Capítulo 25 – Baile no morro

Narrado por Isa:

Me espantei comigo mesma, comecei a citar manias dele e não parava mais, nem eu sabia que sabia tanto sobre ele. Voltei para o meu quarto com seu travesseiro e decidi dormir também. A noite seria longa e com muita zoação.

Deitei no travesseiro e senti o cheiro do cabelo dele, era tão bom, logo adormeci.

Eram cinco horas e eu acordei, fui tomar um banho, a Gio ia chegar ali pelas cinco e trinta. Tomei um banho e saí enrolada na toalha, a porta do quarto estava fechada só até a metade, mas eu nem notei isso, parei na frente do meu armário e estava procurando uma roupa pra usar, ouvi um assobio e olhei para trás, vi o Lukas no quarto dele, escorado em uma mão na sua cama me olhando. Ele sorria, eu tomei um susto.

– Lukas! - falei alto.

– Eu! - ele riu.

– Que está fazendo aí porra?!

– Eu estou na minha cama ora...

– Ah, jura? Não percebi. – fui fechar a porta.

– Não, deixa assim, eu não estou vendo nada, juro! – ele tapou os olhos com as mãos.

– Idiota. – acabei rindo dele. Que primo safado que tenho.

– Sério... E também, qual o problema? Nada a ver. - ele disse.

– Essa é boa... ''nada a ver''... Eu estou pelada o lesado. – falei na maior inocência.

– Jura? – ele se levantou da cama e veio até o meu quarto.

– Aaah! Não, não mesmo, se manda Lukas, me deixa vai! Eu te conheço, saí, deixa eu me trocar... - falei.

– Eu não aguento, você é tão gostosa priminha. – ele falou com uma cara muito, mas muito safada. Pegou na minha cintura.

– Saí, Lukas!

– Eu não consigo! – ele falou cheirando meu pescoço. Me arrepiei toda.

– Saí, por favor – falei quase sussurrando, eu estava excitada, ele também.

– Isa...

– Lukas... não...

Ele desceu um pouco mais a mão pegando na minha bunda por cima da toalha. Ficou cheirando meu pescoço e começou a passar seus lábios perto do meu ouvido, eu já estava mais que arrepiada, meu coração quase pulava do peito, e o dele também, eu sentia o desejo dele, o calor do corpo. Ele me grudou na parede do corredor e começou a me beijar, era um beijo nervoso, com vontade, com desejo, era selvagem e ao mesmo tempo era doce, era maravilhoso, ele começou a passar a mão pela minha perna, eu estava toda arrepiada, mas em momento algum ele passou a mão por baixo da toalha, ele foi grudando mais e mais seu corpo no meu, senti pela toalha o volume dentro do calção dele, ele começou a beijar meu pescoço com mais vontade, mais desejo, abri um pouco minha toalha na parte de cima, o calor me consumia, ele não resistiu e começou a beijar na linha acima dos meus peitos, depois voltou para o pescoço, ele me beijava e eu retribuía, era recíproco.

A campainha tocou e estragou todo aquele momento. Olhamo-nos assustados. Quem era?

Como eu estava de toalha, corri para o meu quarto colocar uma roupa, ele desceu para atender a porta. Era a Gio. Escutei eles conversando.

– Gio, entra aí... a Isa tá... é... no banho...

– Oi, Lukas. – ela entrou.

– Tá, vou lá então. - Gio respondeu.

Já tinha posto um shorts e coloquei rápido uma blusa, comecei a pentear os cabelos e ela apareceu no quarto.

– Oi, vadia. - Gio sorriu.

– Fala bitch. - respondi.

– Uau, me ama hein.

– Você me chama de vadia e eu não te amo? - falei e ri.

– Ah, mas você é vadia mesmo.

–Poxa, magoou viu? - fiz beiço. Rimos.

