A Batalha escrita por Lola Carvalho


Capítulo 27
O pôr do sol


Notas iniciais do capítulo

Bom dia!!!
Quero agradecer ao novo comentário da Brendamoreira s2, e aos favoritos da Daniela Silva e brendamoreira. Obrigada *-*

Boa leitura!



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A lista de compras não era muito grande, portanto Nicolas e Jennifer não iriam demorar muito dentro do shopping. Principalmente porque tinham a ajuda de Patrícia e Marcos.

Por um lado era bom, estariam em casa mais cedo e não precisariam pegar ônibus ou esperar por um taxi para voltarem, mas por outro lado, não estariam completamente sozinhos como desejavam.

Patrícia, porém, era uma mulher muito atenta e logo percebeu que ela, Sarah e Marcos estavam “sobrando” e então se afastou com a desculpa de ter que levar a bebê para trocar fralda e pediu ajuda para Marcos.

Jenny e Nick, constrangidos, não conseguiam dirigir uma palavra ao outro, apenas se olhavam e sorriam tímidos. Eles estavam em uma loja de roupas de grife, à procura de um vestido para Teresa usar no casamento.

– E então Jenny... Como está morar com o seu tio? – disse Nicolas quebrando o silêncio e tentando não parecer tão nervoso

– Bem legal... Ele é muito divertido! – respondeu a menina animada

– Que bom, fico feliz por você! – Nicolas respirou fundo enquanto sua mente buscava em todos os conselhos que ele recebera nos últimos dias alguma saída boa para aquele momento, e então ele se lembrou do que Patrick disse para ele quando eles almoçaram juntos – Eu estava... Pensando aqui sobre uma coisa – disse receoso

– Que coisa? – perguntou Jenny

– Faltam apenas alguns itens da lista para comprarmos, acho que vamos conseguir sair daqui relativamente cedo... Aí eu estava pensando se nós não poderíamos aproveitar e... Ir tomar um suco ou um sorvete... O que acha?

– Acho uma ótima ideia! Só temos ver se Patrick não irá precisar de nós, e se meu tio deixa eu ir...

– Legal! Pode deixar que eu falo com o Patrick

– Ah, olha esse vestido aqui – disse Jenny mudando de assunto, pegando um vestido branco com um decote em “V” que era enfeitado por uma flor de tecido azul no final e pelo comprimento ficaria quase nos pés de Teresa.

– Lindo! – disse Patrícia que chegava com Sarah no colo

– Também gostei! – afirmaram Nick e Marcos

Eles foram até o caixa, pagaram pelo vestido e partiram para uma floricultura para encomendar as flores do buquê da noiva, as que enfeitariam o caminho até o altar e as outras que decorariam toda a cerimônia e a festa.

Alguns quilômetros distante dali, Patrick, Cho, Rigsby e Daniel esperavam a chegada dos irmãos de Lisbon no aeroporto.

Patrick havia os convencido que seria importante para Teresa que todos estivessem reunidos para o casamento, e eles surpreendentemente concordaram, fizeram suas malas e partiram para Sacramento com suas famílias.

Eles contaram para o Patrick que já fazia algum tempo em que eles haviam voltado a se falar, e perceberam que terem ficado todos esses anos longe fora uma completa bobagem. Eles pretendiam contar as novidades para Teresa pessoalmente, e estavam planejando uma visita surpresa para ela, então quando Patrick ligou e pediu para que eles viessem, eles não tiveram nenhuma resistência em pegar o primeiro avião.

Mesmo em meio a uma multidão de pessoas, não era difícil reconhecer quem eram os Lisbon’s, já que todos tinham os mesmos cabelos escuros e olhos verdes que Teresa tinha.

– Olá! – exclamou Patrick se aproximando deles – Eu sou Patrick Jane, vocês devem ser os irmãos de Teresa, certo?

– Muito prazer Patrick! – disse um deles estendendo sua mão – Eu sou James, aquele é John e este é-

– Hey, Patrick – interrompeu Tommy dando um abraço apertado em Patrick – Quanto tempo, hein?!

– Pois é... Deixa eu apresentar, estes são Wayne Rigsby, Kimball Cho e Daniel Ruskin – disse Patrick

– Patrick! – exclamou Annie que acabara de sair de uma loja com suas tias e primos, e fora correndo abraçar o futuro tio

– Hey Annie! – Patrick a abraçou de volta

– Eu estou muito feliz por você e pela tia Reese!

