A Domadora - O Fragmento da Profecia escrita por Maria Beatriz


Capítulo 7
Capítulo 6 - Discípula


Notas iniciais do capítulo

Yoooooooooo! o/
Primeiramente, muuuuuuuuuuito obrigada ao Ryan Philips que comentou todo "Os Quatro Elementos" e a Dinossaura que tá sumida, mas comentou bastante também :3 Cara, eu simplesmente amo os comentários de vocês :3 Tambem tem a Misteriosa (a Jenifer, minha colega) que lê a história e fica shippando a Sora e o Denzel durante a aula e.e
Okey, sei que deve ter alguém a fim de cortar meu pescoço, eu demorei o que mais de um mês para postar? e.e Vergonha, sinto vergonha... e.e Mas, ó, tenho algumas novidades interessantes.
Uma delas é que eu fiz aniversário semana passada, então, leitores fantasmas, tratem de me darem os parabéns o/ A outra, é que "Os Quatro Elementos" vai participar de um concurso o/ Ele foi recomendado para mim me inscrever, uma escritora do nyah me mandou uma MP com o link e tal, por que ela achou que a minha história tinha chances *__* Enfim, tem algumas mudanças para fazer também nessa história que eu vou enviar, umas delas é o nome dos mundos. Se virar livro, a Terra vai ser chamada de Tempus (significa tempo em latim), Luz será chamado de Scarleson e Trevas eu ainda estou procurando um nome... Se alguém tiver uma sugestão "fod*na" eu darei uma avaliada. Ou se alguém souber de algum site onde tenha nomes legais... e.e
Trilha sonora para a Sora (não sei por que to postando isso): https://www.youtube.com/watch?v=sMgsC8kVOBI&feature=kp
O nome da musica é "fight inside" e é da banda Red, que eu gosto muito :3



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Desci rapidamente as escadas do Grande Salão, ainda carregando o baú comigo, com pressa iria diretamente para casa. Suspirei, enquanto alcançava finalmente os últimos degraus. Restava um elemento, a profecia ainda não fora completa. Qual seria o seu dom? Quem poderia ser? Mais velho do que Benjamin? Ou mais novo que os gêmeos?

Mexi minha cabeça, tentando afastar os pensamentos. Iria saber daquilo logo, uma hora ou outra.

Sai rapidamente da fortaleza, passando pelo pátio da frente, sobre o trilho de cascalhos, rapidamente me vi livre e longe de lá. Segui caminhando na rua principal da cidade.

Então teremos que seguir viagem novamente, Arcano?

Parece que sim. Mas não fazia a menor ideia de que a profecia estava incompleta.

Eu também não. Imagino quando chegarmos a Eternal, aquela cidade não aceita domadores.

Você terá de fazer o que mandaram, não use seus poderes em público.

Iria responder a Arcano, entretanto, vi ao longe Denzel aproximar-se de onde eu estava na rua. Ele caminhava sem pressa, embora, havia alguma coisa nele que me deixava intrigada. Denzel estava estranho – mas do que de costume - nos últimos tempos, uma grande prova disso fora no incidente há poucas horas. Afinal, ninguém ficava daquele estado por nada. Mas Denzel tinha o coração de um dragão, sangue de dragão. Talvez fosse uma explicação plausível para tudo...

–Aconteceu alguma coisa? – Ele disse, ao parar de caminhar a minha frente.

–Na verdade... – Ponderei, mas teria de falar para Denzel o que estávamos prestes a fazer. – Eu estava falando com o conselho, as anciãs estavam juntos e vieram avisar que, a profecia estava incompleta.

Bastou àquelas palavras para ele mudar a expressão, não consegui decifrar o que ele pensava. Seus olhos de dragão haviam se tornado incompreensíveis, ao mesmo tempo, sempre tinha o maldito costume desviar deles.

–Então, teremos que viajar novamente, não é? – Escorei-me na prede da casa que estávamos em frente, encarei o céu cinzento antes de responder.

–Ordens das Anciãs do Tempo. – Encarei-o. – Você negaria? – Naquele momento ainda pude ver uma mulher passar encarando Denzel com ligeira repulsa, como se ele fosse um monstro. Era sempre assim, as pessoas não havia aceitado muito bem o seu estado, o que lhe tornava temível. Denzel não notou- ou se fez de tapado–, então, apenas semicerrei meus olhos e encarei a mulher, fulminando-a mentalmente enquanto a mesma desviava o olhar com certo medo. Desta vez, o medo era de mim. E era quase que uma sensação boa saber daquilo.

