– Vo-você?

Por um instante meu corpo ficou totalmente imóvel e minha mente começou a processar as emoções passadas.

– Senhorita, parece que seu irmão aprontou novamente e, infelizmente, só temos essa cabana para castigo. Tem algum problema?

Tentei me mostrar um pouco indiferente ao fato que ocorria bem a minha frente. Castiel em momento algum me encarou. Ele só encarava o horizonte como se eu não merecesse seu olhar.

– Não, tu-tudo bem - tentei sorrir para disfarçar e dei espaço para ele entrar com as poucas coisas que ele trazia.

– Bom, vocês devem dormir agora. Amanhã resolvemos o que faremos com vocês. Boa noite - A diretora disse por fim e saiu. Eu apenas fechei a porta levemente e por alguns segundos fiquei tentando tomar coragem de virar e encarar Castiel.

Quando finalmente a coragem me tomou, me virei vagarosamente e o vi deitado na cama de casal enquanto brincava com as cordas de sua guitarra. Andei até minha beliche e me sentei tentando me concentrar no livro a minha frente, mas ficar sozinha com Castiel depois do que aconteceu me deixava insegura.

– Não precisa ficar assim - ele disse um tanto grosso - Não vou fazer nada - Eu o encarei, mas ele continuava a brincar com sua guitarra

– Eu estou normal - tentei forçar as palavras a saírem corretamente. Então pela primeira vez, desde que ele entrou ali, me encarou e sorriu irônico. O vi se levantar e caminhar até minha cama e se sentar na minha frente, pode-se dizer que se sentou muito próximo de mim.

– Sério Carol? - Ele sorriu

– Sé-sério - Ótimo, o meu gaguejo é tipo mostrar que eu estou sendo fraca. Ele se aproximou do meu pescoço enquanto uma das suas mãos desceram para minha coxa.

– Você não mente bem - ele disse roçando os lábios no meu pescoço. Devo dizer que aquilo me arrepiou por completa? - Calma, você pediu para não fazer mais, não farei. - Enfim, ele saiu da minha cama e se dirigiu novamente para a sua. Eu apenas tentei deitar e dormir eternamente para disfarçar a minha vergonha.

Na manhã seguinte eu acordei um pouco tarde demais. Cocei um pouco os olhos e tentei focar a imagem da madeira sobre a minha cabeça. Levantei vagarosamente e fui até a cozinha para preparar algo pra comer, mas então vi que o café estava pronto. Obviamente foi Cast quem fez, e por falar nele... Onde ele está?. Depois de terminar de tomar o café e fazer minha higiene matinal, coloquei um biquíni qualquer e fui até a cachoeirinha que a diretora havia falado.

Dei a volta na cabana e cheguei até o limite da cabana e vi a cachoeirinha límpida que havia ali. Entrei na água extremamente gelada, mas devido ao intenso calor, isso não foi ruim.

– Ah, você está aqui - Ouvi a voz de Cast - Gostou do meu Café da Manhã especial? - sorriu

– É não estava ruim - sorri. Ele tirou a calça que vestia e blusa vermelha da sua banda de rock preferida, ficando apenas de boxer. - O que você tá fazendo? - perguntei assustada

– Calma pirralha - gargalhou - Eu quero entrar na água, mas eu não trouxe sunga, nem a minha bermuda de praia, então vou entrar de cueca mesmo - Depois de ser explicar, ele entrou na água rapidamente através de um pulo. Claro que eu estava tentando me acostumar ainda com o frio da água, e ele acabou me molhando por completa.

– IDIOTA! - gritei e ele rapidamente emergiu

– O que foi que acon.... - Ele parou e deu uma risada estrondosa - O seu cabelo tá ridículo! - ele disse entre os risos

– Ora seu... - Enfim, começamos um guerra de água. Nós parecíamos quando eramos crianças, fazíamos isso direto. - HAHA' O seu cabelo também está horrível! - gargalhei

– Ah é? - ele imergiu nas águas claras da cachoeira e veio até mim, pegando-me no colo e me girando, aé que me jogou na água - Ha', quem está ganhando agora fedelha? - sorriu. - Fedelha? - pausou - AI Meu Deus, Carol? - me puxou pelo braço. Foi o tempo que eu tive de me soltar de seus braços e lhe dar uma rasteira.

– Ah, tadinho! Ele se preocupou comigo - Gargalhei, ele me encarava com um olhar muito maligno - Cast? - ele saiu correndo no meio da água atras de mim, eu fugi o máximo que consegui, mas ele me pegou e me colocou em seu ombro me carregando até a beira da cachoeira. Ele se sentou e me jogou no chão, mas com cuidado para que eu não me machucasse, ficando ele por cima de mim e do nada começou a fazer cocegas em minha barriga

– E agora? Vai tentar me dar rasteira de novo? - falou em quanto seus dedos me fazia gargalhar freneticamente

– Não... Para Cast... Por favor! - gritei em meio aos risos.

Quando ele finalmente desistiu de me torturar, nós nos encaramos por um tempo, senti uma das suas mãos tirar alguns fios de cabelo que cobriam meu rosto, sua face tinha um ar diferente dessa vez. Mas depois de me encarar um pouco,ele saiu de cima de mim e voltou a encarar o horizonte, eu me levantei um pouco depois encarando-o

– Desculpe - ele disse ainda sem me encarar

Senti meu corpo se queimar de vergonha, encarei o chão por um tempo. Num surto, que eu não sei porque aconteceu, me levantei e fui até Cast, me sentei em seu colo e agarrei seu pescoço com força, forçando seus lábios contra o meu. Por um momento ele não correspondeu, senti a vergonha invadir o meu corpo, quebrei o beijo e encarei o chão, mas isso não durou nem 5 segundos. Senti as mãos de Cast me puxarem para mais perto dele e num momento rápido me puxou para mais um beijo aind amais feroz que o da ultima vez, depois de me ter colado em seu corpo, pegou uma das minhas pernas e a passou para o outro lado da sua cintura, me fazendo prende-lo. Senti suas mãos se depositarem em minhas coxas, ele as apertava, mas não me machucava, apenas me dava vontade de continuar ali...