Another Hogwarts escrita por Sorrow Queen, Ciba, Rafeullas, brubs


Capítulo 41
As vantagens de desabafar


Notas iniciais do capítulo

Hey, povinho!
Como estão?
Nós não tivemos nenhum comentário ainda, então, por favor, o dedinho não vai cair se você comentar, e você não vai pegar nenhuma doença.
— BrunaDiAngelo



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Pov Emily

– Sente-se! – O diretor Dumbledore apontou pra uma das cadeiras a frente de sua mesa.

Sentei-me e ele anotou algo em um pedaço de pergaminho, pra depois baixar sua pena e me encarar gentilmente.

– Me diga, Srta. Carter, Quais os motivos dessa sua briga com a Srta. Green?

– Com todo o respeito, professor, mas é um assunto pessoal. Se o senhor não se importar...

– Entendo... – Dumbledore pegou sua pena e rabiscou novamente no pergaminho. – Se a Srta. Não mostrou razões aceitáveis para ter agredido uma de suas colegas, por mais que não sejam da mesma casa, eu receio que não possa fazer mais nada. Você não vai para Hogsmead!

– O QUE?! – Gritei me levantando tão rápido que a cadeira caiu com as costas no chão. – Não, não, professor, não acabe com a sobra de felicidade que existe em mim!

– Sinto muito, criança. Mas não há nada que eu possa fazer.

– Não, não. Olha, professor. A minha vida já está uma merda, se você me tirar Hogsmead, eu não tenho porcaria nenhuma!

– Olhe o palavreado, Srta.!

– Tô nem aí pro palavreado! Se você soubesse o que eu passei... – Fiz uma pausa pra respirar fundo. – Primeiro: Eu arrumei um namorado, estava tudo legal beleza, até que aquela drama queen, da Elena Mikaelson, resolveu dar uma festa e batizar a minha bebida. Aí, sem saber o que raios eu estava fazendo, eu fui pra cama com o irmão do meu namorado, achando que era ele. Depois eu descubro que estou prestes a parir um ruivinho, a Elena, pra pagar de vítima, me ajuda, com uma poção de aborto, aí... – Parei pra tomar fôlego e constatar que Dumbledore me olhava paralisado. – Depois que a criatura saiu da minha pessoa, eu tentei resolver as coisas com o meu namorado, depois de dias insistindo, e vendo ele trocar bactérias salivares com adolescentes que prestam serviços sexuais da corvinal, nós fizemos as pazes. Quando tudo ia bem, a Srta. Green, foi fofocar pro meu namorado que eu voltei a sair com o irmão dele, o que era mentira, já que eu só queria comprar algumas coisas. Aí o tonto acreditou e terminou comigo na maior cara de pau. Aí eu te perguntou, professor, cadê a justiça? Hein? Hein?

Terminei meu desabafo e respirei fundo várias vezes, pra recuperar o autocontrole. Dumbledore me olhava abismado, sua boca formava um “o” perfeito. As mãos estavam caídas sobre a mesa, congeladas. Sua expressão era de completo choque.

– Eu... Bom, eu... Se... Pode ser que... – Ele ficava moscando quando tentava formar as frases.

– DESEMBUCHA... – Gritei, fazendo com que ele me olhasse assustado. – Professor querido! – Sacaram a doçura da criança, né?

– Eu... Sinto muito... – Ele pegou o mesmo pergaminho e riscou a última linha. – A Srta. Esta autorizada a ir para o vilarejo de Hogsmead.

– Sério? – Perguntei sorrindo que nem uma criança.

– Sim.

– Ahhhh. – Dei aqueles gritinhos de fresca, sabe? – Obrigada, obrigada. – O Diretor Dumbledore se assustou mais ainda quando dei a volta na mesa e abracei-o. – Eu nunca mais faço isso! Juro juradinho, de mindinho!

– Certo... Vá logo! – Ele se recompôs e eu sai saltitando da sala dele.

(...)

– Desce logo, porra! – Gritou minha doce amiga, Zoey.

– Estou indo! – Terminei de pentear o cabelo e desci as escadas. – Pronto!

No Salão Comunal só havia Silas, Zoey, Ray, Luna, Zach e Ian.

– Loirinho! – Falei bagunçando os cabelos loiros de Ian. – Você apareceu!

– Na verdade, eu sempre estive aqui! – Ele disse bagunçando o meu cabelo, me fazendo bufar. – Você que nem parava pra falar comigo. Fiquei bolado!

– Owwwwn! – Falei junto com Zoey. Estiquei-me na ponta dos pés e beijei sua bochecha, deixando-o um pouco corado. – A partir de agora, meu velho amigo, nós vamos andar juntos pra todos os lugares! – Enrosquei meu braço no dele e puxei-o pra fora do Salão Comunal.

Nós seguimos rindo da lerdeza do Ray até Hogsmead. Lá, Silas arrastou Zoey pra algum lugar, Raymond saiu correndo que nem uma gazela manca atrás da Thalia, Luna foi junto com Zach pra sei lá onde, e eu fiquei com Ian.

– Ei, vamos à Dedos de Mel? Eu preciso abastecer meu estoque! – Ian perguntou, enquanto andávamos.

– Claro! – Sorri pra ele e fomos para a Dedos de Mel, mais conhecida com “lugar brilhoso”.

Chegando lá, Ian saiu correndo, me puxando junto, pela loja inteira. Ele pegou quase todo o estoque de bombons explosivos, algumas varinhas de alcaçuz, feijõezinhos mágicos e sapos de chocolate. Ele pegou uma caixinha de feijõezinhos mágicos e deu pra mim, por que ela era vermelha, e eu amo vermelho!

