A Batalha escrita por Lola Carvalho


Capítulo 9
Ruskin


Notas iniciais do capítulo

UAU! 8 pessoas favoritaram a históriaa *O*
Que lindas que vocês são :D Muito obrigada! Vcs me incentivam a continuar escrevendo S2

E como forma de agradecimento, decidi postar o capítulo antes! Espero que gostem S2
Capítulo com personagens novos e que vão "causar", rsrsrs :)

Boa leitura ;D



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Kimball Cho estava no turno da noite, lendo um de seus romances, como sempre, e considerando em sua mente se ele poderia fazer algo para deixar sua noite menos entediante.

Quando o computador emitiu um som, avisando-o que havia chegado um e-mail em sua caixa de entrada, ele não fazia ideia que seus pedidos haviam sido atendidos, e que sua noite passaria a ser bem agitada. Para seu desespero...

O e-mail vinha de um remetente desconhecido, e no corpo do e-mail estava escrito:

“Você vai querer avisá-los, preveni-los, ou até salvá-la com suas próprias forças. Mas não vai conseguir.

Tyger”

Ao ler o conteúdo do e-mail, Cho, em seu instinto policial, ficou sob estado de alerta, ao mesmo tempo em que viu que havia uma foto em anexo. Abriu-a se surpreendeu, pois a foto era muito diferente de tudo aquilo que ele imaginava ser, uma foto que, muito provavelmente, complicaria o trabalho de todos dali por diante.

Uma foto de uma menina jovem, cabelos castanho claro, olhos azuis. Ela vestia uma camiseta preta regata e tinha uma rosa vermelha em mãos. Parecia feliz. Usava um colar prateado com o que parecia ser um diamante no pingente.

Já era quase manhã, mas Cho não hesitou em ligar para Rigsby e Van Pelt, enquanto ele mesmo tentava descobrir quem havia mandado aquele e-mail para o CBI, e quem era a garota da foto.

Do outro lado da cidade, algumas horas depois, Jane e Lisbon se apressavam para sair, pois o relógio não havia despertado, e eles acordaram as nove horas da manhã. Nicolas que aguentasse, pois hoje, Teresa não tinha outra escolha senão deixa-lo na porta da escola, e mais, entrar com ele para pedir ao responsável que o deixasse entrar, mesmo estando atrasado.

Entraram na secretaria da escola e Teresa logo fora atendida por uma moça que parecia não gostar muito de trabalhar, por causa da sua cara de sono e falta de entusiasmo. Ela deixou Lisbon esperando, pois fora chamar o coordenador responsável pela entrada dos alunos.

Nicolas se sentou em uma das cadeiras de espera, onde também havia uma outra estudante, coincidentemente, de sua turma.

– Oi – disse ele à garota

– Oi... Você é o Nicolas, não é?

– Sim, sou eu. Você é Jennifer certo?

– Certo – Lisbon ouvia a conversa dos dois, sem olhar para eles, enquanto esperava o responsável.

– Muito prazer!

– O prazer é meu... – respondeu a garota, e um silêncio desagradável se instalou entre eles, um silêncio de vergonha.

– Então...

– Então... Está gostando da escola? – disse Jennifer puxando assunto

– Sim... Bom, é escola... Nunca se gosta tanto da escola, mas...

– Entendo – Jennifer riu – Problemas para se enturmar, não é? – ela perguntou em um sussurro

– É... Um pouco.

– Hum... Eu não sou a garota mais popular da escola, mas se quiser companhia no intervalo...

– Cl-Claro, e-eu... Adoraria – gaguejou Nicolas, e Teresa, que ouvia toda a conversa, riu por dentro... “Crianças” pensou.

– Aquela é sua mãe? – perguntou Jennifer

– É... Acordamos atrasados, ela teve que vir para pedir ao coordenador me deixar entrar.

– Eu também... Parece que faltou energia em algum momento da noite. Quem dependia de despertador não levantou...

– Pois é... Aquela é a sua mãe? – perguntou Nicolas, apontando para uma senhora ao lado de Lisbon

– Sim... Ella Ruskin. Qual é o nome da sua mãe?

