Herança escrita por Janus


Capítulo 34
Capítulo 34




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     A viagem foi exatamente como o esperado. Todos conversando ou fazendo algumas brincadeiras. Algum grupinhos de determinada classe zombavam de outros com algumas cantorias um tanto indecorosas. O monitor que estava no transporte cuidou de registrar seus nomes para posterior repreensão.
     Joynah preferiu tirar um cochilo. A viagem iria demorar coisa de uma hora devido aos flutuadores seguirem em baixa velocidade por segurança. Encostou a cabeça em seu banco e fechou os olhos. Apesar a bagunça lá dentro foi fácil cochilar um pouco. Só acordou quando a algazarra ficou bem maior. Alguém – pela voz era a Sereninha – avisou que já dava para ver o destino deles, e todos ficaram alvoroçados com aquilo.
     Ela olhou pela janela – para a direção em que todos olhavam – e viu as ruínas. Eram maiores do que tinha imaginado. Muito maiores. Deviam ter coisa de quatro ou cinco quilômetros de diâmetro. Era uma cidade inteira! Ao lado destas ruínas podiam ser vistas outras, de edifícios mais modernos. Eram sobras de um distrito periférico da antiga Tóquio. As ruínas que iria visitar foram descobertas durante as fundações de um novo espaçoporto. O aeroporto de Cristal Tóquio já estava bem sobrecarregado para funcionar tanto para naves espaciais quanto para aviões.
     A descoberta destas ruínas acabou com os planos de construção deste. O projeto foi arquivado e o tráfego espacial acabou sendo desativado da cidade por não haver outro local para a construção.
     - Olhem só os jardins! – exclamava Sereninha contente.
     Ela ficou um pouco assustada. O flutuador chegou a se inclinar com todos indo para o lado direito deste de forma a ver melhor as ruínas. Felizmente o piloto era bom, e rapidamente aprumou o veículo aéreo. Ela aproveitou esse suspiro de alívio e procurou pelos jardins que a baixinha tinha falado. Deviam ser aquelas figuras geométricas coloridas. Nossa! Eram lindos mesmo. Pareciam um mosaico gigante feito com flores. Como tinham descoberto quais flores – e principalmente, a cor destas flores – que deviam plantar? Talvez explicassem durante a excursão.
     Espera um pouco... aquele desenho... era... não pode ser...
     - Joynah! – chamou Serena – você está vendo aquilo?
     - Estou sim – respondeu de olhos arregalados – estou mesmo...
     Ainda estavam muito distantes, mas o desenho formado pelas flores nos jardins era evidente. Não percebeu na hora pois o estava vendo de lado, mas era o desenho de uma pessoa – pela forma do corpo, uma mulher – com... asas de borboleta nas costas.
     Não haviam detalhes, apenas a forma era perceptível. Um corpo esguio e atraente – era uma mulher mesmo, sem dúvida – com uma pequena saia e asas de borboleta. E até a pose era parecida com a da estátua da sailor Terra que tinha visto na Lua. Uma imagem em branco emoldurada por uma paisagem atrás. Um paisagem que parecia ser de uma montanha – ou escarpa – com nuvens acima desta claramente sendo movimentadas – aquilo era bem mais real que as pinturas da Michiru – por um vento forte, e com o mar abraçando a base desta. Também havia uma parte amarela do lado esquerdo do contorno humano... era fogo!
     Ela olhou para Serena estupefata. Tudo aquilo feito com flores?
     - Que mosaico liiiiindo – comentou sua irmã Marina ao seu lado – que flores será que usaram para aquele rosa nas bordas?
     Rosa? Não tinham nenhum rosa naquilo. Olhou para onde o dedo dela indicava e...
     Mas...
     - Onde está a imagem? – disse em voz alta e ficando de pé no seu banco – o que aconteceu com ela?
     - Do que está falando Joynah? Ela está ali. Não está vendo aquele desenho enorme lá embaixo?
     Ela estava... estava vendo sim! Só que... esse desenho não era o que tinha visto antes. Este tinha formas geométricas com um entrelaçamento de cores no centro. Parecia um tipo de mosaico que se faz com um compasso virtual no primeiro ano. Era lindo, sem dúvida, mas em nada se parecia com o que tinha visto antes.
     Olhou para o resto da – agora que estavam mais próximos – extensa área de escavação mas não viu absolutamente nada parecido com o que viu antes. Olhou para Serena bem a tempo de flagra-la esfregando os olhos com os dedos da mão esquerda e observando a imagem novamente. Será que...
     - Serena... – disse em seu ouvido – você viu um desenho...
     - De uma mulher com asas? – cochichou de volta – não sei – ela olhou pela janela quase se debruçando sobre a sua pequena irmã e repetiu – eu simplesmente não sei! Baixinha...