Começamos a conversar e eu ainda estava um pouco nervosa, eu queria falar sobre o que tinha acontecido comigo e com o Lukas, mas também não queria... Não porque era para a Gio, porque por mim eu contava tudo da minha vida para ela, mas é que eu não sabia o porquê de falar aquilo... Então acabei esquecendo e nós começamos a nos arrumar. Já era oito e meia, e a gente ainda estava lá fazendo make e escolhendo a roupa, porque nós passamos rindo e conversando sobre outras coisas antes. Por fim, ela colocou o vestidinho que trouxe, era preto, justinho em cima e a saia um pouco mais rodada, colocou umas pulseiras pretas, e caprichou no make, além do salto pink fino.

Eu coloquei uma saia preta e uma blusa branca, pulseiras pretas grossas, scarpan preto, caprichei no make e no meu perfume.

Sim, estávamos lindas.

Já eram nove horas, os meninos deviam pirar lá em baixo. Descemos as escadas e eles estavam de boca aberta. Literalmente. Pedro pegou a Gio no final da escada, Lukas e Vini vieram em minha direção.

– Amor, você tá linda. - Pedro disse à Gio.

– Ount, meu fofo. – eles deram um selinho e saíram. Eu parei no final da escada e o Lukas e o Vini estavam na minha frente me olhando sem piscar, juro.

– Vamos gente? Vão ficar aí me olhando até o baile acabar? - reclamei.

Eles acordaram do transe.

– Você está linda, princesa... – Vini deu um beijo na minha mão. Fofo.

– Obrigada, Vini. - sorri.

– Vo... você... – Lukas não conseguiu falar direito.

– Desembucha cara –Vini deu um cutucão no Lukas.

– Você ta linda... linda. – Lukas estava olhando nos meus olhos.

– Obrigada, Lukas. - sorri de novo. - Vamos gente?

Saímos e entramos no carro, o Lukas era emancipado, então podia dirigir mesmo com 17 anos. Nossos pais eram ótimos advogados mesmo.

Fomos e chegamos no morro, deixamos o carro na casa do tal amigo do Lukas que era bem pertinho da boate, e fomos até o local a pé. O amigo do Lukas era lindo, todo encorpado e tal... mas tinha uma cara de mau e parecia que fumava, e não falo de cigarro. Ele cumprimentou o Lukas e os meninos com um toque de mão.

– Fala, GK. – Lukas disse e fez um toque de mão.

– Daí, irmão? Beleza? Quanto tempo que não aparecia ai no morro né. - O tal GK disse.

– Pois é cara... Larguei daquilo... - Lukas disse passando a mão no cabelo, meio sem jeito.

O clima estava meio tenso, Lukas falou aquele ''daquilo'', querendo parecer natural, mas eu entendi muito bem o que o daquilo queria dizer. Ele já tinha fumado, ou cheirado, e fiquei muito decepcionada. Eu nunca imaginaria ele fumando.

– Pois é... e a galera aí quem é? - GK perguntou.

– Esse aqui é o Vini e esse o Pedro. – ele apontou para os dois e houve novos toques de mão.

– E aí gente boa, beleza? - GK cumprimentou.

– Beleza... - Vini e Pedro responderam.

– Essa aqui é a Gio, namorada do Pedro e essa aqui é a Isa, minha prima. - Lukas terminou de apresentar a gente.

– E aí, Gio? - GK sorriu.

– Beleza. - Gio retribuiu o sorriso amigo.

– Oi gatinha. GK, a sua disposição. - ele disse para mim pegando minha mão e sorrindo.

– Prazer, GK. – sorri e o Lukas se incomodou com isso, percebi e adorei a situação.

– Prazer não gatinha... isso eu só posso te dar na cama. - GK disse malicioso.

Eu ri meio sem jeito, fiquei vermelha de vergonha, sorte que estava escuro e não dava pra ver.

– Vamos para o baile ? – Lukas falou cortando o clima entre eu e o GK.

– Borá lá. Antes vamos chegar ali naquela casa, minhas primas vão também. - GK disse.

– Bora lá. - Vini gostou.

– é, vamos logo lá. – Lukas me olhou como que me dando o troco por antes.

Entramos na casa em frente a que estávamos e tinham duas garotas lá, deviam ter 15 ou 16 anos.