– Sim, todos nós estamos, Patrick! – disse James

– Obrigado – Patrick respirou fundo. A ansiedade o corroía por dentro – Eu tenho que dizer que sou o mais feliz dessa história – ele brincou e todos riram

– Já podemos ir? Eu estou com fome... – disse Annie

– Vamos, eu fiz uma reserva para vocês em um hotel aqui perto. Tudo incluso...

– Uau! – disse John – Só porque vai se casar com a nossa irmã? – brincou

– Pois é! Tenho que conquistar os cunhados e cunhadas também – respondeu Patrick no mesmo tom de brincadeira.

Em um SPA muito longe da cidade, Teresa, Grace e Charlotte desfrutavam das delícias de todo o tipo de serviços que lhes era oferecido. Já haviam passado pela esfoliação corporal, pelo banho de ofurô e agora estavam deitadas sobre as mesas para fazerem a massagem clássica.

– Nossa... Isso é bom! – disse Teresa de olhos fechados

– É... Maravilhoso – concordou Van Pelt

– Ai! – exclamou Charlotte

– Desculpe, mas você está muito tensa! Precisa relaxar – justificou-se a massagista

– O que está acontecendo, Charlotte? – perguntou Teresa

– Meu pai. Ele me pediu para chamar o Marcos para ir lá em casa hoje cedo, e depois me mandou para cá para poder conhece-lo sozinho... Eu nem sei o que esperar desse encontro!

– Fique tranquila, Charlie! Seu pai não vai assustar o Marcos... E eu também gostaria muito de conhece-lo.

– Claro, eu iria adorar se você o conhecesse, Teresa!

– Ótimo, agora, as duas, relaxem e aproveitem a massagem – ordenou Grace

.

A noite chegou mais rápido porque todos estavam engajados em alguma tarefa, mas ao final daquela tarde, todas as tarefas haviam sido cumpridas, e estava tudo pronto para o dia de amanhã.

A roupa do noivo e da noiva, o buquê, as flores da decoração, as alianças, o juiz, a festa, o buffet, os convidados e o lugar. Tudo pronto.

Nicolas conversou com Patrick, que permitiu e deu dinheiro para que ele levasse Jennifer para tomar um sorvete, e conversou com Denny que também concordou com o encontro dos dois.

Havia uma sorveteria perto da casa que Patrick tinha alugado, portanto os dois foram andando e desfrutando da companhia um do outro, do luar que os banhava e das estrelas que faziam da noite mais especial.

– Muito fofo isso o que o Patrick está fazendo para a Teresa, não é? – disse Jennifer saboreando seu sorvete de biscoito com creme de avelã, sentada em uma mesa de dois lugares ao ar livre.

– Verdade! Já parou para imaginar qual vai ser a cara da Teresa? – Jenny riu

– Pois é...

Um silêncio constrangedor e incômodo se instaurou no meio deles.

– Jenny... Eu sei que as coisas estão um pouco estranhas entre nós, mas... Eu quero mudar isso!

– Do que está falando? – Jenny se fez de desentendida

– Bom, nós nos beijamos na festa – Jenny corou – Depois você me disse que estava apaixonada por mim, e eu também estou apaixonado por você, mas depois, nos últimos dias, a gente não tem se falado mais e tudo ficou estranho. Então... Eu quero que não haja mais nenhuma dúvida sobre nós – Nicolas deixou o sorvete em cima da pequena mesa, levantou-se da mesa e em seguida ajoelhou-se no chão, fazendo com que todos os que estavam na sorveteria ou que passavam pela rua, parassem para ver o que estava prestes a acontecer. Nicolas pegou a mão dela, respirou fundo e continuou – Jennifer... Você aceita ir a encontros chatos comigo, andar de mãos dadas na rua e na escola, rir das minhas piadas sem graça, me aturar tentando te explicar matemática... Você aceita ser minha namorada, Jenny?

– Aceito! – ela respondeu. Nicolas se levantou do chão, e fez um truque de mágica que Patrick havia lhe ensinado, tirando de trás da orelha de Jenny uma rosa vermelha, que foi recebida com admiração pela menina.

