– Vamos Bella adormecida, está na hora que acordar. – sorri ao ouvir Edward me acordando. – Mamãe disse que não era para mim te acordar que você fica de mal humor, mesmo assim quis me arriscar. - sussurrou beijando minha testa. – e fui retribuído com esse lindo sorriso, quando você faz dezoito anos mesmo, para poder ir para Harvard comigo e eu poder acordar todos os dias com esse sorriso.

– Bom acabei de fazer quinze, dizem que depois dos quinze passa rápido. – sussurrei me sentando na cama.

– Assim espero. – sorri de sua impaciência. – Gostou da festa?

– Adorei. – disse ainda sorrindo, não sabia se era pelo o que ele me disse ontem ou por ele estar ali comigo, mas não conseguia parar de rir. – Só estou curiosa por saber o que aconteceu entre Alice e Jacob.

– Algo me diz que eles se acertaram.

– Serio, você viu algo? – perguntei animada.

– Acho que os vi indo embora juntos ontem de mão dadas.

– Aiiiiiiii que lindo. – disse sorrindo mais ainda. – Tenho que ligar para Alice e saber tudo o que aconteceu. – parei e pensei. – Não vou ligar para Jake, ai não sei.

Edward gargalhou.

– Que tal irmos tomar um sorvete depois do almoço e convidamos os dois e sabemos o que aconteceu.

– Ótima ideia, Edward. – levantei da cama. – Vou escovar meus dentes para podermos tomar café.

– Ok te espero aqui.

Corri para o banheiro e suspirei, estava cada dia mais apaixonada por ele. Escovei os dentes e lavei o rosto. Sai do banheiro prendendo meu cabelo em um rabo de cavalo quando de repente senti as mão de Edward me impedindo de terminar meu trabalho.

– Deixe-os solto. – sussurrou.

– Deve estar horrível Edward.

– Não, está linda como sempre. – disse perto de mais, fechei meus olhos sentindo seu hálito bater em meu rosto.

– Edward... – sussurrei.

– Sim... – sua respiração estava acelerada, parecia ansioso.

– Você... na não – gaguejei corada.

– Diz Bella.

– Eu... deixa para lá.

Tentei sair, mas ele segurou minha mão, me impedindo de sair, mordi meu lábio inferior.

– É só falar. – eu tinha certeza que ele sabia o que eu queria, mas estava me matando de vergonha. – Sabe que pode confiar.

– Ontem... – comecei incerta. – Jacob nós...

– Está dizendo do seu presente? – perguntou.

– Eu não... - meu rosto estava tão quente abaixei e tentei dizer tudo de uma vez. – Ok, estou dizendo sobre isso mesmo, mas se você não quiser tudo bem, nem sei porque toquei nesse assunto, talvez você não queira, não tem problema eu vou entender não precisa se sentir forçad... – Senti os lábios de Edward sobre o meu, me interrompendo, suspirei, o beijo começou lento, calmo, carinhoso, mesmo eu não sabendo muito bem o que fazer Edward parecia que sabia. Edward se afastou devagar dando leves selinhos em meus lábios, sorri encostando meu rosto em seu peito e suspirei. Ficamos calados por um momento até que ele me afastou de seu peito e me deu outro selinho.

– Agora que não vou aguentar mesmo ficar longe de você. – sussurrou me abraçando. – esse era meu medo, me viciar em você.

– Podemos arrumar um jeito para que esse tempo fique mais curto para nos.

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– Queria poder ficar mais. – sussurrou Edward, beijando minha cabeça, estávamos deitados em minha cama tínhamos acabado de chegar da sorveteria, onde tivemos nosso encontro com Jacob e Alice, foi uma tarde regada de risos e conversas, finalmente Jake e Edward estavam se dando bem, o que me deixou bastante feliz. Mas como Edward iria embora naquela noite não demoramos muito, porque queria ficar um tempo sozinha com ele, não sabia que dia ele voltaria para nos ver, certa vez ele me disse que as coisas na faculdade estão ficando um pouco puxadas e as vezes ele fica até tarde terminando os trabalhos ou estudando para provas, então queria aproveitar o máximo sua presença. – Ainda estou tentando descobrir como vou conseguir ficar longe de você, depois de tudo. Já era difícil antes, agora então.