– Essa aqui é a Larissa, e essa a Brenda. - GK apresentou.

– Oi! - as duas falaram juntas.

– Oi! - Eu, Gio e Pedro falamos juntos.

– Oi gatinhas. – Lukas e Vini falaram e sorriram para elas, elas sorriram de volta.

– Bora para o baile. - GK chamou todos.

Caminhamos uma quadra e chegamos no local do baile, tinha um monte de gente lá, mas as meninas pareciam muito oferecidas, credo, tinha umas que faltava ficarem só de calcinha ali. Mas em compensação, tinha cada homem naquele lugar, nossa. Um mais gostoso que o outro. Gio e Pedro estavam grudados e eu acabei ficando meio perdida, porque as priminhas do GK estavam interessadas no Lukas e no Vini. Que raiva daquela Larissa, só de ganhar um oi com um sorriso ela acha que já pode sair agarrando o braço dos outros, e aquela Brenda lá também... Enganchada no braço do Vini. Argh.

Eu estava de vela porque quando entramos lá o GK sumiu... Fomos os sete para a pista de dança e aquelas meninas começaram a esfregar a bunda no Lukas e no Vini. Sim, eu estava morta de tanta raiva, até porque a única que estava sobrando era eu.

Comecei a dançar e nem me importei... Afinal estava junto com todo mundo e por enquanto não era vela... Ninguém estava pegando ninguém, ainda... Estávamos numa rodinha mais ou menos assim: Pedro, Gio, eu, Vini, Brenda, Lukas e Larissa. Começou a tocar: ''desce e sobe o senhor está mandando, desce e sobe, gatinha vem requebrando'' e a Larissa começou a dançar na frente do Lukas, ele estava ficando doido com ela, e começou a passar a mão no corpo da vadia, eu fiquei com raiva, mas o que eu ia fazer... De repente a Brenda começou a rebolar para o Vini e ele também foi gostando e passando a mão nela.

Legal. Ótimo.

Eu estava totalmente de vela agora, porque os quatro já estavam se beijando.

Quando vi o Vini beijar a Brenda, não senti nada diferente, mas quando o Lukas agarrou a Larissa, foi como se eu tivesse recebido um tapa na cara. Não sei por que, mas fiquei com uma vontade enorme de beber. Peguei um copo de alguma coisa e virei, e fui tomando outras coisas misturadas com cerveja. Eu estava ficando alegre.

Alegre demais.

E começou a tocar aquela música: “e vai descendo, descendo, perdendo a linha devagar e vai subindo, subindo, ela não para de dançar”. E sim, agora eu já estava bastante bêbada, não sou acostumada a beber, então o que a música mandava, eu fazia, descia até o chão, as outras meninas também desciam, todos já estavam meio bêbados, e quando ainda tocava a música, o GK chegou na rodinha.

– Consegui vir para cá, finalmente. O patrão estava chamando... O Lukas e o Vini já estão pegando a Larissa e a Brenda. Não perdem tempo mesmo... – GK falou isso para a Gio e para o Pedro já que eles eram os mais sãos, eu escutei e como já estava bêbada, cheguei na frente dele e fiz a maior cara de carente do mundo.

– Pois é GK, só eu que estou segurando vela aqui. - fiz bico e botei o dedo no peito dele.

– A gente pode resolver esse problema rapidinho. – ele me pegou pela cintura e falou isso bem perto da minha boca. Vi o Lukas parar de dançar e ficar me olhando, depois fechei o olho e nós nos beijamos. GK começou a passar a mão na minha bunda e pelas minhas pernas, o beijo era muito bom, atrevido, ele tinha uma pegada e tanto, começou a passar a mão novamente na minha bunda e foi descendo até chegar ao final da saia, GK ia colocar a mão por dentro da saia, mas o Lukas se meteu ali.

– Acho que está na hora da gente ir embora. – ele estava me olhando sério.

– Vai... o GK me leva depois né? – olhei para ele com cara de safada, eu estava muito bêbada mesmo.

