Os Cavaleiros do Tempo escrita por Goldfield


Capítulo 2
Capítulo Segundo




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Capítulo Segundo

Wolfgang.

Naquela madrugada, os três prisioneiros acordaram com o som de disparos e explosões. Os megatopianos provavelmente haviam invadido a base.

–         Tomara que nos encontrem logo! – disse James. – Não agüento mais ficar aqui!

–         Há algo errado... – murmurou Lisa. – Serão mesmo meus compatriotas?

Nisso, surgiu um lobisomem que era familiar para James.

–         O que está acontecendo? – perguntou Pedro.

–         Os Skull Raiders invadiram a base! – respondeu o rebelde.

–         Oh, não! – exclamou Lisa. – Os Skull Raiders!

–         Exatamente.

–         Mas o que querem?

–         Não sabemos.

–         Eu conheço você de algum lugar... – murmurou James.

–         Chamo-me Wolfgang.

–         Foi você quem me deu aquela coronhada, não?

–         Sim, mas...

–         Patife!

–         Não é hora de brigar – disse Wolfgang, abrindo a cela. – Vamos sair daqui!

O lobisomem e os três prisioneiros seguiram cautelosamente por um corredor. Pedro disse a Wolfgang:

–         Obrigado por ter nos salvado hoje de manhã.

–         Não foi nada. Estou cansado de ver meus compatriotas matarem tantas pessoas.

Nisso, os quatro heróis ganharam a sala de Cérbero. A visão era horrível: tudo estava revirado, lobisomens estendiam-se mortos pelo chão e o líder rebelde agonizava em seu trono. Porém, não havia ali nenhum Skull Raider.

–         Senhor! – exclamou Wolfgang, desesperado, aproximando-se de Cérbero. – O que lhe fizeram?

–         Clavícula... – disse o líder rebelde, com voz fraca. – Ele quer a embaixadora...

–         Como? – surpreendeu-se Lisa.

–         Sim... Ele quer a embaixadora... Saiam logo daqui...

Cérbero fechou os olhos e parou de respirar. Wolfgang foi tomado por grande fúria:

–         Eles podem ter matado o nosso líder, mas não mataram nossos ideais! – exclamou o lobisomem. – Vamos caçar esses assassinos!

Wolfgang pegou um canhão laser que estava no chão e, carregando-o, seguiu por uma porta.

–         Espere por nós! – exclamou James.

O lobisomem seguiu por um amplo e iluminado corredor. Logo que viu um Skull Raider, Wolfgang, com lágrimas nos olhos, puxou o gatilho da arma, fazendo com que o adversário rodopiasse antes de cair morto.

O rebelde prosseguiu, seguido pelos três prisioneiros, que estranhavam a fúria do lobisomem. Wolfgang, após aniquilar dois Skull Raiders que tentavam fugir, seguiu por um elevador junto com os três fugitivos.

–         Este elevador nos levará até o pico da montanha – explicou Wolfgang, carregando sua arma. – Lá há um hangar de naves.

–         Você está se sentindo bem? – perguntou Pedro.

–         Nunca estive melhor!

Os quatro heróis logo ganharam o pico da montanha, onde vários Skull Raiders partiam em suas Tíbias na direção da nave de comando, onde, possivelmente, estava o temível Lorde Clavícula.

–         Eles estão indo embora... – murmurou James. – Não será uma armadilha?

–         Seja como for, é melhor termos cautela – disse Wolfgang, seguindo em frente.

No hangar de naves havia vários “Sabres”, as melhores naves-caça do planeta Caninos. Seu tamanho permitia que nela viajassem até cinco pessoas. Wolfgang, que era um ótimo piloto, entrou numa delas seguido pelos três fugitivos e, quando se preparava para decolar, viu que vários Skull Raiders haviam surgido na entrada do hangar e, entre eles, estava o terrível Lorde Clavícula.

–         E agora? – desesperou-se Lisa. – Como vamos sair?

–         Eu vou distraí-los enquanto vocês fogem – disse Pedro.

–         Não! – exclamou James. – É muito arriscado!

–         É a nossa única chance. Tenho que ir.

–         Não!

–         Deixe-me ir!

Pedro saiu e caminhou na direção dos Skull Raiders, sob os olhares preocupados de Wolfgang, James e Lisa, e sob as mira de vários canhões laser.

