Subentendido escrita por Anne


Capítulo 19
Capítulo 19


Notas iniciais do capítulo

Oi meninas, quanto tempo né?
Desculpem pela demora, passei por um bloqueio criativo horrendo e não queria postar qualquer coisa para vocês.
Para quem estava curioso sobre a doença do Pedro, vou falar um pouquinho dela hoje, mas no próximo capítulo terão mais explicações.
Sem mais delongas, espero que vocês gostem e comentem!
A gente se fala lá em baixo ;)



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Dizem que levantar da cama depois de um dia difícil pode ser uma das coisas mais complicadas e assustadoras da vida, e isso não seria diferente para Sofia. A loira havia presenciado em seus sonhos a sensação de perda, e flashbacks ainda surgiam em sua mente enquanto fitava o teto e pensava no irmão. Ela nunca havia rezado na vida, mas, pela primeira vez pensou seriamente na possibilidade. Faria qualquer coisa para ver o irmão bem e isso começava com o levantar as seis da manhã. Sabia que deveria estar péssima, mas pouco se importava com isso, a ansiedade em ver Pedro e ter notícias dele era maior que tudo. Desceu as escadas sem se importar em estar sendo barulhenta e se dirigiu ao banheiro. Agradeceu mentalmente por ter levantado cedo o suficiente para não precisar aguentar os insultos da Giovana ou o mau humor do Vitor. Estava sem paciência para aguentar qualquer tipo de provocação. Seus olhos pareciam estar com areia e as pálpebras pareciam levemente inclinadas a fecharem a qualquer momento, um bom banho parecia ser a melhor escolha a ser feita, por mais que a pressa em ver o irmão fosse maior. Não podia deixar que os outros a vissem daquele jeito. Não podia deixar que Pedro a visse daquele jeito. Amaldiçoou o casarão pela pouca água que saia do chuveiro, com pingos gelados caindo alternadamente a cada cinco segundos, disso definitivamente não havia sentido falta, mas não podia negar que estar em casa, novamente havia mexido com ela. Claro que não o suficiente para fazer ela pensar em sair da Barra, mas, o suficiente para faze-la repensar em algumas coisas. Desligou o chuveiro e colocou as roupas rapidamente. Os cabelos ainda úmidos caíram sobre seus ombros assim que ela abriu a porta. Era estranho ver a casa tão silenciosa.

– Ei – a voz ofegante de Ben a despertou – Acordada tão cedo? – ele continuou se aproximando dela, mas mantendo uma distância confortável. Os últimos acontecimentos haviam sido estranhos e ele não queria confundir as coisas.

– Olha quem fala – ela falou tentando ignorar a presença do moreno indo em direção a cozinha. Ele a seguiu – Que foi, resolveu dar seus pulinhos por aí? – ela disse percebendo que ele havia entrado pela porta da frente.

– Estava sem sono – ele respondeu simplesmente depois de revirar os olhos – Me ajuda a colocar a cabeça em ordem, com tudo que está acontecendo – eles se fitaram em silêncio por alguns segundos, até que os olhos do moreno desviaram, e parecendo lembrar de algo, ele prosseguiu – Eu trouxe um pãozinho, tá quentinho, acabou de sair do forno.

– Eu estou sem fome, e antes que você fale mais alguma coisa, eu quero dar um fora daqui logo!

– Esse mau-humor todo é por causa do Pedro?

– Talvez – ela revelou ignorando o olhar do moreno, cruzando os braços, parecendo despreocupada. Ben se aproximou, e quase em um sussurro, murmurou.

– Ele está bem – ela o olhou parecendo compreender o que ele dizia – Eu liguei para o meu pai agora a pouco, talvez ele tenha alta hoje no final da tarde, para continuar o tratamento em casa. Agora eu acho – ele sorriu de canto – Que a gente deveria tomar café antes de ir, afinal, o dia hoje vai ser longo.

Ela se deu por vencida e se permitiu sentar na mesa e corresponder ao sorriso do “irmão”. Mas algo corroía ela por dentro, e sem delongas, resolveu perguntar.

– Vem cá Ben, me responde uma dúvida minha – ela levantou uma das sobrancelhas e mordeu o lábio inferior – Você tá sendo assim legal comigo porque?

– Porque essa pergunta agora? – Ben questionou, pouco à vontade – Somos da mesma família, eu achei que devia...

– Essa é a melhor resposta? – Sofia perguntou interrompendo Ben. Ele fitou por alguns segundos os olhos da loira antes de responder.

– Eu não sei... Quando eu vi você no hospital, parecendo tão frágil, eu senti que você precisava de ajuda.

