POV Maria Clara Garcia

Sr.D definitivamente dirigia muito mal. Nossa ida até o Empire State Building demorou quase uma hora, pois o sr.D dirigiu em uma velocidade maluca.

Quando chegamos ao Empire State Building eu e meus companheiros realmente ficamos muito alegres por sair da van.

– Chegamos – Sr.D gritou.

– A gente já percebeu – Respondeu Mari com muito mau-humor.

Sr.D começou a fuzila-la com o olhar e eu tive que rir da cara que ele fez. Nós descemos da van do sr.D e ele ficou lá dentro lendo uma revista de vinhos.

– Você não vai descer, sr.D? – Bobby perguntou.

– Não, eu prefiro ficar aqui – Sr.D disse – Vou esperar vocês aqui embaixo, se precisarem de ajuda não me chamem, pois vou estar muito ocupado.

– Que homem mais agradável – Claire murmurou e nós rimos.

– O que foi? Vão logo que os olimpianos esperam vocês – Sr.D respondeu bravo.

Nós falamos com o “porteiro” do Empire State Building e pegamos o elevador, onde começou a dar aquela musiquinha que sempre se toca em elevadores e nós começamos a subir cada vez mais rápidos.

No caminho eu comecei a ficar nervosa, até por que eu tinha um parentesco com os nossos inimigos, pois eu tinha sangue de maga também. Victor percebeu que eu estava nervosa e pegou minha mão. Aquilo realmente me acalmou, pois desde que ele havia entrado no acampamento eu tinha uma quedinha por ele, mas sempre que eu falava isso para as minhas amigas mais velhas elas diziam que eu era pirralha demais para pensar nessas coisas, aliás, eu tinha 11 anos para 12, mas Victor tinha 13.

– Você está bem? – Ele perguntou.

– Mais ou menos, mas quem não fica nervoso em falar com os seus pais olimpianos, não é? – Eu respondi dando um sorrisinho.

– Provavelmente meu pai não vai estar lá, então eu fico tranquilo – Victor respondeu e ele estava certo, provavelmente o pai dele não iria estar lá, aliás, ele era Hades.

– Hum, só para avisar que o elevador abriu – Derek, filho de Poseidon, disse.

– Ah, é mesmo – Eu falei ficando vermelha, aliás, eu não tinha visto a porta do elevador se abrir.

– É, vamos indo – Victor falou, provavelmente ele também não tinha visto a porta se abrir, pois também ficou vermelho.

Então nós saímos do elevador e eu dei um suspiro nervoso, agora não dava mais para voltar, pois nós já estávamos no monte Olimpo.

POV Mari Pacheco

Todos ficaram impressionados com o Olimpo, ali existiam várias criaturas mágicas, como ninfas.

Passamos por todo um caminho e por onde andávamos todos olhavam para nós até que chegamos ao prédio central, que era um grande prédio grego igual aos que aparecem em filmes do tipo.

– Acho que chegamos – Derek disse.

– Não me diga – Eu provoquei, aliás, adorava irritar Derek.

– Crianças não comecem a discutir, é melhor entrarmos logo – Claire Stevens falou no mesmo tom que um professor fala com seus alunos.

Dessa vez eu e meus companheiros não dissemos palavra alguma e entramos no prédio.

Quando entramos, eu pude perceber que todos os meus companheiros estavam nervosos, pois praticamente todos os olimpianos estavam lá, é claro que Hades não estava e isso me deixou dividida entre dois sentimentos, um de alívio por não ter que ver meu pai olimpiano e outro de decepção, pois o certo é que ele deveria estar lá.

– Vejo que se atrasaram um pouco – Zeus disse e eu tive que lutar contra a vontade de revirar os olhos.

– Ah, foram só cinco minutos, quem liga? – Apolo disse e até eu tive que admitir que o pai de Claire era muito bonito.

– Que seja, o que vieram fazer aqui? – Zeus perguntou.

– Viemos propor um tratado de paz entre gregos e romanos – Maria Clara disse, direto ao ponto.

Os olimpianos se olharam e alguns deles começaram a rir e sinceramente aquilo estava me dando irritação.

– Um tratado de paz? Isso nunca poderá acontecer – Poseidon, o pai de Derek disse.

– Vejam bem, vocês não acham que um tratado de paz seria muito mais sensato do que uma guerra? – Maria Clara disse e o argumento chamou a atenção de sua mãe, Atena.