Mas em resposta, Denzel apenas maneou a cabeça negativamente.

Segurei o baú que ainda carregava e preparei-me para voltar a caminhar, iria me despedir e ir diretamente para casa. Contudo, antes que atravessasse a rua, senti o baque de algo dar um encontrão em mim, apenas me desiquilibrei, mas não caí – pelo menos isso, seria uma cena cômica se eu caísse. Olhei ao redor, pude ver a silhueta baixinha encarando-me, sentada no chão, havia caído. Os cabelos róseos caiam-lhe no rosto. Era Lumina, a garota que eu salvara durante o incidente em Temesia.

Ela olhou-me por alguns instantes e logo voltou a correr, na outra direção.

Lumina está fugindo da fortaleza. – Falei para Arcano.

Ela se parece com você quando tinham a mesma idade.

É, tem razão.

Olhei para Denzel, rapidamente ainda tentando não perder Lumina de vista.

–Poderia guardar para mim? – Entreguei o baú. – Logo irei pegar de volta.

Ele assentiu enquanto guardava objeto dentro da mochila, não o esperei falar mais nada e sai correndo da direção de Lumina. Ela estava aprontando algo, e eu precisava saber o que. Mesmo que não tivesse nada a ver comigo, talvez eu apenas tivesse me apegado a ela devido o que acontecera – tinha de perder aquele costume de querer saber as coisas sem ter nada a ver...

Lumina tinha estatura baixa, o que facilitava o fato de que eu poderia perdê-la de vista facilmente, enquanto eu desviava das pessoas, ela agachava-se e passava por baixo das coisas. Continuei correndo, minha capa mexia-se com velocidade, enquanto a identificava apenas pelos longos cabelos de cor rosa. Lumina agachou-se e passou por uma carrocinha que atravessava a rua. Após isso dobrou uma esquina.

Tentei parar de correr, no entanto, não tive tempo para isso e esbarrei no homem que puxava a carrocinha. Frutas voaram ao redor e acabei sendo xingada por nomes citáveis e não citáveis. Falei um rápido “desculpa” e voltei a seguir Lumina. Dobrei a esquina como ela, ainda podendo-a ver entrar em um beco.

Fiz o mesmo, enquanto a via correr mais a minha frente. Um fato interessante sobre Temesia é que, têm muitas casas, essas casas formam becos estreitos, um labirinto cinzento com solo de terra seca. Afinal, não enlameava tanto durante as chuvas.

Por que está seguindo ela?

Já disse, Lumina se parece comigo, e quanto eu fugia da fortaleza, nem sempre as coisas acabavam muito bem...

Você brigava, perdia treinos e arrumava confusão. Mas foi assim que se encontrou com Dante.

Quase parei de correr, não ouvia aquele nome há muito tempo. Olhei ao redor, apenas para certificar-me de que não havia perdido Lumina de vista, ela direcionava-se a outro beco, continuei a segui-la.

Faz muito tempo que não o vejo... – Falei, enquanto a seguia.

Dante era seu Mentor, apesar dele estar sempre contra a fortaleza, ele a ensinou a controlar seus poderes.

Mesmo que os dele fossem completamente diferentes dos meus.

E parece que há alguns anos ele conseguiu o que queria...

Deixou a fortaleza e ninguém nunca mais soube dele.- Completei.

Parei de correr, observando Lumina tentar desastrosamente pular um muro. Era o fim, o corredor a frente não tinha saído, era fechado por um muro não tão alto – eu pularia com facilidade –, mas ela era baixa, então, era uma tarefa difícil.

Fiquei de longe parada, observando-a até notar minha presença. Lumina desistiu de pular o muro, sendo assim, ficou de pé analisando-me com os grandes olhos azuis, logo em seguida ela sentou-se no chão. De braços cruzados, afrontou a parece e não olhou para mim.

–Por que estava fugindo? – Perguntei aproximando-me, tentando não parece tão assustadora.

–Você vai me levar de volta para a fortaleza? – Bufava e respirava com força.

Aproximei-me dela, sentei no chão a sua frente, tínhamos ligeira diferença da altura. Apesar de que, Lumina tinha dez anos, prestes a completar onze. Contudo, sua estatura era baixa, e a minha não. Embora de que não poderia me considerar a pessoa mais alta, mas não estava no padrão “baixinha”.

–Eu irei lhe responder depois que você me der uma resposta. – Pronunciei-me.

