Esquecendo você escrita por Bibs Elric


Capítulo 8
Capítulo 8 - Natal de declarações


Notas iniciais do capítulo

NÃO ME MATEM SOS DHAJSKSDHKA
eu sei que eu demorei e eu me culpo imensamente, mas eu estou sem criatividade - me batam. Mas é natal e todos merecemos um pedido de desculpas e então eu fiz um capítulo de natal maior pra vocês djashdk Espero que gostem :3



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Alec’s POV

Estava impressionado em como as coisas mudam. E em como Magnus muda.

Me hospedei na casa do feiticeiro após a tal perda de memória. Ele me explicou as coisas, me ajudou a entender, e as memórias estão voltando aos poucos. O mais incrível é que, por mais que Magnus tenha dito que é normal, minhas lembranças com ele são todas borradas. Como se o tempo que passamos juntos houvesse sido deixado de lado por um tempo, como se tivessem sido apagadas há muito antes do acidente.

O feiticeiro purpurinado, como sempre, fez pouco caso e ignorou meu “drama”. Disse que vai passar. Então fui simplesmente conhecendo Magnus Bane novamente, como se fosse a primeira vez. Egocêntrico, vaidoso, despreocupado, malicioso. Às vezes era tão fácil descrever e perceber Magnus que eu não entendia o que os outros diziam.

Mas não hoje.

Estávamos a uma semana do Natal quando o feiticeiro resolveu dar a louca e abrir seu lado rosa – ou melhor, vermelho e verde – da vida. Não que seu lado egocêntrico ou malicioso tenha ido embora, isso não mesmo. Mas ele parecia mais alegre, mais exagerado e, de certo modo, mais gay.

– ALEXANDER MEU QUERIDO, ACORDA E VEM AQUI.

Suspirei. Era plena véspera de Natal e Magnus ainda queria ajuda no que pudesse. Ele queria uma ceia, apesar de que eu alegasse que não teríamos visita e seria inútil tudo aquilo, queria enfeitar a casa inteira à “moda antiga” – apesar de conseguir fazer isso com um estalar de dedos – e queria uma árvore de Natal em casa cômodo, coisa que por incrível que pareça ele conseguiu.

– Magnus – falei, chegando na sala e vendo o feiticeiro em cima de uma escada – já chega. A casa já está bem brilhante pra tudo isso.

E era verdade. Cada enfeite, sem exceção, tinha glitter. Pura purpurina.

– Mas Alexander... – ele falou, fazendo bico. Oh gosh.

– Não. Desce, vai.

Minha relação com Magnus havia... avançado desde que cheguei. Não éramos exatamente namorados, mas não éramos apenas amigos. Não que isso fosse culpa dele, muito pelo contrário. Magnus queria firmar alguma relação, mas eu não queria. Não me lembrava de tudo e tinha medo de algo dar errado, como ele disse que deu anteriormente.

– Ah, Alexander... – ele disse, já no chão. Chegou mais perto e me abraçou – Como negar algo a você?

Dei risada, encostando minha cabeça em seu ombro.

– Você sabe que pode, e também sabe que consegue. Mas sua consciência, lá no fundo, sabe que você está exagerando – ele suspirou.

– É, talvez você tenha razão – disse ele, rindo. – Querido, por que não vai tomar um banho? Quero te levar para alguns lugares hoje.

Olhei-o confuso, mas ele apenas piscou e sorriu. Sabendo que nada poderia estar tão exagerado quanto aquela casa, dei de ombros e fui para o banheiro. Era Natal, certo? Eu podia relaxar, pelo menos agora.

Magnus’ POV

Vendo Alexander ir para o banheiro, apenas me sentei na cama e fiquei pensando em como tudo mudou desde que ele perdeu a memória. Ah, se as coisas fossem tão fáceis. Então minhas lembranças me levaram de volta ao Natal passado, como se fosse ontem.

Flashback On

– Magnus, vamos, os outros estão nos esperando.

Estávamos no quarto do Caçados de Sombras, após uma bela tarde aproveitando um ao outro, quando o garoto resolveu me chamar para a realidade. Isabelle estava fazendo uma ceia para todos do Instituto – e suas poucas exceções, como eu e os lobos – e éramos obrigados a participar. Se pudesse, estaria levando Alexander para bem longe naquele momento.

– Estou bem aqui – falei, apertando seu corpo no meu, sabendo que o garoto estava corando.

– Magnus...

Bufei, indignado.

– Tudo bem Alexander – falei, vendo o garoto se levantar e colocar suas roupas. Cheguei mais perto, e sussurrei em seu ouvido: - mas depois, você é só meu, e nada vai me impedir disso.

Senti-o tremer e corar, enquanto depositava um beijo em seu pescoço. Ah, quão adorável Alec podia ser?

Fomos para a sala, vendo uma grande mesa preparada com tudo que se tinha direito. Nela, quatro lugares ainda estavam vazios. Os nossos eram um deles.

– Onde estão a ruiva e o garoto Herondale? – perguntei, curioso. Isabelle sorriu maliciosamente.

– Provavelmente, fazendo o mesmo que vocês estavam antes de chegar aqui.

Alec corou dos pés a cabeça ao meu lado. Apenas dei risada e enchi meu copo de vinho, num estalar de dedos. O Caçador de Sombras ao meu lado me deu um tapa, mas eu apenas ri baixo e continuei bebendo.

Não demorou muito para os outros dois chegarem, sendo alvo de piadas por um tempo. A ceia se passou sem nenhum outro problema, e logo eu e Alec estávamos novamente no quarto, deitados na cama.