– Claro princesinha, te levo onde você quiser, o céu é o limite. - GK respondeu mordendo o lábio.

– Desculpa aí cara... Mas eu preciso levar ela embora. - Lukas disse.

– Cala boca, Lukas. Ela quer ficar aí e deu. - GK falou alto.

Senti o tom agressivo do GK e aquilo me deu medo, ele olhava para o Lukas com uma cara fria e muito nervosa. Fiquei com muito medo dele e, talvez pelo medo, decidi ir embora.

– Tudo bem, GK, eu preciso ir mesmo... A gente prometeu chegar cedo. - dei a desculpa.

– Ah, princesinha... Mas eu queria ficar mais um pouquinho contigo... – ele voltou a ser doce.

– Desculpa, amorzinho... Tenho que ir... Mas a gente se encontra ainda... - falei piscando para ele.

Ele me agarrou e me deu outro beijo, meu medo tinha passado um pouco, e beijei ele com vontade, ainda estava bêbada... Ele continuou passando a mão pelo meu corpo e aquilo era bom. Depois paramos o beijo com um e outro selinho, aí ele falou um tchau e sumiu no meio daquela multidão. O Lukas estava parado na minha frente olhando para o chão.

– Vamos... - ele falou triste e ao mesmo tempo sério.

– Vamos priminho gostosinho. – peguei na cintura dele, eu tinha que estar muito bêbada para chamar ele daquele jeito, e pela primeira vez ele não me deu bola.

– Anda logo, e não se perde de mim. – Lukas disse seco.

Eu nem tinha muita noção do que falava, e fui cantando ele, o Lukas, isso mesmo, EU estava cantando o Lukas.

– Que isso priminho, vem aqui, me leva, vai? – agarrei a cintura dele por trás.

– Anda logo. – ele pegou na minha mão e continuou abrindo caminho no meio do pessoal. Chegamos lá fora e descemos até a casa do GK, Gio, Pedro e Vini já estavam lá.

Chegando lá perto corri até o Vini e o abracei.

– Vini, o Lukas não me quer, e você me quer? - fiz bico.

– Claro que quero, vem cá vem. - Vini foi me puxando para ele.

– Entra no carro, Isabella. Agora. - Lukas falou me puxando.

– Ih... Está parecendo meu pai... - reclamei.

– Anda logo.

Ele me ajudou a entrar no carro, e fui no banco de trás com a Gio e o Pedro. Não sei quanto tempo levamos para chegar em casa, só sei que quando chegamos, estávamos eu e ele dentro do carro, e eu estava no banco da frente, com o cinto de segurança. Os outros tinham evaporado?

Ele estacionou o carro, saiu, fez a volta e abriu a minha porta. Eu não conseguia tirar o cinto de segurança de tão tonta que estava, ele se colocou por cima de mim e desengatou o cinto, peguei a cabeça dele e coloquei nos meus peitos.

– Ainda não quer sua priminha gostosinha? - falei com cara de safada e ele tirou rapidamente a cara dos meus peitos.

– Fica quieta, Isa. Amanha você vai se arrepender das coisas que está falando.

Eu não tinha nem força pra retrucar as palavras dele. Não estava raciocinando mesmo.

Saí do carro com a ajuda dele e com muita dificuldade, ele estava caminhando do meu lado, mas eu não conseguia controlar minhas pernas, então caí ali na grama da entrada da casa, fiquei lá deitada no chão olhando as estrelas e o Lukas logo se ajoelhou do meu lado.

– Levanta sua bêbada. – ele não conseguiu continuar sério, meu tombo tinha sido muito engraçado.

Ele estava ajoelhado na minha frente e eu olhando para o céu, me pendurei no pescoço dele e o forcei a me beijar. Ele não conseguiu me negar o beijo e começou a me beijar também, mesmo estando bêbada eu curtia aquele beijo como se estivesse flutuando, o beijo dele era, simplesmente, diferente. Era dele. Era perfeito.

Ele cortou o beijo e ficou me olhando, depois baixou a cabeça. Eu nem sabia o que estava acontecendo e continuei olhando para o céu.

