Stubborn Love escrita por Ster


Capítulo 1
Stubborn Love - Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Simples e rápido.



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Complicated

Ela era naturalmente complicada.

No primeiro dia em Hogwarts, ela não calou a boca desde que entrou no vagão até ser selecionada. Falava sobre tudo que tinha direito, sobre sua família, sobre seus primos, magia, casa, pedras preciosas, jóias, O Pasquim, úteros, vacas, a teta das vacas e várias coisas da qual apenas os traumatizados que foram obrigados a ficar ao seu lado todo esse tempo se lembravam. Dorea chamava a atenção naturalmente por seus intensos olhos azuis e o cabelo negro como o breu, que tinha ondas naturais e violentas, dando lindas formas a seu cabelo. E ela também tinha um grande sorriso aberto, e não hesitava em mostra-lo para todos.

– Dorea, será que pode parar de sorrir um minuto? – era o que sua mãe sempre dizia, irritada. Os Black não tem muito costume de sorrir para todos, apesar da família de Violetta e Cygnus serem afastada do núcleo dos Black por conta de conflitos à parte.

– MAMÃE, COMPRA ESSE... – sua voz também era alta e aguda. Dorea não conseguia falar baixo, ela se empolgava e acabava berrando, sem contar suas gargalhadas absurdamente altas e extravagantes. Ela gostava de ser o centro das atenções, gostava de que prestassem atenção nela o tempo inteiro. Levou um grande beliscão de sua mãe.

– Pare de berrar! – disse ela ameaçadoramente. Dorea emburrou-se toda e ficou assim o resto do dia. Ela odiava ser repreendida, ser ofuscada ou ter chamadas de atenção. Não sabia porque as pessoas não entendiam que ela não fazia porque queria, era algo dela.

Nasceu assim e ponto.

Simple

Charlus era idolatrado por sua família.

Era o garoto mais simplificado que eles conheciam. Ia muito bem nos estudos, era ótimo em todas as matérias, se relacionava com garotas de boa influência, tinha uma boa aparência, era educado, refinado e muitíssimo inteligente. Ganhou prêmios na matéria de Transfiguração e saiu até mesmo no Profeta Diário. Fez viagens internacionais para competir por Hogwarts em outros países na matéria de Poções e ganhou medalha de prata para o colégio. Virou monitor aos quinze anos e monitor chefe no sétimo ano, tinha um boletim nada menos do que perfeito e nunca cumpriu uma detenção.

Todos admiravam e amavam Charlus Potter.

Descontraído, divertido, gentil, bondoso e leal. Corajoso, ousado e nobre, todas as garotas queriam conhece-lo melhor e os garotos não se decidiam entre a raiva e admiração. Tinha um grupo seleto de amigos pois era muito seleto em amizades, era amigo dos professores e enchiam seus pais de orgulho.

Ele era absolutamente normal se você observasse bem.

Não tinha nenhum atrativo específico. Alto demais, e com o cabelo castanho tão despenteado que ele ficava horas e horas diante do espelho tentando frustrantemente arrumá-lo. Tinha olhos castanho esverdeado, um nariz torto e um sorriso encantador. Um completo Grifinório, o orgulho de todos, esse era o grande Charlus Potter que cumpriu a primeira detenção de sua vida no último ano em Hogwarts.

Wait

Tudo começou com a encrenqueira da Black.

Todos conheciam Dorea, tanto por ela ser capitã do time de Quadribol da Sonserina e por suas artimanhas. Ela era altamente manipuladora. Crescia seus olhos azuis para os professores para poder fugir de detenções. Era diariamente pega fora da sala em horário de aula, aprontando alguma coisa proibida e ou quando simplesmente desaparecia da face da terra, sendo encontrada em Hogsmeade com várias pessoas mais velha, compartilhando uma Cerveja Amanteigada.

Sempre com os óculos escorregando pelo nariz pontudo, Dorea era o diabo encarnado para Charlus. Ele não conseguia evitar em torcer seu nariz quando a via com o uniforme todo amarrotado e fora do lugar, cabelo despenteado e sorriso tão grande que chegava a ser um pouco intimidador.

Tudo nela era exagerado.

E em mais uma de suas monitorias noturnas, Charlus a pegou saindo de um espelho no quarto andar.

