Subentendido escrita por Anne


Capítulo 20
Capítulo 20


Notas iniciais do capítulo

Oi meninas, tudo bem com vocês?
Primeiramente, obrigada pelos reviews lindos que vocês tem mandado nos últimos capítulos, sério, vocês não sabem como isso anima a gente a escrever, continuem assim, rsrs.

Tô vendo que vocês estão bem divididas quanto a quem a Sofia deve ficar, muitas meninas torcendo por MatFia, outras ainda BenFia e isso não está sendo desconsiderado okay?
Estou quase morrendo também, porque antes eu achava que tinha um final definido, mas hoje sei que a história tomou outros rumos, estou deixando ela andar pelos próprios passos, vamos ver no que vai dar.
Bom, sem me alongar muito porque eu sei que tinha muita gente curiosa para ler esse capítulo, espero que vocês gostem dele e comentem bastante.
Nós vemos lá embaixo ;)



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Matheus fitou a morena a sua frente enquanto em sua mente repassava em uma velocidade feroz as lembranças da menina doce e de bochechas fofas que brincava com ele quando era pequeno. Era Anita, sua melhor amiga de infância. Não conseguiu conter o sorriso no rosto.

– Oi Anita – ele fala, abraçando a garota a sua frente de forma amigável. Ela pareceu levemente perturbada, mas correspondeu o abraço. Matheus percebe o olhar confuso de Ben sobre os dois e dá um beijo no rosto de Anita, precisava ter certeza se ele realmente gostava da Anita ou como ele julgava ser mais coerente, era apaixonado pela sua loira – Caramba, você não mudou nada, quer dizer, quase nada – ele continuou a olhando brevemente de cima a baixo, e observou Ben virar a cara, parecendo desgostoso com algo.

– Eu sei – Anita responde sendo afetuosa, encarando o amigo de infância se sentindo emocionada. Não esperava o encontrar ali, mas não podia esconder a felicidade que sentia ao reencontrar seu melhor amigo de infância depois de tanto tempo – Já você eu não posso dizer o mesmo, você tá muito diferente!

– Vou levar isso como um elogio – ele ironiza e observa de relance o mal-estar de Ben - Quem diria que eu iria reencontrar você num hospital depois de tanto tempo?

– Pois é, quanta coincidência – ela respondeu sem jeito - Meu irmãozinho mais novo, ele tá internado aqui – ela se justifica numa voz chorosa – Mas acho que hoje ele recebe alta para continuar o tratamento em casa... – seus olhos procuram por respostas nos olhos do garoto a sua frente, ela precisava saber se ele estava ali pela Sofia, ou se tudo era uma incrível coincidência - E você, tá fazendo o que aqui?

– Bom, eu... – ele franzi a testa, pensando o quanto irônico seria falar para sua antiga amiga e primeira paixão que ele estava ali pela irmã mais nova dela, a loirinha que ele adorava discutir e implicar quando era pequeno. Parecia tão irreal agora que ele estivesse de quatro por ela, perdidamente apaixonado.

Giovana se aproxima se encantando com o rapaz que conversava com Anita, achando já ter visto seu rosto em algum lugar. É claro, era o namoradinho da insuportável da Sofia. Um sorriso se passou pelo seu rosto, enquanto ela se perguntava como a patricinha poderia ser tão sortuda de namorar um gato como aquele.

– Ei Anita – ela interrompeu se postando entre os dois – Não vai me apresentar seu amigo não?

– Ah, claro – Anita fala sem jeito enquanto Matheus fita a ruiva com curiosidade – Essa aqui é a Giovana, ela é a filha do Ronaldo, o marido da minha mãe.

– Eu sou como se fosse a irmã da Anita, uma das melhores amigas dela – a ruiva articulou se aproximando e ficando na ponta dos pés para dar um beijo no rosto do garoto – Você é o Matheus né?

– Pelo visto alguém já andou falando de mim por aí – Matheus proferiu dando um sorriso convencido imaginando uma certa loira falando para a sua família sobre ele.

– Alguém só não, o Grajaú inteiro, se bobear até o Rio de Janeiro todo – Giovana continua com a voz entusiasmada - As meninas não param de falar de você no 2.0.

– 2.0? – Matheus indagou franzindo a testa achando já ter ouvido o termo em algum lugar.

– É como se fosse uma rede social/blog da galera – Anita comenta achando graça – Não liga para o que a Giovana fala, é coisa de criança.

