What Is Love ? escrita por Beija Flor


Capítulo 2
Idiota


Notas iniciais do capítulo

Heeey ... Vou chamar vocês de cupcakes ok ? Bom,eu não ia postar hoje,mas esse capítulo já estava pronto tipo a mais de um mês , então,achei melhor postar logo :) No início dos capítulos,eu sempre vou por algumas frases ou coisas assim ok ? No prólogo,não fui eu quem escrevi,mas nos outros vai ser . Boa leitura ♥



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"Algumas coisas nos irritam. Alguns gestos não parecem o suficiente e muitas vezes nos decepcionamos. Talvez na maioria das vezes,nós não damos valor o suficiente para as coisas que temos,e talvez,começássemos a dar se perdêssemos algo de importante."


Pov. Ally


– Que coisa mais chata - disse enquanto fechava um livro que eu tinha pegado em uma das prateleiras da livraria em que eu e minha mãe estamos trabalhando.

Pelo prólogo,parecia ser bom. Mas passando dois capítulos,já me deu tédio. A história não era nem metade do que parecia. Já ouviu a frase Não julgue um livro pela capa ? Claramente,não se aplicava a isso.

Voltei para bancada do lugar. Estava absolutamente vazio,hoje em dia ninguém mais se interessa em livros não é mesmo ? Minha mãe me manda ficar no lugar dela quando está vazio. Ela ainda procurava um trabalho melhor. Tínhamos a chave da livraria e era praticamente nossa. O Sr. Jefferson raramente vem ver como andam as coisas.

Estava distraída jogando paciência no computador que tínhamos - que aparentemente era bem antigo - quando ouviu uma voz familiar seguido de alguns risinhos vindo da porta de entrada.

– Ally - disse Kira se aproximando da bancada aonde eu estava seguida por Cassidy - Sua mãe lhe pediu pra ficar aqui mais tempo.

A voz dela me dá náuseas. Eca. Ela é tão estúpida e superficial. E infelizmente tenho que morar na casa dela.

– Tudo bem - eu disse desviando os olhos para ver novamente meu jogo.

– Trabalho pesado não é ? - ela perguntou zombando da minha cara. Ouvi algumas risadinhas vindo da Cassidy. Acho que essa garota nunca ouviu falar em trabalho. Ela sempre teve tudo o que queria quando ela queria.

– Se não tem mais nada pra fazer aqui,por que não vai embora ? - perguntei.

– Eu queria ver se tem alguma revista de moda aqui - ela disse olhando em volta.

– A sua direita - disse indicando para a pequena prateleira que ficava bem ao lado.

As duas foram até lá e ficaram por um bom tempo olhando revistas de moda. Fúteis. Risadinhas e comentários sobre homens bonitos. Não acredito que tenho que aguentar isso.

No final,elas compraram cada uma duas revistas. Pagaram e logo foram embora. Agradeço a isso.

Se passaram quase uma hora quando uma mulher entrou na loja. Deveria ter no máximo 25 anos. Tinha cabelos pretos e sedosos caídos até a cintura.

– Poderia me ajudar ? - ela perguntou com um leve sorriso no rosto.

– Claro - sorri de volta,até porque não é sempre que temos clientes que realmente pareciam se interessar por livros - O que deseja ?

Saí da bancada e fui em direção a ela.

– Ultimamente eu tenho lido muitos livros de histórias fictícias. Gostaria,de agora,ler algo um pouco mais real.

– Algo de romance ? Ou prefere drama ? - perguntei.

– Talvez ... - ela parou para pensar por uns dois segundos - Um romance dramático.

Caminhei até uma outra bancada um pouquinho mais distante - levando em conta de que o lugar é um pouco pequeno.

– Aqui - me estiquei um pouco para pegar um livro que estava mais acima - Talvez goste desse. Se chama "A Última Música".

– Posso ler o prólogo ? - ela perguntou.

– Claro que pode.

Depois de um minuto ela já havia lido. Esperei calmamente ela terminar,e no final,ela parece ter gostado.

– Parece ser ótimo - ela disse sorrindo - Vou levar esse.

– É,ele é muito bom. Eu já li antes.

Fomos até o caixa,ela pagou o livro e disse que em breve voltaria para comprar um novo.

Voltei para a bancada e a jogar aquele mesmo jogo. Minha mãe ligou depois explicando por que ela precisou que eu ficasse do lado dela. Ela disse que não estava se sentindo bem e que talvez iria ao médico. Apenas desejei melhoras,por mais que no fundo estivesse verdadeiramente preocupada com ela.

– Isso é muito entediante - murmurei depois de alguns minutos.

– Nossa,isso está mesmo vazio - disse uma voz um pouco distante. A reconheci no mesmo instante. Era ele.

