Halloween em Muffin Island escrita por Clots Queen


Capítulo 3
O Resgate e a Recompensa para o Mugiwara no Ichimi


Notas iniciais do capítulo

... você poderia dizer que a 'recompensa' foi para apenas um deles ^_^

Apesar do capítulo final parecer extenso, a 'ação é dinâmica', pois se One Piece fosse meu, seria assim que Usopp e Nami resolveriam as coisas ;)

Boa Leitura!!



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— Você achou que ia levar meus doces, assim? DAMEDA, BAKA!!

O céu já estava completamente escuro, mas o brilho do luar era visível refletido no olhar do capitão dos Mugiwaras, depois de desferir uma sequência de golpes ele se desvencilhou de um oponente e agora gritava para o corpo inútil que jazia no chão, Luffy quase fora capturado e preso com um par de algemas de kairoseki, que jaziam jogadas na grama úmida de orvalho.

Luffy, já mais calmo depois da luta, sentou no chão e começou a devorar um enorme pedaço de carne que arrancara da mesa de uma família no momento em que uma porta foi aberta, repentinamente ele sentiu uma movimentação amigável atrás de si, se virou e notou os recém-chegados.

— Me solta, Marimo, eu não pedi sua ajuda de merda! — A voz de Sanji soava um pouco abafada.

— Hanadji maldito! Olha para você, ensopado no próprio sangue! — Zoro disse irritado.

— E o que você tem com isso?! — O loiro começou irado, depois amenizou a voz. — Era... uma bijoux linda, né-éh? — Instantaneamente Sanji ficou mole amparado no ombro de Zoro, atingido pelas lembranças da sua recente não luta.

— OOOOII!! SAAANJIIII, ZOOOORO!! Vocês estão aí, shishishishi!! — Luffy gritou, embora não precisasse, pois os outros dois vinham a pouca distância.

— Luffy! Precisamos fazer contato com os outros e voltar ao navio! — Zoro determinou sério, largando Sanji sentado no chão ao lado de Luffy. — Mas antes, vamos amarrar esse aí também. — Completou apontando o inimigo abatido por Luffy.

— Ah! Hai! — Respondeu Luffy abocanhando o último pedaço da carne.


~*~*~*~*~*~*~*~


Alguns minutos antes, do outro lado da Ilha...

— Nami... acha que eles estão indo para o cativeiro?

— Provavelmente sim, só não entendo é por que motivo, as crianças não fogem. Elas apenas andam, como se estivessem... hipnotizadas.

— Souda na! Pode ser isso mesmo, lembra aquele hipnotizador do bando do Kuro?

— Eu pensei nisso também. Mas, isso nós descobriremos quando eles chegarem a algum lugar, né. Seguir estas crianças, e os sequestradores do Chopper é a melhor pista que temos.

Nami virou o rosto para encontrar o atirador, Usopp observou-a pensativo, depois meneou a cabeça concordando, eles estavam seguindo um pequeno grupo fazia alguns minutos, a noite já estava alta, a lua não fornecia luz suficiente dentro da mata em que a dupla se encontrava agora.

Usopp tomou a frente, sentindo-se à vontade entre plantas e barulhos noturnos, eles não usavam a trilha principal, acompanhando a movimentação pela lateral do caminho estreito e elevado, a todo instante Nami parava temendo algum som novo, mas Usopp a puxava pela mão, e eles iam avançando, lenta e silenciosamente.

De repente, Usopp notou que havia focos iluminados tremeluzindo em um ponto muito a frente, ele apontou silenciosamente, e Nami olhou pelo binóculo.

— Acho que é lá que eles querem chegar. — Ela deduziu em um sussurro.

— Há dois guardas na entrada, parece um tipo de depósito. — Usopp informou, ajustando os óculos.

Os dois ficaram ali, a uma distância segura, observando quando guardas portando armas simples, deram passagem ao grupo que eles estavam seguindo, depois que o grupo adentrou a construção, Usopp fez sinal para Nami e eles se aproximaram.

O silêncio era esmagador, a dupla estava apreensiva, Usopp sabia que precisaria derrubar os guardas para poderem chegar até onde estaria Chopper. Nami observava inquieta, na expectativa de que alguém saísse da construção.

— Vamos ter que fazer algo, Usopp, quem pode dizer o que está acontecendo lá dentro neste momento.

