A Batalha escrita por Lola Carvalho


Capítulo 19
Construindo novos relacionamentos


Notas iniciais do capítulo

Hello guyss :D
Como estão?
Desculpem a demora para postar, é que esses últimos dias eu fiquei com dor de cabeça e não consegui escrever :(
Mas esse capítulo está maior que os outros, e é bem fofis tbm :3 hehehehe
Ahh... Uma última coisa antes de vcs começarem a ler... Alguns leitores estão me pedindo para deixar a história maior. O que vocês acham?
Quero também agradecer mais uma vez por todos os que estão lendo e comentando também :)
M U I T O O B R I G A D A A A A A A A !!!! :P

Boa leituraa!



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Este já era o segundo dia que Nicolas e Sarah haviam mudado para a casa de Lisbon.

O sol entrava levemente pela cortinas de cor creme no quarto de Nicolas, e ele considerou em sua mente que era um milagre ele não ter sido acordado pelo choro desesperado de Sarah.

Ficou deitado por mais algum tempo, olhando para o teto. Hoje fazia quatro meses que seus pais haviam sido assassinados, e apesar de ele estar bem amparado por Teresa (que também era sua melhor amiga), ele sentia saudades dos pais.

O que o consolava é que os responsáveis pelo ocorrido já haviam sido presos. A justiça havia sido feita.

No andar de baixo, Teresa esquentava o leite para a mamadeira de Sarah, que estava sentada em uma cadeirinha que Lisbon trouxera quando voltou para sua casa.

– Hey, Sarah... Que tal comer algumas frutinhas também, hein? – disse ela mostrando em suas mãos uma tigela com algumas frutas cortadas em cubinhos. Ela espetou um pedaço de maçã em um garfo e levou até a boca da bebê, porém ela virou o rosto, rejeitando a maçã – Ah, bebê... Vamos, olha só que maçã mais gostosa! – Ela tentou novamente colocar a maçã na boca da menina.

– Não, mama... – disse Sarah virando o rosto de novo.

– Então qual frutinha você quer? – ela colocou a tigela apoiada na bandeja em frente à Sarah, e ela pegou com a mão um pedaço de banana. Lisbon pegou uma colher dentro da gaveta, a fim de ajudar a menina, mas ela rejeitou a colher, preferindo pegar as frutas com as mãos.

– Bom dia! – disse Nicolas entrando na cozinha

– Bom dia querido! – respondeu Teresa, retirando a mamadeira de Sarah de dentro do micro ondas.

– Sabe?! Eu até estranhei não ter acordado com a Sarah chorando de fome...

– É, eu acordei mais cedo hoje e trouxe ela pra cá antes disso acontecer – ela disse sorrindo

– Teresa, eu... Posso te pedir uma coisa? – perguntou Nicolas um pouco receoso

– Claro, querido, o que é?

– É que... Hoje faz quatro meses que meus pais morreram... E eu queria ir até o túmulo deles... Levar umas flores... Dizer que tudo acabou – enquanto Nicolas falava, os olhos de Teresa se encheram de lágrimas, mas ela soube disfarçar.

– É, claro – pigarreou – Eu levo você lá! E com certeza deve ter alguma floricultura perto, então a gente compra um buquê bem bonito! – ela sorriu para o menino

– Mama! – chamou Sarah, erguendo os braços para que Lisbon tirasse ela da cadeira.

– Então, Nick – disse Teresa com Sarah no colo – Tem cereal no armário de cima, e café na cafeteira... Também tem achocolatado no armário de baixo... Se sirva e depois vá se trocar, ok?! Eu vou me arrumar e arrumar a Sarah para sairmos.

– Ok!

Trinta minutos depois, Teresa e Sarah já aguardavam Nicolas na sala de estar, prontas.

O celular de Lisbon começou a tocar. Ela olhou no visor e viu o nome que ela mais desejava ver naquele dia: Patrick Jane.

