O Meu Eu escrita por Giulya Black


Capítulo 13
Eu também!


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas que acompanham minha história! Eu sei que faz tempo que não atualizo a história, mas está saindo do forno um capítulo fresquinho. Está um pouco curto, mas é um momento de transição ♥ além disso, tá muito fofo!
Espero que gostem...
Boa leitura!



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POV Giulia

Pam ficou surpresa quando eu lhe contei o que havia acontecido entre mim e Paulo, e disse que não apoiava minha decisão, pois eu e ele éramos melhores amigos, mas ela entendeu meu lado (contei que tinha iniciado meu namoro com o Cauã e que não queria que houvesse alguma discussão futura sobre isso). Já meus pais não ficaram pedindo explicações, eles sabiam que eu sempre pensava em tudo antes de tomar uma decisão e que eu não me arrependia quando a tomava. Meus irmãos? Passaram a odiar o Paulo só porque pensaram que ele havia me magoado.

Voltei pro meu trabalho dois dias depois de ter alta e tive uma Festa de Boas Vindas preparada pela minha gerente. Muitas das meninas que também trabalhavam na loja não gostaram do fato de eu ter voltado por dois motivos: eu era uma das melhores vendedoras e a gerente me adorava. Mas tudo isso fora há um mês.

~~*~~*~~*~~

O despertador estava tocando, eu já estava acordada, mas de olhos fechados, pensando no que eu sentia. Eu e o Cauã estávamos juntos fazia um mês, e eu ainda não sabia se eu o amava e se já tinha esquecido o Paulo. Ele era um namorado maravilhoso, fazia o possível para me ver feliz e não era nada ciumento. Além disso, ele me deu um novo apelido: Lia (igual o de Thalia) só porque ele acha mais fofo e mais fácil para ser dito.

O despertador continuou tocando e eu resolvi levantar antes que eu me atrasasse muito pro trabalho. Fui ao banheiro tomar banho e escovar os dentes. Quando voltei ao quarto, meu celular estava brilhando – alguém estava me ligando.

— Alô? – disse assim que atendi o celular.

Oi, minha princesa! Dormiu bem?— era o Cauã, não consegui evitar o sorriso.

— Oi, meu amor! Bom dia! Eu dormi bem sim, e você? – ele era sempre tão atencioso que era difícil não gostar dele.

Eu dormi muito bem. Sonhei com você, sabia?— ele sempre me dizia isso, mas nunca me contava o sonho...

— Sério? E como foi? – perguntei.

Sonhei que eu te chamava para sair comigo hoje depois do trabalho e que você aceitava. Quer realizar esse sonho comigo hoje?— sério isso? Me chamando pra sair com um sonho?

— Claro – ri –, a gente se encontra aonde?

Por que você riu, Lia?— ele riu também – Tá, assumo, foi brega. Mas você aceitou!— disse isso como se ele tivesse ganhado uma discussão.

— Claro que aceitei, você é meu namorado, não? Mas então, a gente se encontra aonde?

— Eu vou te buscar no trabalho, pode ser? — pude ouvir o sorriso dele enquanto falava.

— Pode sim. Então, até mais tarde... Te adoro! – não conseguia falar “te amo” pra ele ainda.

Também te adoro. Beijo!— desliguei o telefone e fui me vestir.

Coloquei uma calça jeans simples e o uniforme, peguei uma mochila verde água e guardei nela uma roupa mais bonita para eu vestir pro meu “encontro”. Peguei meu celular, meu fone de ouvido, minha identidade, coloquei a mochila nas costas e desci pra tomar café da manhã com a minha mãe.

~~*~~*~~*~~

Cheguei ao trabalho às oito horas (passei para o horário de manhã já que tinha terminado a escola) e fui cumprimentar minha gerente.

— Oi Giulia, bom dia! Como você está? – ela me abraçou.

— Estou bem, e você? – ela me olhou desacreditada – Sério, estou bem!

— Bom, você tem passado mal da última semana pra cá. Quero ter certeza de que você esteja bem para trabalhar. Foi ao médico para se consultar? – ela falou tão rápido que me lembrou a morena que eu costumava ver todos os dias.

— Não, não fui ao médico ainda. Na verdade, nem contei pra minha mãe que eu passei um pouco mal em um dia desses.

— Um pouco mal? Um pouco? Você quase não conseguiu ficar em pé, garota! E por que você não contou pra Lily? Ela precisa saber o tem acontecido com a filha dela. – ela era meio histérica... meio.

— Eu sei que ela precisa saber – disse com a voz cansada, não era a primeira vez que tínhamos aquela conversa –, mas eu não quero que ela se desespere. Sabe o quanto que ela vai ficar apavorada se eu lhe disser isso?

— Ela vai ficar apavorada sim, tem razão, mas você precisa se consultar. – disse ela com a voz tranquilizadora.

— Sim, eu sei que tenho, mas depois eu penso nisso. Vou lá pra frente, qualquer coisa me chama. – sorri pra ela e fui pra frente da loja ajudar os clientes que precisavam de algo.

~~*~~*~~*~~

As horas passaram tão devagar quanto a uma lesma. Eu não parava de olhar meu celular, mas ele não havia mandado nenhuma mensagem. Até quem não era muito próxima a mim na loja percebeu que eu estava ansiosa para alguma coisa. Na décima quinta vez que eu olhei pra tela do meu telefone:

— ISSO! – todo mundo ficou me encarando, mas eu nem liguei: daqui a poucos minutos eu vou ver o meu ruivinho!