– Coisa de criança é uma ova, eu não sou mais criança Mat, posso te chamar assim? – ela prossegue animada e o moreno sorri achando graça – Eu já te falei que eu sou cantora e tenho uma banda?

Ben observa a cena de longe, sem saber quais são as intenções de Matheus. Por mais que se esforçasse, não conseguia confiar nele, tudo parecia seriamente forçado, ainda mais quando ele pensava nele com Sofia. Desligou o celular e ouviu a voz do pai nas suas costas, cansada e preocupada.

– Oi pai – ele falou dando um abraço afetuoso no pai que retribuiu esquecendo por alguns segundos da sua postura de fortaleza da família. Sabia que o filho mais velho era maduro e que poderia ser sincero com ele – Estava ligando agora mesmo para você. Eles informaram que só pode entrar duas pessoas para visitar o Pedro.

– É, o estado dele ainda requer cuidados – o pai discursa com a voz cansada. Ronaldo observa Vitor ao lado de Ben e se cala. O garoto o abraça parecendo sonolento, confuso e chateado.

– O que o meu irmão tem pai? – ele exige com a voz chorosa e determinada.

– Eu vou falar com vocês sobre isso, mas aqui não é o melhor lugar.... Giovana – ele chama a filha ruiva, que protesta, mas segue até o pai. Ronaldo cumprimenta Matheus e Anita com a cabeça – Vamos até a lanchonete, vocês estão com uma cara péssima, acho que estão precisando comer!

– Pai, e a Anita? – Ben pergunta fazendo Ronaldo menear a cabeça negativamente.

– A Vera vai conversar com ela depois Ben – Ronaldo responde fazendo mistério – Vem, vamos logo!

– Pai, a gente não vai ver o Pedro não? – Giovana questionada andando a frente, seguida por Vitor e Ronaldo. Ben fica alguns segundos paralisado, não gostando da aproximação da ex-namorada com Matheus.

– Ben, você não vem? – Ronaldo chama a atenção do filho mais velho, que desperta e relutante vai atrás do pai. Anita e Matheus observam a cena.

– Acho que ele não gostou muito disso – Matheus fala encarando os olhos de Anita. Queria sondar, entender melhor qual era o envolvimento do “garçom” com as “irmãs”.

– Ele só é um idiota – Anita continua com a voz desanimada enquanto fitava Bem desaparecer pelo corredor.

– Nisso eu tenho que concordar... O que você viu nele?

– Achei que ele fosse meu príncipe... O que foi uma grande besteira, príncipes não existem, fui tão ingênua, mas, vamos esquecer dele tá? – ela o puxa pela mão, o fazendo sentar no sofá da recepção ao lado dele – Eu quero que você me conte tudo que andou fazendo nesses últimos anos.

– É uma longa história, você vai se entediar fácil – ele brinca, fazendo ela sorrir.

– Tenho certeza que não!

____________________________

A loira olhou para o televisor entediada, enquanto os créditos finais do filme passavam e o canal anunciava na legenda qual seria a próxima atração. Suspirou aliviada enquanto se ajeitava na cama do irmão. Estava sentada ao seu lado, a cabeça do irmão encostada em seu braço, sentindo a respiração do irmão próxima de si.

– Graças a Deus acabou esse filme ridículo! – ela expressou espontânea demais, fazendo o pequeno sorrir.

– Sabe, tem alguma coisa muito errada com você – ele provocou, sabendo, bem no fundo, que não havia nada errado com a irmã. Talvez ela simplesmente não gostava mesmo da adaptação de uma das peças mais famosas de Shakespeare, mas, a opção que ele julgava mais provável seria que a irmã já havia se machucado suficientemente para negar o amor.

– Por eu não gostar de Romeu e Julieta? – ela perguntou desdenhando, enquanto o mais novo confirma com a cabeça.

– Todas as mulheres gostam de filmes assim!

– Todas as mulheres sem noção da vida, tipo, a Anita, você quer dizer né? É o romance mais chato da história do mundo. Sério, o Romeu mal conhece a Julieta e os dois caem de amores um pelo outro, sem falar que, os idiotas ainda se matam por causa desse amor. Isso é tão ridículo!