– Teresa Lisbon... Jane – completou

O coordenador chegou, e as duas mãe explicavam o que ocorrera e pediam para que os filhos pudessem entrar para assistirem à aula.

– Eu sinto muito, mas as regras da escola são muito claras! Exceto em caso de urgência médica, os alunos não podem entrar fora do período estipulado, que é as sete horas da manhã... Eu sinto muito – disse o coordenador e logo se retirou antes de ouvir os protestos e queixas das mães.

– Ai, e agora filha... – dizia Ella Ruskin – Eu preciso mesmo ir trabalhar...

– Você pode ficar conosco – começou Nicolas – Quero dizer... Se quiser... Você não vai trabalhar, não é mãe? – perguntou Nicolas para Lisbon.

– Não, não vou... Você pode deixa-la comigo, se quiser.

– Não será um incomodo? – perguntou Ella

– Imagina... Incomodo nenhum!

– Ai, muito obrigada! Muito obrigada mesmo! Filha, seja obediente e se comporte, está bem?

– Claro, mãe!

Ella Ruskin saiu para seu trabalho, enquanto Nicolas, Teresa com Sarah no colo, e Jennifer se ajeitavam dentro do carro para irem para casa.

– Muito obrigada senhora Jane por me deixar ficar com vocês...

– Imagina querida! E, por favor, me chame de Teresa.

Ao chegarem em casa, Lisbon foi preparar o almoço. Nicolas e Jennifer ficaram cuidando de Sarah e brincando com Bob no quintal.

– E então Jennifer... Me conte mais sobre você. – pediu Nick

– Eu... Moro umas três casas de distância da sua, e... Gosto de tocar piano... Minha mãe que me ensinou como tocar quando eu era pequena, e... Gosto de livros de mistério, mas amo um bom romance também.

– Humm... Posso de chamar de Jenny?

– Claro! Poso te chamar de Nick?

– Pode!

– Mas e você, Nick... Me conte sobre você!

– Eu gosto de jogar vídeo game, ouvir música... Minha matéria favorita na escola é Matemática...

– Sério? Você é a primeira pessoa que eu ouço falar isso! – Jenny riu

– Pois é... Se algum dia você precisar de ajuda...

– Na verdade eu preciso sim! Sou péssima em matemática...

– Podemos estudar mais tarde... Já que não fomos para a escola...

– Claro!

– Ah, e eu... Também amo um bom romance – disse Nicolas olhando para os olhos da garota, que ficou envergonhada, mas não desviou seu olhar do dele. Os rostos foram se aproximando um do outro, os corações acelerados, os rostos ruborizados sentindo a respiração um do outro por causa da proximidade. Olhares intercalados entre os olhos e boca, e cada vez mais, a distância entre eles diminuía. O nervosismo, mãos tremendo um pouco, pensamentos a mil por hora, tudo em apenas alguns segundos. Até que...

– Meninos o almoço está... – Teresa entrou no quintal, assustando os dois adolescentes de maneira que eles pularam de susto da árvore que estavam encostados – pronto...

– Ah, é... Sim... Claro... Nós já... E-eu já... É... Estamos com fome... – gaguejou Nicolas

Obviamente Lisbon percebeu que interrompera alguma coisa, e ela sabia que “coisa” era. Se desculparia, talvez, mais tarde.

O almoço fora silencioso. Envergonhado e tímido. E quando acabou, Jennifer se dispôs a ajudar Nicolas retirar a mesa.

A campainha soou, e Teresa foi atender a porta.

Da cozinha, Nicolas escutava quem estava a porta. A mãe de Jennifer conseguira se ausentar do trabalho e viera buscar a filha.

– Hey, Jenny – ele a chamou antes que ela pudesse sair da cozinha

– O que foi?

– Vamos estudar amanhã?

– P-Pode ser...

– Minha casa ou sua?

– Sua... Minha mãe não deixa eu ficar sozinha em casa – Teresa entrou na cozinha e informou que a mãe de Jennifer a aguardava. Nicolas se despediu da garota com um sorriso, que fora correspondido.

