era mais forte que ele, e com a raiva que eu estava, achei melhor sair logo dali antes que eu desse na cara dele mesmo, fui atrás da Isa.

– Ta avisado Vinícius. E diz para a Gio e para o Pedro que eu e a Isa tivemos que ir embora. Tchau.

Virei as costas e fui andando em direção ao quiosque, Vini ficou lá sentado na areia olhando e assobiando cada vez que alguma garota passava. Cheguei no quiosque e vi ela sentada com a água de coco na mão, vi ela limpar o rosto com a outra mão e fechar os olhos respirando fundo, contendo o choro. Cheguei nela.

– Isa, vamos... - falei parando na frente dela.

– Onde? – ela me olhou sem entender.

– Vamos embora... Está ficando tarde já.

– Eu sei o caminho para casa. – ela falou seca.

– Anda logo... eu sei que você está triste com o que o Vini falou, mas não precisa descontar em mim agora.

– Ta... desculpa... eu quero mesmo ir embora... vamos. Mas e o pessoal?

– Já avisei que íamos para casa.

– Hum, ok.

Ela levantou e ficou frente a frente comigo, meu coração acelerou naquela hora, nossos rostos estavam perto. Olhei nos olhos dela. Se eu quisesse fazer meu joguinho, poderia fazer, porque vi o Vini vindo para o quiosque com a Gio e o Pedro, mas eu não iria fazer isso com ela, então dei licença e deixei ela passar. Ela viu a galera e só deu uma acenada, eles retribuíram.

Entramos num táxi, dei o endereço lá de casa e o motorista foi. No caminho eu olhava para ela pelo espelho do motorista e via um olhar triste, vago.

– Isa... não fica assim... ele não falou por mal. – por mais que eu quisesse que o Vini se lascasse com a Isa, eu não conseguia ver ela daquele jeito, então acabei defendendo ele.

– Tudo bem, Lukas... Eu e ele nem temos nada mesmo. - ela deu de ombros.

– Mas... e... aquele beijo?

Ela me olhou nos olhos.

– Não senti nada diferente.

Eu gostei tanto de ouvir aquilo, mas me segurei para não sorrir, afinal ela estava um pouco sentida com o que tinha ouvido sim.

Chegamos em casa e descemos do táxi, paguei o motorista e entramos.

– Então... não sentiu nada com o beijo do Vini? - perguntei meio sem jeito.

– Lukas... eu não quero falar sobre isso. – ela falou séria.

– Viu... bem feito, ninguém manda ficar beijando qualquer um. - retruquei.

– Cala boca, Lukas, deixa de ser idiota. – ela falou bastante brava.

– Foi mal... – Percebi que tinha sido mesmo um pouco idiota, e também.. porque eu tinha que começar com esse assunto...

Ela subiu e foi para o quarto dela, subi também e fui tomar um banho, saí do banheiro enrolado na toalha, e ela estava sentada na minha cama, ela me viu só de toalha e ficou me olhando com uma cara... não sei dizer bem ao certo de que.

– Desc...desculpa... eu achei... que você já estava pronto. - Ela disse gaguejando.

– Relaxa Isa, eu não estou pelado não. - sorri.

– Ah... é. – ela deu um meio sorriso.

– E, hum... o que você quer?

– Nada... eu só queria conversar um pouco. - ela falou sem jeito.

– Fala. – sentei na cama, ao lado dela e sorri.

– Você não quer colocar uma roupa primeiro? Pelo menos uma camisa... – Isa falou olhando para o meu peito e agora na cara dela estava estampado que ela me queria.

– Tá, eu coloco uma camisa já que você já está toda molhadinha aí. - chateei dela

– Aff, cala a boca. Eu sabia que falar contigo ia ser um grande erro. Tchau, Lukas, boa noite! – Ela levantou e ia saindo do quarto mas eu peguei ela pelo braço.

– Desculpa, eu estava só brincando... senta aí.

Ela sentou na cama de novo e eu peguei uma camisa no armário e deixei a toalha cair para colocar o calção, eu estava de cueca já, mas a Isa pirou comigo.

– Que você está fazendo, Lukas? Eu estou aqui ou não deu para perceber? – ela falou assustada.

– Desculpa, Isa... mas me ver de cueca é a mesma coisa que me ver de sunga... e eu não tenho vergonha... então não precisa ter por mim. - falei dando de ombros.

Eu não aguentei, tive que rir da inocência dela, ela fechou um pouco a cara, mas ficou lá sentada. Coloquei uma bermuda e sentei do lado dela de novo. Ela ainda me olhava com uma cara safada e ao mesmo tempo envergonhada.

– Prontinho. Já usei roupinha, coloquei camisinha, opa, camiseta... agora pode falar...

– Idiota. - ela virou os olhos.

– Tá, mas o que você queria priminha? – ri e perguntei curioso.

– Falar contigo sobre o Vini.

– Hum... – só consegui murmurar isso.

– Então... ele é tão galinha quanto você?

Wow,priminha... eu nem sou tão mulherengo assim... não precisa esculachar né...

– Sério, ele é galinha como você?