– Então você se sentiu no direito de ser meu salvador, meu herói? – a loira retrucou na defensiva, fazendo o moreno revirar os olhos, desgostoso – Um verdadeiro príncipe! – ela riu de modo debochado, fazendo Ben menear lentamente a cabeça em negação.

– Não sei porque eu ainda perco meu tempo tentando ser legal com você Sofia!

– Mas eu sei, e é tão óbvio Benjamim, você ainda se sente atraído por mim.

– Ah não, isso de novo? – Ben gesticula as mãos nervoso – Eu amo a Anita. Quantas vezes eu vou ter que repetir isso para você?

– Acho que a questão é, quantas vezes você vai ter que repetir isso para si mesmo para se convencer disso – ela discursa por fim, parecendo encerrar a discussão por alguns segundos. Ben desvia os olhos de relance e depois volta a encarar os olhos verdes da loira. Aqueles olhos que o hipnotizaram uma vez, que o faziam enxergar a alma e a determinação da garota a sua frente. Ele queria acreditar neles.

– Eu só senti que você precisava de alguém naquele momento, poderia ser qualquer um, mas eu estava lá – ele suspira antes de prosseguir - Sei que você não acha que eu me importo, mas eu me importo, e muito com você.

Um silêncio desconfortável toma o ambiente. Sofia abriu a boca para falar algumas vezes, mas tornou a fechá-la. Não queria confrontar Ben de novo, ele parecia estar sendo sincero.

– Não vai comer não? – ele indagou, de maneira amigável, tentando acabar com o clima que havia se instaurado.

– Pão francês com manteiga e presunto? – ela perguntou com a voz aguda não contendo a ironia – Isso é tão deprimente quanto dormir na cama da minha mãe com aquele colchão ortopédico vencido e horroroso.

– Aquele colchão ortopédico vencido e horroroso está daquele jeito porque o meu pai e a sua mãe priorizaram a compra dos nossos colchões, e eu me lembro bem que a senhorita ficou com um dos mais caros – Ben argumentou, servindo-se de café com leite – Sem falar que, eu falei que você poderia dormir no meu quarto.

– No seu quarto? – ela repete sem conter um riso – Achei que só a Anita era permitida lá dentro.

– Isso não foi engraçado!

– Pra mim foi bem engraçado... Não é só porque a minha irmã adora frequentar a seu quartinho que eu vou me enfiar lá também Ben – ela deve um breve olhar para o pão com manteiga – Acho que não estou com fome!

– Não sei como eu fui me esquecer do quanto você é fresca! – ele proferiu sem conter o sarcasmo na sua voz – Aqui tem aquela geleia que você gosta – ele prosseguiu, tirando os itens de uma sacola reciclável - Pão integral fresquinho, croissant de maça, e tem frutas na geladeira também.

– Impressionante – ela disse fitando Ben desconfiada – Eu não sabia que um professor particular de inglês do subúrbio ganhava tão bem assim.

– Sua mãe deixou o dinheiro ontem a noite comigo – Ben respondeu de maneira seca – Aparentemente ela se preocupa com você.

Sofia o fitou por alguns segundos em silêncio, sentindo-se envergonhada. Pensar na mãe e no irmão mais novo, e até mesmo em Anita e no pai a fez ficar com os olhos lacrimejados. Se os pais ainda estivessem juntos ela provavelmente nunca teria conhecido Ben, e isso poderia ser a pior e a melhor coisa que teria acontecido em sua vida.

– Eu sinto falta dela e do Pedro todos os dias – ela confessou – Desde que eu fui embora – e também senti sua falta, todos os dias, ela pensa, observando Ben, mas essa parte ela não expressa em voz alta. Ben para de comer e a fita. Ela parece sem jeito e quando volta a falar adota um tom ríspido – Só vamos de uma vez tá?

– A Anita vai ir junto com a gente, lembra? – Ben interviu, lembrando da conversa que tivera com a ex-namorada assim que ele e Sofia chegaram em casa. Temia que as irmãs pudessem brigar, mas surpreendentemente, Anita, mais uma vez, havia o surpreendido com a sua maturidade e pela primeira vez em muitos dias, ela havia dirigido a palavra a ele, de forma gentil. E ainda havia defendido a irmã mais nova quando a Giovana havia protestado sobre a presença da loira no casarão.

– Ah, claro, enquanto meu irmãozinho tá precisando de mim eu vou ter que esperar a princesa acordar do sono encantado dela...

– Não vai precisar esperar, eu já acordei – Anita discursa fitando a irmã por alguns segundos e depois o de Ben – A Giovana e o Vítor também querem ir.

– Ah, não mesmo, eu não vou aguentar aquele cosplay pobre de roqueira até o hospital – Sofia falou franzindo a testa, enquanto passos reboavam na escada. Um sorriso discreto e espontâneo surgiu nos lábios de Ben. Ele se recrimina por isso.