– Sei que aqui já é bom o bastante para você, meu querido Alexander – falei, dando pequenas mordidas em seu pescoço -, mas eu tenho outro lugar em que quero passar meu natal.

E com facilidade, abri um portal, puxando meu querido Lightwood comigo.

– Onde estamos agora, Magnus? – falou ele, rindo, já acostumado com minhas escolhas.

– Itália – respondi com simplicidade. Ele riu.

– Sempre quis vir à Itália.

– Então vamos aproveitar – sussurrei ao seu ouvido, sentindo seu corpo se arrepiar. Seria uma longa noite.

Flashback Off

No fim, acabamos parando no mesmo lugar daquele Natal. Ah não, eu não podia passar meu natal no mesmo lugar duas vezes, estando com Alexander. Precisava levá-lo para outro lugar, e claro que tudo estava em meus planos.

– MAGNUS!

Corri para o banheiro, um sorriso em meu rosto. Alec estava na porta do banheiro, obviamente nu, vermelho como pimenta.

– Diga, meu querido – falei maliciosamente.

– Não tem toalha aqui. E eu esqueci minhas roupas.

Dei risada alta. Claro que não havia toalha, eu mesmo havia pegado todas elas. E quanto às roupas...

– Então acho que vamos ter que achar outra maneira de te secar, não é Alexander?

Ele me olhou assustado. Acho que a ideia de uma relação mais avançada ainda não estava em seus planos. Ri com o pensamento e, em um estalar de dedos, fiz uma toalha surgir em sua mão. Com outro estalar de dedos, fiz um conjunto de roupas aparecerem em sua cama.

– Comprei essas roupas para o Natal – falei, piscando para ele. – Não se preocupe, está tudo sob controle. Agora vista-se Alexander, pois vamos ter um natal maravilhoso.

Deixei-o no quarto se vestindo e fui eu mesmo tomar banho. Quando sai, o garoto Ligthwood já estava na sala, com a roupa preparada, me esperando.

– Vamos? – Ele se levantou e me seguiu.

– Aonde vamos? – Perguntou ele. Sorri.

– Abri mão da minha ceia para isso, Alec. Espero que não reclame.

Levei-o primeiro para – clichê, talvez, eu sei – um parque de diversões. Como Caçador de Sombras, não consigo vê-lo num parque de diversões e achei a ideia engraçada. Mas, por incrível que pareça, ele gostou. Me puxava para todos os lados, indo em todos os brinquedos que podia. Por fim, saímos de lá e fomos para um pequeno parque ali perto. O lugar estava vazio e, como era bem aberto, dava para se ver o céu.

– Obrigado – ele disse, de cabeça baixa. – Foi divertido.

– Era exatamente essa a intenção.

Ele riu baixo. Parecia com vergonha, mas afinal, eu o conhecia bem. Não poderia forçá-lo a nada, então apenas continuei andando. No meio do caminho, ele pegou minha mão.

– Magnus eu... eu comprei um presente.

Ele tirou do bolso uma pequena caixa, e timidamente me entregou. Abri a caixa e me surpreendi com o que havia dentro.

Era um pequeno anel prateado, com detalhes em volta. Percebi logo que era uma escrita e, aproximando o anel de meus olhos, consegui ler Aku Cinta Kamu. No meio do anel também havia uma pedra azul, da cor de seus olhos. Era o presente mais lindo que eu já havia ganhado.

– É... Lindo – Ele pareceu sem jeito.

– Foi a única coisa que eu lembrei... que consegui relacionar à você, essa frase. Simplesmente saía com a sua voz, então achei que fosse algo importante. Ela se repete todo dia, mas sem nada além disso.

Senti lágrimas se formarem e logo as afastei, abraçando Alexander fortemente.

– Eu te amo – sussurrei em seu ouvido, lembrando cada momento que ele não conseguia. – Aku Cinta Kamu, Alexander...

Ele apenas me abraçou de volta. E ficamos assim, talvez por horas, talvez apenas por minutos. Quando o soltei, ele sorriu para mim. Pegou uma corrente da caixa e colocou o anel nela. Então passou a corrente pelo meu pescoço, transformando o anel em um colar.

– Pronto – falou ele, sorrindo. Sorri também e peguei sua mão.

– Vamos. É hora do meu presente.

Levei-o de volta para casa. De lá, entramos em um portal e fomos parar em outro quarto, em outro lugar, em outro país.

– Onde estamos? – Perguntou ele, um pouco assustado. Sorri, abraçando-o.

– França. Alguns lugares daqui são bem agradáveis.

Ele sorriu e se virou, me beijando. Me empurrou para trás, me fazendo cair na cama, e caiu por cima de mim. Começou a me beijar e dar pequenas mordidas em minha orelha e em meu pescoço.

– Alexander, eu ainda não dei seu presente – falei, lembrando do arco e flecha que eu havia conseguido com alguns contatos especialmente para o garoto Lightwood. Ele riu abafado e continuou me mordendo, com algumas chupadas no pescoço. Suspirei.

– Não importa, você pode dar depois – falou ele.

– Alec querido, se você continuar eu não sei se posso me controlar.

Ele parou o que estava fazendo e me olhou. Me perdi em seus olhos, seus pequenos oceanos que estavam me chamando profundamente.

– Magnus, eu te amo. E eu tenho total certeza disso. Então eu não quero que você se controle. Não dessa vez.

Sorri para ele e o abracei.

– Eu te amo.


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Notas finais do capítulo

Eu queria fazer alguma coisa sobre os outros que estão no Instituto, mas eu simplesmente não consigo e, como já me disseram uma vez, a fic é sobre Malec e não sobre eles. Então desculpem qualquer erro, toda essa demora e feliz natal - atrasado - pra vcs :3



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