– Ele vive comigo... alguma coisa ele tinha que aprender... - falei brincando.

– Aff... me faz um favor? – ela fez uma carinha pidona que eu me derreti.

– Fala priminha... Se o Lukas puder ele faz sim. - sorri para ela.

– Descobre o que o Vini quer comigo? Se é só ficar ou se ele está mesmo gostando de mim? - ela pediu.

– Por quê?

– Porque eu acho que estou gostando dele, ele me trata bem, me fala coisas legais, tem um sorriso lindo... e hoje na praia ele se declarou para mim.. acho que ele pode ser um candidato para mim perder minha virgindade. – ela falou como se falasse que ele podia vir almoçar ali em casa ou qualquer coisa assim... aquilo foi como um punhal no meu coração. Olhei para o chão.

– Você... você está gostando dele? O que ele te falou na praia? - perguntei sem coragem de olhar ela.

– Eu não sei se gosto dele, mas ele é tão fofo comigo, sei lá... e na praia ele disse que estava gostando de mim de um jeito diferente, me queria como namorada. Foi tão fofo, sei lá, pode ser que seja só coisa da minha cabeça, mas eu acho que gosto dele também, e ele ainda me pediu em namoro.

– Em namoro? – falei quase gritando - E o que você respondeu?

Ela ficou me olhando meio assustada com a minha pergunta, eu quase tinha gritado.

– É, ele me pediu em namoro, mas eu disse que ainda era cedo para mim começar a namorar, cidade nova... não conheço ninguém e tal.

– Ufa! – respirei aliviado.

– ''Ufa'' porquê?

– é... nada... eu também acho cedo para você sair namorado... - falei escapando do espanto dela.

– Bom... é isso, faz esse favor? – ela me olhou todo melosa de novo, eu não sabia como dizer não.

– Ok, vou tentar descobrir o que ele quer contigo, mas não prometo nada, por isso não fica me perguntando sobre isso toda hora, quando eu descobrir alguma coisa eu te falo. – falei isso, mas na verdade eu iria enrolar até o fim do mundo se fosse preciso, mas nunca ia dizer para ela que isso era só por causa de uma aposta e também nunca ia mentir que ele gostava dela.

Ela levantou e me deu um beijo na bochecha, eu fiquei sorrindo enquanto ela saía do meu quarto e entrava no dela.

Deitei a cabeça no meu travesseiro e fiquei pensando nela, ela nem reparou que sua foto estava na cabeceira da minha cama, ainda bem porque se não eu teria que explicar o porque daquilo e eu não saberia o que inventar. Peguei o porta retrato e fiquei olhando aquele sorriso viciante.

– Como você consegue ser tão linda, hein? – falei em voz alta para mim mesmo.

– Ih... eu disse, quando o cara se apaixona até falar sozinho ele fala. - meu tio Felipe disse da porta do meu quarto.

Me assustei, afinal era o pai da Isa... e eu não sabia o que ele ia dizer se soubesse que eu estava apaixonado por ela... escondi rapidamente o porta-retratos em baixo do travesseiro enquanto ele entrava no meu quarto.

– Pois é, tio... o problema é quando a ela não é apaixonada pelo cara. - sorri sem jeito.

– Como assim? Você não é O cara? As meninas não são todas loucas por ti, Lukas? - ele disse zoando.

– É tio... ela é a única que não se rende aos meus encantos. - falei rindo.

– A Manu era assim... eu fazia de tudo por ela, quase morri uma vez para salvar ela e ela nem ligava... mas hoje nós estamos casados e muito felizes. Eu ainda amo ela, cada dia mais, há dezoito anos. – ele falou todo apaixonado.

– Sério tio? O que você fez por ela? - perguntei curioso.

– Ah... é uma longa história, mas resumindo, ela me odiava, depois de duas semanas dormindo na mesma casa que eu, eu consegui me declarar para ela... Pois é... cada vez que eu ia dizer que estava apaixonado alguém atrapalhava... Aí eu fiz uma coisa diferente, levei ela para uma montanha, na casa do seu avô, onde a gente estava passando as duas semanas de férias, e me declarei lá para ela. Ela ficou fascinada com aquilo e confessou que também estava apaixonada por mim. Tivemos uma noite... não de transa, mas de amor. Não sei se você consegue entender, Lukas, acho que ainda não, mas se essa garota aí está te fazendo pensar nela em voz alta... acho que você está perto de ter a sensação que eu tive quando fiz amor pela primeira vez. Não falo de sexo, Lukas, falo de amor. – ele bateu a mão no meu ombro e sorriu, levantou da cama e saiu do quarto.

Fiquei pensando no que meu tio tinha dito. A história dele com a Manu devia mesmo ser de mais. Prometi a mim mesmo que um dia pediria para ele contar tudo.

Peguei outra vez a foto da Isa e fiquei novamente murmurando coisas sozinho.

''Será mesmo? É você então? Eu sei que é.''

Adormeci e sonhei com ela, com toda certeza.


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Notas finais do capítulo

E aí? Contem-me que estão achando nos comentários, aceito críticas e sugestões também *-*

Beeeijos, e não deixem de dar uma passada na Segure minha mão *-*



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