The Girl Who Lied escrita por Rosey


Capítulo 2
Capítulo 2 - Come With Me


Notas iniciais do capítulo

Obrigada por tudo no capítulo anterior, isso realmente me motiva. Lembrando que só postarei aqui nas Sextas, Sábados e nos domingos, certo?



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POV ROSEY

Respirei então pesadamente, me sentei ao lado de quem eu mais temia que me reconhecesse. Tentei então por meus cabelos de alguma forma com que tapasse o colar. Eu então olhei nos olhos claros dele e percebi sua expressão cansada, eu tinha medo de que ele soubesse e estivesse apenas propondo a mim um teste. Tentei me desviar dos seus olhos e então passei a encarar o chão, ele se atreveu a levantar meu rosto delicadamente e dirigir a palavra á mim, de maneira preocupada:

– O que você tem? Não parece tão feliz. - Ele sorria de maneira boba, porém mantinha o tom de preocupação em sua voz.

– Nada, eu só me assustei com aquelas coisas estranhas - Tentei convencê-lo de que era inocente de um modo que parecesse que eu nada sabia.

– Mas como sabia como evitá-los? - Ele perguntou se levantando de um salto e me encarando de maneira... Engraçada.

– Eu agi por instinto - Tentei dar o meu melhor sorriso forçado nesse momento, e claro, estava crendo que não havia funcionado.

– Tudo bem, mas... mas algo em você continua me intrigando, garota estranha e... - Ele então observou toda a sala em sua volta, percebendo o quão antiquada eu era - Antiquadamente organizada.

– Tudo bem, eu sei disso e... O que quer de mim? - Disse me levantando do sofá e arqueando uma sobrancelha de maneira "intimidante".

– Sua cara está engraçada, moça - ele falou rindo de maneira boba - bom, eu vivo sozinho e creio que você pode me ajudar.

– Desculpe-me mas... não - Tentei por um fim naquele assunto, sem muito sucesso, claro.

– Prometo tentar lhe proteger, eu acho que...- Ele começou a suplicar novamente, porém eu o interrompi de imediato.

– Não, eu não posso! Não posso abandonar tudo, deixar minhas amigas sozinha

– Bom, tudo bem... Acho que deve estar em um choque psicológico forte, eu voltarei em breve, e perguntarei de novo. - Ele falou caminhando em direção á porta de saída. - não desisto tão fácil, senhorita Rosey.

– Tudo bem, eu sei disso mas... me desculpe.

O doutor abriu a porta com pressa e saiu sem dizer mais nenhuma palavra. Escondi meu rosto em minhas mãos e comecei a refletir tudo o que havia acontecido naquele exato momento, eu não acreditava. Esse colar que eu pretendia esconder, veio comigo quando inexplicavelmente eu cai nesse mundo, eu não sei ao certo para o que ele servia, mas certamente não iria me prejudicar.

POV DOCTOR

Não conseguia entender nada após aquele momento. Por que aquela garota havia recusado o meu pedido? Para mim ela parecia gostar de aventuras perigosas, sem muito com que importar, a não ser em morrer e a salvar todo esse mundo cheio de criaturas que só comem, dormem e assistem tv, como se nada acontecesse ao seu redor. Eu realmente não entendia.

POV ABBEY

Havia acordado cedo naquela manhã, olhei para a janela e vi que uma chuva leve caía, deixando um cheiro agradável no ar. Fui a sala de estar e então tentei ligar para Rosey, um pouco sem sucesso. “Deve estar dormindo” pensei.

Ao ligar a televisão novamente deixei no jornal local, me dirigi a cozinha e preparei o meu café da manhã de sempre: Torradas com geléia e suco.

Tomei meu café assistindo televisão, quando olhei o relógio já estava na hora de me arrumar para ir para a escola. Entrei no meu quarto e então me vesti (http://www.polyvore.com/abbey_companion/set?id=101900650), peguei minha mochila e sai do quarto com certa pressa. Ao sair de casa, tranquei a porta e comecei a caminhar.

Para ir para a escola eu precisava pegar um ônibus e caminhar 20 minutos. Sentei no banco como de costume e olhei o relógio.

– Oh não! O ônibus passou a 10 minutos! - Exclamei impaciente, começando a caminhar atrás de outro ônibus que me levasse ao mesmo destino ou a um lugar perto do que eu era acostumada a parar.

Eu não caminhava, praticamente corria. Tentava me desviar das pessoas com um pouco de sucesso, até colidir com alguém e cair no chão. Olhei para cima com um pouco de tontura e tentei distinguir o rosto da pessoa com qual havia colidido.

– Oh, minha nossa, me desculpe, me desculpe! Você está bem? - perguntou a figura masculina, estendendo sua mão para me ajudar a levantar. Não recusei a ajuda, claro.

– Obrigada pela ajuda, e sim, estou muito bem desculpe, eu estava com... pressa. - Olhei-o nos olhos e vi o quanto estava cansado.

– Acho que passei a noite em claro, por isso estou muito distraído, mais do que o normal - Ele disse, em um meio sorriso que enfeitava o seu rosto, e deixava-o com uma característica boba.

– Bom me desculpe, estou indo para a escola e eu estou atrasada. - Falei e acenei me despedindo, mas logo ele me interrompeu.

– Posso lhe ajudar a chegar em sua escola a tempo.

– Minha tia me ensinou a não aceitar carona de estranhos - fiz uma leve indagação.

– Eu não tenho cara de assassino em série, tenho? - Ele perguntou tocando seu próprio rosto, verificando-se.