– Bom dia! – disse ela atendendo a ligação, sorrindo.

– Bom dia princesinha! – disse Patrick – Como vai a mais nova mamãe?

– Bem... E você e Charlotte, como estão?

– Bem também! Charlotte disse que quer passar mais tempo com você... Então, que tal se a gente trocasse?

– Trocasse? Como assim?

– Eu passo aí na sua casa, deixo Charlotte e pego o Nicolas... Que tal?

– E Sarah ficaria comigo?

– E tem jeito de desgrudar essa menina de você?

– Ah, sei lá... Acho que seria importante para ela se acostumar com você...

– Tudo bem então... Daqui à 15 minutos estamos aí!

– Patrick, não... Espera! – disse Teresa impedindo que Jane desligasse o telefone

– O que foi?

– Eu vou sair agora com o Nick e a Sarah... Podemos nos ver mais tarde?

– Tudo bem! Aonde vocês vão?

– Nicolas quer visitar o túmulo dos pais...

– Ah... Entendo... Me ligue quando vocês estiverem saindo de lá, pode ser?

– Te mando uma mensagem! – respondeu Teresa

– Ok! Até mais... Beijo

– Outro, até mais! – ambos desligaram o telefone.

– Era o Patrick? – perguntou Nicolas descendo as escadas

– Era! Ele quer passar o dia com você e com a Sarah, então ele vai passar aqui mais tarde para deixar a Charlotte e levar vocês...

– Hum... Legal – Nicolas sorriu – Já podemos sair agora?

– Claro!

O caminho até o cemitério fora silencioso. Teresa sabia que aquele não era um bom momento para conversas. E no final das contas, Nicolas nem prestaria a atenção em nada do que ela dissesse pois sua mente estava em outro lugar, e ela sabia bem como era aquela sensação.

Há 25 anos atrás, antes dela deixar Chicago para entrar na academia de polícia, ela fizera esse caminho até o cemitério para dizer um último “adeus” para seus pais.

Ela ainda se lembrava... O dia parecia concordar com o sentimento de dor que estava no coração dela, pois estava nublado e haviam muitos relâmpagos e trovões anunciando uma grande tempestade. Ela ainda se lembrava das palavras que ela dissera para sua mãe: “Você se orgulharia dos meninos... Estão grandes, bem maiores do que eu... – lágrimas incontroláveis saíam de seus olhos – Eu sinto sua falta, mãe! Sinto falta até das suas broncas de quando eu voltava para casa toda suja de lama por jogar futebol com os meninos do bairro... Eu vou mudar de cidade agora. Vou para a Califórnia... Nunca me esquecerei de você, e nem de tudo o que você me ensinou – ela tocou o pingente de cruz que sua mãe lhe dera – Adeus!”

Ela estacionou o carro na porta do cemitério.

– Você quer que eu vá junto? – ela perguntou temerosa

– Não, eu... Prefiro ir sozinho. Você fica com a Sarah?

– Claro! – Lisbon abriu a bolsa e deu a carteira dela para Nicolas – Tem uma floricultura ali... Escolhe flores bem bonitas, ok?! – ela disse com algumas lágrimas nos olhos e o abraçou

– Obrigado! – Nicolas abriu a porta e desceu do carro. Foi até a floricultura e escolheu gardênias. Eram as flores favoritas de sua mãe.

Entrou no cemitério, e rapidamente encontrou o túmulo de seus pais.