–         Que idiota! – exclamou Clavícula, apontando uma pistola laser. – Quer morrer?

–         Você é um covarde, Clavícula! – exclamou Pedro. – Não passa de um covarde!

–         Você é valente, sem dúvida! Isso é admirável num homem. Geralmente, não costumo eliminar um bravo... Mas posso abrir uma exceção!

Clavícula disparou, ferindo Pedro mortalmente no peito.

–         Não! – exclamou James. – Desgraçado!

–         Vamos embora! – exclamou Wolfgang, fazendo o Sabre decolar.

Com extrema habilidade, o lobisomem conseguiu desviar a nave dos disparos laser efetuados pelos Skull Raiders. O Sabre logo saiu da atmosfera do planeta, evitando a frota inimiga.

–         Pedro... – murmurou James, com lágrimas nos olhos. – Clavícula pagará por isso!

–         Primeiro, nós precisamos esconder a embaixadora – disse Wolfgang. – Qual é o planeta mais próximo daqui?

–         Arcádia – respondeu Lisa. – Os tuaregues do espaço podem nos ajudar.

–         Mas é um planeta governado pelos Skull Raiders e que já não faz parte da Aliança Estelar! – disse James.

–         É a nossa única opção, pois temos pouco combustível – disse Wolfgang. – Clavícula logo saberá para onde estamos indo. Devemos ter cautela!

–         Clavícula vai pagar por ter matado Pedro... Ele vai pagar!

O Sabre, então, seguiu na direção do desértico planeta Arcádia.

Na nave de comando Skull Raider, Clavícula conversava com um de seus generais e um velho em sua sala:

–         E então, Set? – perguntou Clavícula ao velho. – Tem certeza de que poderemos viajar no tempo?

–         Plena certeza, meu caro – respondeu Set. – Nós, Magos do Tempo, temos pleno poder sobre o passado e o futuro.

–         A Irmandade já sabe de sua traição?

–         Não tenho certeza... Mas, de qualquer forma, eles não poderão interferir em nossos planos.

–         O que o senhor quer afinal? – perguntou o general de Clavícula.

–         Para dominar a Galáxia, nós precisamos de uma arma superior em todos os aspectos. Para construir essa arma, nós precisaríamos de um gênio. E eu sei onde encontrar esse gênio.

–         Onde?

–         No tempo, meu caro. Descobri que há muito tempo atrás, no planeta Terra, viveu um gênio chamado Leonardo da Vinci. Além de pintor, ele estudou a anatomia do ser humano e projetou armas inconcebíveis em seu tempo, que mais tarde originaram o helicóptero, o tanque de guerra e o submarino.

–         Você pretende...

–         Sim, meu caro. Com a ajuda do mago Set, minhas forças viajarão no tempo e raptarão Da Vinci. Eu, então, o obrigarei a construir uma arma especialmente para nós.

–         Brilhante, senhor. Brilhante!

–         Nós já temos um protótipo de máquina do tempo. Com o conhecimento de Set, foi fácil construí-lo. Depois de alguns testes, meus homens viajarão para o passado e raptarão Da Vinci.

–         E a embaixadora? – perguntou Set.

–         Fugiu e está indo para Arcádia junto com seus amiguinhos. Idiotas... Nós controlamos o planeta! Meus homens a capturarão facilmente!

Enquanto isso, em Arcádia, um Sabre pousava no centro da cidade de Sodoma, capital daquele desértico planeta.

–         Aqui estamos: Sodoma, capital de Arcádia – disse Wolfgang. – Vamos alugar uma casa para ficarmos.

–         Temos que comprar combustível, e não alugar uma casa! – exclamou James.

–         Nossos Sabres são abastecidos com cristais encontrados somente no nosso planeta, em minas praticamente inacessíveis – explicou Wolfgang. – Não poderemos reabastecer aqui. Portanto, temos que alugar uma casa para ficarmos até conseguirmos alugar uma nave para partirmos!

–         Mas aqui a moeda é o carpo, ou seja, a unidade monetária dos Skull Raiders – disse Lisa. – Nós só temos ouretes, e eles não aceitarão dinheiro da Aliança Estelar!

–         Temos que trocar nosso dinheiro em algum lugar – disse James, se aproximando de um bar. – Acho que sei onde...

