Rin cantarolava enquanto repassava o script com Yuna. Elas já haviam trabalhado juntas em outros musicais e eram boas amigas. Todo o elenco do musica estavam reunidos para discutir sobre a apresentação e o script.

–muito bem, me conta o que aconteceu. –disse Yuna deixando o script de lado e se aproximando de Rin.

–não sei sobre o que você esta falando. –disse mal conseguindo conter o sorriso.

–não brinque com a minha curiosidade. –disse baixo o suficiente para que só Rin pudesse ouvir. –até ontem você estava com um acara de quem ia ao um velório e hoje você chega com esse sorriso de orelha a orelha. –Rin encarou a amiga se sentindo culpada por não contar a ela sobre seu relacionamento com Sesshomaru, outro sorriso bobo surgiu em seus lábios ao pensar nisso, ela tinha um relacionamento com Sesshomaru, ainda não conseguia acreditar. Mas o fato dela nunca ter contado a Yuna sobre Sesshomaru era porque além de tudo ele era seu agente, claro que ela não acreditava que Yuna sairia espalhando essa noticia por ai, mas quanto menos gente soubesse melhor. –então, vai me contar ou não?

–não é nada. –disse tentando parecer o mais sincera que pode. –só um mal entendido que foi resolvido. –Yuna a encarou desconfiada, mas depois deu de ombros.

–se você esta dizendo. –sabia que a amiga não acreditava nela, mas agradecia o fato dela não insistir.

–muito bem pessoal. –gritou Takahashi entrando na sala. –acho que já deu para vocês estudarem bem o texto, então acho que já podemos começar com um pequeno ensaio. -ele abriu o roteiro. –vamos fazer a cena quatro, então quem estiver nessa cena venha para frente. –enquanto os atores se preparavam ele se aproximou de Rin. –estou ansioso para trabalhar com você outra vez. –disse com um sorriso sedutor, Rin apenas sorriu em resposta. –aquele nosso jantar foi muito agradável, podíamos repetir qualquer noite dessas.

–me desculpe Takahashi, mas agora que os preparativos para o musical começaram estou muito ocupada, quando começo um projeto eu me foco completamente nele.

–tudo bem, não vai faltar oportunidades para nos encontramos. –ela não disse nada, apenas pediu licença e se juntos aos outros atores na frente, ela faria parte dessa cena. Não podia culpar ninguém por isso, tinha sido idéia dela aceitar jantar com ele, com certeza ele entendera isso como sinal de que ela tinha interesse nele, teria que arrumar uma forma de lidar com isso.

Kagome do dormitório correndo, dormira demais e iria chegar atrasada, culpa de Sango que a fez ficar acordada até tarde vendo a reprise do show da sua banda favorita.

Assim que passou pela porta se deparou com Kouga e pelo visto ele parecia a estar esperando.

–Kouga? –ela olhou o relógio no pulso para confirmar se estava mesmo atrasada. –o que esta fazendo aqui, vai se atrasar para a aula.

–eu sei, mas precisava falar com você.

–podemos conversar depois? Não gosto de me atrasar para a aula do Bankostu.

–espera Kagome. –ele a segurou pelo braço quando ela tentou passar. –é importante, só vai levar um minuto.

–esta bem. –disse ela surpresa com a seriedade dele.

–se lembra durante acampamento, quando eu comentei sobre nós sairmos quando voltássemos. –ela afirmou com um gesto de cabeça. –então eu estava pensando que podíamos fazer isso.

–o que? –ela perecia confusa.

–sair, como um encontro... quer sair comigo Kagome?

–eu... bem eu...

–eu tenho ingresses para cinema. –continuou Kouga. –podíamos ir comer alguma coisa depois, soube que tem uma lanchonete com pista de dança muito boa, o que você me diz?

–“responde Kagome”. –gritava para si mesma em pensamento. –“Kouga, o garoto por quem você é apaixonada por três anos esta te chamando para sair. Você sonhará e esperará isso por três longos anos, então por que agora você simplesmente não consegue dizer um simples “sim”. –a imagem de Inuyasha surgiu em sua cabeça, por que estava pensando nele agora? Com certeza era culpa de Sango por ficar colocando idéias na sua cabeça. –claro, eu vou adorar. –conseguiu dizer finalmente. Um largo sorriso surgiu nos lábios de Kouga.

