“Nós somos o centro do que se quer

Você é o amor da minha vida

Não há mais ninguém, exceto você no mundo, que eu escolheria

Você é a soma e o todo da vida

Não há ninguém no mundo, se não você e eu

Você conecta a terra ao céu

E nada fica entre nós

Nossos corpos e mentes

Nada nos desconecta

Nem o silêncio ou o tempo”

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Fazia duas semanas que Josh e Alice estavam andando por ai, matando monstros e fugindo do assunto namoro, nenhum dos dois sabia bem por que, mas ambos estavam felizes sem mencionar o assunto.

Foi depois de uma luta contra um autômato que eles se beijaram de verdade.

– Alice, corre!- Josh gritou assim que viu uma estátua se movendo atrás da garota.

Eles estavam numa praça sem muito movimento de New York, treinando, mas naquele momento era mais que um treino, era um ataque de um autômato louco.

Alice correu para longe do autômato, mas ele foi mais rápido e pegou os pés da garota, ela caiu e foi erguida para cima, foi colocada no ombro da coisa e ele a segurava com força, não havia como fugir.

Josh estava ligando o modo proteção para pegar Alice de volta e sair dali o mais rápido possível, então pegou uma flecha e posicionou no arco, disparou a primeira e ela foi parar no ombro direito do autômato, não fez nenhum dano.

Jogou a segunda enquanto a coisa avançava com Alice no ombro, pegou na perna e o autômato nem chegou a cambalear, parecia ser feito de aço, era invencível se comparado as simples flechas de Josh.

Então o garoto correu para longe do autômato e de Alice, a garota achou que ele estava fugindo e gritou furiosa:

– Seu idiota! Volte aqui! Joseph Ralph Lins!

Mas o garoto já ia longe, voando enquanto corria o mais rápido que podia. Quando voltou, tinha nas mãos querosene e um isqueiro. Ele ia incendiar o autômato. Mas Alice ainda estava lá em cima.

Josh subiu numa árvore, com um plano digno de Minerva na cabeça. Esperou pacientemente no galho que era da altura do autômato e quando ele chegou perto o suficiente para pegá-lo, ele pulou e caiu no outro ombro, meio trêmulo. Mas não parou, pegou a adaga e colocou poder de luz nela, cravou na dobradiça do pescoço e descarregou uma carga de energia, quando viu Alice gritar, parou. Ele não sentia nada, pois o poder provinha dele, já ela levara uma descarga junto, mesmo que em menor escala.

– Droga Josh!- Alice gritou.

O garoto passou por cima da cabeça do autômato enquanto ele lutava para tirá-lo de lá, com algum cuidado conseguiu tirar Alice de lá, mas ela caiu no chão de mau jeito e machucou a perna, Josh caiu em pé como um gato e conseguiu ajudar Alice a se locomover até um canto mais seguro.

– Obrigada- Ela sussurrou dolorosamente.

Josh piscou e chamou a atenção do autômato para o outro lado, iria por fogo nele.

– Ei! Monte de peças enferrujadas! Vem cá!- Josh gritou e o autômato caiu na dele, correu feito um bobo para agarrar o garoto.

Josh jogou o máximo de querosene nos pés e no corpo do autômato que conseguiu, enquanto ia de um lado para o outro para não ser atingindo, quando pegou o isqueiro, o acendeu e jogou na coisa, Josh pulou para longe enquanto o autômato explodia em mil pedacinhos fumegantes.

Quando Josh chegou perto de Alice os dois riram. Um olhou para a cara do outro e riram, sem que pudesse evitar, Josh tropeçou numa pedra e os dois caíram rolando numa leve inclinação, Josh protegeu Alice com o corpo dos maiores impactos e quando pararam Josh estava em cima de Alice e os dois sorriam ofegantes.

– Alice... – Josh começou a dizer, mas a garota o interrompeu.

– Cala a boca e me beija logo!

Josh beijou-a com ardor, estava com medo de fazer a coisa errada, mas no momento a única coisa em que passava em sua cabeça era que os lábios de Alice eram macios e doces, como beijar uma nuvem, se é que isso é possível.

Quando a euforia da emoção passou, Alice deitou no ombro de Josh e os dois semideuses ficaram olhando para o céu azul e contorno que cada nuvem tinha. Era bonito o momento, único.

– Não há ninguém mais no mundo, exceto você que eu escolheria para ser minha- Josh disse, trazendo a tona o que vinha sentindo nos últimos dias.

Alice sorriu, queria mais palavras.

– Não há nada mais entre nós, não vou deixar que mais nada nos separe está bem? Eu te amo Alice Taylor e espero que você me ame também.

– Também te amo Joseph Ralph Lins, vulgo Josh e foi desde o minuto que eu o vi. Desde o primeiro instante.

Os dois beijaram-se novamente, sabiam que a partir dali tudo mudaria, não seriam mais apenas amigos, mas Josh ainda não se sentia preparado para fazer um pedido formal, então deixou como estava. Os beijos ocasionais e a companhia um do outro eram o que os fazia bem.

– Acho que devemos encontrar o graecus, já faz semanas e nada dele- Josh disse.

– Mas Apollo disse que devíamos esperar por ele e não procura-lo, ele é o deus das profecias, deve saber o que diz.

– Eu sei, mas...

– Vamos comer então e eu resolvo isso com você está bem?

Josh sorriu, sabia que jamais iria conseguir negar um pedido de Alice.

– Tudo bem, vamos.

Os dois andaram alguns quarteirões e foi quase chegando lá que um garoto passou correndo por eles, trombando e derrubando a mochila de Josh no chão.

Eles ainda não sabiam, mas o garoto negro era o graecus.