O terráqueo entrou no bar, seguido por Lisa e Wolfgang. O recinto era digno daquele planeta: no balcão, bêbados, se arrastavam mercenários, ladrões, golpistas, ex-militares, agiotas, prostitutas e exilados vindos de toda a Galáxia.

James, se aproximando do balcão, sentou-se ao lado de um velho maltrapilho que vestia imunda capa marrom. Lisa e Wolfgang preferiram ficar de pé perto da saída.

–         O que deseja, forasteiro? – perguntou o barman a James.

–         Você tem água?

–         Aqui está – disse o barman, colocando um copo com água em cima da mesa, que James bebeu com vontade, pois estava com sede.

Nisso, um brutamontes zamuriano empurrou com violência o velho maltrapilho, fazendo com que caísse no chão.

–         Aqui não permitimos mendigos! – exclamou o agressor. – Saia já daqui!

O velho se levantou lentamente e começou a olhar nos olhos do zamuriano.

–         Quer morrer, velhote? – perguntou o agressor.

–         Não. E você, quer?

O estranho mendigo encostou seu dedo indicador direito na testa do zamuriano e o fez passar por uma espécie de transe. Depois, afastou o dedo e o agressor desmaiou.

Todos, inclusive James, olharam pasmados para aquele velho maltrapilho.

–         Como fez isso? – perguntou o filho de Gerald Grey.

O velho, sem responder, saiu do bar calmamente. James o seguiu.

–         Quem é o senhor? – perguntou ele ao velho.

–         Na hora certa, descobrirá.

–         Mas...

O velho desapareceu misteriosamente, deixando apenas a capa marrom, que voou com o vento.

–         Como ele fez isso? – perguntou Lisa, se aproximando com Wolfgang.

–         Deve ser um desses mágicos que vagam sem rumo pela Galáxia – disse o lobisomem. – Conhecia um que divertia Cérbero quando este estava entediado.

–         Não conhecia esse truque... – murmurou James.

–         Temos que trocar nosso dinheiro! – lembrou Lisa. – Logo Clavícula nos encontrará!

–         Você mencionou Clavícula? – perguntou um globônio, se aproximando.

–         Agora nos lascamos... – murmurou James.

–         Eu sou um dos piores inimigos daquele verme! – exclamou o ser originário de Globônia. – Ele quase me matou!

–         Como foi isso?

–         Vocês sabem que meu povo, há anos, vem sendo escravizado pela Aliança Estelar. Pois bem, cinco meses atrás, estava numa nave que transportava escravos globônios ilegalmente quando várias Tíbias apareceram do nada e iniciaram um ataque. Houve uma grande explosão e, quando acordei, estava nesta droga de planeta. Agora, quero uma revanche!

–         Você pode nos ajudar?

–         Como?

–         Precisamos de carpos e só temos ouretes – disse Lisa.

–         Com ouretes vocês não irão muito longe... Venham comigo!

–         Como se chama?

–         Edgar. Chamem-me de Edgar.

Os três forasteiros seguiram o globônio até uma loja de armas.

–         Montei este pequeno negócio, mas ainda não ganhei carpos suficientes para comprar uma nave – explicou Edgar. – Quantos ouretes vocês têm?

–         Cerca de mil e quinhentos – respondeu Lisa.

–         Isso vale trezentos carpos. Para que usarão o dinheiro?

–         Para alugar uma casa...

–         Vocês precisariam de dois mil carpos!

–         E como conseguiremos esse dinheiro? – perguntou James.

–         Vocês já ouviram falar das famosas lutas de gladiadores estelares, não?

–         Sim. Dizem que são extremamente violentas.

–         Amanhã haverá uma grande luta no Coliseu de Gomorra, entre o campeão deste planeta e o campeão de Zamuria. Se fizessem uma aposta, poderiam ganhar até dez mil carpos!

–         Temos um Sabre – disse Wolfgang. – Porém, está sem combustível...

–         Um Sabre sem combustível não vale nada, meu caro – disse Edgar. – Vocês terão que apostar num dos dois gladiadores.

–         Quem é o favorito? – perguntou James.

–         O campeão deste planeta, Baltazar. Mas as lutas de gladiadores são imprevisíveis... Vocês podem ficar aqui até amanhã, mas, depois, terão que se arranjar sozinhos!