Lumina descruzou os braços, e olhou para mim, seu semblante era triste. Não, descreve-la triste era errado, Lumina parecia mais desiludida, como se lhe faltasse esperanças sobre algo. Mas nada em demasia.

–Ninguém gosta de mim na fortaleza... Eles têm medo que eu faça alguma coisa para machuca-los... Queria que minha mãe e meu pai estivessem aqui... – Agora ela encarava as próprias mãos, desviava o olhar.

E aquilo, mesmo que pudesse parecer anormal para mim... Doeu. Não sabia explicar como, e era algo estranho, realmente, eu não tinha o costume de me comover facilmente com a história de outra pessoa... O que de certa forma, poderia parecer frio de minha parte. Mas era apenas meu modo de se portar, não demonstrava facilmente. Para não me abalar.

Todos tem recaídas, é uma das leis da vida.

É você tem razão.

–Eles têm medo do seu poder? Por que você pode paralisar um domador, impedi-lo de usar seus poderes... – Ponderei. – Esse é um poder excepcional! E é algo admirável, acredite.

–Mas todos me evitam...

–Todos? – Arqueei uma sobrancelha, ela encarou-me brevemente.

–Não, nem todos – fixou os olhos nas mãos, novamente. – A Yoru conversa comigo às vezes, ela não tem medo de mim, por que eu não posso machucar ela. Yume também, na verdade, ela conversa mais comigo do que ela – Lumina parecia mais animada ao citar o nome de Yume, não sabia que eles eram amigos. – Também tem o Ebert, ele tenta falar comigo, mas sempre acabo machucando ele...

Avaliei Lumina não era um caso perdido. Talvez eu sim, mas ela não.

–Sabia que o medo é o sentimento que não move o mundo? – Falei, ela encarou-me.

–Quem lhe disse algo assim?

–Uma pessoa que me ensinou muitas coisas.

–Nossa... – Sua boca se abria em um formado de “O”. – Essa pessoa era muito sábia, não?

–É, acho que sim...

Então suas lembranças de Dante estão voltando. – Arcano comentou.

Nunca me esqueci dele, apenas não falava nada. E foi você quem citou o nome dele primeiro.

Se você diz...

–Ei, - levantei – acho que há algo que eu posso fazer por você.

–É serio?

–Sim. Mas tenho que ir a outro lugar antes.

–Você vai me levar para a Fortaleza – voltou a cruzar os braços e fazer bico, olhando para a parede do beco.

–Não, não vou. Acredite, na sua idade, eu também não era uma grande de estar em Argos – arqueei uma sobrancelha. – Você vai vir, ou não?

Lumina descruzou os braços, desistente ela levantou-se enquanto ajeitava o vestido.

–Eu irei com você, mas só por que disse que vai me ajudar.

Desta vez ela levantou-se, posteriormente seguindo-me em silencio. Voltamos a novamente para a rua principal da cidade, passamos apenas por mais uma esquina e dobramos na próxima. Logo mais, naquela rua, era onde ficava minha casa e, Terence deveria estar lá.

Apertei meus olhos, as janelas da frente estavam abertas, Terence nunca saia sem deixa-las fechadas. E aquilo, era apenas uma prova de que ele estava em casa. E não na fortaleza, que era onde deveria encontrar-se. Não demorou muito e nos aproximamos dela, parei em frente à porta e rapidamente dei duas batidas.

–Já estou indo! – Era a voz de Terence. Em seguida ele abriu a porta. – Sora?

–Sim. Sou eu. Por que, esperava outra pessoa? – Arqueei uma sobrancelha. Ele parecia tenso

–N-não. – Ele olhou para Lumina. – Ei, trouxe companhia?

–Sim, mas não por muito tempo, nós vamos para outro lugar depois. – Falei entrando, Lumina seguiu-me em silêncio e Terence fechou a porta. – Falei com o conselho agora pouco, as anciãs do tempo estavam na fortaleza, não sei se ainda estão agora. – Fui até meu quarto e Lumina sentou-se na mesa que havia na cozinha.

Analisei brevemente minhas coisas e então lembrei-me de que deixara o báu com Denzel. Merda. Eu deveria ter ficado com ele. Não tinha certeza se iria usa-lo, mas não custava nada guardar. Talvez um dia precisasse. Peguei uma bolça que estava em baixo de minha cama e voltei para a cozinha.

–Eles falaram sobre isso. Queriam conversar sobre a profecia, não é? – Terence perguntou.

