Scar Tissue escrita por Duplicata


Capítulo 7
Descensus Averno facilis est


Notas iniciais do capítulo

- A descida para o inferno é fácil-
Espero que gostem e Ivy, desculpe pela minha lerdeza! ausha
Comentem, amem e todos aqueles blá blá
— E pra quem já leu na grupo do face, terá que esperar por novos! Desculpem!



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"E estava gritando ao assassino sangrento

Quando os cargos vieram

E parei na beira da estrada

Porque foi de lá que eu vim”

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Josh entrou na sala ao abrir a porta cuidadosamente, ela fez um rangido e então mostrou que tudo estava normal e que Denise não estava ali, então Josh fechou a porta e tornou a caminhar de volta para a rua, mas então reparou num barulho grudento no calçado, olhou para baixo e viu que estava deixando uma trilha de sangue e ele sabia que não era dele.

Voltou rapidamente para a sala e abriu a porta novamente, entrou e olhou em volta procurando quem estava ferido, talvez fosse Denise mutilando os pulsos novamente, mas ao invés disso ele viu Denise. Morta.

O corpo dela pendia frouxamente numa cadeira ao lado da porta e o sangue havia escorrido de seus cortes até o chão, na porta, por isso Josh acabara manchando os sapatos com o sangue. Denise tinha vários cortes abertos, outros cicatrizados que ela mesma deveria ter feito em si e uma faca de dois gumes estava no colo dela. A arma do crime.

Josh pegou a faca e a analisou, como estava suja de sangue seus dedos ficaram impressos nela e ele a largou no chão, sacudiu Denise procurando um fio de vida a que pudesse se agarrar, mas ela não respondia. Já havia partido.

As mãos de Josh ficaram manchadas com o sangue de Denise enquanto ele procurava pelo corpo dela feridas as quais pudesse curar, num ato desesperado chegou a orar para que Apollo o desse poder de trazer Denise de volta, mas já havia sido feito e Denise não votaria mais.

Passos se aproximava do garoto e do corpo da falecida pretora do acampamento Júpiter e Josh tentou desesperadamente limpar as mãos na roupa, mas só conseguiu se sujar ainda mais, pegou a faca e guardou na bainha da espada e assim que a guardou Ulric, filho de Marte e namorado de Denise, chegou e entrou, procurando pela namorada que nunca mais voltaria para ele.

– Cadê a Deni...

Ulric reparou. O corpo, o sangue, Josh.

– DENISE!- Ulric se debruçou sobre o corpo de Denise e chorou, bateu no móvel e só então se lembrou de Josh parado ali, cheio de sangue e com o olhar culpado. Levantou-se num pulo e fechou as mãos para poder socar Josh, desfigura-lo até a morte.

– VOCÊ MATOU DENISE!- Ulric partiu para cima de Josh e bateu em todo o rosto do garoto, seu sangue se misturava com o de Denise e assim como ela vira, ele via sua vida se esvaindo por um fio enquanto Ulric o socava com o punho fechado, falando ofensas e chorando por Denise.

– Você é um infame! Você matou uma pretora! Deve ser punido! Morto na praça! Você é um fora da lei! Você é sujo, covarde e assassino! Só pelo cargo de pretor! Eu confiava em você! Queria você como pretor junto com ela e você a matou!!

– Pare! Não precisa socá-lo, pode se vingar dele depois, quando o prenderem.

Ulric hesitou e então saiu de cima de Josh que estava sangrando pelo nariz, o rosto inchado e roxo, com um dente quebrado e o lábio todo cortado. Estava destruído, mas Alice o salvara, como sempre fizera.

Ela se ajoelhou perto de Josh e suspirou, ele viu o esforço que fazia para não chorar e então pegou um frasquinho do bolço, colocou na boca dele e ele engoliu sem perguntar o que era, afinal, ele não conseguia nem ao menos piscar o olho sem que sentisse que o rosto estava se descolando.

– Ah Josh o que você fez?- Alice acariciou o rosto do garoto, mas Ulric já havia chamado reforços e muitos outros campistas e centuriões entraram na sala, olhando com choque para a cena que se desdobrava ali.

– Deuses!

Di Immortales!

– Denise! Oh não!

– Foi o Josh!

– Josh?

– Foi o Josh! Chamem Collin! Os outros centuriões e chamem a legião de guarda, precisamos encontrar uma forma de punir esse assassino!- Alguém ordenou em meio ao caos que se estendia, enquanto isso Alice ajudou Josh a ficar em pé e saíram quietos da sala, o cheiro de morte estava muito forte ali.

– Punir é pouco! Quero torturá-lo até a morte!- Ulric gritou e chorou alto.

Os dois cambalearam até a estrada, se segurando um ao outro.

– Não foi você não é? Eu não acho que foi você- Alice disse mais para si mesma do que para Jods enquanto iam para a rua.

– Não- Josh sussurrou e sentiu dor, seu rosto estava totalmente destruído.

– Ótimo. Não foi você. Foi horrível, uma atrocidade e só há uma pessoa capaz de fazer isso...

– Julie- Dessa vez Josh ignorou a dor que sentiu ao falar e sentiu apenas ódio, agora estava tudo claro e ele sabia que Julie o estava controlando todo esse tempo, pesou que tudo estava planejado para que ele parecesse o culpado pela morte de Denise. Ela conseguira.

Juntos eles voltaram para a rua em frente ao Fórum, pararam na beira da estrada e ficaram olhando para os campistas curiosos e para a grama que fora morta pelo elixir com a essência de Julie, até a grama a essência dela era capaz de matar, o que mais ela poderia fazer?


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Notas finais do capítulo

Só explicando o título, ele faz referência a como a Julie condenou a alma dela matando uma pessoa inocente, um igual. É para dizer que é muito fácil fazer algo para nos condenar ao inferno que é uma analogia ao Mundo Inferior.
Espero que tenham entendido isso.
Gostaram? Digo, está na hora de darmos uma surra na Julie? uashs
Até breve! :3
Ah e quem já lia minhas fics reparou que mudei o sistema de narração? Está melhor assim ou quando eram os personagens que narravam cada capítulo? Até breve!