–         OK.

Na manhã seguinte, os três forasteiros e Edgar estavam numa lotada nave de transporte a caminho do Coliseu de Gomorra.

–         Detesto estas lotações... – murmurou Edgar. – Logo poderei comprar uma nave. Talvez uma WYX-2297, ou uma XY-30, quem sabe...

–         Se ganharmos dez mil carpos, que nave poderemos alugar? – perguntou Lisa.

–         Uma WYX-2290. É um modelo um tanto ultrapassado, mas que agüenta longas viagens interplanetárias.

–         Você entende mesmo de naves! – disse Wolfgang.

–         Quando era escravo em Globônia, trabalhava numa oficina de naves. Sempre quis possuir uma daquelas que consertava...

–         Quanto é cada ingresso para a luta? – perguntou James.

–         Cem carpos. O dinheiro que trocaram servirá perfeitamente.

–         De fato... Não sobrará nada!

–         Coliseu de Gomorra! – informou o piloto da nave.

Os três forasteiros e Edgar saíram da lotação junto com outras trinta pessoas. Os habitantes daquele planeta eram quase iguais aos humanos, porém mais selvagens. Rapidamente, entraram no coliseu, compraram seus ingressos e se dirigiram para a área de apostas.

No caminho, James viu, entre a multidão, o velho que encontrara no bar no dia anterior. O terráqueo se aproximou dele, perguntando:

–         O que o senhor faz aqui?

–         James...

–         Como sabe o meu nome?

–         Eu sei muitas coisas, meu caro... Vai apostar em Baltazar, o favorito, não?

–         Sim...

–         Aposte em Zuk, o zamuriano.

–         Mas...

–         Faça o que digo!

O velho desapareceu misteriosamente como da outra vez.

–         Vamos logo, James! – exclamou Lisa.

–         Já estou indo!

Várias pessoas se aglomeravam na frente de uma cabine onde estava o responsável pelas apostas: um homenzinho careca e grosseiro. Quando chegou a vez de James, este disse, convicto:

–         Aposto dez mil carpos em Zuk, campeão de Zamuria.

–         Está certo disso, forasteiro? – perguntou o homenzinho. – Baltazar é o favorito.

–         Sei o que estou fazendo.

O homenzinho anotou algo num caderno e deu uma moeda de prata a James com a inscrição “Coliseu de Gomorra: Comprovante de Aposta”.

–         Se perder e não tiver dez mil carpos, terá que trabalhar para os vencedores da aposta até que possa lhes pagar o dinheiro, e lembre-se da taxa de transtorno! – disse o homenzinho.

–         OK.

James, seguido por Lisa, Wolfgang e Edgar, rumou para uma das arquibancadas.

–         Está certo do que fez? – perguntou Edgar.

–         Não se preocupem, amigos... Algo me diz que Baltazar perderá feio!

Os quatro se acomodaram na arquibancada, enquanto um vendedor ambulante vendia lagarto do deserto no espeto.

–         Que coisa nojenta... – murmurou Lisa.

–         Não querem comer lagarto do deserto? – perguntou Edgar. – É uma delícia! Se quiserem, eu pago!

–         Não, muito obrigado – respondeu James.

Nisso, uma voz ecoou através de vários alto-falantes:

–         Senhoras e senhores, moças e rapazes, meninos e meninas! Aproximem-se para contemplar o maior espetáculo da Via Láctea! Hoje, aqui no Coliseu de Gomorra, lutarão até a morte os dois maiores gladiadores estelares desta parte da Galáxia: Baltazar, o campeão arcadiano, contra Zuk, o campeão zamuriano. Hoje temos a honra de receber o líder dos Skull Raiders, que, como todos nós, veio prestigiar o confronto. Com vocês, o glorioso Lorde Clavícula!

Clavícula surgiu num camarote especial junto com o prefeito de Gomorra.

–         Agora estamos ferrados! – exclamou James.

–         Vamos agir naturalmente – disse Lisa.

A voz voltou a ecoar pelo coliseu:

–         Amantes da violência, dependentes da brutalidade, fascinados pelo sangue! Chegou a hora de receber os dois gladiadores! Primeiramente, com um metro e noventa centímetros de altura, cento e setenta quilos e instinto assassino, o campeão arcadiano, Baltazar!