–Exatamente. – Lumina apenas nos observava com os olhos grandes e azuis. – Ainda há um elemento restante e teremos que viajar novamente. – Falei enquanto colocava algumas coisas dentro da bolça vazia.

–Para alguns dos outros mundos?

–Não, para Eternal.

Terence silenciou-se e ficou sério.

Parece que ele pensou o mesmo que você, Sora.

–Eternal é a cidade Santa, domadores não são permitidos lá. Como vai ir? – Certifiquei-me de que não estava faltando nada e colocava a bolça, transpassada em meu ombro, ajeitando o capuz da capa em seguida.

–Não poderei usar nenhum poder. Não em publico. – Sentei a mesa, Lumina fez o mesmo que eu.

–Entendo.

–Mas tem uma coisa que eu preciso falar com você... – Luna estava inquieta quando eu a vira, Terence estava tenso. Alguma coisa havia acontecido e algo me dizia que uma tinha a ver com a outra.

Terence olhou-me com ligeiro espanto.

–O quê?

–Eu vi Luna na Fortaleza. Ela parecia-me um pouco inquieta, por acaso você tem alguma coisa a ver com isso? Além de que, você deveria estar na fortaleza, por que pelo que eu saiba, o General da fortaleza tem que estar presente, ainda mais em reuniões como a que teve hoje. O Conselho deveria estar todo reunido. Mas faltava um.

Terence suspirou fecho os olhos por um instante e voltou a olhar-me com a íris castanha.

–Eu falei com ela.

–Então se declarou? Finalmente... – É, acho que eu torcia por eles. Sempre torci.

–Mas ela não me respondeu... Não me deu uma resposta concreta. Por isso eu não estava na fortaleza. – Disse ligeiramente atrapalhado.

Acabei rindo. Terence às vezes conseguia ser pior do que eu.

–Você parece um adolescente apaixonado, irei sempre repetir isso. Mas eu acho que, você não deveria ficar tão desesperado. Sabe, seja o que for Luna é compreensível. E eu faço o que me pedir para facilitar as coisas, na verdade, estava até pensando em me mudar... – Comentei. Já havia passado tempo de mais nas asas de Terence. E também, eu já estava começando a ficar velha. Era algo que já deveria ter feito há mais tempo.

–Como assim?

–Eu faço o que for preciso por vocês dois.

–O senhor Albert gosta da Senhora Luna? – Lumina intrometeu-se. – A senhora Luna é bem legal comigo...

–Viu só, até a Lumina concorda. – Fiz uma pausa. – Ei, Terence, quantos anos você tem agora, exatamente?

–39... Faço 40 daqui uns meses. Por quê?

–E Luna, ela tem quantos anos?

–Uns trinta e cinco talvez... Por que está perguntando isso?

–É perfeito. – Falei, ele encarou-me confuso. – Vocês não têm idades tão distantes, e ambos estão ficando velhos e solteirões. – Brinquei. No entanto, não dera certo. Fazer aquele tipo de coisa não era algo que eu sabia fazer direito e nunca tinha graça.

–Velhos e solteirões? Por favor, Sora, você não é um exemplo disso em relacionamentos.

–Por que não? – E só naquele momento, fui lembrar-me de que, eu não deveria ter feito àquela pergunta.

–Acho que vou ficar em silencio. Sei que você não vai gostar do que eu estava prestes a falar.

Suspirei, agradecendo mentalmente a ele. Realmente, eu acabara falando de mais, não ita receber uma resposta muito interessante. Levantei da mesa e olhei para Lumina.

–Terence, você ainda tem aquelas espadas velhas e sem corte? – Perguntei, ajeitando a alça da bolça.

***

Havíamos caminhado certo tempo, o dia ainda estava cinzento e nublado, embora este ano, o inverno fosse de chuva, por sorte iria demorar a ela voltar. Estávamos na campina que cercava Temesia, ela não estava coberta de neve como no ano passado, na verdade, havia mais barro do que de costume. Lumina até agora, não falara nada.

–Você vai mesmo me ajudar a controlar os poderes de meu youkai? – Ela estava receosa, era insegura e de certa forma, eu a compreendia.

Não que eu fosse insegura hoje em dia, nada em demasia obviamente, sem exageros. Embora, já fora assim.

–Irei tentar Lumina, apenas. O principal tem que vir de você, converse com seu youkai, conheça-o.

Não que eu o conheça muito bem...

Você não precisa saber tanto sobre mim, mas talvez um dia eu lhe conte minha história.

E o que você era? Uma pessoa comum? Alguém que vivou na época da Grande Guerra? Viveu antes dela?

