O mistério da Ilha escrita por JuuhLS


Capítulo 19
O pior castigo


Notas iniciais do capítulo

I´M SORRY!! Primos, me desculpem pela demoraaa. Estava sem tempo algum. Prova atrás de prova. Por favor, sejam pacientes comigo enquanto as postagens OK?
Boa Leitura!!



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Pov´s Ian

Flashback ON: 9 anos atrás.

Choro. Era tudo que se ouvia naquele quarto. Mais não era um simples choro. Era o choro de Natalie. Odiava vê-la chorar. Eu sabia o porquê daquilo, aquela mulher estava aqui de novo. Não sei por que toda vez que ela chega, meus pais ficam nervosos e nos mandam subir. Mas depois de um tempo, as visitas dela foram ficando menores, até eu nunca mais vê-la. O que era bom, até porque, eu não gosto de ver os meus pais brigando.

Flashback OFF.

Não sei o que senti quando ela disse isso. Ela havia ficado com o meu pai. E há anos atrás, era ela que visitava nossa casa e fazia meus pais discutirem. Mas, não entendi a gravidade do assunto, meu pai e minha mãe namoraram com outras pessoas antes de se casarem, então qual é o problema? Natalie estava em choque, os outros permaneciam calados, apenas ouvindo.

– E qual é o problema? – perguntei e todos olharam para mim – namoros antes casamento não é crime – defendi-os.

Apesar de tudo o que a Isabel fez e que meu pai fez. Eles são meus pais. Mesmo que eu tenha ódio da Isabel. Mesmo que eu não a considere mais minha mãe depois de tudo o que ela fez... Ela já foi uma parte de mim!

– Oh pobre rapaz – a tal Paola disse – e se for um namoro durante o casamento?

– Durante o casamento dos meus pais? – perguntou Natalie incrédula.

– DURANTE O MEU CASAMENTO! – ela esbravejou – a mãe de vocês tirou tudo o que eu tinha! TUDO!

– Então quer dizer que... – Amy ia falando, mas Paola interrompeu-a.

– Sim garotinha – ela falou e olhou para Vikram – eu era casada com Vikram até Isabel aparecer.

– Como assim? – uma lágrima solitária escorreu pelo rosto de Natalie.

– Vou contar-lhes do começo – ela iniciou – há uns anos atrás, como eu disse, eu era a líder dos Ekaterina. Comecei a namorar Vikram pouco tempo depois. Em pouco tempo nós ficamos noivos e eu recebi a belíssima noticia. Nós iriamos ter um filho...

Vikram olhava para mim com suplica em seus olhos. Como assim eles iam ter um filho? Isso não pode estar acontecendo.

– Mas ai, Isabel chegou para fazer um trabalho com os Ekaterina e eu como líder do clã, tinha que participar. Depois que eu casei com ele, deixei tudo para trás. Deixei o meu clã e me tornei chefe dos Lucian e dos Kabra. Eu e a Isabel viramos amigas, muito amigas. Até que ela conheceu Vikram. Eu descobri sobre o caso deles depois de dois anos. DOIS ANOS. E o pior de tudo. Nosso filho já havia nascido, estava com um mês e alguns dias, enquanto ela... – Paola apontou para o canto. Como os outros ao meu lado, olhei para onde a moça apontava. E lá estava ela. Impecável. Com o rosto sem expressão. Os cabelos negros estavam bagunçados. Ela estava de cabeça erguida e nos olhava. Natalie segurou minha mão nesse momento, mesmo com as mãos amarradas. Era ela. Isabel – esperava um filho dele.

Lágrimas caiam pelo rosto doentio de Paola. Mas ela continuava firme.

– Esse foi o meu fim. Vikram me deixou. Separou-se de mim para ficar com Isabel e o mais novo descendente dos Kabra. Eu... Perdi meu cargo. Minha família. Enquanto ela ganhava tudo o que eu tinha. Mas eu não ia deixar barato. Comecei a observar a família. Depois de você Ian – ela falou e me olhou – veio à querida Natalie – e em seguida olhou para minha irmã – oh seus pais ficaram tão felizes. Fui a todas as suas apresentações de balé Natalie. E a todas as feiras de ciências. Observava tudo. A busca. Eu estava sempre lá. Na cola dos Kabra – ela finalizou.

Eu estava perplexo. Ela nos observara esse tempo todo. Como não percebemos isso antes?

– E o que temos a ver com isso? – perguntou Sinead descaradamente – não consigo entender.