– Oi mãe e pai... – ele tentava permanecer firme, segurando as lágrimas que enchiam seus olhos – Eu sei que vocês não podem me ouvir, mas... Se pudessem eu queria que vocês soubessem que os responsáveis pela morte de vocês já foram presos. Eu e a Sarah estamos bem. A agente Lisbon... A Teresa – corrigiu ele – está cuidando bem da gente. A Sarah até chama ela de mãe... Mas fique tranquila, eu vou me certificar de que ela saiba quem é a mãe biológica dela, e de quão forte você foi, mãe... Hoje eu vou passar um tempo com o Patrick. Ele é o namorado da Teresa e eles vão nos adotar como filhos... – Nick sorriu e algumas lágrimas caíram de seus olhos – Ah, e eu... Tenho uma namorada... Bom, ela é quase minha namorada. Ela é bem bonita e é inteligente também. Eu queria que vocês conhecessem ela... Mãe, eu acho que você ia gostar mais dela do que o pai. Ela fica envergonhada muito rápido... É engraçado! Mas você ia gostar dela também, pai... Ela se parece um pouco com a mãe... Sabe?! No jeito de falar... No olhar. Eu gosto bastante dela... – Nicolas ficou em silêncio por alguns instantes enquanto enxugava de seu rosto as lágrimas que ainda desciam por suas bochechas – Ah, eu... Trouxe flores! Gardênias, suas favoritas, mãe... – ele repousou as flores na frente dos túmulos – Eu já preciso ir... Eu sempre vou amar vocês! E nunca vou me esquecer do que vocês fizeram para me salvar... Adeus!

Nicolas voltou para a porta do cemitério e entrou no carro.

– Já podemos ir agora... – disse ele com os olhos vermelhos por causa do choro

– Está tudo bem? – perguntou Lisbon

– Está! Obrigado por me trazer aqui, Teresa – ele a abraçou

– Por nada, querido!

Eles se afastaram do abraço e Lisbon deu a partida no carro, indo em direção ao seu apartamento.

– Ah, Nick, manda uma mensagem para o Patrick dizendo que já estamos indo para casa, por favor?!

– Claro! – Nicolas pegou o celular da Teresa e digitou a mensagem dizendo o que Lisbon lhe pedira.

Em uma cafeteria qualquer, perto da casa de Teresa, Patrick estava sentado em uma mesa ao ar livre com sua filha.

– Eu mal posso acreditar que minha filha gosta de café... – dizia Patrick observando sua filha se deliciar com a bebida

– Acho que é uma das coisas que a gente aprende a gostar, independente dos pais... – disse ela e Patrick riu, mas logo mudou sua expressão para uma mais séria

– Filha, eu... Quero te pedir perdão.

– Pelo quê?

– Sabe?! Antes de tudo isso acontecer... Quando eu ainda fingia ser um vidente... Eu não passava muito tempo com você e com a sua mãe... Me perdoe! Eu perdi grande parte da sua infância, além de ter te dado um péssimo exemplo.

– Está tudo bem pai! Já passou... Existem várias coisas que a gente aprende independente dos nossos pais, sabia?! Eu saber que isso era errado foi uma delas... Embora eu tenha chantageado aquela enfermeira na Inglaterra... – Charlotte riu

– Então estou perdoado?

– Sim! – Charlotte deu um gole em seu café, expressou dúvida, franzindo o cenho – Pai?

– O que foi, filha?

– Você e a Teresa vão se casar, certo?

– Certo! E...?

– E... Você já fez o pedido oficialmente?

– Bom... com uma aliança e tudo, ainda não... O que tem em mente?

– Eu a vi usando uma aliança naquele dia no CBI... Era pelo disfarce? – perguntou Charlotte

– Era... – Patrick preferiu omitir informações, afinal era uma longa história, e muito complicada de se explicar

– Bom, eu vou pra casa dela hoje, então eu podia pegar a aliança de volta e você fazia o pedido direito. O que acha?

– Hum... Boa ideia, Charlie. Mas e se ela perceber?

– Ela não vai, confie em mim! – Charlotte respondeu e piscou um olho para o pai, fazendo-o sorrir.

Um barulho interrompeu a conversa deles. Uma mensagem de texto acabara de chegar no celular de Patrick.

“Já estamos indo para casa. Teresa”

– Vamos? Teresa já está indo para casa... – disse Patrick

– Sim!

