Ingrid PDV.

Será que tem lugar mais perfeito que os braços do meu Taylor?

Eu acho que não...

Mas apesar de estar no melhor lugar, e mais perfeito do mundo, com o garoto mais perfeito do mundo.... eu não conseguia esquecer aquele loirinho marrento, idiota e ignorante que tinha acabado de me deixar aqui, sem explicação nenhuma, sem resposta nenhuma, a ponto de eu ficar fazendo pergunta para mim mesma, e uma coisa que eu odeio é ficar fazendo pergunta a mim mesma.

A raiva começou a chegar, e me inundou completamente, o meu sangue foi trocado por veneno, e a minha mão automaticamente se fechou em forma de um punho.

Minha visão começou a ficar embaçada, será que a raiva está me deixando cega? Não estou enchergando nada direito, só coisas embaçadas.

Foi então que percebi que o Taylor estava me afastando dele. Quem ele acha que é para fazer isso?

“Você está chorando?”

O que? Opa, ãn? Espera... PARA TUDO, eu estou chorando? Não é possível!

Passei os dedos no meu rosto e percebi que era verdade, eu estava chorando...

Como aquele filho da p*** me deixou tão triste a ponto de chorar. Se fosse possível eu matava o Douglas...

Mas sabe, agora percebi que deveria parar de ficar pensando nisso, deveria era tar perto do Taylor! Eu preciso dele, ele ainda não percebeu isso? Com ele me sinto segura, me sinto protegida.

Olhei para aquele olhos profundo, e serenos e disse forte e decidida.

“Me abraça, por favor. Sei que nem te conheço direito, mas preciso de um abraço!”

E claro se quiser me dar um beijo também, aceito de bom agrado! “D

Ele me abraçou sem hesitar e sussurrou no meu ouvido:

“E não sei porque que você está chorando, mas quero que você sempre confie em mim no que precisar, sempre irei te ajudar.”

Aquilo me emocionou. Ele falou aquilo mesmo, ou eu estou sonhando acordada? Existe sonhar acordada? Eu sou uma demente? Porque estou fazendo essas perguntas? XARAPE cérebro!

Se eu não estivesse tão triste, eu iria dançar e dar piruetas só de ouvir aquelas palavras, se fosse possível iria soltar fogos também!

Mas até longe aquele loiro oxigenado, idiota e mesquinho me fazia sofrer. Naquele mesmo instante percebi que ainda o amava (não me matem, pois não é assim), mas não o amo do jeito tipo, “Quero namorar” e sim do tipo “Só quero sua amizade.”

Minha vontade era de sair correndo daquele lugar e parar o Douglas, e dizer à ele que o amo como um amigo, e que não queria perde-lo, e para não me deixar sofrendo aqui.

Com essa incrível descoberta, a minha raiva foi aliviada, ou melhor, meu ódio foi aliviado, que por mais que eu não quisesse sentir, eu sentia. Eu ia sair correndo, chorando se possível, mas um braço muito forte, e quente me segurou e mesmo que tentasse, estava sem força, e nunca iria conseguir me soltar. Olhei para aquele rosto perfeito. E encontrei seus olhos negros me fitando.

“Aonde pensa que vai? Você não irá se livrar de mim tão facilmente, hoje eu irei cuidar de você... Aquele...” - ele respirou fundo – “ Douglas, te magou, e eu não gostei disso!”

Ele disse aquilo mesmo? Cara. To começando a ouvir coisas!

Mas aquilo não era imaginação. Ele disso mesmo... morri!

“Mas Taylor, eu preciso falar com aquele idiota do Douglas!”

“Mas que tal você falar com esse idiota que está parado na sua frente querendo cuidar de você?” - ele se apontou.

“Taylor você não é idiota, muito pelo contrário, você é muhuhuhuhu....” - Ele tampou minha boca antes que eu falasse que ele era lindo, delicia, e eu estava apaixonada por ele... Ta bem, não teria coragem de dizer isso... MAS continuando, ele tampou minha boca. E olhando em seus olhos negros, profundos, e irresistivelmente penetrantes, percebi que indo até o Douglas não iria me ajudar em nada, só faria eu sofrer ainda mais... E sabe, para falar a verdade, ali tava bem melhor! XD.

O Taylor começou a me puxar, para onde ele estava me levando? Eu pensei em gritar tipo: “OMG UM LOUCO, GOSTOSO, DELICIA, HOT, MAGAVILHOSO ESTÁ ME SEQUESTRANDO! NINGUÉM PARA ELE!”. Mas decidi que isso não era um pedido de socorro, e sim um pedido de 'fique longe que ele é meu!'. Mas ele era estranho para mim, vai que era um psicopata, lindo...mas um maluco perverso! OMG! “Me seca nenem!” - ta, porque lembrei dessa música? - CARA Ingrid sua mente ta pior que bêbado cego em tiroteio!

