What Is Love ? escrita por Beija Flor


Capítulo 4
What are you doing here ?


Notas iniciais do capítulo

Heey Heey *--* Sentiram minha falta ? É,eu sei que demorei. E eu ia postar antes,se o Nyah não tivesse entrado em manutenção de novo e me trancado totalmente. I'm sorry guys. E eu também entrei em um curso de inglês e a escola ainda me colocou numa turma especial á tarde (sendo que eu estudo de manhã) para fazer um reforço de matemática ... É,eu acho que eu não estou muito bem nessa matéria ... Mas,o importante é que estou me recuperando,e também estou super feliz porque eu fui na Feira do Livro aqui em Porto Alegre e fiz meu pai quase estourar o cartão dele nos meus adoráveis livros , meus bebês *--* Enfim,espero que tenham compreendido minha demora,e que não fiquem muito bravos se eu disser que talvez demore também para o próximo ... Não me matem ok ? Ok,já chega de falar,vou deixar vocês lerem o capítulo :) Enjooy !!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/430191/chapter/4

"Lembranças e mais lembranças ... Por que será que vivemos tão apegados a elas ? Seria isso,errado ? De qualquer maneira,elas sempre retornam a nossa cabeça,quando estamos prestes a fazer algo. Algumas são boas,outras ruins,mas temos que admitir que as que mais nos perseguem são as ruins não é ? Lembranças de um tempo em que talvez tenhamos sido bobos demais ... Como fazemos para se livrar delas ?"

Pov. Ally

Saí praticamente correndo dali. Não acredito que não fiz nada pra impedir aquele beijo,não que não tenha sido bom. Mas,eu nunca deixei ninguém me tocar,não tenho muitas lembranças boas disso.

A época em que eu acreditava no amor foi provavelmente o tempo mais sombrio na minha vida. Eu não sabia direito o que estava fazendo quando achei que estivesse apaixonada. Era algo novo. Eu cresci achando que isso não existia - e agora,realmente me dou conta disso - Meus pais sempre brigavam muito,meu pai bebia demais,então conflitos era o que mais tinha. Gritos. Brigas. Choros. Por isso eu acho que o amor não existe,e que na verdade tudo é só uma ilusão que pessoas muito bobas tinham. Eu percebi isso quando fui enganada,alguém que queria me fazer acreditar que o amor existe - exatamente como Austin - só que essa pessoa não estava sendo sincera,e acabou me enganando. Não,eu não facilitei as coisas. Nunca fui uma pessoa muito fácil de se falar,mas ele quebrou todas as minhas defesas e me fez ser uma idiota. Só sei que não posso deixar isso acontecer de novo,não posso me enganar mais uma vez.

Sinto uma gota de água caindo no meu ombro,olhei para o céu que já estava ficando muito escuro e logo a chuva começou. Corri na chuva até chegar a casa da família Starr.

Bati na porta com força e logo Sidney - a empregada - veio atender. Apenas a cumprimentei e agradeci a ela por ter abrido a porta e me direcionei ao meu quarto,que graças a Deus ficava bem longe do da Kira.

A casa era realmente muito grande. Entrei em meu quarto. Eu não podia reclamar dele,era maior do que o antigo,e com certeza mais luxuoso. Afinal, estávamos em uma mansão,não era nossa - minha e de minha mãe - mas tínhamos que ficar aqui. Sentei em minha cama e tirei meus tênis os jogando em qualquer lugar do quarto. Ergui minhas pernas,as colocando em cima da cama e me recostei nos travesseiros. Passei a mão pelos meus cabelos,o cheiro de Austin me invadio. É,eu acho que estava com o perfume dele. Automaticamente,passei alguns dedos delicadamente pelos meus lábios. Foi como se sentisse o toque dele ali. Logo me lembrei da sensação do seu beijo,de seus lábios se moldando perfeitamente aos meus ... Tenho que afastar esses pensamentos de minha mente.