— Sim... merda... eu sei! — Ele falou abrindo a bolsa e apanhando uma esfera. — Já passou tempo demais! Vamos lutar! — Usopp falou saindo do esconderijo, mas ainda oculto pelas folhagens, ele esticou o elástico do Kuro Kabuto entre os dedos e mirando nos guardas, murmurou. — Hissatsu... Bakusui Boshi!!

Nami assistiu satisfeita quando, envoltos por um gás, os guardas imensos deslizaram em direção ao chão, e já pareciam dormir um sono solto.

— Vamos! — Ela falou pegando a mão dele, Usopp a seguiu aos tropeções na trilha vazia.

Quando chegaram muito próximos dos homens, Nami pegou as armas deles e enfiou dentro do próprio cesto, tirou a capa de um dos homens e cobriu as armas. Quando ela se virou para falar com Usopp, deu de cara com uma figura usando cartola e uma capa preta. Ela congelou por alguns instantes.

— Viu só? Fiquei muito melhor com uma capa! — Usopp falou virando de frente para Nami. — N-Na-Nami... que cara é essa? Você viu algo? — Ele falou se escondendo atrás dela.

— Como pode me assustar assim!! — Ela respondeu socando o ombro dele. — Baka, eu pensei que era um inimigo! — Completou com a voz trêmula.

— Ah... eu... — Usopp começou inseguro, então tomou fôlego. —... devo estar mesmo assustador! — continuou alisando o ombro atingido, sorridente.

— Urusai! — Ela respondeu calando-o. — Vamos lá, precisamos encontrar o Chopper.

— Okey!

Eles atravessaram o portão que dava entrada para a construção, ainda lembravam que havia outros inimigos em algum lugar ali, eles andavam silenciosamente, ambos camuflados pelas fantasias escuras. Em poucos metros eles encontraram uma porta aberta, Usopp espiou e viu dois homens lá dentro, provavelmente os que trouxeram Chopper e as crianças, o atirador fez sinal para Nami, ela anuiu na escuridão, deu dois passos para trás, e rodou o Clima Tact nas mãos.

Black Ball... — Murmurou formando um grande arco com pequeninas nuvens escuras dentro de bolhas. — Raiun Rod!! — Ela completou, e os inimigos foram eletrocutados instantaneamente, ela olhou sorridente para Usopp.

O atirador sorriu aprovador, se alinhou com ela, esticando o elástico e mirando nos corpos enegrecidos.

Hissatsu... Midori Boshi...— Ele ordenou— Sargasso!! — algas marinhas romperam o chão, formando cordas verdes aprisionando os inimigos.

— Sugoi... essas plantinhas são mesmo impressionantes!! — Nami comentou.

— Yokatta! Até aqui tudo bem... — Usopp falou corado pelo elogio recebido, andando em direção à porta fechada. — Nami... tem uma fechadura.

— Yoshi... arrombar é a minha especialidade!


~*~*~*~*~*~*~*~


Ao mesmo tempo, não muito longe dali...

— Você acha que isto nos leva até eles, Robin?

— É bastante provável, sim, se conheço o Nagahana-kun, ele certamente tem mais intimidade com florestas, e com a Kokaishi-san, são a dupla mais apta a chegar ao local primeiro.

Franky e Robin parados na entrada de um depósito vazio, observavam uma estreita trilha aberta na mata, o local aparentemente abandonado, mantinha dentro dele várias informações, com os braços cruzados sobre o peito, Robin brotou mãos em diferentes locais do depósito, apanhando alguns documentos, e também um Den Den Mushi, com uma aparência familiar, colocou tudo em sua cesta de doces, antes vazia, que Franky carregava. O ciborgue também resgatou algumas chaves que poderiam ser úteis mais na frente.

Eles atravessaram a porta no momento em que um clarão se fez visível não muito longe dali.

— Nami. Aquela garota suuuuper sabe chocar as pessoas. — Franky disse apontando para o lugar onde o clarão se extinguira.

Robin sorriu e tomou a frente, caminhando elegantemente pela trilha, Franky a seguiu, sem notar ele tinha o olhar fixo na cauda da fantasia dela.


~*~*~*~*~*~*~*~


Quando Nami conseguiu abrir a fechadura, eles viram Chopper de costas, debruçado, enfaixando o braço de uma criança, outras já estavam deitadas no chão e algumas ostentavam curativos. A rena ergueu o nariz azul e cheirou o ar.

— Usopp!! Nami!! Vocês nos encontraram! Estou tão feliz! — Ele disse pulando no colo de Usopp e chorando.