–serio... legal, eu te ligo pra confirmar tudo. –ele parecia animado, o que fez Kagome se sentir mal, pois não estava tão animada quanto esperava. –agora é melhor a gente se apressar, senão vamos nos atrasar.

Inuyasha olhou pelo relógio pela terceira vez.

–ela esta atrasada. –resmungou para si mesmo. –Kagome nunca se atrasava para as aulas, será que tinha acontecido alguma coisa, ela poderia ter sofrido um acidente... certo era meio difícil ela sofrer um acidente dentro do campus, mas podia acontecer, não podia?

–desculpe professor. –nesse momento Kouga e Kagome entraram na sala correndo.

–posso saber onde os pombinhos estavam para se atrasarem para minha aula.

–me desculpe. –repetiram os dois ao mesmo tempo, o que fez a sala rir divertido. Enquanto Kagome olhava para o chão envergonhada, Kouga tinha um pequeno sorriso no rosto.

–certo vão se sentar. –os dois foram em silencio para seus lugares em silencio. Assim que Kagome se sentou ela se virou para Inuyasha e sorriu, esse apenas se virou para frente, o que a surpreendeu. Afinal ele estava ali preocupado que algo pudesse ter acontecido com ela, quando na verdade ela estava por ai se divertindo com o idiota do Kouga.

Durante toda a aula Kagome tentou falar com Inuyasha, mas ele ignorava qualquer tentativa e assim que o sinal tocou, ele recolheu suas coisas rapidamente e saiu. Ela se perguntava o que poderia ter acontecido para que ele estivesse tão irritado. Tentou Alcançá-lo, mas ele foi mais rápido, será que tinha feito alguma coisa errada. No fim resolvei ir para a sala de ensaio, escrever sempre a relaxava, e tinha uma musica que vinha trabalhando que estava meio parada, talvez trabalhasse nela.

Ele bebeu o resto d refrigerante de uma vez, nesse momento era um problema o fato de Myouga não vender nada mais forte que refrigerante, com certeza quando seu pai deu autorização a Myouga para abrir a lanchonete na área do campus deve ter deixado bem claro que era proibido vender bebida alcoólica para os alunos.

–Inuyasha. –Sango que havia acabado de entrar foi direto para sua mesa assim que o viu. –nossa que cara é essa? Parece que você vai matar alguém. –essa até que não era uma má idéia. Mas o que mais o deixava irritado era o fato dele estar irritado, era tudo muito confuso, afinal o que lhe importava o fato da Kagome ter se atrasado porque estava com o Kouga, na sua humilde opinião ele era um idiota, mas isso não importava se Kagome gostava de ficar com ele, se divertia com ele... se estava apaixonada por ele. –Inuyasha... Inuyasha? –chamou Sango balançando a mão na sua frente. –terra chamando Inuyasha.

–desculpa o que você disse?

–eu estava dizendo que a Kagome me ligou, ela comentou que você estava estranho na aula hoje, agora entendo o que ela quis dizer.

–então Sango o que você vai querer? –perguntou Myouga parando ao lado da mesa.

–um suco de laranja e um sanduíche natural.

–agora mesmo. –anotou rapidamente o pedido e sai.

–como assim estranho? –perguntou Inuyasha assim que ficaram sozinhos.

–sei lá... ela disse que você a estava evitando.

–eu não a estava evitando, só estava com pressa. –disse tentando se defender.

–calma, não estou te acusando, só comentei o que a Kagome me disse. –rápido como sempre Myouga chegou com seu pedido, assim que ficaram sozinhos de novo ela continuou. –ela parecia um pouco triste por causa disso.

–ela supera, afinal ela tem o Kouga, os dois pareciam bem animados de manhã. –foi então que Sango ficou alerta, sentia cheiro de alguma coisa no ar, seu sexto sentido estava em alerta.

–onde o Kouga entra nessa historia?

