Capitulo 28 – Filme de madrugada

Narrado por Lukas:

A Isa desceu com dois cobertores, deu um para a Gio e o outro ficou com a gente, ela sentou entre eu e o Vini e nós dois pegamos cada um uma ponta do cobertor. Dei play e o filme começou, era de terror e logo que começou a Isa já deu um grito.

– Aaaaah, eu estou com medo! - Isa gritou.

– O filme nem começou ainda. - falei rindo.

Rimos dela.

– Eu tenho medo antecipado. - ela disse séria e nós caímos na risada de vez.

O filme começou e a cada vez que dava aquela musica de suspense, e do nada aparecia um rosto na tela ela se escondia em baixo do cobertor.

– Ai gente, eu não vou dormir! - Isa reclamou.

– Mas que medrosa... - falei rindo.

Aquela musica começou a tocar de novo, e quando um cara com uma mascara ergueu uma faca atrás da mocinha do filme ela entrou em baixo do cobertor e se agarrou na minha barriga. Eu senti um arrepio e uma sensação gostosa, era bom aquilo, me dobrei por cima dela protegendo-a com meu corpo, eu me sentia seu dono, seu protetor, mesmo sendo por uma coisa boba. Quando a cena passou eu voltei ao normal e ela também, ela olhou para mim e pela luz que vinha da TV a vi sorrir. Sorri de volta e continuamos assistindo o filme.

Quando ele acabou colocamos o outro de comedia romântica, para descontrair.

– Vamos fazer pipoca antes de dar play? - pedi.

– é, faz lá, Lukas. - Vini disse pra mim.

– Eu não... vai você Isa? - pedi para ela.

– Eu? Depois de ter olhado esse filme? Eu que não vou sozinha na cozinha! – ela falou com cara de medo.

– Eu vou contigo então. Vão passando os traillers aí... - virei os olhos e levantei rindo da cara dela.

– Ok. - Vini pegou o controle.

Levantamos eu e ela e fomos para a cozinha. Ela se abaixou e pegou uma panela e eu fiquei meio zonzo vendo a bunda dela ali empinada.

– Ah, Isa, não maltrata pô... - pedi.

– O que foi? - ela me olhou sem entender.

– Essa posição aí... isso é golpe baixo. – falei rindo.

– Cala boca, Lukas, deixa de ser tonto.

Dei risada.

Ela colocou o azeite e as pipocas e elas logo começaram a estourar.

Não resisti, eu não consigo resistir a ela. Parece que aquele corpo me chama, não sei o que dá em mim, é atração, mas não só física, quando ela está por perto meu coração dispara, eu não sei explicar, todos meus problemas, todo meu passado, as coisas erradas que já fiz, tudo some.

Cheguei por trás dela e agarrei sua cintura, eu queria cheirar seus cabelos, sentir seu perfume, beijar seu beijo, eu queria pegá-la em meus braços e chamar de minha, minha mulher, amante e namorada.

– Lukas! Vai começar já ? – ela falou sem tirar as mãos da panela.

– Eu não resisto. Esse jeito de menina, esse corpo de mulher... – eu falei no ouvido dela sussurrando. Notei que ela ficou toda arrepiada.

– Lukas, para com isso. Deixa eu fazer o negocio aqui antes que queime. - Isa reclamou.

Larguei ela e me escorrei na cadeira da mesa, estava atrás dela observando com um sorriso no rosto.

– Pega a bacia e põe no balcão, faz favor. - ela pediu e eu fiz.

– Cheiro bom. - falei quando ela abriu a tampa da panela.

– Tira a mão daí! - Isa me deu um tapa quando fui pegar umas pipocas da panela.

– Ah, deixa. - reclamei fazendo bico.

– Sai, sai. - ela me empurrou para longe e terminou de por tempero nas pipocas.

Voltamos para a sala e começamos a olhar o filme.

Quando ele acabou já eram quatro horas da madrugada. Estávamos virando a noite mesmo...

– Agora é a hora para o filme quente... - Vini falou malicioso.

– Ah, não! Eu não vou olhar isso aí com vocês dois aqui do meu lado. - Isa fez uma cara de assustada.

– Vai dormir então... já passou da hora de criança ir para a cama. - falei para provocá-la.

– É? O que você está fazendo acordado então? - ela respondeu.

Agora sim todos riram mesmo, ela me cortou de novo, para variar.

– Coloca isso aí logo. - Gio incentivou.

– A Gio é safada, aprende com ela Isa. - falei rindo.

– Também, eu vivo andando com vocês, alguma influencia tinha que ter né. -Gio se defendeu.

Coloquei o filme e logo começaram umas cenas quentes.

– Estou ficando louco aqui já. - Vini disse se remexendo no sofá.

– Pior que eu também, cara. - falei rindo.

– Ah, ótimo, estou ferrada agora no meio de dois homens de pau duro. - Isa fez uma cara mais assustada que antes.

Começamos a rir, ela estava apavorada ali no meio de nós dois.

– Ah, eu estou com sono... vamos dormir, amor? - Pedro falou para a Gio.

– Vamos. - ela concordou com um sorriso malicioso.

– A gente acredita que vocês vão dormir... - falei.

– Pedro, Pedro, você está querendo ficar sem o Pedrinho é? - Vini disse sério olhando o Pedro que riu.