– Austin,o que está fazendo aqui ? - perguntei para o loiro que estava agora parado bem na minha frente.

Por acaso - ou talvez não - ele é extremamente irritante.

– Eu vim ver você,meu amor - ele disse com aquela cara de idiota que ele consegue ter.

– Primeiro : Não me chama assim. Segundo : Pode,por favor sair daqui ?

– Por que você faz isso comigo ? - ele perguntou se fazendo de magoado.

– Porque você é um idiota - ele riu - Chato,e está sempre se metendo aonde não deve.

– Você só chegou aqui há duas semanas - ele me lembrou - E eu nem fui tão chato nesses últimos dias.

Sorri discordando da sua lógica. Incrivelmente,nesse pouco tempo,ele já tinha sido bem importunante.

– Errado.

– Então,me diz,o que eu fiz pra ser considerado um idiota ?

– Você praticamente me persegue na escola. É persistente,em sei lá o que você falou aquele dia.

– Olha,eu juro que não gostaria de ser tão chato assim pra você. Mas,é incrivelmente irresistível.

– Por que você faz isso ?

– Eu já disse o porque.

É,ele já disse que queria me ensinar o que é o amor. Sinceramente,isso é ridículo e perda de tempo.

– Mas eu não entendo por que isso te faz tão feliz.

Ele atravessou a bancada que estava bem no nosso meio. Levantei da cadeira aonde eu estava já pronta para expulsá-lo dali. Paralisei no segundo em que senti sua voz um tanto rouca bem no meu ouvido
.
– Porque talvez eu goste de você. - ele sussurrou me causando arrepios.

Depois da minha "volta" ao normal,me afastei um pouco dele caminhando para o lado contrário da bancada aonde ele estava.

– Já pode ir embora agora ? - perguntei e ele abriu um enorme sorriso que eu realmente não entendi o porque.

– Posso te pedir uma coisa ?

Fiz cara feia para sua pergunta.

– Não é nada demais - ele me garantiu
.
– Tudo bem,pode falar.

– Amanhã,depois da aula,meu time tem um jogo. E eu queria que você fosse me ver - ele disse sorrindo.

– Porque eu iria ? Eu nem gosto de futebol. - disse tentando desanimá-lo ou algo assim,mas o sorriso dele não se desmanchou.

– Ah,vamos lá Ally,não vai ser tão ruim.

– Talvez - eu disse fazendo o sorriso dele aumentar e rapidamente me arrepender do que eu disse.

– Promete ?

– Eu não prometo nada.

– Tudo bem,eu sei que você vai - ele piscou pra mim,saiu detrás da bancada e me deu um beijo na bochecha. Antes,que eu pudesse atirar algo nele,ele já tinha ido embora.

Fiquei parada olhando para a porta por um minuto inteiro. Provavelmente parecia uma retardada,suspirei e voltei para trás da bancada.

( ... )


O sinal tocou indicando o final das aulas. Observei todo mundo saindo da sala,ficando apenas Trish - minha única amiga na escola - e eu. Ainda estava sentada na minha cadeira quando ela veio até mim.

– Vai ir pra casa ? - ela perguntou

– Acho que não ... - ela me olhou desconfiada - Queria falar com a professora,acho que vou procurar ela,preciso de um reforço na aula.

Ela ainda me olhava desconfiada e eu mesma me perguntei porque iria mesmo olhar aquele jogo estúpido. Talvez,curiosidade. Ou apenas nada melhor pra fazer,isso era melhor do que ir pra casa da família Starr.

– Tem certeza ? - ela perguntou.

– Tenho.

– Tudo bem,até amanhã - ela disse saindo e me abanando.

Assim que ela saiu,me levantei da classe,peguei minha mochila e saí da sala em direção á quadra de futebol que tinha na rua,ao lado do ginásio.

O jogo já tinha começado,acho que ainda estava no início. Não entendo muito de qualquer tipo de esporte. Podia ver Kira e o resto das líderes de torcida fazendo seus papéis ridículos.

Pude ver um loiro correndo no meio da quadra. Ele sorriu e acenou quando finalmente me viu. Apenas dei um pequeno sorriso de canto.

Depois de algum tempo,parece que o time da escola fez um gol,todo mundo estava comemorando e eu percebi isso um pouco tarde demais.

Foi Austin que fez o gol,quase todo mundo do time tinha pulado em cima dele ... Será que isso é tão importante ? Ainda não via graça em correr atrás de um bola. Assim,que eles voltaram ao "normal" do jogo,Austin fez um coração no ar para mim. Ele sorria como o imbecil que é,e como sempre estava me provocando.

– Idiota - murmurei e saí dali.




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Notas finais do capítulo

Gostaram ?? Já sabem : Movida a reviews !Beijos ♥