What Is Love ? escrita por Beija Flor


Capítulo 33
De volta á vida


Notas iniciais do capítulo

Não, eu não morri. Posso ter passado um bom tempo off, mas não morri. Só tive mil e um problemas e tal. Problemas pessoais e doenças. Minhas notas, escola, criatividade. Tudo isso me atrapalha. E eu lamento se esse capítulo não tiver saído muito bom, mas foi o que deu. E ainda é uma boa introdução para os capítulos seguintes. Eu disse que não ia deixar as coisas fáceis, lembram ? Enfim, a única notícia boa é que talvez eu viaje na época das eleições (e também dos shows de R5 aqui no Brasil) pra casa da minha avó, que eu também chamo de paraíso, aonde eu posso ver os idiotas dos meus primos e tocar violão. Isso me deixa muito, muito feliz. Sem falar que vou perder uns dias de aula e isso já é uma grande vantagem.

Espero que gostem :)



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Pov. Ally

"Você ateou fogo nas cinzas

Você lutou pela escuridão

E me trouxe de volta à vida, você me trouxe de volta à vida"

– Demi Lovato (Never Been Hurt)

Eu não esperava chegar em casa depois da Viagem de Feriado e me deparar com pessoas felizes prontas para me abraçar. Não, isso não aconteceria. Bom, não aconteceu.

Durante a viagem, telefonei para a minha mãe avisando que eu estava voltando. Depois que ela parou de gritar e fazer um total escândalo que quase estourou meus tímpanos, ela suspirou, aliviada por já ter dado sua bronca típica de mães e também por ter notícias minhas.

Lester e Lindsay me olharam assustados assim que passei pela porta, mas não pareciam surpresos, talvez minha mãe tenha ligado avisando.

Tive que ouvir mais um sermão, não só do meu pai como da minha irmã também. Tentei fazer de tudo para não me irritar, para acertar que no final, eles estavam certos. Mas ouvir sermões de pessoas que certamente não fazem uma boa ideia do certo e do errado ia contra tudo o que eu acreditava.

Mesmo assim, fiquei quieta.

Como tínhamos prolongado o feriado, perdemos três dias de aula, o que não deixou meu pai muito contente já que ele estava se esforçando terrivelmente para ser um pai.E eu estava me esforçando terrivelmente para fazê-lo falhar.

Me tranquei em meu quarto, como um dia normal. Já era de noite, então amanhã teria aula. Lester fez a idiotice de tirar meu celular. Acho que foi a única coisa que ele conseguiu pensar, e definitivamente não era bom naquilo.

Ele tinha mandado Lindsay para ficar de olho em mim. Então, nesse momento, ela estava no meu quarto, sentada á minha frente na minha cama e eu estava tentando ignorar totalmente a presença da mesma.

– Você sabe que ele está tentando - ela falou; e eu sabia que se referia á nosso pai.

– Ele teve 18 anos pra tentar. Por que agora ? - Eu nunca me sentia certa falando sobre isso. Não era como se eu realmente tivesse o direito de criticá-lo em alguma coisa. Mas existia a mágoa dentro de mim.

– Não foram 18 anos. - Ela corrigiu. - Nem todo tempo foi assim, teve momentos bons, lembra ? Ele não é tão mal.

Eu odiava quando ela me olhava daquele jeito. Parecia mesmo como uma irmã mais velha preocupada, uma coisa na qual Lindsay nunca teve talento, mas que ainda assim tinha seus momentos.

– Momentos bons - suspirei. - Todos arruinados. Você não acha mágico quando as atitudes se vão mas as palavras ficam ? E elas te perseguem, te sufocam como uma onda. E o mais legal é quando se tem os dois ainda bem presentes.

– Desde quando você ficou tão dramática ? - Perguntou.

– Não faço a menor ideia - murmurei. - De qualquer jeito, quero me livrar disso. Quero me livrar de tudo, posso até esquecer que você é chata demais pra mim se parar de falar sobre isso.

– Esse é o seu bom humor ?

– Talvez. - Não sabia exatamente o que eu estava fazendo, mas era legal tentar ser diferente. Talvez eu estivesse diferente. - Por que não podemos falar sobre o céu azul ? Sobre flores ? Sei lá, qualquer coisa.

Sorri, porque tive vontade de sorrir e isso não acontecia á muito tempo. Não quando eu estava com minha irmã, ciente de todo o drama que me cercava.

– Você está bem ? - Lind perguntou, franzindo o cenho parecendo mesmo confusa. - Porque se isso for mesmo real, quero um sinal divino, qualquer coisa.

A bati com um travesseiro.

– É real,é muito, muito real. Digo, eu não quero brigar mais, de verdade.

Lind arregalou os olhos e escancarou a boca. Depois,sorriu como uma verdadeira idiota e por incrível que pareça, me abraçou. Acho que a última vez em que nos abraçamos foi á mais de três anos atrás e por mais que eu estivesse em choque pela atitude repentina, retribuí o abraço.

– É bom ter você de volta. - Ela disse, logo depois do fim do abraço. - Ah, sabe, Jake me convidou para uma fogueira agora de noite e bem, eu não ia ir, ia ficar aqui com você. Mas acho que posso ter meu sinal divino agora. - Franzi a testa,e ela sorriu. - Você quer ir comigo ? Pode chamar aquele loirinho legal.

– "Aquele loirinho legal", isso é sério ?

– Eu esqueci o nome dele, não sou boa com isso, você sabe.

– O nome dele é Austin. - Falei.

Ela ignorou isso.

– Tá,tá, você quer ir ? - Perguntou, ansiosa pela minha resposta.