– Que fofo! – Falei lhe dando um abraço, fazendo com que suas bochechas adquirissem um tom avermelhado. – Você ainda lembra?

– Claro! – Ele disse, pegando as coisas e indo para o caixa. – É difícil esquecer, com você escrevendo na minha testa toda vez!

– Eu queria garantir! – Me defendi. Ele riu, balançando a cabeça negativamente e foi para o caixa. Nós pagamos tudo e ao sair, Ian se vira pra mim, um pouco corado.

– Emily, eu preciso te contar uma coisa.

– Claro, o que foi?

– Sabe... já faz um tempo que eu percebi isso e... Bem, eu queria saber se você não...

– COMENSAL DA MORTE! – Gritou um senhorzinho que lembrava muito um anão de jardim.

Puxei minha varinha do bolso, junto com Ian e mais alguns presentes. Vultos, não muito educados por sinal, passavam atropelando quem estivesse no caminho. Sério? Nem um “Com licença, você poderia ir mais para a esquerda pra mim lançar um Avada Kedavra nessa garotinha? Obrigado!”.

Um deles investiu contra Ian, mas ele rebateu o feitiço. Um outro veio em minha direção, murmurei um “Estupefaça”. O Comensal foi jogado pra longe. Ouvi Ian gritar, mais não consegui acha-lo. Olhei pra todos os lados, mas não achei-o. Perto da Dedos de Mel, um beco se estendia para a esquerda e eu vi um vulto passando por ele. Com a varinha em punho, corri até ele e entrei.

O beco dava em uma espécie de mini pracinha. Estava deserta. Olhei mais atentamente, até que senti algo puxando meu ombro e algo pontudo em contato com a pele de meu pescoço.

– Bem quietinha! – O Comensal disse. – Você não quer se machucar, quer?

Neguei, e o Comensal me soltou. Fiquei frente a frente com o vulto negro, seu rosto coberto pela máscara de carnaval do satanás. Apertei minha varinha e, por reflexo, estuporei o Comensal, mas ele bloqueou. Recuei para trás quando ele se aproximou.

– Expelliarmus! – Ele gritou, antes que eu pudesse me defender, minha varinha foi jogada pra longe. Recuei mais um pouco enquanto ele se aproximava, feliz da vida. (N/A: Quando eu escrevi feliz, saiu felix, “Félix da vida”. Eu ri que nem uma idiota aqui em casa).

– SECTUNSEMPRA ! – Ele gritou.

Antes de o feitiço me atingir, alguma coisa se choca contra meu corpo e nós duas caímos no chão. O Comensal se aproximou, mas quando nos viu, foi embora. Levantei-me ofegante e vi a criatura de muletas caída no chão, com cara de que comeu e não gostou.

– Anne! – Gritei me aproximando dela. – Você se machucou!

Ela me olhou com uma cara de “não me diga”. O sarcasmo dela não tira folga!

– Eu já estava com o tornozelo machucado, pois você me empurrou ontem, lembra? – Ela disse ríspida. Lancei lhe meu melhor olhar de “eu sinto muito por ser sua desgraça”, e me abaixei para ajuda-la.

– Não! Saia daqui, Emily! – Ela berrou no meu ouvido e eu a olhei assustada. – Tem um Comensal ali, e ele não vai ficar a vida inteira se queixando porque eu lhe dei uma muletada nos países baixos. Então saia daqui antes que ele se levante.

– Você vem comigo! – Falei determinada, e ela revirou os olhos. Revirei os olhos mentalmente pela sua revirada de olhos fora da minha mente.

– Vai logo, Emily. Eu dou meus pulos. Você não vai me aguentar. – Ouvi um resmungo mais afastado. – AGORA! – Anne me empurrou e, por mais que eu quisesse ajuda-la, mas também ainda estivesse brava com ela, sai dali rapidamente.

Do outro lado, perto do Três Vassouras, vi Ian, Ray, Zoey, Zach e Luna. Quando me viram, Luna e Zoey correram e me abraçaram.

– Você esta bem? – Zoey perguntou me analisando.

– Estou, estou bem. – Falei, um pouco cansada. – Podemos voltar?

(...)

Entrei no Grande Salão, morta de fome. Acho que até o Hagrid esta ouvindo minha barriga roncar. Avistei Thalia na mesa da Corvinal, Elena trocando olhares nada discretos com o Jason e Anne comendo junto com Ginna e Miranda. Fui até minha mesa e falei, pra assustar Thalia:

– Oi minha gente!

– Oi oi Milly. – Ela me cumprimentou, enquanto roubava a pizza de Mundo, apelidinho carinhoso.

Conversei um pouco com o povo, mas não achei Ian na mesa. Avistei Elena saindo da mesa da Sonserina. Eu precisava de algumas explicações daquela cria de Deus.

– Ahn, eu vou falar com a Elena, tchau gente. – Me despedi e segui até a porta do Grande Salão, sem antes me dar a sorte de esbarrar em alguém, quem? Se vocês disseram Fred, adivinharam, ele me encarou um pouco surpreso, murmurei um “desculpa” e sai de lá, antes que eu me derretesse de tanto chorar.

Elena virou alguns corredores antes que eu pudesse alcança-la.

– Hey, Cobrinha verde. – Falei. Elena se virou e me fitou com o cenho franzido. – Precisamos conversar!

Ela me olhou confusa, mas depois do meu olhar fatal ela entendeu e soltou um longo suspiro.

– Vai até a biblioteca comigo?

– Claro!


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Notas finais do capítulo

Comentem!



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