– Pottinho! – esganiçou Dorea, entrando no espelho novamente assim que o viu. Charlus correu em sua direção e seu coração bateu forte ao atravessar o espelho.

– SENHORITA BLACK! – gritou ele para a garota que corria. Potter não hesitou em correr em sua direção, descendo as infinitas escadas enquanto ela gargalhava tão alto que ressonava pelo local de um jeito assustador. Finalmente chegou a uma porta escancarada e saiu com pressa, sendo atingido por um vulto verde, que enfiou sua varinha inflexível em sua garganta com força, ameaçadoramente.

– Mais uma detenção e você volta sem dentes. – Dorea tinha a boca bem próxima de seu ouvido enquanto os dois estavam caídos no chão gélido de Hogsmeade. Mas que corja essa garota!, pensou Charlus, exasperado.

– Me solte se não quiser piorar as coisas.

– Não gosto de ser ameaçada, Charlie.

– É Charlus.

– Que seja, é tudo a mesma coisa. – Dorea estava se divertindo em cima do monitor chefe, gostava do desespero dele, era como se tivesse pavor absoluto dela, meio estranho para um Grifinório. Mesmo assim, os dois foram pegos por Madame Rosmerta, que viu o uniforme e contatou Dumbledore imediatamente.

Dorea bufou, se perguntando o que aconteceria já que ainda estava cumprindo uma detenção.

Charlus quase usou Avada Kedavra contra Dorea, pois aquela detenção sujaria seu boletim.

Look Around

– Entre, Srta. Black – A Professora Welch chamou com uma voz entediada. Ela já estava habituada a receber visitas de Dorea Black todo fim de tarde, aliás, nem precisava de aviso, era só não ouvir os berros dela pelos corredores da escola que já sabia que a garota estava sentadinha ao lado de fora da estufa, balançando os pés e esfregando um tênis no outro para que ficassem mais encardidos do que já eram.

A porta se abriu e uma menina de estatura média, com a cabeça lotada de fios desordenados em um tom negro e olhos azuis que com certeza convenciam os pais de qualquer coisa, parecendo tão entediada quanto a professora.

– Boa tarde, professora. – cumprimentou quando se sentou na cadeira em frente a mulher com o rosto duro. Ela sentou-se na cadeira, fazendo a luz brilhar naquele enrolado negro. Seus olhos azul celeste tiveram um brilho atrevido passando por eles quando colocou os pés na mesa. A garota era perverso.

– Ah meu Deus, tire esses pés da minha mesa, Black!!! – rugiu professora Florence, chefe da Casa Sonserina.

– Sim, senhora – Dorea respondeu ironicamente, removendo os pés da mesa.

Florence Welch rangeu os dentes, obviamente frustrada com a resposta sarcástica da garota, mas incapaz de qualquer revolta, ela contou até dez em sua cabeça e suspirou.

– Por que você está aqui neste momento, então, Srta. Black?

– Para falar a verdade, não faço ideia. – respondeu a garota franzina com uma voz inocente. Welch beliscou a ponte de seu nariz e ignorou a declaração de Dorea.

– Sem mentiras, Srta. Black, por favor não tome meu tempo. Fui informada que a senhora explodiu o armário de vassouras da Grifinória.

Dorea Black fingiu assustar-se, mas seu teatro já não servia para a coordenadora da Sonserina.

– O quê? Quem disse essa doideira? Não fui eu não! – ela riu. – Aposto que quem disse isso foi Septimus, aquele mentiroso do... – Florence tossiu bravamente.

– Eu presumo que a senhorita quer dizer Septimus Weasley. – O tom de Florence Welch foi repreender e praticamente adoração. – Ele é um estudante extremamente bem-comportado. Tem um futuro brilhante à sua frente, bem ao contrário de você neste momento. Em vez de dizer coisas desagradáveis para ele, você deve olhar para ele e se inspirar. Isso é apenas um aviso.

– Aviso? – Dorea perguntou, desconfiada.

– Expulsão. – Florence respondeu categoricamente.

Is Set

Todas as quartas, das dez até meia noite em ponto, sala de Adivinhação.

Dorea dizia a todos, divertida, que tinha um encontro com Charlus Potter, mas ele sentia desespero só de ver essas duas palavras na mesma sentença: Encontro e Dorea. Claro que ele jurou para si mesmo que nunca julgaria o livro pela capa, mas é que a garota realmente era o demônio e não se via socializando com uma pessoa como ela.