– Bom, você fez uma análise objetiva da situação... Pode parecer idiota, mas eles fizeram isso por amor, sem medir as consequências, eles lutaram por esse sentimento – ele explica, com os olhos atentos ao rosto da irmã. Sofia ri, achando engraçado como o irmão podia falar com tanta convicção se ele nunca tinha se apaixonado por ninguém, e por isso mesmo, não o resolveu julgar, apesar da sua inteligência ele ainda era inocente nesse quesito.

– Lutaram com estupidez, porque para mim pareceu mais uma atitude covarde do que de luta, se eles se gostavam tanto assim, porque não ficaram juntos e lutaram vivos pelo que sentiam?

– Não é tão fácil assim, a família é um laço muito forte na vida de uma pessoa... Mas sabe o que eu gosto nessa história? – ele arregala os olhos e fita o da irmã – Eles não tiveram medo de negar o que sentiam um pelo outro, não tentaram fugir disso sabe?

Sofia desviou os olhos atordoada pelas palavras do irmão, e a lembrança do seu encontro com Ben no lobby do hotel passou pela sua mente. Sabia reconhecer que havia sentido algo muito forte pelo “garçom psicopata” ali, quando seus olhos se encontraram pela primeira vez. Algo que não havia sentindo desde então, mas tudo era tão confuso, primeiro por ele ser um garçom, segundo por ele ser o príncipe da sua irmã e terceiro, e o mais importante, os dois pareciam realmente apaixonados um pelo outro, do mesmo jeito que um dia ela julgou que o Ben fosse por ela, do mesmo jeito que ela um dia havia admitido para si mesmo e para Ben, quando tinha sido tarde demais. Ela havia cometido tantos erros por estar lutando contra um sentimento crescente dentro dela, e as palavras do irmão a fizeram questionar a si mesma sobre como seria se ela não tivesse negado isso por tanto tempo. Não, avaliar isso parecia uma grande burrice, uma vez que Ben com toda certeza teria se encantado por Anita. No final, sempre seria os dois e ela sabia que isso mais cedo ou tarde aconteceria. Não podia se iludir com isso de novo, não agora que tinha o Matheus na sua vida.

– Não vai me dizer que a Anita anda obrigando você a ver essas baboseiras? – ela pergunta brincando, sabendo que a irmã mais velha seria incapaz de fazer isso, o que não quer dizer que ela não pudesse falar sobre contos de fadas e amor para Pedro.

– Óbvio que não, já viu a Anita obrigar alguém a fazer alguma coisa? – o irmão revira os olhos achando ridícula tal possibilidade – Eu só li alguns sonetos do “Sonhos de uma noite de verão” e não parece ser tão baboseira assim.

– Pois pra mim parece a mesma baboseira dos contos de fadas da Disney, de um jeito mais refinado e adulto.

– Falar sobre amor nunca é baboseira! – ele discursa fitando a irmã mais velha, que o observa desconfiada e depois sorri, pensando em uma possibilidade.

– Não vai me dizer que você está gostando de alguma menina da escola?

– Blerg, não, ainda estou na fase que meninas são nojentas, menos você, claro – ele aponta para irmã rapidamente e sorri – Sem falar que preciso pensar no meu futuro acadêmico e uma namorada atrapalharia tudo. O fato é que isso não me impede de ler a obra de um grande dramaturgo e assistir a adaptação de uma de suas peças mais famosas, apesar de ainda preferir meus dicionários e filmes de ficção científica.

– Admiro o seu esforço em aguentar todo esse romance – Sofia responde encarando o celular, sentindo falta de uma ligação em especial. Não havia recebido nenhuma ligação ou mensagem do Matheus, e apesar de ter visto o garoto em menos de 24 horas, o silêncio dele a incomodava. Sem querer, imagem da conversa com Ben mais cedo apareceu na sua mente. Ela sorriu, distante, lembrando das suas implicâncias e do modo como ele parecia preocupado com ela.

– Você está apaixonada por ele?

– Que tipo de pergunta é essa Pedro? – ela questiona desviando o olhar, incomodada pela intensidade pelos olhos do pequeno ao seu lado.

– Bom, eu sei que você tá namorando, vi a mamãe conversando com a tia Luciana um dia... Você está apaixonada por ele?