– Sofia! – Anita a fitou em sinal de reprovação. Odiava ter que fingir que estava tudo bem quando sua vontade maior era de estapear a cara da irmã mais nova, mas, ela não podia fazer isso. Não agora, com o irmão caçula precisando da família unida.

– Que foi, eu falei alguma mentira? – Sofia respondeu cruzando os braços – Acho que não né! Já não chega ontem aquela pirralha falando um monte de baboseiras, se achando muito esperta.

– Deixa Anita – Giovana surge na frente de todos – Isso tudo é inveja do meu talento!

– Oi? – a loira questiona ironicamente – Eu com inveja de você... Não viaja tá garota.

– Deve ser bem chato, não ter nenhum tipo de talento, além de fazer compras no shopping – a ruiva desdenhou, um sorriso malicioso em seus lábios e um olhar perverso na direção de Sofia.

– Ai, lá vai – ela gesticula as mãos na direção da mais nova - Não que isso seja da sua conta, mas eu tenho sim, vários talentos, claro que eles vão além da sua compreensão... E quanto as compras no shopping, me desculpa se o meu pai não é um fracassado com milhares de filhos morando num muquifo caindo aos pedaços. Eu sei que você queria ter minha vida, mas, infelizmente, para você, vai ter que continuar guardando dinheiro para comprar suas roupinhas na liquidação da lojinha de esquina do bairro. Sem falar em se contentar em fazer showzinhos no bar do pai, por piedade né, porque quem vai pagar pra ouvir você?

– Ah, eu vou matar essa ridícula – Giovana avança, porém Ben, atento ao movimento segura a ruiva pelos braços. Ela tenta se debater transtornada – Sua cobra.

– Deixa ela vir Ben, solta ela! – Sofia provocou, Ben a fitou com raiva e as palavras saíram com rispidez.

– É melhor você ir agora Sofia!

– É isso que eu vou fazer mesmo – ela disse tentando conter a irritação de ver Ben a olhando num misto de decepção e raiva. Pegou a bolsa em cima do sofá e saiu batendo a porta. Embarcou no primeiro táxi que encontrou. Enquanto isso no casarão, Ben e Anita tentavam acalmar os ânimos da irmã ruiva.

– Você também provocou ela Gio – Ben declarou sentando de frente para a irmã mais nova.

– Não vem querer defender ela não Ben, você viu as barbaridades que ela falou? – Giovana indagou em plenos pulmões – Eu vou matar aquela patricinha nojenta a próxima vez que ver ela.

– Você não vai matar ninguém, você vai se acalmar e se comportar como uma boa menina, ou então, vou ter que deixar você na casa da Clara... É isso que você quer?

– Não – ela murmurou desanimada fazendo bico.

– Ótimo – ele fitou Anita por alguns segundos – Eu vou tomar banho, trocar essa roupa e já volto. Se você puder chamar o Vitor.

A morena não respondeu, mas acenou afirmativamente com a cabeça. Esperou Ben se afastar para sentar ao lado da irmã e lhe confidenciar.

– A Sofia definitivamente passou de todos os limites.

– Você não está defendendo a Sofia? – a ruiva falou sem conter o sarcasmo – Que milagre aconteceu aqui?

– Eu cansei de defender a Sofia.

– Não sei como a Vera foi ter uma filha tão legal feito você e uma tão intragável feito a Sofia – a ruiva continuou, sua voz e respiração se acalmando.

– A Sofia vai ter o que merece! – a morena falou misteriosamente fitando a ruiva com o olhar determinado e nem mesmo a curiosidade insistente de Giovana a fez falar.

__________________________

Sofia abriu a porta do quarto do irmão o mais silenciosamente que seu humor permitia. Ainda estava irada com toda a confusão pela manhã no casarão, mas assim que encontrou os olhos da mãe, tentou esquecer de tudo que havia falado e ouvido.

– Sofia, minha filha – Vera disse indo de encontro a mais nova e a abraçando – Como que você tá? Dormiu bem? E as crianças, o Ben, eles estão lá fora?

– Mãe, uma pergunta de cada vez – ela observou o irmão que ainda dormia – Eu vim sozinha porque o Vitor ficou molengando – o que não era mentira, pensou ela consigo mesma – E eu queria vir logo ver como estava o Pedro – ela desconversou, evitando o olhar da mãe e colocando uma mecha de cabelo atrás da orelha - Como que ele tá mãe? – ela sussurrou, fitando o irmão.

– Ele tá melhor, eu sei que ele vai ficar bem – a mãe falou parecendo incerta em seus olhos – Ele vai adorar ver você aqui a hora que acordar. Bom, eu vou ver se consigo falar com um dos médicos, sobre os exames dele, você fica aqui com ele?