Peguei de cima de meu criado-mudo,um dos meus livros favoritos. Esse era "Querido John" de um dos meus autores favoritos,Nicholas Sparks. Acho que me deixo influenciar muito mais por livros do que por pessoas. Prefiro viver no meu mundinho,como se tivesse várias barreiras em volta de mim,me afastando de tudo e de todos. Barreiras que Austin estava muito determinado a derrubar. O que por um momento,me assustou. Sacudi minha cabeça em negação,isso não iria acontecer. De jeito nenhum. Abri o livro na página que eu estava lendo. Sim,eu já tinha lido esse livro mais vezes,e por mais que seja de romance,me interessou bastante.

"Até hoje não sei como aconteceu. Em um instante estávamos conversando,no seguinte, ela inclinou-se sobre mim. Por um segundo,quis saber se o beijo quebraria o feitiço que nos envolvia,mas já era tarde demais para parar. Quando os lábios dela tocaram os meus,soube que poderia viver cem anos e visitar o mundo todo e nada se compararia ao momento único em que beijei a mulher dos meus sonhos e soube que meu amor duraria para sempre."

Assim que virei a página,alguém bateu na minha porta. Ouvi minha mãe falar do lado de fora. Só podia ser ela , pensei. Quem mais iria querer falar comigo ? Apenas disse que a porta estava aberta,e ela logo entrou. Fechou a porta com cuidado atrás dela e deu leve passos até minha cama.

– Atrapalhei ? - ela perguntou gentilmente apontando para o livro em minhas mãos.

– Não - disse o fechando e jogando em algum lugar da minha enorme cama - Fiz algo de errado ? - perguntei,minha mãe me olhou por um segundo e deu um risadinha um tanto frustrada.

– Você sabe que eu gosto quando conversamos certo ? Não quer dizer que você fez algo de errado,filha.

– Mas geralmente é - outra risadinha.

– Tudo bem,pense o que quiser - ela disse ainda com a voz gentil e com um sorriso torto nos lábios,como se tivesse disfarçando uma tensão - Só estou aqui porque acho que estamos muito afastadas nos últimos dias,não percebeu Ally - assenti cautelosamente - Então,quero saber como você está,como está se sentindo nos últimos dias ?

Refleti um minuto sobre a pergunta antes de responder. Seja lá o que for,deve ter algum tipo de pegadinha. Sempre tem.

– Bem - disse - eu acho. Ela me avaliou cautelosamente por pequenos segundos,e quando voltou a falar,seu olhar não desviou do meu.

– Sabe,eu tive conversando com a Lea - mãe de Kira - e em algumas vezes,também com a filha dela - fiz um som de repulsa,minha mãe apenas ignorou e prosseguiu - Acho que elas são pessoas bem bacanas,digo,já conheço Lea a alguns anos,e sempre nos demos bem. E Kira,no fundo,também parece ser legal - ela me olhou por um instante como se esperasse que eu interrompesse - Elas estranham tanto o fato de você ficar praticamente trancada aqui o dia todo,Lea até mesmo se preocupa com você. Falei também sobre suas atitudes estranhas - a olhei com a testa franzida - E sabe o que a Kira sugerio ? Que talvez fosse bom,você ir a um psicólogo.

– Eu não vou fazer isso. Desde quando ouve o que a Kira diz ?

– Não é por nada,eu só estava comentando sobre o que elas me falaram,não leve a mal,Ally - ela me olhou gentilmente,como sempre e repousou uma de suas mãos em meu ombro,como se estivesse me reconfortanto - Eu só acharia que faria mais bem pra você sair um pouco desse quarto, eu entendo que você se sinta desconfortável jantando conosco,mas pelo menos deveria ver o mundo lá fora. Dei um sorriso torto. Minha mãe queria que eu visse o mundo lá fora ? Me controlei para não começar a rir feito uma louca. Aí sim ela iria achar que eu deveria ir a um psicólogo.

– Eu gosto de ficar quieta no meu canto,mãe - tentei explicar - Lendo ou ouvindo música nos meus fones,se quiser eu posso fazer isso em outro lugar.