–em lugar nenhum, só o fato de que a Kagome chegou atrasada na aula porque estava com ele. A Kagome nunca se atrasa para aula. –Sango teve que se esforçar para não rir, aquilo que estava vendo era ciúmes? Isso estava ficando melhor do que imaginava.

–Bom você não pode culpá-la, afinal ela é apaixonada por ele a três anos.

–três anos? –perguntou surpreso.

–pois é, mas agora parece que ele finalmente esta retribuindo.

–eles estão saindo?

–ainda não, mas quem sabe. –ela encarava Inuyasha atentamente. Sorriu divertida, Kagome realmente queria convencer que ela e Inuyasha eram só amigos, a verdade estava bem ali na sua frente e só esses dois não viam. –mas eu acho que logo eles começam a namorar. –Inuyasha se mexia incomodado na cadeira.

–isso é bom pra Kagome, não é? Afinal é o que ela quer.

–pode ser, mas também é meio triste.

–como assim.

–para pra pensar, depois que eles começarem a namorar a Kagome não vai ter mais tempo pra gente, ela vai querer estar sempre com o Kouga, eles vão juntos para todos os cantos. –ela encarava Inuyasha discretamente, então resolveu pegar pesado. –pode ser até que ela queria em sair com ele agora. –Inuyasha apertou as mão com força, não tinha pensado nisso. Kagome e ele sempre ensaiavam depois das aulas, era um momento só deles, ele gostava de ouvi-la cantar, a voz dela era tão suave, sempre lhe dava paz só ficar ali ouvindo e o jeito que ela ficava quando cantava, aqueles eram momentos especiais para ele, onde só ficavam os dois sozinhos, os dois e a musica. Aquele idiota não podia se intrometer nisso. –sem falar de quando eles começaram a dormir juntos. –ele na agüentava mais ficar ali ouvindo, se levantou de repente quase jogando a cadeira no chão e surpreendendo Sango.

–eu tenho que ir. –e sem dizer mais nada saiu. Sango ainda ficou um tempo encarando a porta por onde ele acabara de sair, então um sorriso surgiu em seus lábios.

–é tão fácil. –depois pegou o celular e começou a digitar, tinha que contar isso para o Miroku, então no mesmo instante ela parou, respirou fundo. –Sango, Sango a Kagome pode se apaixonar, já você não é tão fácil assim. –por fim apagou a mensagem e guardou o celular de volta na bolsa e voltou sua atenção para o lanche a sua frente.

Ele tinha que se acalmar e o único lugar que poderia fazer isso era em casa, sua mãe iria preparar alguma coisa deliciosa para ele comer e assim esqueceria a conversa desagradável que teve com Sango. Por que ela tinha que ficar falando aquelas coisas, em alguns momentos era bom ficar desinformado, agora tudo que ele fazia era pensar na Kagome com o idiota do Kouga, tudo graças a Sango.

O taxi parou em frente a sua casa, ele pagou e saiu. Ajeitou o boné e o óculos, nos últimos tempos usava tanto esses dois acessórios que já era automático colocá-los sempre que saia. Parou em frente a casa e ficou a olhando por um instante. Antes estava ansioso para comprar um apartamento só pra ele, mas agora era incrível a falta que sentia desse lugar, até mesmo das brigas constantes com Sesshomaru, era incrível, mas sentia falta da sua família. Um sorriso surgiu em seus lábios, se seu pai soubesse disso não o deixaria em paz nem tão cedo. Ele estava quase chegando na porta quando foi surpreendido sendo abraçado por trás.

–Oi gatinho. –ele reconhecia aquela voz... Kikyou. –eu estou com sorte hoje com seguir encontrar você.

–oi Kikyou. –disse se virando para ela, no mesmo instante ela passou os braços pelo seu ombro e lhe beijou. Ficou tão surpreso que não teve reação a principio, mas logo se afastou. –por que fez isso?

–qual o problema em beija meu namorado? –ele olhou em volta, não tinha ninguém,isso era bom.

–vamos entrar. –disse a puxando para dentro. Era mais fácil lidar com ela dentro de casa do que ali onde podiam ser vistos.