O gladiador surgiu do lado esquerdo da arena, empunhando um machado e recebendo uma salva de palmas misturada com gritos de euforia.

–         Esse Baltazar é demais! – exclamou Edgar. – Vai ganhar, sem dúvida!

–         Não esteja tão certo disso... – murmurou James.

A voz continuou:

–         E agora, com um metro e oitenta e cinco centímetros de altura, cento e cinqüenta quilos e grande impiedade, o campeão zamuriano, Zuk!

O gladiador surgiu do lado direito da arena, empunhando uma espada e recebendo vaias.

–         Quando Lorde Clavícula, nosso convidado de honra, der o sinal, a luta terá início!

Clavícula tocou um pequeno sino e os dois gladiadores iniciaram a batalha.

Baltazar investiu como um touro, danificando a armadura de Zuk com seu machado. Este último tentou reagir, mas um golpe do arcadiano acabou por feri-lo no braço esquerdo.

Furioso, Zuk girou a espada no ar, arrancando o capacete do adversário. Baltazar, num ato zombeteiro, cuspiu na cara do zamuriano.

–         Meu Santo Tarso! – exclamou a voz que narrava a luta. – Baltazar não está para brincadeira!

Zuk atacou novamente com a espada, danificando a armadura do arcadiano. Mordendo os lábios, o zamuriano continuou seu ataque: feriu o tórax de Baltazar, que veio ao chão. O arcadiano não conseguiu se levantar e Zuk foi declarado vencedor. O perdedor, ofegante, pediu clemência.

–         Foi uma luta rápida, senhoras e senhores! – disse a voz. – Vamos ver se Lorde Clavícula terá piedade do perdedor, que pede clemência.

Clavícula levantou-se e, apontando o polegar para cima, decretou a morte de Baltazar.

–         Acabe com ele! – exclamou o líder dos Skull Raiders.

Zuk com sua espada decapitou o perdedor.

–         Que luta, meus caros! – exclamou a voz. – Baltazar, o favorito, agora servirá de alimento aos abutres, enquanto Zuk, o zamuriano, levará o Elmo de Ouro!

Todos começaram a se retirar do coliseu, inclusive os três forasteiros e Edgar.

–         Como alguém pode ser tão selvagem? – perguntou Lisa, abismada.

–         Vamos pegar nosso dinheiro! – exclamou James. – Ganhamos dez mil carpos!

Pouco depois, os quatro saíam do coliseu carregando vários sacos contendo moedas de prata, que valiam um carpo cada uma.

–         Agora vocês podem alugar ou até comprar uma WYX-2290 – disse Edgar. – Vocês têm muita sorte e...

Ouviu-se um disparo laser e o globônio caiu fulminado. Olhando para trás, os três forasteiros viram vários Skull Raiders apontando seus canhões laser.

–         Rendam-se! – exclamou Lorde Clavícula, surgindo entre seus homens. – Não há escapatória!

–         O que quer de mim? – perguntou Lisa.

–         Usarei você para manipular os megatopianos como eu bem entender!

–         Pagará por ter matado Pedro! – exclamou James.

–         A vingança não é a melhor saída! – disse o velho maltrapilho já visto duas vezes por James, caminhando entre os forasteiros e os Skull Raiders.

–         Saia do caminho, velhote! – gritou Clavícula.

Atirando uma esfera de energia do tamanho de uma laranja contra os Skull Raiders, o velho fez com que todos os soldados, exceto Clavícula, desaparecessem.

–         Seus truques não funcionam comigo, maldito Mago do Tempo! – exclamou Clavícula.

–         Eu sei! – disse o velhote. – É protegido pela energia de Set, o traidor!

–         Do que estão falando? – perguntou James, confuso.

–         Chegou a hora de morrer! – gritou Clavícula, atirando um raio contra o mago, que foi rebatido e atingiu o próprio atacante.

–         Vamos sair daqui! – exclamou o velho.

Os três forasteiros seguiram o velho até uma nave de transporte, onde entraram e partiram rapidamente.

–         Eles nos seguirão! – disse Wolfgang.

–         Fiz a nave ficar invisível – disse o mago. – Eles não a verão nem em seus radares.

–         Quem é você afinal? – perguntou James.

–         A palavra “Cronos” lhe diz alguma coisa?

Continua... 


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