Um lindo dia para ficar aqui, andando em uma linda pracinha onde se vê crianças brincando,correndo e seus pais sorrindo para eles e se sentindo realizados por ter uma familia... Acho que jamais sentirei isso de novo. Claro que me sinto orgulhoso de minha filha, porem a falta de uma mulher ao meu lado, me amando a cada dia e eu a amando até a morte, é incontrolavel a vontade de poder amar outra vez

Lembro-me de anos atras quando tinha 14 anos e ela 9. Seus longos e perfumados cabelos loiros que faziam voltas perfeitas formando seus compridos cachos,Seu sorriso banguelinha pela troca natural dos dentes de leite,seus grandes lindo Olhos verdes olhando para mim com um brilho que jamais voltei a ver em outros olhos. Naquela epoca, para mim, a amizade dela já era o suficiente para mim estar feliz, por ela ser bem mais nova que eu, a chance de sermos mais que amigos mi apavorava. Melhores amigos, era isso que eramos. Ela mi contava seus segredos e eu os meus. Assistia-mos filmes juntos comendo pipocar varios outros doces enquanto tomava conta dela, sim eu era um tipo de Babá naquela época, ela morava no apartamento do lado do meu e quando sua mãe tinha que sair eu tomava conta e recebia dinheiro por isso. Eu e ela passava-mos Tardes incriveis juntos, ela tinha uma personalidade forte e muitas vezes discutia com ela porem sempre fazia-mos as pazes comendo maçã caramelada no parque. Foram 4 anos assim até que eu fiz a Puta merda de engravidar minha namorada. Eu somente namorava Maria para ver se conseguia tirar os meus desejos absurdos por Angeles Carrara, minha ''melhor amiga''. Quando descobri que ia ser pai, tive que pedir Maria em casamento e assim que nos casamos, fomos morar em Madrid para que ela estivesse mais perto da Familia dela que morava lá. Posso mi lembrar exatamente as palavras de Angie quando disse que iria ser Pai.

Flash Back: 

-O..o que???!! Co..como assim pai?! - Percebi a agua em seus olhos pronta para ser derramadas em seu rosto. 

-Maria esta gravida e ...hm... eu e ela vamos nos casar e ir para Madrid -Falei pondo a mão na minha nuca, eu estava extremamente desconfortavel falando aquilo para ela, apesar de ser um adolescente de 13 anos, Angie sempre fora precoce em base em seu modo de pensar e entender as coisas.

-NÃO!! VOCÊ NÃO PODE MI DEIXAR - Ela falou se agarrando em mim, já deixava as lagrimas escorrerem em seu rosto então fiquei abraçado a ela. Meu coração parecia que ia sair do meu peito, eu proprio não queria sair daquele abraço, não queria dizer Adeus a ela. Mas o erro foi meu e eu que deveria arcar com as consequencia dos meus atos. Acabei criando um elo entre mim e ela, e agora teria que quebra-lo sem piedade.

-Tenho que ir... você e sua mãe serão convidadas para o casamento, nos veremos lá - Falei mi soltando um pouco bruscamente daquele abraço e indo embora. Só ouvia seu choro em minha mente e isso mi fez passar noites seguidas em claro.

No dia do meu casamento, lá estava ela no banco da igreja, em um lindo vestido Violetta que contornava seu belo corpo ainda em desenvolvimento. Seus olhos estavam marejados e ficou mi encarando durante a serimonia toda, No fim, quando todos já estavam indo embora e eu já mi preparava para a viagem, Angie chega perto de mim, mi da um forte abraço e eu o retribuo enquanto sentia o cheiro embriagante de seus macios cabelos.

Ao fim do abraço, que ainda não havia se desfeito, ela encostou seu queixo em meu ombro e falou com uma vós suave e delicada: -Eu te Amo Para Sempre German Castillo! - Aquilo fez meu mundo girar de cabeça para baixo. Ela mi amava!!! Todos esses anos mi sentindo um idiota apaixonado por uma menininha que só queria ser sua amiga e agora em meu casamento com outra, a menininha se declara!!!

Finalizou me dando um beijo longo em minha bochecha, e antes que eu falace algo, Maria me pucha para que nós fossemos logo antes que perdesse-mos  o Vôo 

Fim de Flash Back 

Desde este dia, nunca mais a vi. Em homenagem ao belo vestido que Angie usava no dia do casamento, consegui convencer Maria para que o nome de nossa filha fosse Violetta. Maria morreu quando nossa filha acabara de completar 5 aninhos, foi muito triste e tive que ser muito forte para cria-la sem uma mãe, mas agora já se passaram longos 16 anos e eu e Violetta estamos de volta a Buenos Aires.