Sonhando Acordada escrita por Eduarda Louise


Capítulo 7
Capítulo 7 - Sonhos São Reais...??


Notas iniciais do capítulo

"Talvez nossa mente seja tão forte quanto imaginamos"



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Sentei ao lado dele e o abracei. Ficamos em silêncio assim por um bom tempo.

Então olhei para a parede de vidro, assim digamos, e vi a chuva. Era muito aconchegante apenas estar ali, ouvir a chuva abraçada a ele. Eu tinha total certeza: Se aquilo era um sonho, não queria acordar nunca!

— Não existe um meio de eu ficar aqui com você para sempre? — Perguntei com a voz baixa.

— Você sabe o que isso significaria, não sabe? — Ele respondeu com um cochicho em meu ouvido, enquanto afagava meus cabelos.

— Eu não... Não me importaria se eu morresse! Se eu puder ficar aqui com você, tudo bem. — Me ajoelhei no sofá de frente para ele, com a expressão séria.

— Mas eu não quero que você morra, Lory! Você precisa acordar! Não pode me deixar — Ele fez uma cara de tristeza e mudou um pouco o tom de voz.

Parei um pouco para pensar no que ele havia dito. Não fazia sentido. Quando eu acordo, eu o deixo "aqui". Então por que ele falou que eu preciso acordar, para não deixá-lo.

— Eu não entendo, como assim deixar você? Quando eu acordo, você não fica sozinho? — Perguntei.

— Lory, você ainda não acordou. — Christian disse, com uma expressão estranha no rosto.

— Espere, espere!! Você existe? Eu estou dormindo mesmo quando estou acordada? Eu não estou entendendo! — Falei, começando a me agitar.

—Lory!! Se acalme, por favor! — Ele colocou as mãos nos meu ombros e me sacudiu de leve.

—Como assim?? Tudo isso... É real?? — Eu estava realmente pasma.

—Lory, eu... — Ele estava com uma expressão muito assustada no rosto, parecia não saber o que fazer.

Eu saí correndo de lá, quase que por reflexo, e corri para qualquer lado naquela chuva. Corri com todas as minhas forças, completamente pasma, completamente confusa.

Corri tanto que nem senti a chuva parar, corri tanto que nem vi para onde eu estava indo, até que tropecei em algo e caí.

Continuei caída, com uma expressão completamente pasmada e chorei mais um pouco, até que:

— Ei garota! O chão está carente e você resolveu dar um abraço nele? Levante-se!! — Alguém havia falado comigo.

Aos poucos eu fui virando o rosto e me deparei com um garoto um pouco mais baixo que eu, de cabelos escuros e olhos castanhos, com um óculos que lhe dava uma aparência muito nerd.

— Sou o Josh e você não se preocupe, o chão está feliz sem tantos abraços. — Ele riu.

— Sou a Lory... — Eu continuava sem reação — Onde estamos?

Tudo ao meu redor havia sumido, o cenário inteiro. As casas, a rua, o céu e a chuva também, e tudo estava branco e infinito.

— Como vou saber? Você não é a dona do lugar? Só estou tentando arrumar tudo. — Ele riu de novo.

— Você é bem simpático, hein? — Respondi, irritada, enquanto me levantava. Então percebi — O que você quer dizer com "arrumar tudo"?

— Ah você sabe, botar algumas coisas em ordem, entende? — Ele respondeu, sorrindo para mim.

— Talvez... — Respondi, confusa. 

— Mas e você? O que estava fazendo? Veio correndo feito louca e, de repente, caiu e nem cogitou se levantar. Me agradeça por não ter deixado você definhar aí.

— Eu estava... Não sei... — Ele me deu um tapa na parte de trás da minha cabeça e me chamou de lerda. Não conseguia pensar direito. O que eu estava fazendo antes de cair? — Aiii!!!

— Haha!! Bom, eu vou andando, prazer em conversar com você, Lory-Lerda! — Um deboche em cada frase.

— Adeus! E o prazer é todo seu. — Respondi irritada.

— Essa patada realmente doeu, haha! Adeus.

Quando ele desapareceu, eu me virei e vi uma mesinha branca, com um cartão e uma tulipa vermelha. No cartão estava escrito:

"Lory, eu amo você! Precisamos conversar melhor, desculpe ter te magoado! Do seu eterno amor, Christian"

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Acordei muito triste e agitada, minha dor de cabeça parecia pior do que quando eu havia ido dormir. Fui caminhando até minha escrivaninha, em busca de algum remédio e me deparei com o cartão e a tulipa que eu havia acabado de ver em meu sonho. Não consegui me controlar e acabei gritando.


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Notas finais do capítulo



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