     - EU...
     - Tá bom! Mana... você viu uma imagem diferente nas flores?
     - Diferente como?
     - Bem... uma outra imagem...?
     - Não. Só vi essa – apontou com o dedo – não é linda?
     - É... murmurou ela vendo a imagem pela janela – é sim.
     - Eu quero saber como fizeram – disse a pequena – quero fazer a mesma coisa no meu jardinzinho no palácio
     - Sereninha, ele é muito pequeno para fazer algo assim.
     - Eu ponho flores bem pequenas – disse ela com a maior inocência.
     Joynah voltou a observar as ruínas através da grandes janelas do flutuador. Já não era possível ver direito os jardins pois já estavam bem baixos – deviam estar pousando – e daquele ângulo, tudo o que podia ver era um tapete multicolorido.
     Depois do pouso tiveram de aguardar um pouco. O professor que estava fazendo o serviço de monitor da turma ficou de pé na frente do veículo e começou com o chato discurso de como deveriam se comportar, que deviam seguir as regras, não ir a locais não autorizados, não atrapalhar os arqueólogos que estavam trabalhando, não ficar pegando lembrancinhas, e todo o resto que ela já havia gravado em sua memória de tanto ouvir as mesmas coisas.
     Infelizmente ela raramente consultava esta memória durante uma excursão.
     Eles saíram do veículo em fila indiana. Formaram um grande grupo fora deste, junto com os alunos que também estavam saindo dos outros veículos. Ainda não estavam liberados para andar por ali. Alguém iria ter certeza de que todos saíram e que ninguém estava passando mal. Alguém também iria verificar se todos os locais onde não podiam passear estavam sendo vigiados. Só depois de tudo conferido iriam libera-los para deixar andar "livremente" por lá. De uma certa forma ela se sentia como em um parque de diversões. E não deixava de ser aquilo mesmo. Só que era um parque temático. Um parque temático de um assunto muito sério, pois nada lá era simulação – bom, não exatamente. Haviam com certeza locais restaurados para mostrar como deveria ser o modo de vida e o dia a dia de quem tinha vivido ali. E ainda tinha o gran finale, uma projeção holográfica sobre todo o local mostrando como deveria ser aquelas ruínas antes. Sua mãe insistiu para que tirassem muitas fotos disto.
     De um jeito ou de outro teria que prestar um pouco de atenção por ali. Haveria uma chamada oral na próxima segunda feira sobre os principais pontos das ruínas.
     - Nossa... que lugar incrível! Tem um odor tão, tão, tão... aiii! Eu não sei!
     - Do que você está falando, Diana? – perguntou para ela não compreendendo o que queria dizer.
     - Você não consegue sentir? Tem cheiro de paz... de harmonia... de pureza!
     - Não... – ficou impressionada com a descrição que ela tinha feito – eu não consigo farejar nada disso.
     - tsc... – fez ela – vocês humanos tem muitas limitações... Marina, podemos passear por ai juntas?
     - Nós sempre saímos por ai juntas – respondeu sua irmã com um olhar enviesado – por que seria diferente hoje?
     - Posso ir com vocês? – pediu a pequena princesa – eu sei que vocês vão direto para os jardins. Vocês duas adoram flores!
     Uma olhou para a outra por alguns instantes e acabaram acenando com a cabeça afirmativamente.
     - Serena! – chamou a pequena – eu vou com a Diana e a Marina.
     - Tudo bem – respondeu sua irmã – mas não se afaste delas.
     - Qualquer coisa eu aviso com o meu visor – Diana piscou o olho e fez um movimento de sua mão direita sobre o pingente que pendia da corrente em sua cintura – Orion entregou o meu esta manhã.
     - O que? – perguntou Joynah – você ganhou um visor especial também?
     - Foi – respondeu a princesa – agora ela pode nos avisar onde quer que esteja. E ele também tem um localizador – completou em voz baixa.
     - É, agora nem preciso dizer onde estou para me acharem – disse Diana sorrindo.
     - Você se esqueceu da audição dela – disse com um sorriso para a sua amiga – não é só o nariz apurado que ela tem não.
     Serena apenas ficou de cara um pouco sem jeito. Observaram a pequena princesa ficar ao lado de Diana quando ouviram um grito estridente e conhecido.
     - JÁ DISSE PARA NÃO ME AGARRAR ASSIM!
     As duas olharam para Anne e seguraram uma risada. Suzette tinha lhe dado um abraço forte pelas costas. Rita estava ao seu lado.
     - Só estava cumprimentando minha irmã... não posso?
     - Não desse jeito – disse ela furiosa e olhando de lado para Kátia, que estava dando um sorriso cínico.