Não resistindo a nenhum impulso, Nicolas segurou o rosto de Jennifer com suas duas mãos e a beijou, e ela correspondia ao beijo na mesma intensidade. Carinhoso e necessitado.

As pessoas que estavam em volta, os aplaudiam, e murmuravam coisas como “Awn, olha que fofinho”, e com isso se iniciava uma nova paixão.

.

Aquele domingo amanheceu ensolarado. “Especialmente ensolarado” pensava Patrick, que já não aguentava de ansiedade por tudo o que viria a seguir.

Ele passou a manhã e parte da tarde finalizando os últimos detalhes do casamento, tendo a ajuda de Grace, Wayne, Kimball e dos irmãos de Teresa, James, Tommy e John.

Quando deu o horário, Patrick se dirigiu até o apartamento de Teresa.

– Boa tarde pai – disse Charlotte abrindo a porta. Ela havia ficado na casa de Teresa ontem , após o SPA.

Eram aproximadamente quatro horas da tarde.

– Boa tarde filha! Posso entrar? – Charlotte deu espaço para que ele entrasse na casa.

– Boa tarde Patrick – disse Teresa descendo as escadas

– Boa tarde querida – Patrick deu um beijo rápido nos lábios dela – Como foi o SPA ontem?

– Legal! O que tem na sacola? – Teresa apontou para duas sacolas que estavam na mão de Patrick

– São presentes para você! Quero que você os vista para sairmos hoje...

– Não sabia que iríamos sair...

– Sim, eu sei. Foi uma surpresa! Gostou?

– Claro – Teresa abriu a sacola e viu o vestido branco – Nossa, é lindo! – então abriu a outra sacola e viu rasteirinhas brancas de amarrar na perna – Obrigada amor... Vou me arrumar e já desço – ela beijou a bochecha dele e subiu com os presentes em mãos.

Teresa sempre tomava banhos rápidos, mas naquela manhã ela demorou um pouco mais, aproveitando cada gota de água morna que caía sobre sua pele, e aproximadamente, quarenta e cinco minutos depois, ela desceu.

O vestido ficara perfeito, como se tivesse sido desenhado em seu corpo.

Patrick já estava nos trajes que usaria no casamento: Uma calça jeans preta e uma camisa com alguns desenhos de flor, da cor azul clara (para combinar com a flor do vestido de Lisbon) e seu sapato habitual.

– Vamos? – disse ele após elogiar sua beleza e beijá-la mais uma vez.

Charlotte disse que se encontraria com o Marcos, portanto esperaria que ele chegasse ali mesmo na casa de Teresa. Patrick disse que Nicolas também tinha um encontro com Jennifer, e que Sarah estava com Patrícia.

Então os dois entraram no Citroën azul de Patrick e foram aproveitar o dia sem se preocupar com as “crianças”.

.

Patrick levou Teresa até o lugar onde aconteceria o casamento: Uma praia particular.

Ele estacionou o carro longe e disse para Teresa que eles iriam aproveitar o pôr sol, caminhando sobre a areia.

Ele tirou o sapato e dobrou a barra de sua calça até a altura das canelas e então ofereceu seu braço livre para Teresa se apoiar, e ela o fez.

– Charlotte me contou que você mandou ela para o SPA ontem para poder conversar com o Marcos sozinho... Como foi? – perguntou Teresa

– Foi ótimo! Ele é um ótimo rapaz...

– Ela estava preocupada...

– Normal...

– Está tudo bem com você?

– Claro, amor! Por que não estaria?

– Sei lá, você está meio esquisito...

– Eu estou ótimo! Estou andando em uma praia com a mulher que eu amo... Como eu poderia estar melhor? – Teresa respondeu com um beijo demorado nos lábios dele.

– Eu te amo, sabia?

– Eu também te amo! – Patrick acariciou o rosto de sua amada – Você é muito linda, sabia?

– Obrigada! – eles se beijaram mais uma vez e continuaram andando, conversando sobre bobagens.

Até que Teresa avistou algo... Incomum de se ter em uma praia: cadeiras dispostas uma ao lado da outra, formando uma fileira, com um caminho pétalas de flores brancas no meio e um altar improvisado no começo.