— Oi, oi!! Chopper... se acalme... o que houve aqui? O que há com estas crianças? — Usopp perguntou, enquanto Nami já se aproximava e colocava a mão na testa de uma menina deitada no chão.

— Elas... algumas estão machucadas, nada que eu não possa tratar rapidamente, mas algumas parecem que perderam a memória, e de repente começaram a ter uma síncope recordando tudo ao mesmo tempo... eu não sei bem...

— Perderam e recuperaram a memória, tudo de repente? — Usopp perguntou confuso.

— Sim, eu não sei bem o que houve, mas temos que ajudá-los, Usopp, vamos levar todos até o Sunny-Go, por favor! — Chopper implorava com os olhos lacrimejantes.

Usopp olhou em volta, eram cerca de quinze crianças, eles poderiam estar há uma distância de meia hora até o Sunny-go se fossem caminhando. A questão era: Como levar as crianças que não poderiam caminhar?

— Vamos sim, vamos dar um jeito! — Ele falou tentando animar Chopper. —Pensaremos em algo.

— Ah, Usopp!! Arigatou!! — Chopper o abraçou, Usopp o colocou no chão.

— Agora ajude-os, sim? Chopper, você é o médico talentoso, eu cuido do resgate! — Usopp declarou alegre, Chopper o observou com enormes olhos.

— Mesmo que você me elogie eu não vou ficar feliz, seu maldito! — Chopper dançou com o rosto vermelho, parecendo muito feliz.

Nami e Chopper enfaixavam e medicaram crianças, enquanto Usopp vasculhava o lugar, ele descobriu que só havia uma sala lacrada com a porta soldada, e no fundo da sala em que eles estavam agora, havia também um carrinho de puxar, isso não seria muito útil, talvez apenas dez crianças coubessem ali. Ele poderia avisar os outros pelo Den Den Mushi bebê, mandar Chopper e Nami na frente, e esperar um resgate.

Ele estava perdido em seus pensamentos, quando ouviu um som vindo da entrada, Nami e Chopper observaram o atirador correndo para a porta, e um instante depois, Usopp sorria, para o perfil reconhecível de Franky recortado contra a claridade frágil do luar, logo na frente dele, acobertada pela sombra enorme do ciborgue, Robin caminhava como se andasse em nuvens.

— São Robin e Franky! Eles nos encontraram!! — Usopp disse animado, Nami e Chopper comemoraram.

Robin se aproximou rapidamente, ela cumprimentou Usopp no momento em que Chopper pulou no colo dela. A morena alisou o pelo castanho da rena, se certificando que ele estava bem, depois se juntou a Nami, para medicar uma última menina.

— Awww, onii-chan... vocês sabem mesmo dar uma suuuuper festa! O que eram todos aqueles caras queimados e presos em plantas?! — Franky disse orgulhoso dos seus irmãozinhos.

— Ah... hum... bem, aquilo não foi nada... Não é como se o grande Usopp-Sama não pudesse dar conta de alguns paspalhos... digo, inimigos terríveis! — Usopp disse coçando o nariz fingindo humildade.

— Aww! Claro que não! Agora, como vamos levar esses pirralhos? Porque é bastante claro que elas não vão arredar o pé daqui sem as crianças. — Franky apontou com seu imenso polegar metálico para Robin que já tinha uma criança no colo conversando amavelmente, e Nami que alisava os cabelos escuros de um garoto que a observava com grandes olhos amendoados.

— Eu sei... Mas como levar todas elas? Tudo o que temos aqui é um carrinho de puxar, e uma sala com porta de metal, lacrada.

— Um carrinho de puxar, então acho que podemos resolver! Mas primeiro, vamos descobrir o que há na sala suuuuuper lacrada. — O ciborgue caminhou até a porta sem precisar pedir orientação.

— Mas, Franky... como vamos abrir?

Usopp engoliu as palavras, quando Franky unia as mãos em um círculo e gritava para a porta.

— FRAAAANKY... RADICAL BEAM!!

Chopper correu ao encontro de Usopp, e os dois deliraram ao ver a luz amarela preencher o ambiente. Em poucos segundos a porta estava aberta, com uma parte totalmente derretida pelo laser explosivo.

Assim que foi possível ver o conteúdo da sala, uma nova luz, ainda mais intensa que a do raio de Franky, vinha das costas de Usopp e Chopper, ambos se viraram e notaram que Nami era a fonte da iluminação, os olhos dela emitiam uma luz cegante, que iluminou todo o conteúdo de dentro da sala.

Um tesouro respeitável.