– Não é bem um namoro, pelo menos não oficial – a loira responde colocando uma mecha atrás da orelha – Mas ele é legal sabe... E bonito também, aliás, ele é um gato – ela sorri lembrando do sorriso de Matheus, dos olhos, dos seus beijos - E é gentil, amigo, mas sem ser aquele tipo de cara chato sabe, que ama seguir regras, ser super-herói, que gosta dessa idiotice toda de príncipe e princesa. Sabe, ele não é igual ao Be... Besta, os garotos bestas que tem por aí – ela disfarça, sem jeito, sentindo o rosto corar.

– Já entendi, você gosta dele, mas não do mesmo jeito que Romeu e Julieta se amavam – Pedro fala colocando a atenção novamente na televisão.

– Claro que não, aquilo ali é só um filme Pedro, na vida real as pessoas não são assim. Um dia, quando você crescer você vai entender!

– Mamãe falou que quando conheceu o papai soube que não conseguiria viver sem ele. Eles se apaixonaram à primeira vista!

– A mamãe é um tonta, que preferiu pagar paixão pra um pobretão do que ficar com o meu pai – ela dá um longo suspiro, se arrependendo do que havia acabado de falar – Me desculpa Pedro, eu só não acredito muito nisso. A nossa mãe e o seu pai são uma exceção. Esse tipo de coisa, de se apaixonar e ser correspondido é tão raro de acontecer, acredite, se apaixonar é uma tragédia, e sem tem algo que você deve levar de Romeu e Julieta, é isso. Alguém sempre vai sair machucado... Isso se não houver mortes – ela complementa de modo irônico.

– Não, acho que você tá errada Sofia, amor não é tragédia e eu sei que você ainda vai ser amada por alguém que não vai te fazer sofrer!

– Eu queria acreditar nisso – ela fita o irmão com os olhos marejados. Ele abraça a irmã e depois fala algo engraçado, que a faz rir. Os dois continuam conversando e vendo televisão, até a chegada de Vera.

– Sofia, os meninos estão aqui, eles também querem ver o Pedro.

– Ah, claro – ela levanta colocando o tamanco e pega a bolsa, levemente entediada. Ela dá um beijo na bochecha do irmão mais novo e anda em direção a porta.

– Sofia – o mais novo a chama, fazendo-a virar – Você vai voltar depois?

– Claro, esqueceu que vamos voltar juntos pra casa? – ela sorri antes de encostar a porta. A mãe fita o pequeno desconfiada, mas sem conter um sorriso no rosto.

– Que história é essa, dá pra me explicar?

– Isso mesmo que você ouviu mãe, a Sofia vai voltar pro casarão!

__________________________

Sofia encostou a porta e assim que deu os dois primeiros passos encontrou Ben. Ele parecia desconfortável.

– Será que a gente pode conversar?

– Se for para discutir sobre como eu fui uma “irmã má” hoje de manhã, eu dispenso o seu sermão.

– Não é sobre hoje de manhã – ele discursou sendo direto – É sobre o Pedro.

Sofia olhou de relance um lado para o outro, antes de decidir e menear a cabeça em afirmação, mas sem esconder o mau-humor na voz.

– Tá esperando o que pra falar então?

– A Vera conversou alguma coisa com você sobre o estado do Pedro? – ele perguntou com calma, fazendo uma pausa ao pronunciar o nome do irmão caçula.

– O mesmo de sempre, que tudo vai ficar bem, que é só uma indisposição, mas, eu sei que não é só isso.

– Meu pai e ela tiveram uma discussão por causa disso mais cedo, aparentemente, ela não queria preocupar a gente, e, principalmente você.

– O mais ridículo disso tudo é que ela quer esconder isso de todo mundo, mas até o Pedro já sabe – Ben a fita com um olhar incerto. Ela respira profundamente antes de responder – Ele ouviu uma conversa de dois médicos sem noção dentro do quarto e contou para mim.

– Como que o Pedro tá com isso?

– Tentando ser forte, sabe – ela o olha com os olhos marejados e um sorriso triste se fixa nos seus lábios – Em nenhum momento ele chorou ou reclamou de algo.

– Ele é um lutador, como a irmã dele, ele não vai se deixar abater com isso.

– Eu sei, mas – ela faz uma pausa e algumas lágrimas silenciosas descem pelo seu rosto – Eu estou com tanto medo Ben, sabe eu não entendo muita coisa doenças autoimunes, mas pelo pouco que eu sei... As pessoas, elas podem ter complicações horríveis. Eu tenho medo do que possa acontecer com ele.