– Deus me livre... eu nunca vou fazer nada com a Gio... - ele fez uma pausa. - Nada que ela não queira... – Pedro fez uma cara de safado para ela e ela deu um selinho nele.

Eles subiram para o quarto e ficamos só nós três lá em baixo.

O Vini levantou e foi no banheiro, nós ficamos assistindo o filme, eu já estava ficando louco ali, a Isa do meu lado, e aquele filme passando, e eu sem fazer nada nada... Estava olhando para ela mordendo o lábio inferior.

– Está me olhando assim por quê? - ela me encarou com uma sobrancelha erguida.

– Porque eu estou louco para fazer isso. - Puxei ela e comecei um beijo quente.

Eu a desejava e sentia seu desejo, eu queria e sentia que ela também queria. Deitei por cima dela e comecei a passar a mão por todo o seu corpo e a beijar seu pescoço, ela dava suspiros no meu ouvido e eu ficava cada vez mais maluco. Eu a desejava, ela me desejava, eu sentia em seu beijo, na forma de arranhar minhas costas por baixo da camiseta, eu sentia seu coração pulsar da mesma forma que o meu pulsava.

Escutamos um barulho vindo do banheiro e voltamos a sentar como estatuas. Ela começou a rir baixinho e eu também. O Vini tinha derrubado alguma coisa dentro do banheiro.

– Para de bater punheta aí, Vini, não vai melar o banheiro da minha mãe! - gritei.

Eu e ela rimos.

O filme já tinha acabado e eu coloquei outro, o ultimo de comédia romântica.

O Vini ainda estava no banheiro, com certeza fazendo certas coisas que deixavam suas mãos ocupadas.

Voltei e sentei no sofá, olhei para ela e coloquei uma almofada no meu colo como se estivesse convidando ela para deitar, alguns segundos depois ela deitou na almofada e ficou olhando o filme iniciar. Eu olhei para a Isa disfarçadamente e vi um sorriso em seu rosto.

Vini voltou do banheiro e ela fechou os olhos fingindo estar dormindo.

– Limpou o banheiro pelo menos? – perguntei.

– Pior que sim... – ele respondeu e nós rimos.

Vini sentou no sofá pequeno porque achou que a Isa estava dormindo, mas ele parecia não ter gostado muito de ver ela deitada no meu colo. Continuamos olhando o filme e logo o Vini pegou no sono, a Isa já estava de olhos abertos novamente, olhando para a TV, nós estávamos em silêncio absoluto, era como se nenhum de nós estivesse prestando atenção, porque mesmo com as cenas engraçadas, não riamos. Estávamos lá, imóveis.

Ela bocejou e virou, ficando de costas para a TV.

– Quando o filme acabar você me acorda? – Isa perguntou.

– Acordo. - Falei que sim mesmo não estando com vontade de assistir o filme, o que eu queria mesmo era poder ficar olhando para ela mais um pouco. Ela sorriu agradecendo e fechou os olhos. Puxei o cobertor cobrindo ela até seus ombros. Isa mexeu um pouco a cabeça acomodando-se melhor.

Não prestei mais atenção no filme, só nela. Cada detalhe do seu rosto era gravado instantaneamente na minha memória. O filme acabou e eu não percebi. Acabei pegando no sono daquele jeito, sentado no sofá mesmo.

– Lukas, acorda, porque você não me chamou? Acorda, vai doer seu pescoço amanha... – ela falava baixinho para não acordar o Vini.

– Hum? – murmurei - Só mais 5 minutos mãe.

– Acorda aí, Lukas, eu não sou sua mãe... - ela riu baixinho.

– Que foi ? – falei com o olho ainda fechado e com voz sonolenta.

– Se ajeita aí, se não seu pescoço vai doer amanhã, quer dizer, hoje...

– Hum... tá. - respondi ainda sonolento.

Ela estava sentada no sofá e eu deitei, Isa deitou junto comigo e eu a abracei por trás para que ela não caísse.

– Não vai se assanhar aí, Lukas! Controla o seu amiguinho!

– Mas ele está dormindo ainda. - respondi e ri.

– Ok, mas não parece. – ela falou inocentemente.

– Tá achando ele grande assim? Imagina quando ver ele duro... - murmurei.

– Cala boca, idiota, lesado, pervertido! E fica quieto aí, se não eu vou lá para cima.

– Ah, não, estou quietinho. Não abro mais a boca. - prometi.

Puxei ela para mais perto de mim, e em consequência, meu amiguinho ficava separado da bunda dela somente por duas camadas de roupa. Aquilo era demais para ele...

– Não se incomoda, mas o meu amiguinho não vai aguentar... prometo que não vou fazer nada, mas não se incomode. – falei.

–Rá-rá. Para de se achar, nem é tanto assim também. - ela duvidou.

– Quer ver? - provoquei.

– Cala boca, Lukas, eu quero é dormir isso sim!

Isa falou e se ajeitou no sofá. Minha mão estava em volta da barriga dela e pude sentir sua respiração um pouco mais forte.

– Dorme bem priminha, eu cuido de você. – falei isso no ouvido dela e vi a parte do pescoço dela se arrepiar, Isa continuou de olhos fechados e eu fechei os meus também.