– Eu sei, também estou sentindo o mesmo. – suspirei me aconchegando mais em seu peito. – Mas talvez mamãe e papai me deixem ir te visitar, nas minhas férias ou a gente pode passar o natal com você lá. – disse animada me levantando de seu peito, meus pensamentos estavam a mil tentando achar formas de podermos passar mais tempo juntos. Edward não falou nada das minhas ideias de ir visita-lo, o que me deixou nervosa. – Quer dizer se você quiser, e claro. Talvez você nem queira e eu falando, planejando. – lagrimas já enchiam meus olhos. – Me desculpe, você.... porque iria querer que eu cega fosse atrapalhar sua vida. – ri sem humor. – Suas amigas iria rir de mim não é?

– Bella? – chamou Edward mas eu continuei.

– A pobre cega órfão apaixonada pelo irmão adotivo, quão irônico hã? Qual patético isso soa? Sou uma estupida! estupida! – Já de pé andando de um lado para o outro. – Porque você iria se apaixonar por mim? Porque? Quando tem milhares de mulheres perfeitas se jogando em cima de você? Estupida! Estupida! Estupida! Estupida!

– Isabella para com isso. Quantas vezes eu já te falei para parar com essa insegurança boba. – Edward me segurou pelo braço. – Você e nossos pais podem ir me visitar quando quiserem, não tem porque eu ter vergonha de vocês. E o fato de você ser cega não te faz menos humana, o que adianta elas serem “perfeitas” fisicamente, se são fúteis e se importam apenas com isso ser perfeita. E é isso que te faz diferente delas Bella, você se importa com os outros, e doce, amável, você pode ser cega, ou poderia não falar ou escutar ou poderia não andar, você poderia ter qualquer deficiência, mas você não se deixa ser controlada por isso, as vezes, como qualquer ser humano se sente insegura, mas você é forte e não se deixa abalar nada, não a Bella que eu conheci e me apaixonei a anos atrás. Então não me importa que elas podem ver e você não, porque você tem algo aqui dentro, - disse ele levando minha mão em meu coração. – que nem se juntasse todas elas, não chegaria nem um terço perto de você tem. Você é pura e doce Bella, e é isso que amo em você, então não tente achar motivos que dizem ao contrário, ok. - Apenas assenti soluçando, o abracei enterrando meu rosto em seu peito. Ficamos assim até que eu me acalmasse, e conseguisse respirar normalmente. – Sabe não queria passar minhas poucas horas que tenho com você discutindo.

– Desculpa, não sei o que deu em mim.

– Eu sei, você está com medo de algo que é impossível de acontecer, acho que vou passar minha vida toda te dizendo isso, mas não vou me cansar. – Edward segurou meu rosto com as duas mãos. – Eu nunca vou abandonar você, e sempre irei te amar, agora e para sempre.

– Também te amo Edward, agora e para sempre.

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–Você tem que ir mesmo? – perguntei fazendo bico.

– Infelizmente tenho princesa, mas você irá me visitar em breve hã? – disse Edward me abraçando, estávamos no aeroporto esperando o voo dele ser chamado, papai e mamãe estava conosco, como eles não sabiam que nosso relacionamento tinha evoluído, nos despedimos direito em casa depois do meu pequeno surto, ficamos hora no quatro namorando, até que deu a hora dele se arrumar.

– Iremos passar um final de semana, estou louca para conhecer Londres.

– Estarei esperando ansiosamente pequena. – sussurrou Edward beijando minha testa.

O voo dele foi chamado e ele se despedi da mamãe e do papai enquanto eu continuava agarrada a ele.

– Vou sentir sua falta. – sussurrei chorando. – Eu te amo Edward.

– Agora e para sempre princesa.