Me concentrei... Vai que ele era um Serial Killer! Eu o fitei por um tempo... Não, não...ele era só um garoto lindo, que queria me ajudar. Serial Killer, haha, to ficando louca. Comecei a dar risada de meus pensamentos, idiotas e confusos, Taylor olhou para mim e deu aquele sorriso que mata qualquer menina, e o que eu tanto amava, e continuou a me puxar... Ele queria me levar para atrás de uma árvore? INGRID CALA ESSE CÉREBRO! - Nuss, o que acabei de pensar? - INGRID SOME COM ESSE PENSAMENTO! - melhor – Então percebi que ele me levava ao refeitório. Ah o refeitório, quando eu pisei lá, várias lembranças me bateram como um taco de beisebol (deveria parar de ler Midnight Sun...Edward, Edward...).

Os pensamentos me inundaram como o Oceano Atlantico, e lembranças que continham o Douglas, o dia que nos conheçemos, nosso primeiro beijo, e até a guerra de comida que acabara de acontecer a pouco tempo – como prova, ainda tinha comida nas minhas roupas e no meu cabelo, e nas roupas do Taylor também.

Ele me sentou na mesa mais próxima e disse me fitando:

“Fique aqui, que eu já volto! Me promete?”

Eu levantei a mão direita e falei:

“Está bom, eu prometo, falar só a verdade, somente a verdade e nada mais que a verdade. Eu o prometo que ficarei aqui até você voltar!”

Ele deu uma gargalhada gostosa, e alta que fez até eco no refeitório vazio e saiu.

E eu fiquei olhando o refeitório, que ainda a Nicole e a Ash não limparam. Comecei a rir disso. Mas depois parei, o que iria acontecer com elas? Elas se odiavam, e pior, eu nem sei porque!

Me lembro que algo acontecera à 2 anos atrás com elas, mas eu não era dessa escola à 2 anos atrás. Eu entrei aqui no meio do ano retrasado...ou quer dizer...Eu não sabia de nada, e todos se recusavam a me contar...Oh shit! Eu tenho tanta raiva disso, um dia descobrirei, ou não me chamo Isabela!

Aquele lugar estava me dando arrepios, porque ele era muito grande, e sombrio quando vazio.

Várias lembranças me inundaram – lá vem o oceano – tentei esquecer cantando uma música mentalmente, e o pior, não me lembrara daonde ouvira a música, e nem de seu nome, só comecei a cantar, ela fluiu normalmente. Foi quando percebi bem a letra:

“Everyday feels like a Monday, there is/ No escaping from the heartache, now I/ Gotta put it back together, cause it's/ Always better late than never./ Wishin' I could be in California,/ I wanna tell you when I call you,/ I could've falling in love,/ I wish I'd falling in love./ Out of our minds and out of time/ Wishin' I could be with you,/ and to share the view,/ we could've falling in love...”

“Todo dia parece segunda-feira/ Não há como escapar da dor do coração/ Agora eu quero juntar isso novamente/ Porque sempre é melhor tarde do que nunca/ Desejando eu pudesse estar na Califórnia/ Eu quero te dizer quando eu te ligar/ Eu poderia ter me apaixonado/ Eu queria ter me apaixonado/ Fora das nossas mentes e fora de tempo/ Desejando que eu pudesse estar com você/ Para compartilhar o ponto de vista/ Poderíamos ter nos apaixonado...”

E me lembrei de imediato, Falling in Love do Mcfly, a música que o Douglas mais gostava, a preferida dele. E percebi também que essa música tinha tudo a ver com o momento, lembrei dele cantando, era tão engraçado e dei um sorriso com aquela lembrança divertida, então Taylor derrepente estava na minha frente, e eu não tinha percebido ele chegar!

“Do que está rindo?”

Ele veio com um cocpo de água, e me deu.

“Obrigada!”

“Há, você não respondeu minha pergunta!” - ele disse curioso, e se sentando ao meu lado.

“Ah, uma lembrança feliz e idiota que eu tive...”

“Que bom que voltou a sorrir. Mas sabe eu estou curioso, eu não queria voltar no assunto, mas.. porque estava chorando?” - ele disse meio envergonhado.

“Não fique envergonhado, é uma longa história...”

“Eu tenho todo o tempo que precisar!” - Own, que coisa meiga!

“Okay, bom, para começar, na verdade irei resumir... Conhece o Douglas né?”

“Ah sim, eu estava com ele no intervalo.”

“Então, eu tive um lace com ele, e não acabou muito bem, eu fiquei com raiva dele e paramos de nos falar. Mas hoje na guerra de comida – eu olhei para baixo, já sentindo as bochechas quentes – eu percebi que ainda o amava.

Olhei para cima, ainda corada. Nisso, percebi algo diferente em seu rosto, seria dor? Não... era tristeza? Ele estava triste por mim? Porque?Que raiva de mim, fiz ele ficar triste, Ingrid burra! E agora o que eu...