– Claro mãe – a loira falou dando um sorriso compreensivo para a mãe. Vera a fitou por alguns segundos, antes de sair pela porta.

– Ai Pedrinho, você não sabe como essa noite foi terrível – ela sussurrou, baixinho próximo da cama do pequeno. Ela o observou por alguns minutos, até que ele cocou as pálpebras com as mãos e despertou lentamente. Seus olhos abriram e encontraram o da irmã. Ele sorriu antes mesmo de pronunciar o nome dela. Ela o abraçou. Ele parecia frágil, mas sustentava um sorriso com covinhas no rosto.

– Sabia que eu sonhei com você? – ele perguntou com a voz inocente.

– Aposto então que foi um sonho muito bom – a loira brincou tocando na mão do irmão.

– E foi, sabe, você tinha voltado a morar no casarão com a gente.

– Credo Pedro, isso lá é sonho bom? – ela indagou espontânea, mas logo se arrependeu e antes que pudesse consertar o irmão continuou, dando um sorriso sem jeito.

– Para mim é, e eu sei que os sonhos são conteúdo do nosso inconsciente, imagens formadas pela nossa mente de desejos reprimidos, mas, talvez eu só tenha a esperança de que um dia você volte para o casarão.

– Quem sabe um dia – ela falou sorrindo, enquanto o menino a fitava com os olhos tristes.

– Quem sabe você não volta por causa da minha doença? – ele questionou incerto.

– Oi? Que doença? – a loira interrogou curiosa – Você não está doente, só teve um mal-estar e a mamãe falou que provavelmente você volta hoje pra casa.

– Eu ouvi os médicos conversando ontem... Eu tenho uma doença autoimune chamada lúpus, e por causa dela eu estou com um processo inflamatório nos meus rins – ele disse calmamente – Eu pesquisei no google assim que a mamãe e o papai dormiram... Parece ser bem ruim.

– Você deve ter ouvido errado, doença autoimune, isso é ridículo, você não pode ter isso – Sofia afirmou em tom de negação com os olhos assustados. A realidade machucava – Você é saudável, sabe, ninguém da nossa família tem isso.

– Hipoteticamente, eu posso ter sim, as doenças autoimunes são bem raras, mas vem se tornando frequente atualmente, principalmente nos mais jovens, mas, não precisa ficar assustada, tem tratamento sabe... Só não conta para a mamãe, eu não sei se ela já sabe disso e eu posso ter entendido errado e ela vai ficar ralhando comigo falando que não é certo ouvir a conversa dos outros.

– Não, você só pode ter ouvido errado – ela deu alguns passos incertos e mexeu no cabelo - Pedro, me ouve bem – ela fitou os olhos do irmão - Eu não vou deixar nada de ruim acontecer com você, ouviu bem?

– Promete Sofia? – o caçula perguntou incerto, não desviando o olhar da irmã.

– E eu sou lá mulher de fazer promessa e não cumprir – ela brinca fazendo o irmão sorrir por alguns segundos – E eu vou fazer de tudo pra te tirar daqui hoje. A gente vai voltar pra casa.

– A gente vai voltar? – ele perguntou incerto, franzindo a testa – Você também vai?

– Ué, e lá não é a minha casa também? – ela exclama fazendo o pequeno sorrir.

– Não vejo a hora de voltar para casa então – ele comenta num tom brincalhão – Eu odeio essa comida de hospital. To com saudades da comida da mamãe.

– A gente vai estar logo em casa, eu prometo – ela disse por fim, e os dois começaram a conversar sobre amenidades, e logo estavam rindo e brincando, tentando esquecer de seus medos, seus temores.

__________________________

Anita andou pelos corredores do hospital, seguida por perto por Ben, Giovana e Vitor. A discussão da manhã e o modo confuso e frio que Ben lhe destinada ultimamente a deixava sem chão, assim como o irmão caçula doente. Estava evitando falar com Ben durante todo o caminho, mas sabia que não poderia evitar isso para sempre. Observou Ben se dirigir até a recepção, sendo atendido por um mulher de meia-idade com um sorriso bondoso no rosto. Ouviu Vitor chamar pelo seu nome, e assim que girou o corpo sentiu um choque brusco de outro corpo contra o seu.

– Teteu?

[...] Continua


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Notas finais do capítulo

Gente, eai, será o que será que a Anita quis dizer com "A Sofia vai ter o que merece?". Apostas?
E a parte da conversa entre BenFia? E Sofia com o Pedro?
Qual parte do capítulo vocês mais gostaram?
Como vocês acham que vai ser esse reencontro entre amigos de infância (Matheus e Anita)?
Beijo, até o próximo capítulo



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