– Eu também to assustado com tudo isso – Ben confessa se aproximando instintivamente da loira – Mas ele tem uma família grande e que ama ele, tenho certeza que ele vai sair logo dessa – seus dedos se aproximam do rosto de Sofia e ele tem vontade de tocar seu rosto, abraça-la, contar algo engraçado, que a fizesse rir ou apenas retirar toda a dor e medo que ela estava sentindo nesse momento, mas, não sabia qual seria a reação de Sofia, sem falar que definitivamente, ainda não havia esquecido todas as barbaridades ditas pela loira mais cedo. Ele ficou nesse impasse por longos segundos, enquanto as palavras eram ditas com olhares.

– Eu tenho certeza disso – Sofia falou com a voz rouca, secando as lágrimas e se afastando de Ben. Ele a segurou pelo braço a fazendo virar para si. Os olhares se encontraram de novo.

– Você... – ele hesitou se lembrando da festa do rum, de ter tocado em seu braço e a virado para si, do seu rosto confuso e altivo, seus olhos... - Viu a Anita? – sua mão solta o braço da loira rapidamente – É que, eu preciso falar isso com ela, sabe, do Pedro – ele se justifica, passando a mão na nuca.

– Não eu não vi, e sabe não é a primeira pessoa que eu quero encontrar na minha frente, mas – ela respira fundo e revirar os olhos – Vamos lá, eu te ajudo a procurar ela... Minha irmã precisa saber o que está acontecendo!

____________________

Ben sente a loira estancar ao seu lado, enquanto observa Matheus e Anita, conversando animados, parecendo velhos amigos. A morena empurra levemente o ombro do garoto ao seu lado, o que o impele levemente para o outro lado. Os dois acabam rindo sem perceber a presença de Sofia ou do Ben, até que a voz da loira ressoa no ambiente.

– Alguém pode me explicar que palhaçada é essa? – Sofia pergunta sem conter a irritação e desconfiança, os braços cruzados na frente do peito, a expressão fechada. Matheus observa a loira a achando linda e sexy. Adorava ver que de alguma forma ela sentia ciúmes dele com a irmã, e isso o confortava.

– A gente só estava conversando Sofia – Anita respondeu dando um meio sorriso – Esqueceu que o Matheus é o meu melhor amigo?

– Seu melhor amigo? – a loira ri achando graça - Acho que você precisa de umas aulinhas de conjugação de verbo Anita, ele era o seu melhor amigo, e agora ele é meu namorado, só pra deixar claro!

– Sério que vocês estão namorando? – Anita discursa não contendo o tom de desdém na voz – Agora então eu sou sua cunhada Teteu? – ela se vira para o garoto ao seu lado – A Sofia não me falou nada de você!

– Ela deve ter tido seus motivos – Matheus fala fitando a loira, piscando um dos olhos.

– É claro que ela teve, provavelmente ela estava esperando o momento certo para me jogar na cara a sua nova conquista, a Sofia adora ter tudo que é meu sabia?

– Anita para com isso! – Ben chama a atenção da ex-namorada.

– O que foi Ben, você melhor que ninguém sabe que isso é verdade... A Sofia já te falou do quanto ela foi baixa de seduzir meu namorado e destruir a nossa vida? Ela adora fazer isso, se eu fosse você tomava cuidado.

– Ah, eu vou te matar Anita! – Sofia fala indo em direção a irmã, sendo segura por um Ben perplexo. Aquela não era a Anita que ele conhecia.

– O que houve com você afinal? – ele indaga fitando a ex-namorada, enquanto Sofia tenta se soltar.

– Solta ela Ben – Matheus fala finalmente, indo de encontro a Sofia – Eu cuido dela, ela é minha namorada!

Ben relutante solta a loira, mas assim que Matheus a toca ela se afasta e lança um olhar magoado na direção dele.

– Me deixa em paz – ela fala antes de se afastar e andar na direção contrária.

Ben passa por alguns segundos de indecisão e quando projeta o corpo para ir atrás da loira, Matheus fala com a voz grave.

– Eu vou atrás dela!

Ben o observa até sua imagem sumir por entre os corredores.

– O que deu em você? – ele indaga ainda confuso – Me diz que você não fez isso para atingir a Sofia?

[...] Continua


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Notas finais do capítulo

Gente, to muito curiosa para saber o que vocês acharam do capítulo.
Qual a parte que vocês mais gostaram?
E odiaram?
O que vocês acham que vai acontecer no próximo capítulo?
Beijos



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