Vampiros escrita por Misaki


Capítulo 1
Descoberta


Notas iniciais do capítulo

Obrigada por lerem.



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Acordei mais uma vez atordoada no meio da noite. Tive novamente o mesmo pesadelo com a morte dos meus pais. Na verdade está mais para uma lembrança.

Pesadelo on

Eu tinha sete anos.

— Está gostando do jantar Sakura ?

— Sim. Está ótimo mamãe.

— Certo agora vá escovar os dentes.

— Sim papai.

Tudo estava tão bom. Eu estava tão feliz. Fui ao banheiro e como eu era muito baixinha para alcançar a pia, eu peguei um banquinho. Mas de repente eu ouço um barulho. Corri até sala procurando meus pais com medo. Assim que os achei corri até eles. Eles estavam no chão. Mas quando cheguei perto o suficiente deles vi que eles estavam mortos com buraquinhos nos pescoços. Então eu fiz a única coisa que poderia fazer. Chorar.

Pesadelo off

Sonho com isso desde criança.

Peguei algumas roupas de malha e um moletom porque está frio, peguei o tênis, amarrei o meu longo cabelo rosa e fui correr. Apesar de ser madrugada eu não me importo. Eu sei que não vou mais conseguir dormir. É sempre assim quando sonho com meus pais.

Olhei a hora. 3h30. Corri por onde deu vontade. Sem um rumo certo. Estava escuro, mas dava para eu me guiar pelas luzes dos postes. Corri até ficar cansada. Quando eu já ia dar meia volta para voltar para casa eu vi alguém no chão. Como estava escuro eu não consegui ver se é homem ou mulher. Eu fui me aproximando devagar. Quando cheguei perto o suficiente me agachei próxima à pessoa. Vi que é homem e muito bonito. Apesar de estarmos somente com a pouca iluminação dos postes dava para ver a sua beleza. Ele tinha cabelos negros e rebeldes fazendo par com seus olhos ônix.

— Você está bem ? — eu perguntei.

— Não é nada demais. Deixe-me em paz.

Apesar de ele ter sido grosso comigo eu não vou deixar uma pessoa que parece precisar de ajuda no meio da rua. Dei uma olhada nele e vi que tinha um enorme ferimento no tórax que parecia ser profundo.

— Não vou deixar uma pessoa com um ferimento desses na rua. Vamos. Minha casa não é muito longe daqui — eu disse.

— Eu vou ficar bem.

— Não. Não vai. Vamos.

Eu o ajudei a se levantar. Ele não disse nada. Apenas me deixou ajudá-lo. Chegamos à minha casa e eu o deixei no sofá.

— Espere aí que eu vou pegar o kit de primeiros socorros e depois vou ligar para a ambulância — eu disse.

— Não precisa.

— Claro que precisa. Olha esse buraco que tem na sua barriga. Parece até que uma bola perfurou você. Você por acaso sai na rua com um ferimento desses ?

— Isso não é nada. E você por acaso ajuda todo desconhecido que encontra na rua ?

Não respondi. Fui até o banheiro e peguei o kit de primeiros socorros no armário. Voltei à sala e quando olhei para ele vi que o ferimento havia sumido.

— Espera. Você não estava ferido ?

— Eu disse que não era nada.

— Claro que era. Tinha um buraco do tamanho da sua cabeça na sua barriga.

— Você deve ter visto errado. Tenho que ir. Adeus.

Ele ia se levantando quando ouvimos um barulho vindo da cozinha.

— Droga. Ele deve ter me achado — ele disse.

— Quem ?

Ele não respondeu. Apenas me pegou no colo e começou a correr numa velocidade anormal. Ele corria tão rápido que parecia que estávamos voando. Ele não é normal. Tentei me soltar, mas foi uma tentativa inútil. Ele parece ser feito de aço. Desisti de tentar me soltar. Ele correu por mais alguns minutos. Eu achei que na velocidade que estávamos íamos atravessar o país em poucos segundos.

Quando ele finalmente parou, eu praticamente pulei e ele me soltou. Eu quase caí, mas consegui me equilibrar. Fiquei um tempo calada até conseguir dizer.

— O que você é ?

— Nada que seja da sua conta.

— Por que você me carregou até aqui ?

— Você deveria estar agradecida por eu ter salvado sua vida. Nem sei por que salvei você.

— Salvou de quê ?

— De quê não. De quem.

— De quem então ?

— Ninguém que você gostaria de conhecer.

Decidi não insistir nisso porque pelo visto ele não vai me dizer. Ele não é normal. Ele correu numa velocidade anormal e eu tinha visto uma ferida enorme nele que depois sumiu. Eu não quero nem pensar nisso.

— Eu já vou indo — ele disse.

— Espera. Você me trouxe até aqui e eu não sei onde é que eu estou.

— Isso não é problema meu.

— É problema seu sim. Porque foi você que me trouxe até aqui e numa corrida anormal. Como você consegue correr naquela velocidade ?

— Você é irritante.

— E você não respondeu minha pergunta.

— Você quer mesmo saber ?

— Quero.

Ele se aproximou novamente naquela velocidade anormal e disse:

— Porque eu sou um vampiro.

Ele mostrou seus dentes extremamente brancos e pontudos. Pareciam dentes de um animal.

POV’s Sasuke

Mais que garota irritante. Não estava mais aguentando suas perguntas. Tive que contar logo que sou um vampiro para ver se pelo menos ela fica com medo e para de me encher. Mas ela fez a ultima coisa que eu esperava. Ela explodiu em risadas. Eu estava quase ligando para um sanatório. Essa garota só pode ter algum distúrbio mental.

— Vampiro ? Não seja idiota. Vampiros não existem _ ela disse.

— E como a inteligência em pessoa que está na minha frente explica a minha existência ?

— Você não é um vampiro. É um farsante.

— E as minhas presas ?

— Simples. São falsas.

Agora foi a minha vez de rir.

— De onde você tirou isso ?

— Do fato de que vampiros não existem.

— Certo. Então eu vou lhe provar.

— Como ?

— Apenas observe.

Cheguei rapidamente até ela e puxei seu pulso com a minha força sobre-humana e a mordi. Eu não iria beber muito sangue. Era somente para ela ver como eu estou falando a verdade. Depois eu farei com que os anciões matem-na já que nenhum humano vivo pode saber que vampiros existem. Comecei a beber o sangue dela. Nossa. É o melhor sangue que eu já bebi. É tão doce e viciante. Não quero parar de beber por nada. Ela tentou me empurrar até que chegou uma hora que ela parou e eu percebi que tinha que parar senão a mataria. Vagamente fui tirando minhas presas do seu pulso e só agora percebi que ela havia desmaiado.


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