– Então explicarei! Vocês estarão presentes quando Isabel Kabra receber o troco. E com isso, nós ainda iremos conseguir o que queremos há anos, séculos, milénios... As trinta e nove pistas! – Paola já olhava para Dan e Amy – mas pelo que eu saiba, há um garotinho que consegue guardar tudo na memória, inclusive as pistas – ela fixou o olhar em Daniel – mas todos sabem umas partes das pistas, então se Daniel não colaborar, todos irão sofrer. E com isso, adeus Cahill e adeus Isabel.

Guardas já vinham em nossa direção, seguraram nossos braços e outros seguiram para os nossos parentes. Puxaram eles das cadeiras brutalmente e nos levaram em direção a um corredor. Viraram a esquerda até uma sala. Fomos colocados para dentro, apenas nós, os menores membros. O restante ficara do lado de fora. No centro da sala havia uma cadeira, apenas uma cadeira no meio de uma sala vazia. Todos nós fomos direcionados para a parede do canto mais longe da cadeira e Paola seguiu para o centro olhando diretamente para nós.

– Primeiramente, tenho que tratar dos assuntos dos Vesper. E depois... Vêm os pessoais. Agora, queremos uma coisa que vocês têm. Mas como eu posso fazer o pirralhinho aqui falar – ela olhou para Dan quando se aproximou dele.

– Quem você está chamando de pirralho? Como você disse ganhamos a busca. Sou tão pirralho agora? – Dan provocou a mulher que lhe transferiu uma tapa no rosto.

– Eu não quero gracinhas Cahill, eu quero respostas! – ela gritou. Essa mulher é louca – Quais as pistas? - nada se ouviu de Daniel.

Sinceramente, eu até reclamava desse baixinho explosivo, mas que ele é um cara com marra e força... Sim, ele é.

– Okay, então se você não quer falar, vamos fazer você falar. Peguem a ruivinha – Paola acenou e então dois homens seguraram Amy pelos braços, ela relutou e tentou sair do aperto daqueles dois brutamontes, mas não conseguiu. Ela foi carregada para a cadeira. Sentaram-na e amarraram-na nos pulsos, cintura, pernas, braços e cabeça. Espera! Cabeça? Não, não pode ser...

– E então Daniel, vai nos contar ou não? – Paola perguntou.

– Dan, NÃO! – disse Amy – Não conte nada.

– Nunca – Daniel, mesmo receoso, falou com bravura.

Então a maquina fora ligada e Amy começara a receber choques. Ela urrou de dor mais aguentou firme.

Eu queria tirá-la de lá, mas mesmo que eu gritasse e mandassem parar, de nada adiantaria. Só Dan podia dizer “chega”.

– P... – ele ia impedir que a irmã continuasse ali, mas Amy o interrompeu.

– Dan, calado! – ela disse, talvez esse fosse o único jeito de mante-lo quieto. Dava pra ver a dor em seus olhos. Natalie continuava a chorar, Hamilton e Jonah mantinham o rosto sem expressão.

– SAL – gritou Natalie – uma das substâncias é sal.

Ela cruzou os braços mordendo o lábio inferior. Dan olhou para ela com um obrigada explicito.

– Ótimo, está bem por hoje! – Paola disse – tirem a ruivinha daí e coloquem cada dupla em seu respectivo quarto.

Amy fora retirada, ela estava caindo e os guardas tiveram que segura-la para não cair. Daniel, assim como eu, tentamos correr até ela, mas de nada adiantou. Os guardas que nos seguravam nos mantiveram ali, presos. Fui levado para um quarto onde haviam duas camas de solteiro. O quarto era inteiramente branco e sem vida. A porta foi aberta e Amy entrou no meu campo de visão. Colocaram-na em cima da cama e eu, já liberto das amarras, corri até ela assim que a porta se fechou deixando os guardas do lado de fora.

– Amy tudo bem? – ela quase não conseguia abrir os olhos – Amy? Amy por favor, responde.

– Ian? – ela chamou – é você?

– Sim sou eu? – respondi, alegre por ela estar “bem”.

Ela, com minha ajuda conseguiu se levantar. A porta foi aberta novamente e os mesmos guardas entraram novamente:

– Dê esse remédio a sua namoradinha, ela ficará bem.

E então saiu assim que jogou um frasco de remédios na cama. Peguei e dei um a ela.

– Você precisa engolir vai te fazer bem Amy – falei baixinho.

Ela fez o que eu disse.

– Ian? – me chamou novamente – porque está fazendo isso?

– O quê?

– Me ajudando?

– Não sei.

Mas eu sabia sim. Eu estava ajudando-a porque me importava. Sim. Eu me importo com Amy Cahill. Só não sei porque demorei tanto para descobrir isso.


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Notas finais do capítulo

E então? Espero que não parem de ler por causa da demora. Me desculpem mais uma vez.
Bjão, Juuh.
Ah, não esqueçam de comentar!!



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