– Olha... Parece que alguém vai se casar... – disse Teresa

– Eu não vejo ninguém – Patrick olhou para os lados, fazendo-se de desentendido

– Eu também não, mas parece que alguém vai casar... Ou já casou...

– Vamos nos casar?

– O que? Do que está falando Patrick? Eu já aceitei me casar com você! Estamos noivos, lembra?!

– Não. Eu quero dizer, vamos nos casar aqui, agora!

– Como? – perguntou Teresa, considerando se ela realmente havia ouvido aquilo ou se estava delirando

– Vamos nos casar aqui, agora!

– Mas assim? E os convidados? As crianças? O juiz? Não dá para casar assim, Patrick...

– Bom, se esse é o problema... – ele apontou para trás de onde Teresa estava e ela, virando-se, viu algumas pessoas se aproximando de onde eles estavam.

Grace e Wayne, Kimball, Daniel, Jennifer e Nicolas, Charlotte e Marcos, Patrícia e Sarah, e... “Meus irmãos?” pensou Teresa.

– Tia Reese! – gritou Annie e foi correndo ao encontro da tia, que a abraçou.

– Reese – exclamaram os irmãos dela, que também a abraçaram forte por bastante tempo.

Aquele abraço que ela havia esperado por tanto tempo.

– O que estão fazendo aqui? – Teresa perguntou, enxugando algumas lágrimas dos olhos quando eles se afastaram do abraço.

– Viemos te levar até o altar! – disse James

Teresa olhou em volta, e viu que todos já haviam se posicionado em seus lugares. Até mesmo Patrick.

Então, James e Thomas seguraram as mãos de Teresa, e John apoiava sua mão nas costas dela, e eles a levaram, caminhando sobre as pétalas brancas, até o altar, e a entregaram para Patrick.

– Cuide bem dela! – disse Tommy

– Vou cuidar! – afirmou Patrick e depois entrelaçou sua mão na mão de Teresa, e ambos viraram-se para ficar de frente com o juiz que faria a cerimônia.

O juiz, antes de começar a cerimônia propriamente dita, discursou sobre a importância da família, do convívio à dois, do amor e que este amor jamais poderia se esgotar, mas que deveria ser renovado a cada instante, e então ele mandou trazerem as alianças.

Para a surpresa e admiração de Teresa, sua pequena Sarah estava no corredor, sozinha, de vestido branco, um enfeite de flor azul na cabeça e descalça, andando (ainda que com alguma dificuldade) com uma caixinha branca nas mãos até onde estavam os noivos.

Patrick pegou a caixa que continha as alianças da mão dela, e Charlotte se incumbiu da tarefa de pegá-la no colo durante o restante da cerimônia.

– Patrick Jane, você aceita esta mulher como sua legitima esposa, para amá-la e respeitá-la, até que a morte os separe? – perguntou o juiz

– Aceito! – Teresa vestiu a aliança no dedo de Patrick

– E você, Teresa Lisbon, aceita este homem como se-

– Aceito! – interrompeu Teresa, e Patrick colocou a aliança no dedo dela

– Então, eu vos declaro... Marido e mulher! Já pode beijar a noiva – sussurrou o juiz a última parte

Então Patrick beijou-a, como se fosse a primeira vez. Colocou suas duas mãos na cintura dela, e a puxou, fazendo-a se inclinar sob ele, e a beijou novamente.

Teresa nunca se sentira tão feliz e realizada como naquele dia. Nem, tão pouco, Patrick.

E ali estavam eles, casados, iniciando uma nova etapa de suas vidas: A de amar acima de qualquer outra circunstância, selando esse compromisso tendo sua família e seus amigos mais próximos como testemunhas, além do maravilhoso pôr do sol que marcava sua presença.


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Notas finais do capítulo

:') *chorando*
O que acharam?
Essa foi a primeira vez que eu descrevi um casamento, então espero não ter viajado muito, rsrsrsrs
E a ideia da Sarah ser daminha de honra foi da linda da Michelle Neves s2 que sugeriu lá no grupo do face *-*
Obrigada Michelle :3

Só falta mais um capítulo para a fic acabar :) E eu quero agradecer a todos que estão acompanhando, comentando e favoritando a história! S2
Muuuuuiiiiittttoooo obrigada!

Beijinhos, até o próximo capítulo :P