– Não acha que seria mais saudável sair com outras pessoas ? - ela perguntou.

– Acho que não - ela fez cara feia - Não gosto de pessoas.

– Ally - ela me repreendeu.

– Talvez eu tente - decidi me dar por vencida antes que a conversa fique maior. Ela abriu um largo sorriso.

– Eu comprei uma coisa pra você sabia ?

– O que é ? - perguntei um pouco curiosa.

– Espera,vou pegar. Ela saiu rapidamente no quarto,e acho que só deu tempo de encarar o teto por dois segundos até que ela já estava de volta. Dessa vez,com um caderno marrom nas mãos.

– Aqui - ela me estendeu o caderno. Fiz uma expressão confusa.

– Um caderno ?

– Ouvi você cantando esses dias,achei que gostaria de ter um caderno para escrever suas músicas. Sei que pareço distraída as vezes,mas sei que você compõe. Isso pode ser tipo um diário.

– Acho que não é muito minha cara ter um diário,mãe - disse rindo um pouco - Mas vou usar para escrever músicas,ok ? - ela sorriu.

– Tudo bem.

( ... )

Abri a geladeira e peguei a jarra de água. Despejei um pouco no copo que eu já havia botado em cima do balcão,e bebi tudo num gole só. Coloquei o copo na pia,e ouvi passos de saltos entrarem na cozinha. Kira.

– Pensei que você não saísse do quarto - ela disse passando por mim,e indo até o outro lado da cozinha.

– Eu só estava com sede - disse já me preparando para sair dali. Percebi ela abrindo a boca para falar mais alguma coisa,mas apenas ignorei sem prestar atenção e saí dali o mais rápido que pude.

Da última vez que estivemos no mesmo comôdo,acabamos discutindo,e os pais dele que tiveram que "Interromper",já não basta eu estar na casa deles,agora,eu ia ficar brigando com ela também ? Isso já era demais. Por isso,ignoro.

– Filha ? - minha mãe pergunta vindo até mim,já na sala - Seu celular tava tocando.

Ela me entregou ele,e percebi que havia umas 5 chamadas perdidas de Austin. Nem sei como ele conseguio meu número,mas já faz mais de 1 semana,as vezes ele me manda mensagens,que aliás são muito bem ignoradas. Guardei meu celular no bolso da calça que estava usando. Minha mãe me olhava desconfiada.

–Vou pro quarto,tá bem ? - ela me lançou outro olhar reprovador,mas depois,só assentiu.

Subi as escadas depressas. Não queria falar com ninguém,será que é pedir demais querer ficar sozinha ? Me joguei em cima da cama,afim,de que,desta vez eu consiga ler meu livro sem ser atrapalhada. Acho que já tinha lido uns dois capítulos do livro,quando alguém bateu na porta do meu quarto de novo.

– Mãe ? - perguntei,mas ninguém respondeu.

Saí de cima da cama,largando meu livro em cima dela sem ao menos marcar a página e fuí em direção a porta. Abri um pouco a porta,mas sem deixá-la escancarada. Meus olhos se arregalaram um pouco quando o vi. Ele estava com um sorriso de canto,e olhava para os lados,querendo que ninguém o visse,provavelmente. Alguns fios do cabelo loiro caíam em sua face,parecia que estava correndo.

– Austin ? O que tá fazendo aqui ?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Querido John é um livro que realmente me emocionou. Eu chorei mesmo lendo. E eu meio que estava lendo o livro quando escrevi esse capítulo semana passada,e bom,eu não resisti em colocar algo dele na história. Espero sinceramente que vocês tenham gostado. Aceito críticas construtivas :) Ah,e também queria dizer - antes que eu me esqueça - o quanto vocês me deixaram feliz com os reviews do capítulo anterior,e eu não esperava que teria tantos. Muito obrigado mesmo *---* Quero comentários nesse também ok ? Me deixam realmente mais feliz e inspirada,e é claro,significam muito pra mim :D Eu realmente amo muito vocês pessoal !

Milhões de beijos e um abraço apertado a todos ♥