— Agora precisamos levar isso também. — Usopp falou protegendo os olhos da claridade vinda de Nami.


~*~*~*~*~*~*~*~


Brook olhava fixamente para a ilha, todos os grupos haviam feito contato com ele, e agora o esqueleto esperava até que todos chegassem, ele notou uma movimentação do lado leste, e de repente uma estrada de nuvens surgiu muito próxima ao Sunny.

Em alta velocidade, na estrada branca de nuvens, vinha um pequeno bote, em forma de banana, e uma figura vestida de preto era reconhecível, bem na frente.

— YOHOHOHOHO!! Usopp-san!! Alegra meus olhos ver você. Mesmo que eu não tenha olhos, pois sou apenas um esqueleto! Yohohohoho!!— O esqueleto disse alegre.

— SAI BROOK!! ISSO NÃO PARA, VAMOS BATEEER!! — Usopp gritava desesperado dentro do bote, Nami colada as suas costas o agarrando firmemente, Chopper segurando as perna do atirador e algumas crianças dentro do bote riam jogando os braços para cima, se divertindo com a situação.

Foi então que algo pulou na frente do bote e o segurou firmemente, Usopp Nami e Chopper abriram os olhos, os rostos cobertos de lágrimas e pálidos pelo medo, eles depararam com o salvador.

— VEJA, NAMI SWAAAN, COMO ESTOU FORTE!! EU VIM SALVAR A MINHA QUERIDA NAAAAAMI SWAAAN!! — Sanji dançou rodopiando em volta do bote, as crianças explodiram em gargalhadas.

— Arigatou, Sanji-kun, agora leve todo este ouro e coloque no meu quarto. E se você deixar cair uma única pedrinha, uma moeda sequer...

— HAAAAI!! NAMI SWAAAAAAN!!

Usopp olhou para o lado e notou Zoro e Luffy chegando também.

Luffy trazia um sujeito arrastado dentro de um saco, apenas com a cabeça para fora, Zoro tinha em uma mão uma mulher, que andava altiva, mas estava algemada, e outro sujeito, também ensacado.

— Olhem! O Franky está chegando! — Chopper apontou para a estrada a frente, no que antes fora um carrinho de puxar, agora parecia um pequeno trem, vinha Robin e algumas crianças menores e enfaixadas, todos confortavelmente sentados, Franky vinha na frente, em seu modelo com rodas, como se fosse o vagão da frente, puxando o pequeno trem.

— AWWW, suuuuper estamos aqui!! — Franky falou, Robin acenava para eles de dentro do veículo peculiar.

— SUUUGEEE!! Franky!! Onde conseguiu um desses!! Podemos levar conosco?! — Luffy pediu impressionado.

— Luffy-san, acho que primeiro devemos entregar estas crianças às suas famílias.

— Ah, é.

— Pode deixar, já ligamos para alguns familiares, daqui a pouco eles estarão aqui para pegar as crianças. — Disse Nami.

— O que me preocupa são esses daí. — Apontou Usopp, observando os prisioneiros que Zoro e Luffy trouxeram.

— Nhah... não se preocupe, já chutamos as bundas deles. — Explicou Luffy, um imenso sorriso grudado no rosto.

E assim como Nami avisara, pessoas surgiram na costa onde estava o Sunny, algumas vinham temerosas, mas quando as crianças notaram a movimentação, correram envolvendo seus pequeninos braços nos pescoços das pessoas que eles estiveram separadas por muito tempo.

Algumas pessoas se aproximaram e agradeceram aos Mugiwaras. Um homem mais velho com ar sério tomou a frente.

— Como líder dessa vila, eu queria agradecer pelo que vocês fizeram, resgatando nossas preciosas crianças, se tivéssemos como, pagaríamos, mas tudo o que podemos fazer é oferecer um banquete, por favor, aceitem!

— MINAAA!! VAMOS COMEMORAAAR!! — Gritou o capitão, pulando com os braços abertos.

— Depois Luffy, acho que precisamos é dar o pé daqui... — Zoro falou apontando para o mar, um navio da marinha já estava quase colado ao Sunny-Go, tão próximo que eles talvez não tivessem tempo para fugir.

— Merda... Luffy, vamos fugir!! NAMI, VAMOS USAR O COUP DE BURST? — Usopp gritou desesperado.

— Não, vamos enfrentar eles! Eu estou com vontade de chutar umas bundas da marinha também! — Luffy disse, já esticando o braço e fazendo movimentos de aquecimento.