“Amava ele?” - Taylor falou me tirando de meus pensamentos, sua voz estava baixa...

“Sim, mas como um amigo, não quero voltar a sofrer como antes, não sou idiota!”

“ Ata!” - O que foi aquilo? A voz dele voltou a ficar grave e bonita. E o rosto dele! Voltou a ficar feliz, e aquele brilho no olhar, seria...ãn... não sei descrever! Será que ele...AH claro que não, ele é muito bom para mim!

“Mas chega de falar de mim, vamos, fale mais sobre você!” - Falei animada.

“O que você quer saber?”

“TUDO!” - Ele olhou para mim e deu uma risada com aquele seu sorriso perfeito e começou a contar sobre ele.

“Sou descendente de índio, moro em São Paulo e me mudei para a High School Martines, pois mudei de casa, e a outra escola é muito longe. Bem, resumindo, vida simples + pacata = Vida do Taylor.

Eu ri. Vida pacata e simples. Tinhamos tanta coisa em comum!

Ficamos conversando por um bom tempo, foi legal conhecer ele melhor. Reparei que estava muito próxima dele. Nossos corpos estavam muito próximos, estava perdida naqueles olhos pretos, e profundos quando...

“OI INGRIDE! Tudo bem? Bate aqui...COXINHA!”

Alguém, tira essa Naja daqui! Porra porque a Fernanda tinha que aparecer naquela hora, e naquele momento. QUE MANCADA! Nazaré, ainda estou esperando, você atacar a naja escada abaixo!

Obs 1: DAONDE ESSE SER APARECEU?

Obs 2: PORQUE ELA TEVE QUE ACABAR COM AQUELE MOMENTO?

“Quem é seu amigo Ingride?” - aiin odeio Ingride. Deus, se me ama, leva essa naja para a cesta dela!

“Ãh, bem esse é o Taylor!” - então né, deixa eu apresentar já que to aqui - “Taylor, Fê. Fê, Taylor.”

Ou melhor dizendo: Naja, Taylor . Taylor, cobra!

O sinal tocou e o Taylor falou para nós irmos já para a sala, porque a gente já tinha perdido uma aula.

Já disse que odeio o sinal? Se já falei. Odeio ao triplo + PI x 4!

Que ódio da Fernanda, aquela estraga prazer, depois ela vai ver só. Mas agora vou voltar para a aula porque eu e o Taylor já tinhamos perdido uma aula.

Mas tava tão divertido, tão próximo...é..bem próximo...muito próximo mesmo...ARRGH vou matar a Fernanda! Porque o que é bom tem que acabar?

Nós, levantamos e fomos quietos para a sala, mas quando passamos no corredor 2, vimos uma cena muito idiota e engraçada. E entramos na sala dando risada, na verdade morrendo de rir!

A risada dele me contagiou, e eu tive uma crise de risadas, só deu eu e ele na sala morrendo de rir. MICÃO, mas com ele ao meu lado...AHH tudo fica lindo & absoluto!

Todos ficaram olhando. Precebi que a Ash não estava na sala, E a Tatinha e a Mêeh me olhavam com um quê de pergunta. Sentei na minha mesa, e me surpreendi.

Veio notícia boa para meu lado! Pensei que o Taylor ia se sentar com o Federico, mas não, ele sentou do meu lado. ISSO FOI TUDO!

Depois de umas conversas e risadas com meu grupinho feliz.

A Selena apareceu. Essa novata FDP. Deveria morrer.

“Ãn Taylor pode me ajudar nessa lição aqui, eu não entendo. E me disseram que você é muito bom em matemática!” - Ela meio que fez na verdade... TENTOU fazer uma pose sexy. Mas não colou.

“Ah, desculpa, mas você não está vendo que estou ocupado conversando com minha amiga?” - HAHA, arrebentou a cara da coitada.

Eu queria rir, mas fiquei olhando para cima, para não olhar para aquela cara de c* da Selena, que ficou em choque... hehe. Se acha a sexy...Ta mais para Putenha!  Tãrãrã Se fudeu! Tãrãrã Se fudeu!

Ela saiu mais Puta do que já é de costume...(Ahh gostei disso).. Ta. Eu apertei a boca para não rir.

“Pode rir Bella...Foi engraçado!” - Taylor disse me olhando com divertimento.

“AH, pensei que estava te enganando!” - Disse fingindo estar chateada.

“HA! Ninguém consegue enganar o Bonzão do Taylor!” - Disse ele fingindo estar beijando seus músculos do braço. E que músculos meu deus! Uiii.

“Haha, nem se acha!” - ele começou a rir. Com minha piadinha idiota.

Então voltamos a dar risadas, e a conversar divertidamente. Nessa segunda. Que foi muito interessante para mim.