–Calma Clary – ele estava rindo de mim? É isso mesmo? Idiota, ele vai ver. Fui na direção dele e puxei a toalha, ele estava em choque, se ele achou que eu era o tipo de garota que ficava babando por ele, tudo bem, ele realmente tinha um corpo bonito, era musculoso, mais não do tipo que usa anabolizantes, só do tipo que não passa o dia inteiro no computador.

–Que porra você fez? – ele disse enquanto pegava a toalha e se cobria, minha vez de rir.

–O que foi? Você que começou a brincadeira.

–Ta, mais era para você ficar de boca aberta e falar com eu sou lindo.

Ri ainda mais alto depois dessa revelação, sério que ele achou que eu ia fazer isso? Tudo bem, ele quer brincar então vamos brincar.

–Então, aonde você quer que eu desenhe?

–Vou deitar no sofá e você pinta o que você vê.

Então, ouvindo Nickelback e com ele ainda sem entender o que aconteceu eu o desenhei, fiz questão de desenhar a “parte” dele pequena, depois eu até arrumaria, mais agora era para irritar mesmo.

–Terminei!

–Deixe-me ver. – Ele pegou o desenho e o examinou minuciosamente, até que seu olhar cruzou com a “parte” e ele ficou com cara de indignado: -Meu pau não é desse tamanho!

–Que linguagem, tudo bem, eu faço maior, mas não é tão grande assim.- disse revirando os olhos. Arrumei e quando mostrei a ele, sorriu e perguntou se podia ficar com o desenho, eu disse que sim, porque eu não podia deixar minha mãe ver o desenho, ela sabe quando pinto alguém nu no curso porque é apenas no fim do semestre, vale 25% da nota Final, ele foi se trocar de novo e eu fui devolver o cd para a estante, pedi para ele me levar para escola, afinal já perdi 2 aulas hoje, só para pintar ele. Jace disse que iria resolver uns assuntos então só me deixou lá e foi embora, ta ai uma pessoa que tem mais faltas do que eu. O dia foi se arrastando, eu não sou do tipo que gosta de ir a escola, então parece que passo uma eternidade lá. Como combinado, Alec estava me esperando em frente ao seu carro pra irmos juntos para casa e depois ao cinema, o passeio de carro foi para falar trivialidades, uma banda que o Alec adora iria fazer show e ele me convidou para ir com ele, como eu acho incrivel o gosto musical do Alec eu aceitei. Falamos de como quase não nos vimos nessa semana, o que tanto eu como ele sentimos falta, do tempo, pois estava fazendo frio alem do normal para a estação. Quando chegamos a minha casa ele entrou e nos terminamos o papo e comemos comida chinesa que pedimos então eu contei o que aconteceu para ele, que fez perguntas em alguns momentos, eu deixei de fora a parte de eu ter beijado o Jace, expliquei onde Sebastian estava e como ele foi parar ali, UM MALDITO ACIDENTE DE AVIÃO QUASE ME FEZ PERDER MEU IRMÃO, para minha sorte isso não aconteceu, claro que eu vou ter de esperar alguns dias para ver ele. Concordamos que já estava na hora de irmos ao cinema, fomos ver um filme chamado Ender's Game, na volta passamos na Starbucks e eu comprei uma camiseta dos Beattles, porque a minha ja estava pequena. Sempre gostei muito de ficar perto do Alec, ele me fazia sentir completa, nunca entendi de verdade o motivo de ele estar sempre com roupas compridas e que cobriam seu corpo, acho que mesmo depois de todos esses anos nunca vi seus braços, quando mamãe, Luke e eu íamos a praia sempre convidávamos o Alec, que sempre recusava educadamente, nunca deixamos de convida-lo e ele nunca deixou de recusar. Espero me dar bem com a irma dele, Alec sempre falava dela com carinho, ela podia atropelar um cachorro se quisesse que Alec a defenderia de quem quisesse culpa-la. A relação de Alec e Izzy me fez querer ter alguma coisa parecida com Sebastian, ele alega que implorou para me conhecer e mesmo assim planeja uma fuga para Argentina no dia que me vê pela primeira vez. Pensar em Sebastian me faz lembrar de Valentin, será que ele já sabia do que aconteceu? Será que ele sabia aonde o filho estava? Não me deixando ficar com essa duvida, meus pés me levaram automaticamente para a casa de Valentin. Não queria impor minha presença para um assunto tão triste eu apertei a campainha e esperei até o já familiar rosto de Valentim aparecer e me cumprimentar enquanto abria espaço para mim passar pela porta.

Claro que ele sorria! Não fazia a menor ideia do que eu tinha ido fazer na casa dele nem do tipo de noticias que eu ria dar, duvido que se ele soubesse me deixaria entrar.

Mas o fato era esse: ele não sabia, não querendo tornar uma coisa rum 10 vezes pior eu simplesmente disse:

–Eu sei onde Sebastian está.

–E aonde seria isso?

–Argentina.

–Como conseguiu descobrir isso?

–Encontrei um amigo de Sebastian e...

–Que amigo?

–Ele de identificou com sendo melhor amigo de Sebastian.

–Não disse o nome?

–Jace Herondale.

–Devia suspeitar disso, como ele sabia que você era irmã do Sebastian?

Pergunta complicada, não podia dizer que ele havia sequestrado Sebastian e também não poia mentir, em primeiro lugar não deveria nem ter ido lá, foi a maior estupidez da minha vida, o que eu ia dizer para ele?

–Isso não é importante no momento, mas Jace falou com Sebastian e ele estava voltando para cá.

–Estava...?

–Sim, o voo dele caiu.

–Ele...?

–Sobreviveu, sim.

–Quando ele volta? Como você ficou sabendo?

–Eu não sei, lembra aquela reportagem sobre o acidente de avião que eu nos vimos da ultima vez que estive aqui?

–Vagamente, porque?

–A noticia chamou minha atenção porque nesse dia eu já sabia aonde Sebastian estava, ele tinha prometido voltar então achei melhor que ele mesmo falasse com você. Quando cheguei em casa eu pesquisei para ver a lista de passageiros, eu fiquei chocada quando vi o nome de Sebastian na lista, mas ele estava na lista de feridos, o que foi um alivio, tinha um braço quebrado e poderia terminar a viagem assim que estive totalmente recuperado, agora ele está no México recebendo cuidados.

Depois de eu dar as tão temidas más noticias que eu não queria saber eu fiquei mais tranquila, pelo menos não era a única que sabia do Sebastian.

Apesar de Jace ter me dado o numero do celular de Sebastian, eu até agora não tinha ligado para ele, como estava mais calma e racional e com muita esperança dele estar com o celular eu disquei os números e no quarto toque uma voz disse:

–Alo?

Eu poderia reconhecer a voz de Sebastian estava como da ultima vez em que conversamos, calma, comedida e seria, diferente de quando foi "sequestrado", era parecida com a minha, porém mais grossa, era a voz do meu irmão, dei graças a Deus por ele estar bem o suficiente para atender o celular, mais continuei sentindo raiva por ele me largar da maneira que largou, e sem querer eu disse de uma maneira que fez minha voz soar gélida, com raiva e triste quando disse:

–Ola maninho.