Mas a surpresa foi enorme quando rostos conhecidos desceram do navio.

Rapanui, Isoka, Pukau, Rongo e Akibi desceram sorridentes, se alinharam em frente a Luffy e os Mugiwaras.

— Não imaginávamos encontrar vocês novamente... estou feliz que tenham ajudado essas pessoas, quero agradecer em meu nome. — Disse alegre, o Capitão da frota, Rapanui Pasqua.

Frente ao olhar vazio de Luffy, Isoka tomou a frente do capitão da marinha e abriu uma bandeira que apenas podia ser vista por Luffy e sua tripulação.

— Lembra agora, Mugiwara no Luffy? — Ela falou baixo.

— Ah... eu... lembro de vocês! — Falou Usopp olhando a bandeira, que nada mais era do que uma abóbora atravessada por dois ossos cruzados. — São os Panpukin Kaizokudan, os piratas da abóbora, da Ilha Ruluka.

— Somos nós... mas não conte a ninguém... — Rapanui sorriu sem jeito, coçando a nuca. — Agora... ah MEU DEUS, UMA COISA TERRÍVEL!! Vocês vão fugir de mim tão facilmente! — Ele falou teatralmente.

Luffy exibiu um grande sorriso, era bom fazer amigos ao longo da jornada.

Os Mugiwaras entregaram todos os documentos e provas para a marinha, juntamente com os prisioneiros, e zarparam acenando para as famílias.

— TANUKI-CHAN, SOGEKING-ANIKI, DAIDAIIRO-ONEE-CHAN!! ARIGATOU!!

— ROBÔ-ANIKI, HANA-ONESAMA!! SOBRANCELHA-ANIKI, ARIGATOU!!

— ESQUELETO-SAN, KENSHI-SAN!! LUFFY, JA NAA!!

As crianças acenavam para aqueles que as salvaram, eles retribuíam os acenos do navio já em movimento.

— Até as crianças são capazes de reconhecer que você tem uma sobrancelha esquisita! — Falou Zoro dando as costas para a praia e encarando Sanji.

— ORA, CALE A BOCA! Está com inveja que as crianças me agradeceram, isso sim. E pra você elas deram foi tchau, querem ver sua cara feia e mal-humorada pelas costas. — Sanji respondeu petulante.

— Usopp... por que as crianças estão chamando você de Sogeking? — Chopper perguntou curioso.

— Ah, Chopper... as crianças estão envolvidas neste clima de fantasias, né... elas realmente acreditaram que eu sou o Sogeking, veja você... — Usopp respondeu, suando.

— Ah... ufa... eu quase achei que você era mesmo o Sogeking! — Chopper falou aliviado.

— Chopper, você é muito impressionável às vezes! — Usopp declarou, cínico.

— Você não tem vergonha? — Sussurrou Nami ao lado dele, enquanto Chopper pulava para separar a briga de Sanji e Zoro, que já tentavam atingir um ao outro com socos e chutes.

— MINAAA!! AGORA SIM, VAMOS COMEMORAR!! SAAAAAAANJIIII, MESHIIII!!

Em pouco tempo havia uma festa armada no convés do Sunny, todos voltaram a vestir suas roupas habituais, Sanji preparou em tempo recorde vários pratos e muitos doces, Zoro bebia sua trigésima caneca de sake, Luffy abocanhava toda a carne que pudesse, pegando também aquela que estivesse por perto, o prato de Usopp e Chopper, por exemplo, estava sempre misteriosamente, vazio.

Nami e Robin, sentadas do outro lado do navio comiam salada de frutas, assistindo Brook tocar sua guitarra, enquanto Chopper e Luffy, em sua gloriosa forma fusen, dançavam com palitos no nariz, enquanto Franky e Usopp dançavam fazendo passos ensaiados, Usopp olhou para Nami, e piscou, erguendo a sobrancelha e fazendo os cílios sacudirem, ela corou e desviou o rosto, mirando Robin que observava Franky absorta.

— Né... no final a Big Mom estava por trás de tudo, Luffy já queria chutar a bunda dela antes, agora ele deve estar fervendo de raiva... — Falou Nami.

— Tem razão, o Den Den Mushi tinha a mesma aparência do cartaz de procurado dela, e nos documentos que encontramos no depósito abandonado, todos os dados levavam até ela. A mulher que o Zoro e o Sanji capturaram tinha um poder de akuma no mi, capaz de fazer as pessoas esquecerem suas memórias, eles se aproveitaram da tradição de Halloween para capturar e escravizar crianças, satisfazendo assim a grande obsessão por doces da Big Mom.

