Cara, que vergonha que eu passei, primeiro:

*Uma lágrima escapou da lente.

Segundo:

*Desmaiei na frente daquele chato.

QUE M-E-R-D-A!

–Ela precisa comer, são sintomas de quem não se alimenta a algum tempo.

–Obrigado agora pode se retirar.

Cara eu ouvi a voz do Seitaro, isso não é bom. Abro os olhos e vejo ele mesmo ‘o maravilhoso Seitaro’ so que não.

–Finalmente acordou bela adormecida, me fala uma coisa, você não tem celular não?

–Ah, cala a boca, pra que você quer meu celular?

–Eu ia ligar pra algum parente seu pra avisar seu estado de saúde.

–Se você fizesse isso eles pulariam de alegria.

–Por que?

–Minha família me odeia.

–A tá.

–Mudando de assunto, err... Onde eu estou.

–Na minha casa.

–Humm.

–Onde você mora?

–Pra que eu tenho que te falar?

–Talvez porque eu te salvei.

Inflo as bochechas derrotada.

–A dois quarteirões do parque.

–Qual é o seu nome?

–Sammy Montês.

–MONTÊS??!

–É, mas eu preferia ter outro nome.

–Por que? Essa é a família mais rica da cidade.

–Porque eu odeio essa família.

–Ta bom desisto, a quantos dias você não come?

–Acho que dois e meio.

–Puta que pariu! Vou trazer comida para você.

Ele sai do quarto apressado.

Me levanto da cama cambaleando um pouco mas consigo ficar de pé, ando até o espelho para ver meu estado, tomara que não tenha percebido minhas lentes porque se não...

–Seu filho da pu...!