Bofes, Tanques Guerras e Amassos escrita por meehdotta, Brenda Vitoria


Capítulo 39
Cap.39 - Escuridão


Notas iniciais do capítulo

E A FANFIC VOLTOU. YAAAH FUCK YEAH!
Não se preocupem mais, tomei vergonha na cara e a fanfic voltará com tudo!
Estarei acertando os dias para postagens e é isso aê!
Esse será o capítulo que abrirá a fanfic para novas aventuras, ele está um pouco maligno e diferente do que eu escreveria, mas bem...Preparados? Então corram para ler!



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A respiração estava entrecortada. Olhando para todos os lados, atravessei a rua e me deparei com um grande e luminoso hospital. Já era quase meia noite, o relógio não enganava, estava na hora de acabar com aquilo.

Havia esperado horas, olhando entradas e saídas, calculando horários e permanências, analisado cada pisar daquele hospital. Havia anotado que daqui a 5 minutos, às 23:45, um homem sairia pela porta dos fundos, levando o lixo para fora.

Como esperado, ele saiu, carregando três sacos de lixo, esperei sumir da minha visão, levando os sacos para um lugar que, graças a Deus, era longe o suficiente para meu plano entrar em ação, não fora necessária tanta rapidez para entrar lá, nenhum hospital é 100% vigiado.

Estava bem escuro, minha respiração passou para rápida em menos de 5 segundos, estava ansiando aquele acontecimento, querendo que tudo acabasse. Talvez a insanidade tivesse atacado o meu cérebro por completo, talvez eu apenas esteja deixando meu lado raivoso dominar, talvez eu só quisesse paz.

Tão devagar como planejado, segui pelos corredores vazios do hospital, àquela hora, todos os médicos se encontrariam na "sala de descanso", ou então estivessem cuidando de algum paciente que precisasse mais do que ela.

Segui em frente, virei algumas curvas, entrei por algumas portas que não faziam barulho, tudo parecia perfeitamente bem, tudo estava dando certo.

Quando uma crise de sanidade cresceu no meu peito, o que eu iria fazer? O que eu estava fazendo? O que aquilo traria de bom na minha vida? A surpresa seguida pelo choque me atacou quando ouvi uma conversa na porta da frente, a porta que eu queria entrar.

Merda, eu tinha o visto sair, tinha a certeza que nenhum conhecido estava com ela!

“Querida, você terá alta em breve, mas antes, tome esses remédios, por favor,” – Era uma mulher, suspirei internamente.

“Não quero remédios! Quero minha melhor amiga e o garoto que eu amo!” – A raiva subiu novamente pelas minhas veias, um pulsar seguia pelos meus ouvidos.

“Você os terá de volta logo, vá, tome!” – A voz da mulher era calma, mas forte e decidida, ela sairia dali uma hora e não poderia me ver.

“Mas eu preciso de--“ – Senti um súbito tremor ao ouvir o barulho de água sendo derramada e uma reclamação gritada da boca da paciente. Não queria mais correr o risco, andei sem fazer barulho até uma segunda porta, sentindo as minhas mãos formigarem, ouvi o barulho da fechadura sendo virada, entrei o mais rápido que pude dentro daquela sala, ainda mais escura que a noite.

“Boa garota, agora vá dormir” – Ouvi um “como se estes remédios não fizessem efeito” e a porta se fechar, tudo estava novamente silencioso e sombrio, minha mão estava agarrada à fechadura da porta em que havia entrado tão rapidamente, não queria saber o que estava atrás de mim naquela sala, apenas saí, sem dar sinal de vida.

Respirei profundamente, tirei as luvas e máscaras do bolso, enluvei as minhas mãos, escondi o meu rosto, agora era só completar o plano. Cheguei mais perto da porta que tanto queria abrir, ouvi um leve roncar e tive a certeza de que o sucesso estava próximo.

Entrei, ela dormia profundamente, os cabelos loiros caídos de lado, a boca levemente aberta, a pele pálida como a de qualquer paciente deste hospital, eu estava quase lá.

Com passos silenciosos, fui em direção ao computador, precisava de apenas duas coisas para aquilo dar certo, paciência e coragem.

Vi ali que os batimentos dela estavam normais, a respiração também, ela estava com uma saúde boa para quem tinha acabado de levar um tiro. Sorri com a imagem, agora com tudo revelado, pensar que ela sofreu um pouco me fazia sorrir, saber que pelo menos um pouco de dor passou pela mente dela me fazia acreditar que nem tudo estava perdido.

Havia três tubos, o da respiração, o do soro e outro que não consegui identificar o que era, só sabia de uma coisa, uma tecla apertada daquele computador e a vida de uma pessoa estaria esvaindo de seu pequeno corpo.

Digitei algumas coisas necessárias para destravar aquele computador, coisas que consegui por 30 reais, quando a mensagem “Você tem certeza que deseja desligar esta máquina?” com as opções “Sim” e “Não”, apareceu na tela, meu sorriso se escancarou. Tudo estava acabado.

“Brenda... Por favor.” – Gelei no meu lugar, ela estava acordada? – “Bernardo, cuide dela, faça-a ser a pessoa mais feliz do mundo. Eu serei a pessoa mais feliz com o Gabriel”.

Olhando para a pobre garota, deitada numa maca, delirando em pesares e sofrimento, vi que realmente aquele não era o melhor lugar para ela, apertei o “Sim”, estava decidido. Em breve, não haveria mais oxigênio, não haveria mais soro, não haveria mais delírios.

Boa noite Ashley.



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Notas finais do capítulo

Gostaram? Espero que sim!
Eu sei, está bem estranho e diferente do normal... Mas eu prometo para vocês, esse capítulo é essencial, não só para a história como para a mente de vocês...
Já sabem quem é o narrador? Ou a narradora? hehe ^-^



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