     - Você se incomoda muito com o que os outros pensam – disse Rita – e porque não guardou lugar para a gente? Tivemos que pegar o outro flutuador. Sabe como sofremos lá? o ar condicionado estava quebrado, meus cabelos ficaram todos embaraçados por termos de abrir as janelas...
     - Rita... – cortou Suzette – para de agir feito patricinha...
     - Patricinha? Meu nome é Rita, não Patrícia!
     - VOCÊ ME ENTENDEU! – gritou ela na ponta dos pés para a loira, que se encolheu de medo.
     - Desculpa... – disse de mãos abertas e dentes arreganhados.
     Suzette bufou um pouco e ficou calma de novo. Anne perdeu o seu ar de nervosa e acabou sorrindo também. Agora só faltava mesmo aqueles dois... porque ainda não as acharam? Era fácil! Bastava procurar a única com cabelo rosa por ali...
     - Muito bem crianças – disse um dos professores provavelmente usando um amplificador vocal – vocês estão liberados para andar pelo local. Voltem aqui na hora do almoço que as barracas de comida já estarão montadas. Só peço a todos que se comportem e para se lembraram que estão representando a escola de cristal.
     Houve um gritaria infernal logo depois daquilo com as crianças debandando. Muitos foram para os jardins que viram do alto – em sua maioria meninas – outros foram para onde havia uma trilha de pedras – parecia ser um tipo de corredor – em que haviam corrimões de ambos os lados. Outros permaneceram onde estavam aguardando que o resto de seus amigos se juntassem a eles, incluindo ai as filhas das sailors.
     - Vamos indo? – pedia Sereninha puxando Diana pela mão e pulando no mesmo lugar – eu quero ver aqueles jardins.
     - Está bem princesinha – disse Diana - vamos Marina. Tchau gente! Nos vemos na hora do almoço.
     Joynah e as outras acenaram para elas e se agruparam mais. Nenhum sinal dos rapazes ainda.
     - Anne – pediu Serena – sabe onde está o Yokuto?
     - Sim – respondeu ela – lá atrás – apontou com o polegar.
     - Eu já volto – disse ela saindo do grupo e correndo na direção indicada.
     - Não vai com ela? – perguntou Anne – o Herochi está junto.
     - Não. Não vou ficar correndo atrás de homem não. Prefiro esperar ele chegar até aqui para ouvir a senhora bronca que vou dar nele.
     - Que bronca nada – ela sorriu – você vai é se derreter toda e ficara abraçando e beijando ele. Você e Serena são praticamente gêmeas nesse ponto.
     - Deve ter sido a convivência – comentou Anne distraída olhando em direção a trilha que a maioria dos alunos já tinha seguido – ela não era assim quando éramos vizinhas.
     - Nós nunca fomos vizinhas... só quando estava com a Amy cuidando de você.
     - Foi o que eu quis dizer. Você era menos melosa e menos aérea do que é hoje.
     - Eu? Melosa?
     - Oi amor...
     Aquela voz as suas costas a fez sentir um calor percorrendo a sua espinha. Em um segundo esqueceu tudo o que estava falando e em um impulso, girou o corpo e agarrou Herochi com um forte abraço. Se ainda tivesse a sua força física ele teria sido partido ao meio.
     - Porque demorou tanto para chegar? – perguntou irritada para ele quando o encanto de ve-lo se desfez – eu disse que íamos chegar cedo.
     - Desculpe... – ele estava encabulado – minha mãe nos fez acordar as quatro da madrugada para treinarmos um pouco e só nos liberou na hora normal de sairmos para a escola.
     - Ela quis que treinassem de novo? Mas porque? Já treinamos todos os sábados. Não é o suficiente?
     - Ela deve estar achando que não... e considerando a surra que estamos levando de sailor Marte, acho que está certa.
     - Mas é injustiça ela achar que vocês podem enfrentar uma sailor veterana com mais de mil anos de prática.
     - Ela deve achar que enquanto não demonstrarmos capacidade para enfrentar uma sailor não estaremos aptos a nos chamarmos lunar senshi – disse Serena se aproximando com Yokuto a abraçando – bom, por mim tudo bem. Já sou uma inner faz tempo...
     - Convencida – disse Rita com os braços cruzados e olhando torto – você não é assim tão mais poderosa que a gente. Titã e Terra conseguem se equiparar a você.
     - Isso não importa! Eu sou uma inner há muito tempo... já enfrentava demônios e youmas com as asteróid muito antes de nos conhecermos.
     - E já era atrapalhada desde que era a chibi moon – completou Anne.
     - O que? – perguntou indignada para ela.
     - Eu andei vendo os registros da mamãe Amy... lembra quando vocês estavam lutando no parque de diversões Lua Nova contra aquelas criaturas?
     A princesa começou a ficar vermelha de vergonha. Joynah começou a ficar muito curiosa.
     - O que aconteceu? – perguntou.