Não irei falar isso agora, Sora.

–Ele conversa comigo... – Lumina disse, enquanto nos aproximávamos da floresta que ficava próxima de Temesia, havia um lugar nela que seria interessante fazer uma parada. – Me conta umas histórias tão legais... Ele me dá conselhos, diz pra eu não sentir raiva de quem tem medo de mim. E eu não sinto raiva, pois acho que também os entendo. – Ela sorriu. É, Lumina dava um passo de cada vez, e com facilidade.

Caminhamos mais um tempo, seguindo uma trilha que havia dentre as arvores. O solo naquela parte era ligeiramente rochoso, então, não havia tanto barro devido à chuva. Embora, das arvores ainda caiam alguns pingos de agua misturado com a seiva das folhas e ainda assim, o cheiro de terra molhada invadia os locais. Poderia dizer que era um clima agradável, eu gostava da época de chuva.

Alcançamos o fim da trilha, ao final dela havia um riacho. Cercado por pedras e arvores, e era possível ouvir o som da água corrente.

–Nossa... Esse lugar é bonito – Lumina estava boquiaberta. – Você já treinou aqui?

Suspirei, também analisando o local, fazia certo tempo que não ia ali.

Era nostálgico.

Mas uma nostalgia boa.

–De fato, sim. – Falei enquanto voltava a caminhar, segui por algumas peras descendo para ficar mais próximo do riacho. Lumina me seguiu. – Mas ande, quero ver o que você sabe fazer.

–Como assim? – Naquele momento, ela empacou. Retirei a bolça que usava e a coloquei sobre uma pedra, logo em seguida fiz o mesmo com as duas espadas sem corte que Terence me emprestara.

–Seus poderes.

–Mas eu não gosto de usar meus poderes...

–Eu disse que iria lhe ajudar, não disse?

–Sim...

–Então, preciso que use seus poderes, em mim.

Ela pareceu duvidosa, mas aproximou-se de mim enquanto sua mão direita era evolvida pela sua aura de cor branca. O youkai de Lumina tinha a forma de um coelho, mas estranhamente, ele tinha os olhos de cor rosa. Aquilo me dava certo receio, lembrava-me dos Outrora.

Lumina segurou minhas duas mãos, enquanto a sensação de não poder mexer sequer um musculo de meu corpo tomava conta de mim. Não havia mais Arcano para me comunicar. Embora pudesse sentir que ela tinha ligeiro receio. Mas eu podia pensar. Se Lumina paralisava o youkai de um domador, teria como ela fazer isso com mais alguma coisa? Via os olhos de Lumina serem tomador por uma luz forte e branca.

E então uma súbita ideia invadiu minha mente. Enquanto não podia me mexer, cheguei à conclusão que com certo treino, Lumina poderia aprender a petrificar as coisas. Do mesmo modo que eu aprendera a congelar as coisas, inicialmente era apenas a àgua, agora conseguia fazer sem isso por perto. Mas ainda havia os elementos, que ela disse eram “imunes”.

E então finalmente senti que conseguira ter novamente o controle sobre meu corpo, Lumina estava de olhos fechados, sua aura não envia mais duas mãos e ela tinha uma expressão amedrontada.

Ela tem uma aparência... Bem, como poderia dizer? Fofa? – Arcano falou.

É estranho ouvir isso de você, mas tenho de concordar.

–Hey, o que está fazendo?

Primeiramente ela abriu um dos olhos, logo em seguida o outro, piscando frenética.

–Eu não machuquei você? Sora, Você está bem?

–Sim.

–Então eu consegui?

–Sim.

–É sério?

–Sim.

–Obrigada, senhorita Hill! – Ela sorriu, com as bochechas ruborizadas. – Então de agora de em diante você será a minha mestra? E eu sua discípula?

–Acho que poderia dizer que sim. Mas antes de considerar algo assim, tem mais algumas coisas que precisa aprender. – Falei circunspecta.


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Notas finais do capítulo

Duvidas? Criticas? Elogios? Para não perder o costume, mendigando como sempre, comentem, viu? :3
Ah, o próximo capitulo muda a narração, então, pode ser que ele demore um pouco, mas normalmente quando tem esses capítulos com narração diferente eu meio que consigo me adiantar um pouco na história e.e Só que agora com aulas... sabem como é.... Tenho tempo pra escrever só de noite, tive que abandonar algumas fics que tava lendo... e.e E a física simplesmente vai matar meus neurônios esse ano XD
Até o/



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