— A aliança com Tral para derrubar o Kaidou vai acabar ruindo... Luffy vai atrás da Big Mom. — Concordou Usopp que chegava atrás de Sanji, e já sentava ao lado de Nami.

O cozinheiro se aproximou delas com uma enorme tigela de mousse de chocolate, que ele preparou com todas as barras que ele e Zoro trouxeram da Ilha. Usopp se aproximou para se servir da sobremesa.

— Sabe, Sanji, eu me pergunto, como vocês conseguiram tantas barras de chocolate... — Usopp falou malicioso, observando atento quando Sanji corou.

— Se você não se apressar, o Luffy vai comer todo o mousse, atirador de merda. — O loiro respondeu mudando de assunto.

— AWWW! Só tinha um jeito de ganhar chocolates, eu e a Robin suuuuuper observamos! As pessoas abriam a porta e colocavam na sua cesta! — Franky falou sentando atrás de Robin.

— Ora, cale a boca, seu robô pervertido!! — Sanji disse enfurecido.

— AW! Sanji!! Não precisa ser tão suuuper gentil!! — Franky disse animado, unindo os antebraços.

— Usopp... Eu me pergunto... se vocês dois tiveram que passar por alguma terrível punição. — Zoro falou, se juntando a eles.

— Ah... eh... o quê? — Usopp gaguejou.

— Na verdade, Zoro... sim... e acho que todos nós talvez devêssemos voltar a esta ilha no próximo ano... tenho certeza que você não vai se opor. — Nami respondeu apontando para o espadachim, um sorriso secreto se estendeu em seus lábios, Zoro e Sanji trocaram um olhar. — Agora se me dão licença, eu tenho que fazer algo muito importante.

Nami saiu a passos leves no gramado do Sunny, olhou por cima do ombro e encontrou o olhar apavorado de Usopp, Sanji também olhava o atirador, mas nos olhos do cozinheiro havia chamas.

— SEU ATIRADOR DE MERDA, O QUE VOCÊ FEZ COM A MINHA ADORADA NAMI-SWAN??

Sanji tentava atingir Usopp, que se escondia nas costas de Zoro.

— Zoro-kun, me proteja!! Ele está fora de si!! — Usopp sussurrava amedrontado demais para gritar, quando um pé de Sanji quase o acertou, ele gritou colocando toda a língua para fora, e seus olhos saltaram das órbitas, tamanho era o pânico que Usopp sentia.

Rindo, Robin cruzou os braços e várias mãos tentaram segurar o loiro. Franky e Zoro gargalhavam, vendo o dilema de Sanji: Brigar com Usopp ou ceder aos muitos braços de Robin. Quando Sanji se acalmou, mil pétalas explodiram no ar quando a morena o soltou, assim o cozinheiro desabou no chão, corações rodopiando em volta da cabeça loira. Usopp aproveitou para fugir, e correr atrás de Nami.

Quando o atirador entrou no quarto feminino, Nami havia despejado o tesouro sobre a cama que dividia com Robin, e ela se banhava nas moedas e joias, literalmente nadando, com os olhos transformados em duas grandes cifras de belly, ninguém estava mais feliz com a recompensa recebida indiretamente do que Nami.

Usopp ao ver isso sorriu e se aproximou apanhando uma coroa roxa cravejada de cruzes e encaixando na própria cabeça. Nami como sempre tinha razão, talvez eles realmente devessem voltar ali no próximo ano.





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Notas finais do capítulo

FIC FINALIZADA!!

*A fanart que ilustra a fic foi desenhada por SergiArt*

Oi, Mina-San!!

Mais uma fic Usona terminada, é a minha 3ª e estou impressionada comigo mesma... foi muito divertido escrever, e agradeço a Bianca Hime, a pessoa kawaii que me deu apoio: por toda a ajuda, arigato! ;)

Em nenhuma das minhas fics sinto necessidade de explicar cada expressão utilizada pois todos que leem fics de One Piece provavelmente tenham intimidade com animes, mangás e expressões recorrentes de alguns personagens, mas se mesmo assim houver alguma dúvida, sobre alguma utilização da minha parte, por favor deixe nos comentários, ou envie uma mensagem privada, ok? =)

Se você leu, deixe-me saber o que achou, seria divertido trocar ideias com pessoas que também gostam desses personagens! ♥

Mil Bjs,
Vivi