Sonhando Acordada escrita por Eduarda Louise
Notas iniciais do capítulo
"Quem nunca quis viver em um lugar onde tudo é tão doce?"
Eu finalmente havia chegado! Chegado dentro de mais um sonho, um sonho pelo qual eu espero o dia todo, se possível! Um sonho, pelo qual me motiva a ainda estar viva.
Talvez você pense que isso é exagero, mas com certeza não é!
Quando encostei meus pés no chão, observei a paisagem ao redor. (Na verdade eu apenas estava procurando por ele, mas é claro que eu não iria admitir isso).
— Você chegou mais cedo hoje! — Ouvi a sua voz atrás de mim, me virando rapidamente.
Então eu vi! Vi aqueles olhos verdes perfeitos, que me lembravam duas esmeraldas, contrastando com sua pele tão branca e perfeita que parecia ter sido esculpida em mármore carrara! E seus cabelos negros e compridos o suficiente para formar aquela franja linda e meio bagunçada, que lhe dava um ar meio de rebelde. Seus lábios eram tão lindos e bem desenhados que pareciam pedir um beijo!
— Christian!! — Saí correndo e o abracei. Definitivamente aturar todos os dias aquelas pessoas com quem eu era obrigada a conviver valia um pouco a pena...
— E aí? Como foi o seu dia por lá? — Ele me perguntou.
— A mesma porcaria de sempre! E o que você fez o dia todo? — Perguntei enquanto me perdia no verde dos seus olhos.
— Eu estava preparando algo para você... — De repente ele me puxou pela mão e levou-me até um lugar que ficava perdido entre as árvores que pareciam tomar o lugar por completo. Lá havia um coreto lindíssimo, branco e feito de mármore, rodeado por um lago de água cristalina. No centro dele, havia uma pequena e delicada mesa com chá e doces.
Quando me sentei, percebi que estava com um vestido branco com babados compridos e descalça.
— Eu trouxe os seus doces favoritos, espero que goste. — Ele falou, estendendo a mão por cima da mesa e me mostrando os vários potes de doces. Definitivamente eu amava todos os que estavam ali.
— De onde você tira tudo isso? É simplesmente maravilhoso! — Eu perguntei.
— Bom, a maior parte, eu tiro daqui! — Ele respondeu sorrindo, e apontando para a minha cabeça.
— Como assim? — Perguntei confusa.
— É meio complicado, outra hora eu te explico. — Ele se afastou um pouco e ficou olhando para as águas envolta do coreto. — Sabia que essas águas são doces como se tivessem açúcar? Pode nadar, se quiser. — Disse isso, com um sorriso malicioso no rosto.
— Mas como? — Eu olhei para as minhas roupas, que já não eram mais um vestido, e sim um lindo maiô branco como a roupa anterior, com um lacinho preto no meio e as costas abertas.
Não pensei duas vezes, saí correndo e pulei! Nadei até o fundo sem medo, afinal, era tudo um sonho e eu não poderia me afogar, e, quando olhei para cima, ele estava descendo ao fundo para ficar ao meu lado.
Quando me alcançou, ele sorriu e me abraçou. De repente eu ouvi um barulho forte, quase como uma batida, e fui arrancada de seu abraço. Talvez nadar não tenha sido uma boa ideia...
...
Acordei nervosa, com algo batendo na minha porta com força.
— Não... NÃO!! - Joguei minha cara contra o travesseiro com força — Preciso dormir novamente, preciso, preciso!! — Alguém continuava batendo na minha porta, alguém merecedor da morte, com toda certeza — Preciso dormir, preciso!!
— LORYY!! ACORDE LOGO E VENHA PREPARAR O CAFÉ DA SUA IRMÃ!! — Escutei aquela voz, daquela mulher a quem eu tanto odiava! E era assim que eu era arrancada de meus sonhos todas as vezes, para mais um longo e tortuoso dia...
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