Mandei uma mensagem pra ele pedindo para me buscar em vinte minutos, por que nesse tempo eu poderia trocar de roupa. Saí correndo pro banheiro feminino e, claro, minha gerente sendo curiosa como é, veio atrás de mim.

— Algum problema, Giul?

— Não, nenhum problema. – tirei todas as peças de roupa da mochila e pedi pra ela deixar eu me trocar. Ela assentiu e eu me vesti o mais rápido que pude.

Vesti uma calça preta de couro artificial, uma regata verde água (mesma cor da mochila), um par de sneakers preto, coloquei um colar de coruja (já falei que amo corujas?), fui pra frente do espelho, fiz uma maquiagem simples nude e coloquei meus óculos escuros no alto da cabeça.

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Eu estava linda!

Peguei meu celular e lá tinha uma mensagem de Cauã: “Princesa, passo aí em vinte minutos, sim. Tenho algumas surpresas para você! Espero que você goste delas, te amo!”. Surpresas? Provavelmente o “te amo” foi uma delas, já que ele nunca me disse isso... Guardei minhas coisas, peguei minha mochila e fui esperá-lo na frente da loja.

— Giul? – era minha gerente – Nossa! Você tá linda! Vai sair com quem? – ela riu.

— Adivinha? – sorri.

— Ah, claro... Como poderia ser com outra pessoa. – rimos juntas e nos despedimos.

~~*~~*~~*~~

Ele chegou bem rápido, levando em conta que o trabalho dele ficava uns trinta minutos de ônibus do meu trabalho.

— Oi amor! Tudo bem? – ele sorriu e me abraçou.

— Tudo bem, amor. E com você? Parece ansioso... – ele estava muito estranho, parecia realmente ansioso para alguma coisa...

— Estou ótimo! Vamos? As surpresas estão esperando por você.

Ele pegou minha mão e entrelaçou nossos dedos. Eu ia atravessar a rua para ir pro ponto de ônibus para irmos pro shopping, mas ele me puxou e continuou na calçada, andando na direção oposta. Olhei pra ele esperando uma explicação, mas ele não me disse nada. Andamos por uns cinco minutos até chegar em um estacionamento, olhei pra ele uma segunda vez e, dessa vez, ele me olhou, sorriu, e disse:

— Uma de suas surpresas está aí dentro.

Espera, ganhei um carro?, pensei, entretanto, eu não tinha carta de motorista ainda por ser menor de idade, ou seja, não poderia ser meu.

— Comprou um carro? – olhei pra ele e sorri.

— Sim, já estava juntando dinheiro pra isso faz um tempo.            

— E por que a surpresa é pra mim? – ri e ele me acompanhou.

— A surpresa é: não vamos ter que pegar ônibus pra poder ir ao shopping ou qualquer outro lugar que queira ir. – ele sorriu, esperando aprovação.

— Isso é ótimo! – sorri de volta. – Mas, vamos ficar aqui, parados?

Ele riu e andou em direção ao único carro que estava no estacionamento naquele momento. O carro era lindo, realmente lindo, exatamente do jeito que ele tinha me dito que sonhava (uma caminhonete preta de quatro portas). Eu entrei na caminhonete e ele já estava colocando música e ligando o motor.

— Amor, abre o porta-luvas pra mim, por favor? Tem uma caixa aí pra você.

Ele falou com a maior naturalidade que existia, não me olhou, nem sorriu, estava apenas olhando pra frente. Abri o porta-luvas e já vi a caixinha – daquelas que vem junto com a aliança de compromisso. Olhei pra ele totalmente estupefata. Abri a caixa e lá estavam duas alianças de prata, lindas!

— Amor... – sussurrei – são lindas. Quando você as comprou?

— Gostou mesmo? – agora ele estava me olhando – Podemos trocar se quiser...

— Gostei muito, mesmo! – sorri ao ver o sorriso lindo que ele deu ao me ouvir. – Então... quando você as comprou?

— No dia que pedi você em namoro, lembra? Faz uns dois meses, você não aceitou o pedido, mas quando eu vi esse par na loja em que minha mãe trabalha, eu sabia que ele deveria ser nosso, e comprei. Nem tinha certeza se íamos namorar, mas me pareceu certo.

— Ah, amor! – ele estava me olhando exatamente como fazia em seus momentos mais fofos – Isso foi lindo! – e nesse momento eu soube que já amava esse ruivo, por que tudo o que eu queria naquele momento era ficar com ele para o resto da vida.

— Eu ainda não gravei os nomes, achei que você gostaria de estar comigo. Por isso...

— ...me chamou pra ir ao shopping hoje, claro. – sorri – Fazemos um mês hoje, e no shopping fazem esse tipo de trabalho.

— Plano perfeito! – ele sorriu, se aproximou e me beijou. Quando nos afastamos, ele disse: – Te amo, Lia.

— Eu também te amo, meu ruivinho.


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Notas finais do capítulo

Então, é isso. Comentem o que acharam desse capítulo, deixem aí suas opiniões. Espero que tenham gostado, em breve outro capítulo será postado, prometo ♥
Um beijo, meus amores, e até a próxima.



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