     - CALA A BOCA! – disse a princesa – nós estamos aqui em uma excursão da escola, não para discutirmos nosso currículo como sailors.
     - Você quem começou – alfinetou Suzette com um olhar malicioso.
     - Mas ela tem razão – concordou Anne – já que estamos todos reunidos, vamos passear por ai.
     Ela colocou a mão na sua bolsa e a retirou em seguida. Na palma desta havia um cubo holográfico. Ela estendeu a mão com o cubo nesta e um holograma azulado surgiu no meio da rodinha que eles estavam formando. Era um mapa virtual das ruínas.
     - Eu quero ir para cá primeiro – apontou com a outra mão para um conjunto de quadrados em depressão – é onde os arqueólogos estão trabalhando no momento.
     - O que é isso aqui? – perguntou Rita indicando uma construção sem teto mas com algumas colunas intactas – parece um tipo de conjunto de piscinas...
     Joynah se aproximou para ver melhor e viu que ela tinha razão – de vez em quanto aquilo acabava acontecendo – no interior daquela construção haviam várias construções internas que se pareciam mesmo com piscinas. Logicamente que o holograma mostrava apenas seis aberturas de formato triangular no interior do prédio. Mas duas destas tinham escadas.
     - São as termas – disse Anne começando a ficar daquele jeito quando explicava sobre civilizações antigas – acredita-se que eram como os banhos públicos da Grécia. Há muitos murais e afrescos recuperados nas paredes da construção.
     - Hum... – fez Rita – então eu vou para lá primeiro.
     - Eu vou com você - disse Suzette – quero ver estas pinturas.
     - Siga aquela trilha que os outros pegaram – explicou Anne – conte doze construções e vire a direita. Vai cair em uma praça enorme. Não tem como errar.
     - Essa ai se perde até em rua de mão única – disse Allete – eu vou com elas. Quero ver este prédio aqui do lado de onde vão.
     - É um tipo de teatro – explicou Anne – pelo que me informei, a acústica deste é superior a dos teatros gregos. E vocês?
     Joynah ficou um pouco pensativa observando o holograma. Parecia haver muitos locais para ir. O que ela queria ver eram os artefatos desenterrados. Era o que realmente mais gostava das civilizações antigas. Herochi também queria ver o mesmo. Como escultor ele se interessava pela forma de arte primitiva. Se bem que o termo primitivo era uma forma meio arrogante de se pronunciar. A sua própria forma os artistas do passado foram gênios de suas áreas.
     - Eu vou ficar andando por aí e ver o que me chama a atenção – disse em resposta – na verdade quero ver um pouco de tudo.
     - Quer que eu vá com você? – perguntou Herochi.
     - Quer levar um pisão agora?
     - Foi brincadeira...
     - Sei...
     - Eu também vou ficar andando meio sem rumo – disse a princesa – mas quero passar nos jardins antes do meio dia.
     - Então vamos embora – disse Anne desligando o holograma e guardando o cubo de novo em sua bolsa – na hora do almoço a gente fala do que viu.
     - Se é que você vai se lembrar de almoçar – comentou Suzette já andando com Rita e Allete ao seu destino.
     Joynah pegou na mão de Herochi e começou a andar na direção da trilha ladeada por dois corrimões. Logicamente aquelas corrimões não deviam fazer parte do projeto original das ruínas, mas a trilha parecia ser sim algo original. Possuía várias bases de colunas de um lado e de outro. Todas partidas e quebradas, apesar de haver algumas quase de sua altura e até mesmo maior. Isso a fez imaginar que talvez aquele caminho fosse coberto antes.
     - O Orion está por aqui – disse Anne enquanto ainda caminhava com eles – será que veio estudar as ruínas também?
     - Onde ele está?
     - Perto da princesinha, Allete.
     - Deve ter trazido algo que ela esqueceu no palácio – disse Serena – se for importante eles nos chama. Todos estão com os seus visores?
     - A gente nunca sai sem eles – respondeu Rita sem dar atenção – sempre temos que estar preparadas, lembra?
     Joynah não se incomodou com aquilo. Quando o caminho se bifurcou ela puxou Herochi para seguir com ela pela direita. Queria um bom tempo para apreciar aquele dia em sua companhia.
     O primeiro dia de namoro "sem limites" que teria.
     Enquanto isso, na escola agora deserta de crianças – exceto pelas crianças menores que não queriam participar da excursão, por algumas outras em aulas de reforço e por funcionários fazendo o seu trabalho de limpeza e manutenção – um gato grande e amarelo acabava de entrar no seu pátio. Ele olhou ao redor e – um fato inesperado para quem conhece os felinos – sorriu satisfeito.
     Sem ser percebido ele seguiu rumo ao interior da escola. Mais precisamente para o seu subsolo. Algumas nuvens escuras o seguiram logo depois
    


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