– Na verdade, não - Falei o encarando - tudo bem, mas... Como se chama?

– O doutor - Ele respondeu começando a caminhar.

– Só... O doutor? - comecei a segui-lo e logo estava acompanhando o ritmo apressado dele.

– Sim, só o doutor - Ele então virou um beco e lá estava uma caixa azul, policial eu estava pensando.

– Onde está o seu carro? - Olhei todo aquele lugar a procura de algo parecido com um carro, mas não havia encontrado.

– Não é bem um carro mas pode te levar a qualquer lugar no espaço tempo - Disse ele se apoiando na caixa azul e me olhando de forma divertida.

– Tudo bem, tudo bem, vamos parar de brincar um pouco, tudo bem? Eu estou realmente atrasada, me desculpe. - Falei, girando meus calcanhares e dando um passo, logo sendo interrompida pelo doutor.

– Vamos, entre! - disse ele abrindo a porta da caixa azul.

Não recusei o convite, aliás, estava curiosa para saber o porque dele insistir em dizer que aquela caixa fazia tais coisas. Ao entrar, me assustei completamente. Era maior por dentro. Eu me apressei a sair e checar todos os lados daquela caixa. Não podia ser verdade.

Me belisquei diversas vezes para saber se estava sonhando ou acordada, então decidi entrar de uma vez, ao entrar ele estava apoiado em uma espécie de painel.

– Como assim? É... - Falei de maneira tao rápida que pude transparecer o quão maravilhada estava.

– Grande por dentro? É, eu sei - Ele estava dando coordenadas em alguns mecanismos que eu não consegui identificar. - Bom, já estaremos em seu colégio.

– Mas, como funciona? - Demonstrei pleno interesse pela máquina, aliás, estava mesmo interessada, pois era bastante intrigante.

– Desaparece aqui, aparece ali. Se chama T.A.R.D.IS,Time And Relative Dimension In Space(Tempo e Dimensão Relativa No Espaço)...

Um tremor abalou toda a estrutura da TARDIS, eu tentei me apoiar em algo mas acabei caindo no chão. O doutor se apoiou no painel, porém começou a falar coisas consigo mesmo.

– Não, não podíamos estar aqui! O que há garota? O que houve? Novamente? - Ele mexia em algumas coisas ali, e eu apenas observava.

– O que houve?

– Não só nos deslocamos no espaço, como também no tempo. Estamos em sua escola, mas estamos no ano de 1998. - Ele então caminhou até a porta e a abriu.

– Sério!? - Exclamei estupefata - O que faremos?

– Veremos o que está havendo.

Ele me convidou a sair e eu então o segui. Pude ver o quão diferente as coisas eram, não estávamos tão longe da minha época, mas tudo era muito diferente: O jeito das pessoas se vestirem - o que eu já esperava, óbvio - e a maneira que ambos se tratavam. Parei observando uma velha praça, que no meu tempo não era tão bonita quanto a desse tempo.

– Vamos, temos que ir. - Disse o doutor, voltando alguns passos para me acompanhar.

POV ROSEY

Aquela manhã havia passado tão rápido que eu mal percebi que ainda tinha assuntos pendentes. Havia esquecido que tinha que ter ido acompanhar Kylie até a feira de ciências, na qual ela apresentaria seu trabalho. Escutei batidas na porta e então fui atender rapidamente.

– Ei, Rosey!

– Olá Kylie, quer entrar?

– Sim, claro, mas... Você sabe que faltam apenas 20 minutos para irmos para a feira de ciências, não é?

– Claro, claro. - Disse me afastando para deixá-la passar sem impedimento, pois ela carregava uma espécie de caixa de plástico com algumas coisas dentro.

Ela entrou e logo depois eu fechei a porta. Me sentei no sofá e então quebrei o silêncio que havia se instalado.

– Você viu a Abbey?

– Não, não hoje - Ela falou pondo a sua caixa em cima da escrivaninha - Mas creio que a veremos mais tarde.

– Se você diz... Espere um pouco, irei me arrumar.

– Tudo bem, eu fico aqui.

Sai da sala e caminhei com pressa até o meu quarto, tranquei a porta e então fui me arrumar, como de costume.

POV DOCTOR

Eu caminhava com minha chave de fenda sônica em mãos, Abbey parecia uma garota bastante amadurecida, ela não fazia tantas perguntas e ficava atenta a tudo que acontecia em nossa volta.

– O que é isso? Uma arma? - Ela perguntou olhando a chave de fenda sônica com curiosidade.

– Não, é uma chave de fenda sônica. - Continuei a fazer um check-up do lugar - Estranho, nada de anormal por aqui.

– Chave de fenda? Monta armários? - Ela perguntou e então eu não me conti e soltei uma gargalhada.

– Não, ela é sônica! Tem várias funções.

– Entendi, entendi.

Comecei a perceber o quão diferente essa garota era, ela tinha um toque misterioso, ao mesmo tempo doce e único. Ela me agradava, e era exatamente o tipo de pessoa que eu procurava.

– Venha comigo. - A chamei de volta á TARDIS.

Ela me seguiu sem nada questionar, abri a porta e deixei ela passar primeiro. Se nada havia ali, por que havia sido trazido? Bom, eu não sabia... Então voltei á época certa, dessa vez tudo havia sido calmo, nada havia sido turbulento.


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Notas finais do capítulo

Espero que vocês tenham gostado do capítulo, estou fazendo ele desde ontem e finalmente saiu. Espero reviews :3 beijos.



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