Mas Dorea até gostava da ideia dessa sentença.

Ela tinha um interesse estranho por Charlus, tinha curiosidade em saber mais sobre o garoto mais admirado de toda a escola. Queria saber que charme era esse que fazia as garotas morrerem de amores por ele, como ele ganhou tantos prêmios por Hogwarts e ia tão bem em todas as matérias. Ela até se permitia sentir-se um pouquinho mal por ter estragado seu boletim perfeito.

– Quero ter muitos bebês. Vários. – ela era obrigada e puxar assunto, pois Charlus entrava na detenção calado e saia mudo. Os dois tinham que corrigir lições com histórias e teorias sobre o futuro totalmente absurdas e sem nenhum sentido.

– Ótimo. – respondeu Charlus, seco.

– E você?

– Eu o que?

– Quer ter filhos?

– Não sei... Acho que sim, nunca fiquei pensando nisso. – ele girou os olhos disfarçadamente. Continuou corrigindo as lições. E no dia seguinte também enquanto ela relatava como fora suas aulas. E no outro fim de semana, Charlus já respondia algumas coisas ou opinava em alguns assuntos, e quando as detenções finalmente acabaram, ele sentiu que algo estava faltando, e Dorea já não sabia o que fazer para poder conversar com ele novamente.

Mas ela acabou deixando aquilo de lado, afinal...

O ano tinha acabado.

Just Like Must To Be

STUBBORN LOVE 

E ela foi para o Afeganistão.

Ele foi de Buenos Aires à França.

Ela namorou uma garota por três meses, aprendeu a falar mandarim e perseguiu uma banda de rock durante meses. Leu todos os livros de F Scott Fitzgerald, aprendeu a dançar Jazz e idolatrava Jack Kerouac. Fez curso de culinária, adotou um bichinho de estimação, trabalhou como garçonete e depois, já em Londres novamente, ensinou em um curso pago, crianças bruxas a andarem de vassoura.

Ele namorou durante três anos com uma linda veela, os dois iam a jantares, escreviam ensaios e depois trocavam e conversavam sobre os textos enquanto tomavam café. Planejavam o nome de seus filhos, desenharam juntos a planta da futura casa. Experimentaram culturas diferentes, quase adotaram um bebê chinês e estudaram oclumência. Quando finalmente voltaram para Londres, os dois brigaram e se separaram.

Era um dia normal quando Dorea estava com o uniforme da escola onde trabalhava, uma camiseta cheia de vassouras coloridas, andando pelas pessoas nas movimentadas ruas de Londres. Charlus estava com seu terno muito bem arrumado e passado, pensando em quantos relatórios teria que ler quando chegasse no Ministério.

Ele a avistou.

Ela deu um sorrisinho.

Ele se rendeu a um sorriso.

Ela desviou o olhar, ainda com os lábios em um sorriso.

Charlus segurou um riso.

E todos pareciam andar em câmera lenta.

E então, quando finalmente um passou ao lado do outro...

– Olá, estranho. – sorriu Dorea.

Eles comeram comida chinesa. Charlus adorava, pediu em chinês e tudo, porém Dorea olhava para o fast-food do outro lado da rua com amor. Conversaram sobre pedras portuguesas e bichos empalhados. Caminharam pelas ruas de Londres admirando as artes de rua. Já em casa, Dorea pensou em Charlus, mas ele estava ocupado demais corrigindo relatórios. E no dia seguinte ela ligou, e os dois se encontraram novamente.

Namoraram por dois meses e terminaram.

Dois anos depois reataram.

Um ano de namoro.

Sete meses de separação.

Quatro anos de namoro.

Um ano de separação.

Ele era dramático.

Ela era dinâmica.

Ele era cauteloso.

Ela era impulsiva.

Ele era Charlus, e ela era Dorea, e um dia eles compartilharam uma detenção antes que eles compartilhassem muitos argumentos, pois ela era arrogante, e ele era sincero.

E assuntos do coração requer tempo.


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Notas finais do capítulo

Não é provado que a Dorea Black era a mesma casada com o Charlus, mas na via das duvidas, vai ela mesmo.
E se ela realmente for uma Black, pasmem, Sirius e James são primos hahahahahahahahahaha
Espero que tenham gostado.
Até ♥