E na minha sede de vingança, encontrei o amor escrita por Maria Veiga, Lunatic


Capítulo 3
Peões


Notas iniciais do capítulo

Olá leitores, aqui é a Lunatic (Izadora), como sabem, meu pc tinha "tiltado" por alguns dias. Mas agora tudo voltou ao normal. Espero que consiga superar as expectativas ou ao menos alcançá-las.

"Deixe tudo virar pó
Não podem separar nós dois
Nós estamos seguros na força do amor
Você pode parar a dor
Porque você é a única que preciso..."
—Skillet



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Logo após sair daquela sofrida cena, Willian seguiu até um beco próximo, precisava chorar um pouco, ou talvez muito. A dor lhe consumia, sentia seu coração palpitar, queria que nada daquilo fosse real. Com lágrimas em seus olhos, correu até sua casa e esmurrou a porta com a esperança de que os acontecimentos fosse apenas um devaneio. Mas não houve resposta. Seu chão se foi.

O garoto começou a faltar à escola com frequência. Seus amigos souberam do ocorrido, mas muitos não se importaram. Martha, Minene e Mateus foram aqueles que se levantaram a favor de Willian. Visitaram sua casa e o ajudaram a superar, ou pelo menos esquecer o sofrimento por algumas horas. Mas apesar disso, Willian sabia que havia algo errado, que não poderia superar. Aquele bilhete... Quem o havia mandado? Por que matar seu pai? Dúvidas penetravam em sua mente e o faziam a cada dia mais obcecado por uma doce vingança, tortura e morte do inimigo desconhecido.

Will decidiu se despedir dos amigos que lhe restaram, os verdadeiros e voltar a Buenos Aires, pois sabia que lá era o único local onde poderia haver pistas do maldito “Mister Vingança”. Entrou no avião e voou ao seu destino tão esperado. Enquanto voava, pensava na escola onde se matricularia, afinal, o sonho de seus pais era que ele tivesse um futuro brilhante. Levou alguns dias, mas organizou suas coisas em um apartamento que seu pai possuía no país e saiu para se matricular na escola mais próxima, era dia letivo normal para os demais estudantes.

–Bom dia! – Deu um sorriso torto e prosseguiu – Quero matricular-me.

–Identidade, comprovante de residência, histórico escolar e transferência, por favor. – Pediu educadamente a secretária.

–Aqui está. – Ele entregou a ela.

–Aguarde um momento e irei verificar.


Enquanto isso Safira se despedia de sua mãe, que ficaria sozinha em consequência da morte do Sr. Daley. Safira pegou sua bicicleta e chegou rapidamente à escola, que por sorte, não era longe.

Seu celular tocou, havia chegado uma mensagem.

“Estou a observar-te.”

Ela deu uma risada discreta e pensou que algum de seus colegas estava tentando lhe passar um trote, recebia mensagens assim desde a morte de seu pai. Seguiu rapidamente pelos corredores, pois precisava saber suas notas do fim do primeiro trimestre. Parou na secretaria, havia um moreno debruçado na bancada, ela observou-o, mas seus pensamentos foram rapidamente levados para longe, lembrando-se de seu pai. Seu maior desejo era a prisão do assassino deste, ou mais do que prisão, a morte dele.

–Você está matriculado – Disse a secretária fazendo Safira voltar à realidade – Bem vindo, Willian Stranger.

Ao ouvir o nome, Safira paralisou-se e seus olhos ficaram marejados.

–Seu nome... Willian... Stranger? – Disse ela em um fio de voz.

–Sim - disse ele virando-se para ela e encarando-a – nos conhecemos?

Safira o abraçou forte e ele retribuiu mesmo sem entender.

–Desculpe, mas qual o seu nome? – Disse ele um pouco sem graça.

–Safira... Safira Daley. – Uma lágrima caiu livremente por seu rosto.

Willian a abraçou novamente, mais forte que da primeira vez.

–Pensei que não fosse mais te ver. – Disse ele com lágrimas nos olhos.

–Eu também. Mas estamos aqui. Eu disse que nunca te esqueceria Will. – Disse ela sorrindo a ele que sorriu de volta.

Os alunos que passavam observavam atentamente a cena. Willian e Safira se sentaram em um dos bancos do pátio para conversarem um pouco antes da aula começar. Ela contou que havia procurado por ele, mas este havia sido adotado, ele contou que não sabia do paradeiro dela, mas que sempre teve esperança de que este dia iria chegar. Mas o mundo pareceu parar de girar quando chegaram ao ponto chave.

–E como estão seus pais? – Perguntou ele sem desviar o olhar da garota.

–Bem, o meu pai morreu... Nossa situação se complicou nos últimos meses... – Disse ela desviando o olhar para o nada.

–Sinto muito. – Disse ele abraçando-a.

–Não se preocupe, acharei o culpado. – Disse ela confiante.

–O que aconteceu?

–Bateram nele com um pedaço de madeira, ele morreu de hemorragia. Eu vasculhei alguns arquivos, segundo testemunhas, além de brutal, foi premeditado.

–Meus pais também morreram. Ambos.

–Quando? Como? – Ela o olhou com olhar desesperado.

–Dia 08 de junho, minha mãe morreu por batidas violentas com o revólver e meu p...

–Espera – Interrompeu-o – 08 de junho? – Ele assentiu com a cabeça – É o mesmo dia que meu pai foi morto.

Eles se entreolharam. Um celular tocou.

–É o meu! - Disseram juntos.

Havia chegado uma mensagem.

“Finalmente juntos, meus pequenos peões. Esperaram muito? Não se preocupem, vou compensá-los pelo tempo esperado. Vingança!”

Engoliram seco. Não podia ser brincadeira.

–Quem era Will? – Perguntou preocupada.

Ele lhe entregou o celular e ela fez o mesmo. A mesma mensagem.. “... Vingança”, as palavras ecoavam na mente deles. Por que alguém iria querer vingar-se deles? Não haviam feito mal algum a ninguém. Mas aquilo seria apenas o inicio.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Se puderem, comentem, não sabe o quanto isto nos faz felizes. Até a próxima.
—Lunatic



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