No CBI, Jane saia do elevador entusiasmado, mas não fora recebi com o mesmo entusiasmo por seus colegas.

– Jane, isso são horas? – perguntou Van Pelt – Estávamos loucos atrás de você!

– Bom dia para você também! – respondeu irônico – O que houve?

– Red John... – Van Pelt podia ver a feição de Jane mudar apenas com a pronúncia daquelas duas palavras que, juntas, compunham o nome de seu maior inimigo – ele mandou um e-mail para Cho esta madrugada... Vem ver!

Patrick nem pensou duas vezes em sair correndo até o computador de Cho e assim que leu o conteúdo do e-mail e viu a foto anexada ao mesmo, buscou em seu palácio da memória algo que conectasse aquela menina da foto com o caso, porém não conseguiu fazer a conexão, embora tivesse a impressão de já ter visto aquela menina em algum lugar.

– Quem é ela? – perguntou Patrick

– Jennifer Ruskin, 14 anos, mora três casas após a sua do disfarce... – respondeu Wayne

– Ruskin?

– Sim, Ruskin... É o que diz a identidade dela.

– Ruskin era o sobrenome de solteira da minha esposa... – constatou Jane – Essa é a conexão... Ele nos fez ir até Nicolas e Sarah, depois fez nós irmos morar com eles como responsáveis deles, envolveu essa menina com o mesmo sobrenome da minha falecida esposa... Mas pra quê? Qual é a razão?

– Talvez você devesse usar seu disfarce para descobrir alguma coisa... – sugeriu Van Pelt

– Isso! – confirmou Cho – Vá e descubra algo.

No caminho para sua casa, Patrick tentava usar suas habilidades para acalmar a pulsação, porém tudo o que conseguia era ficar ainda mais nervoso.

Odiava não saber de tudo, não estar no controle de tudo, não entender tudo. Egocêntrico. Mas ele não podia evitar.

O que faria agora?

A imagem da menina ficara gravada em sua memória, não conseguia parar de tentar lembrar da onde a conhecia, mas parecia que seu palácio da memória tinha um quarto secreto, onde algumas de suas memórias brincavam de se esconder de sua consciência.

O que o animava era que, ao chegar em sua casa, não precisaria mais esconder seus sentimentos, e poderia abraçar seu amor.

Oh, sim! Nos braços dela ele se sentia seguro. Não necessitava estar no controle quando o assunto era Teresa Lisbon, pois ele confiava nela como nunca confiou em ninguém.

Entrou na casa e, após um cumprimentar Teresa que estava com Sarah e Nicolas no quintal, ele sorriu e se aproximou mais de Teresa, segurando o rosto dela com suas duas mãos, e beijando-a com calma e paixão, como se todos os seus problemas tivessem desaparecido, e só houvessem os dois no mundo, naquele momento.

Mas a necessidade de respirar se fazia presente, e então todos os seus problemas voltaram a inquietar sua mente.

– Voltou cedo – disse ela ainda sorrindo

– É eu tenho coisas para resolver... Podemos conversar?

– Claro! Está tudo bem?

– Mais ou menos... – Patrick disse, e o tom que ele usava em sua voz a deixava preocupada

– O que houve?

– Cho recebeu um e-mail nesta madrugada... Do Red John... – sussurrou Patrick

– O que dizia?

– Vem, vou te mostrar! – ele a puxou pela mão.

Teresa leu o que estava escrito no e-mail, e espantou-se. Mas não tanto quanto quando viu a foto que estava anexada ao mesmo e-mail.

– Ai meu Deus... Está menina... Eu conheço ela, ela é Jennifer Ruskin... Ela mora aqui na rua e é colega de classe do Nicolas! Ela veio aqui em casa hoje, almoçou aqui... O que isso quer dizer, Patrick?

– Pelo o que eu entendi, teremos que salvá-la do Red John...

– Mas como? Quando?

– Eu não sei, querida... Não faço a mínima ideia!


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Estão shipando o Nicolas e a Jennifer? Porque eu só de imaginar a cena, enquanto escrevia, estou shipando super aqui *----* hahahahaha

Comentem please :P
Beijinhooos seus lindoos S2