– Fogueira ? De que tipo ?

– Uma fogueira enorme no meio de um campo na propriedade da família do Jake, e que com certeza ninguém vai dar a miníma pra isso porque vão estar mais entretidos com a bebida e com alguém pra transar.

Fiz uma cara de nojo.

– Isso não é exatamente o tipo de programa que eu gosto.

– Todo tipo de festas com jovens tem essas coisas e não é exatamente do jeito que eu estou falando. Mas você entendeu.

Sabendo que ela não ia desistir e incrivelmente achando que a ideia não era tão ruim, apenas concordei, e ela me estendeu seu celular para que eu ligasse pra Austin.

Acho que eu tinha acabado de recuperar minha irmã.

( ... )

Encostada na caminhonete de Jake,mandei uma mensagem para Austin, perguntando se ele estava mesmo vindo. Quando o liguei antes, ele falou que daria um jeito de vir mesmo que sua mãe o tivesse botado de castigo.

Esperei com o celular de Lindsay na mão deslizando a tela a cada 10 segundos para ver se ele já tinha respondido. Imaginei que talvez ele estivesse vindo de carro e por isso não teria respondido. Mas era uma droga ficar esperando por uma mensagem.

Isso me lembrava de que eu ainda estava completamente perdida com meus sentimentos. Austin e eu estávamos juntos, eu me sentia feliz com isso, mas ainda não fazia ideia do que eu sentia. Se eu gostava dele ? Óbvio. Mas não parecia o suficiente e eu estava com medo da frase mágica, qual ele já tinha me falado.

Da onde eu estava, podia enxergar as chamas da fogueira; alta,sua cor brilhava. O pessoal em volta estava um pouco distante de mim, o que eu agradecia, mas ainda podia ver alguns bebendo.

– Você não deveria estar tão sozinha - uma voz rouca e conhecida falou no meu ouvido.

– Austin - falei, - você veio.

– Eu falei que ia dar um jeito. - Disse, sorrindo. Deslizou os dedos pelos fios de meus cabelos. - Nos vimos essa manhã e eu já estava com saudade, sabia ? - Sorri. - Como foi com seu pai ?

– Nada mal. Ele surtou, gritou, fez seu lindo discurso e eu fingi ouvir cada palavra. - Nós rimos. Suas mãos que brincavam com meus cabelos passaram para a minha cintura me puxando pra mais perto. Eu gostava dessa proximidade. - E quanto ao seu pai ?

– Não estava em casa, como sempre. Quando ele voltar, talvez queira falar sobre como ele prefere meu irmão, que aliás, tive a triste notícia de saber que está vindo pra Miami. - Sua voz parecia cansada, ou entendiada, não sei. Mas nenhuma das opções tirava o quanto ele parecia infeliz com aquilo.

– Sério ? E o que vai fazer ?

– Tentar não esganá-lo. - Sorriu, e eu fiz uma cara de reprovação. - Mas isso não importa agora.

Austin me beijou rápido. Seus lábios grudados nos meus e sua língua explorando minha boca com perfeição. Agarrei seus cabelos os puxando com força, suas mãos me apertando e não parecia o suficiente.

– Vocês não querem ir para outro lugar ? - Lindsay surgiu na nossa frente, fazendo Austin e eu nos separarmos rápido. A olhei envergonhada, mas com raiva. Ela precisava chegar agora, por quê ? - Hoje é um dia de semana, e amanhã vocês ainda tem escola. Acho que preciso ser a adulta responsável aqui.

– Desde quando ? - Perguntei.

– Desde agora.

Ela olhou para Austin, como se estivesse o avaliando, ele olhou para mim, retribuí seu olhar e depois fitei minha irmã. Ficamos nessa troca de olhares desconfortável por alguns segundos antes do loiro se pronunciar:

– Vou pegar alguma bebida. - Falou.

– Nada com álcool! - Lind gritou enquanto ele se afastava.

A olhei.

– O que deu em você ? - Perguntei. Ela mantinha o peito estufado e estava completamente ereta, numa posição de autoridade estranha.

– Estou me sentindo maternal hoje. - Respondeu.

– Por acaso você está grávida ?

– Não! - Respondeu, parecendo ofendida. - Ah, esquece, fique com seu namoradinho, preciso encontrar o meu.

– Jake se escondeu de você ?

– Cala a boca.

Então, ela saiu. Tropeçando em alguns galhos de árvore ou nos próprios pés. Ela estava sóbria, mas não precisava exatamente de alguma bebida para ficar bêbada.

Olhei em volta, procurando por Austin, mas ele estava fora do alcance da minha visão. Ao invés dele, meus olhos pararam em outra pessoa. Um garoto - ou talvez um homem -, parecendo completamente perdido. Ele olhava em volta, procurando por algo. E por um momento, pensei em oferecer ajuda.

Mas ele era familiar. Muito familiar.

Um passo, e talvez se o homem virasse o rosto na minha direção eu conseguiria me lembrar da onde que o conhecia.

Mais um passo, e então eu pude ver seu rosto.

Não parecia muita surpresa que alguém do Arizona estivesse aqui, porque o pessoal de lá era amigo do Jake. A única coisa que realmente foi uma surpresa, foi ouvir o namorado da minha irmã o chamando pelo sobrenome.

Moon.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado e entendido. Quando eu pensei em adicionar isso á estória (que foi á realmente muito tempo atrás) não era bem desse jeito que eu tinha imaginado, mas tá. Meu computador tá uma bosta, um lixo assim, de verdade. Então, eu to salvando os reviews pra poder respondê-los, então, continuem comentando que logo eu respondo todos os atrasados. Amo vocês, até.