Quando Teresa estacionou o carro na garagem em frente à sua casa, avistou o carro de Patrick parando atrás do seu. Nicolas desceu do carro antes mesmo de Teresa desligar o motor, e abriu a porta do banco de trás para retirar Sarah da cadeirinha de segurança.

Patrick desceu do carro junto com Charlotte, que correu para pegar Sarah no colo.

– Olá Sarinha... – ela deu um beijo na bochecha da menina – Como você está bonita com essa calça jeans...

– Oi pra você também, Charlotte – brincou Nicolas

– Desculpe, Nick... Tudo bem com você?

– Tudo, e você?

– Bem também!

– Oi amor – disse Teresa para Patrick descendo do carro

– Oi princesa – disse Patrick dando um beijo rápido em seus lábios – Que horas eu passo aqui pra pegar a Charlotte?

– Por que ela não passa a noite aqui, e amanhã de manhã eu levo ela na sua casa e pego o Nicolas e a Sarah?

– Por mim... – disse Patrick e virou-se para Charlotte – tudo bem pra você Charlie?

– Claro, vai ser divertido!

– Tudo bem por você, Nick? – perguntou Teresa

– Tudo bem... – respondeu Nicolas.

Patrick se despediu de sua filha com um abraço, e depois se despediu de Teresa com um beijo mais demorado. Teresa também se despediu de Nicolas e de Sarah, que, apesar da proximidade com Teresa, nem fez cerimônia ao ir para os braços do loiro.

– Acho que ela gostou de você – comentou Teresa

– Claro que gostou... Olhe para mim: Eu sou Lindo! – brincou Patrick

– Ha-ha, metido! Vamos conversar daqui alguns anos

Do outro lado da cidade, Jennifer aproveitava seu tempo, após desempacotar suas coisas e arrumá-las dentro de seu quarto, para conhecer melhor seu tio.

– Então... Me conte algo sobre você! – desafiou a menina

– Algo sobre mim? Deixe-me pensar... – Danny ficou em silêncio por alguns minutos – Eu... Sou mais novo do que a sua mãe, mas provavelmente você já sabe disso... Eu trabalhei no circo com Patrick e o pai dele. Foi assim que ele conheceu sua mãe. Eu ainda trabalhava como vidente, mas desisti depois que... Depois que eu achei que sua mãe e sua irmã tinham morrido. Aí comecei a trabalhar em um buffet como mágico, até juntar dinheiro o suficiente para abrir meu próprio buffet. E você, me conte algo sobre você.

– Ah, eu...

– Já sei! Deixe-me adivinhar alguma coisa... Você gosta de estudar, de ler... Ainda não se decidiu sobre o que quer fazer quando for pra faculdade... Veterinária ou Pediatra é sua dúvida...

– Uau... Como sabe de tudo isso?

– Você já não é criança, mas ainda guarda alguns brinquedos... Cachorrinhos de pelúcia estão na sua cama, e eu vi pelo menos duas camisetas suas com animais estampados...

– Mas isso não prova nada! – Jeniffer disse, e então viu em cima da mesa de centro seu diário – Ah... Você leu meu diário, não é? – ela disse rindo e jogou uma almofada em Daniel

– Ah, então é assim?! – ele pegou a mesma almofada que Jenny tinha jogado em cima dele e saiu correndo atrás da menina pela casa, que também revidava com uma outra almofada que havia pego no sofá.

Isso marcava o início de um relacionamento cheio de risadas, brincadeiras e parceria.


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Notas finais do capítulo

u.u O que acharam? Daniel tentando dar uma de Patrick Jane, sqn?! hahahahahahahaha
Espero que tenham gostadoo S2
Provavelmente o próximo capítulo sairá só ano que vem, não vai dar pra escrever nada antes disso pq tem toda a correria dos preparativos para a virada do ano. Então quero desejar a todos um Feliz ano novo S2 Cheio de paz, realizações dos sonhos, e que o ano de 2014 seja o melhor que já vivemos até agora! :D
Love you all S2
Beijinhooos