– Bem, seria realmente muito mais sensato, mas isso é impossível, minha filha – Atena disse.

– E como vocês realizariam um tratado de paz com aqueles egípcios idiotas? – Ares perguntou – Eu acho uma guerra muito mais interessante, admito.

“Mas é claro que você acha”, eu pensei.

– Por isso que viemos aqui pedir a ajuda de vocês – Victor disse – Nós gostaríamos que os egípcios desistissem de alguma forma de atacar o trono grego.

– Acho isso muito difícil de acontecer, mas não custava tentar – Ártemis, a olimpiana mais agradável até agora, disse.

– Nós poderíamos tentar de alguma forma, mas precisávamos da ajuda de vocês – Maria Clara disse.

Os olimpianos se olharam e eu pude ver que eles não iriam aceitar a ideia.

– Nós não iremos aceitar a proposta de vocês, crianças – Poseidon disse – Até por que temos certeza de que eles não iriam aceitar isso, mas agora somos nós que temos uma proposta para vocês, semideuses.

Nós nos olhamos e nos viramos novamente para os olimpianos.

– E qual seria essa proposta? – Eu perguntei.

POV Bobby Mitchell

Mari Pacheco perguntou aos olimpianos qual seria a proposta que eles iriam fazer e Zeus respondeu.

– Nós mesmos iríamos fazer essa missão, portanto é muito importante – Ele falou – Seis semideuses terão que ir até o Egito e destruir o grande faraó que viria para cá em breve, ele está escondido em alguma tumba egípcia, mas em breve acordará e antes que isso acontece esses semideuses terão que destruí-lo.

– Ah, é claro que pessoas tão novas como vocês não poderão fazer essa missão – Deméter disse.

Nós nos olhamos e esperamos mais uma vez a continuação do que os olimpianos iriam dizer.

– Nós gostaríamos que agora quando voltarem ao acampamento meio – sangue, vocês já falassem isso para Quíron que ele sabe quem irá escolher para essa missão.

Nós assentimos, pois não havia mais nada que pudéssemos dizer e também não gostaríamos de saber tanto sobre essa missão, aliás, nós nem poderíamos participar dela.

– Mas eu acho que esses seis semideuses podem contar com uma ajudinha especial – Disse uma voz feminina bem familiar.

Todos olharam na direção da voz e eu avistei uma garota morena, alta, roupas pretas, um arco longo e uma tiara prateada na cabeça, Bianca Madden.

– Bianca, o que faz aqui? – Apolo, seu pai, perguntou.

– Ora, pai, eu acompanhei minha mestra até aqui – Bianca respondeu – Aliás, agora sou eu a capitã das caçadoras.

– Uau, Bianca – Claire disse, abraçando a irmã.

– Pois é, a ex capitã teve o desprazer de se apaixonar por um semideus aí – Bianca disse – Mas isso não importa agora. Eu posso acompanhar esses semideuses na missão.

Ártemis e Apolo se olharam, pois eram os únicos que poderiam decidir o destino da garota na missão.

– Bem, você pode ir sim, aliás, você viveu bastante tempo com esses semideuses – Apolo disse.

– E outra coisa, a presença de uma caçadora vai ser fundamental na missão – Ártemis completou – Mas enquanto a missão não começa, é melhor você ficar com o grupo.

– Claro, sra. Ártemis – Bianca respondeu e se virou para nós – Nos vemos em breve, eu espero.

Nós acenamos para ela enquanto voltava para o lugar que tinha vindo. Então Ares olhou para todos nós e disse irritado:

– Está na hora de irem embora, vão pirralhos.

Eu pude ver que a maioria dos meus companheiros revirou os olhos.

Então novamente nós passamos por aquele caminho fantástico do Olimpo e descemos o elevador do Empire State Building.

Quando chegamos lá embaixo, meu pai disse bravo:

– Finalmente chegaram, conseguiram alguma coisa?

– Você não se importou com a gente, então também não se importa em saber, sr.D – Mari falou.

Eu vi que meu pai ficou se mordendo de curiosidade durante todo o caminho de volta para o acampamento meio-sangue, mas ninguém ligou.

No final, nossa missão havia fracassado, pois não conseguimos alcançar o nosso objetivo, que era conseguir um tratado de paz entre gregos e egípcios, mas eu não me importei muito, aliás, tínhamos conseguido uma missão muito importante para os outros campistas e tínhamos que avisar isso para Quíron logo quando chegássemos ao acampamento meio-sangue.