– Olha, Lukas. São lindas né? - falei com a voz estranha.

Ele olhou para o céu também.

– São lindas, mas não tem a metade do teu brilho.

Ele falou isso, e na hora eu nem escutei, se escutei, esqueci.

Lukas me pegou em seus braços e abriu a porta com alguma dificuldade.

– Me solta, Lukas... eu sei caminhar. - bufei.

– Sabe sim... Mas é capaz de você fazer barulho e acordar alguém e aí eu e você estamos ferrados. Então cala a boca e não se meche. - Lukas disse baixo.

Ele fechou a porta e subiu as escadas comigo no colo, chegamos no meu quarto e ele me colocou na cama.

– Você não pode dormir assim... Vou ter que te dar banho. - Escutei ele dizer.

Botei minha mão atrás do pescoço dele de novo e puxei ele para perto de mim.

– Me da banhozinho, Lukas? Dá, por favor. – fiz cara de pidona.

Ele não disse nada, me pegou outra vez no colo e me levou para o banheiro do meu quarto, tirou minha roupa e me deixou só de calcinha e sutiã.

– Hum, que priminho safado, não tira o olho da priminha. – falei isso sussurrando no ouvido dele, o vi se arrepiar, mas ele se controlou.

– Para com isso, Isa, por favor. Eu sou homem caramba. - Ele falou fechando os olhos.

Eu ainda estava muito tonta, e comecei a provocar ele mais ainda.

– Me mostra que é homem, mostra? - sussurrei.

Ele não respondeu, tentou ao máximo não olhar para o meu corpo, mas era difícil. Tirou a camisa e a calça e ficou só de cueca, entrou no box do banheiro comigo e abriu o chuveiro, antes de me colocar em baixo da água ele molhou a cabeça, a água estava fria, mas eu mal senti.

Lukas esfregou minhas costas com a esponja e depois me enxaguou, desligou o chuveiro e me secou, evitando ao máximo colocar a mão perto das minhas partes íntimas. Um pouquinho melhor eu já estava, ele pegou uma calcinha e um sutiã e me mandou colocar. Estávamos juntos no banheiro, mas ele virou de costas, eu continuei provocando.

– Não quer ver nenhum pouquinho? Eu deixo priminho, pode olhar. - falei.

– Veste isso aí logo, Isa.

Coloquei a calcinha com um pouco de dificuldade e coloquei o sutiã.

– Ajuda aqui pô! Não consigo fechar. - pedi.

Ele virou para mim e eu estava de costas para ele agora, ele chegou perto de mim e começou a fechar o sutiã, estávamos bem perto. Quando ele fechou, cheirou meu pescoço e mesmo bêbada me arrepiei toda, decidi provocar mais.

– Então você quer né? – virei para ele e olhei com cara de safada. Mas na verdade eu estava quase dormindo em pé.

– Muito. – ele falou baixinho.

Encostei meu rosto no peito dele e fechei o olho, eu estava quase dormindo já, ele me pegou outra vez no colo, me levou até a cama, me deitou lá e sentou do meu lado.

– Boa noite, Isa. – Lukas me deu um beijo na testa.

– Fica aqui comigo?

– Melhor não...

– Vai, Lukas... Eu não estou me sentindo muito bem... - Eu falava isso de olhos fechados, tudo parecia girar.

– Tá. – ele se ajeitou do meu lado na cama.

– Acho que vou vomitar. - falei.

–Ah, droga, aguenta ai.

Ele levantou rápido da cama e correu até o banheiro do corredor, voltou rapidamente com um pequeno balde e quando ele chegou eu vomitei dentro.

– Eca! Argh! – fiz cara de nojo.

– Viu, não mandei beber tanto.

– Mas a culpa foi toda sua.

– Minha? Porque será... Eu não fiz nada.

– Não... Ficou se agarrando com a tal de Larissa...

Ele ficou me olhando com uma cara de quem não estava entendendo. Nem expliquei mais nada, não conseguia, deitei no travesseiro e fechei os olhos.