And All These Little Things escrita por gui
Pov’s Dam
Eu entrei no bar combinado por mensagem com meus amigos. Joguei o terno cinza sobre o ombro e passei pela pista de dança, eles estavam sentados em uma mesa próxima ao palco.
– e ai Diretor Executivo! – Adam me cumprimentou, ele era meu melhor amigo e entre as pessoas sentadas na mesa a única que me admirava de verdade.
– e ai pessoal? – eu cumprimentei todo mundo, me sentando ao lado dele.
– você é o único de nós que se deu bem! – Jey disse e eu resolvi simplesmente ignorar.
Jassye sorriu para mim e eu pensei que talvez pudesse me divertir com ela essa noite. Ela era uma mulher bonita, mas era fácil demais e eu não gostava de coisas fáceis em nenhum aspecto. Bebemos bastante e quando começou uma musica um pouco mais animada resolvemos dançar.
Eu dançava com Jessye, mas não estava muito interessado nela, eu estava cansado de garotas mimadas e vazias que só pensavam em se mostrar igual a ela. Dei uma olhada ao redor do bar procurando uma coisa mais interessante. Avistei um cabelo louro levemente cacheado que me chamou a atenção.
Catherine se virou na minha direção e nosso olhar se encontrou, ela sorriu para mim e percebi que jassye se esfregava em mim.
– vamos para sua casa? – ela perguntou no meu ouvido.
– hoje não vai rolar. – eu disse a afastando pelo ombro, ela me fuzilou com o olhar que eu ignorei. Peguei meu terno e fui em direção a Catherine.
– está esperando alguém? – eu perguntei próximo ao ouvido dela. Ela se virou para mim e sacudiu a cabeça em negativa, me sentei no banco ao lado dela.
– o que faz aqui sozinha? – eu disse enfatizando o “sozinha”
– estou só tentando relaxar depois de um turno de merda.
– sozinha? Não acha melhor relaxar acompanhada? – eu perguntei pedindo uma bebida.
– acho, mas meu namorado às vezes é um bundão. – “droga, ela tem namorado”, mas o que eu queria? Ela é uma mulher incrível.
– uma mulher bonita como você não pode namorar um bundão. – eu disse e ela sorriu.
– pare de puxar o meu saco, Dam você já tem permissão para namorar a Linds. – eu sorri, ela ainda com essa historia.
– eu não quero namorar a Lindsay.
– então o que você quer? – “droga, mulher não me faça essa pergunta”. Seu olhar queimava enquanto ela me encarava esperando por uma resposta.
– ãh nada, um homem não pode mais elogiar uma mulher que ele está puxando saco ou querendo alguma coisa?
– na maioria das vezes sim.
– eu sou exceção! – ela desviou o olhar de mim e ficou em silêncio, tomei um gole da minha bebida.
– por que não quer namorar a Lindsay? – ela perguntou de repente, me pegando de surpresa.
– por que eu não sinto atração física por ela. Nó somos como irmãos.
– ah isso não existe, amizade entre homem e mulher sempre ter uma pitada de romance, mesmo que pequena.
– eu também pensava assim, até conhecer a sua filha. – ela sorriu docemente.
– bem, acho melhor eu ir. – ela disse e se levantou
– eu te acompanho até o carro. – eu disse me levantando.
– não precisa, aquela garota ainda está te querendo.
– ela não vale a pena. – eu disse e peguei a mão dela que me olhou repreensivamente, mas eu a ignorei e paguei a conta. Passei com ela pela pista de dança onde Jessye se insinuava, ela me olhou com cara de nojo quando me viu com Catherine, mas eu sorri para ela e sai do bar.
Caminhamos até seu carro em silencio, ela puxou sua mão quando notou que eu ainda a segurava.
– me usando para fazer ciúmes na sua namoradinha?
– claro que não, se eu quisesse isso teria beijado sua boca. – eu disse e ela me olhou com espanto. A bebida realmente da coragem.
– você não ousaria! – ela disse quando chegamos ao seu carro, dei um sorriso para ela e me aproximei, tão perto que eu sentia sua respiração contra a minha. Minha vontade de beijá-la era extremamente intensa. Seu olhar se alternava entre meus olhos e minha boca, a rua estava deserta e escura. Fui beijá-la, mas o barulho de um pneu derrapando me fez parar e olhar para o lado.
Um carro preto surgiu da esquina e logo atrás outro carro preto, homens atiravam uns contra os outros sentados na janela. Eu a puxei para mim, a cobrindo com meu corpo quando os carros passaram por nós. Quando os carros se distanciaram senti uma dor aguda no lado esquerdo da cintura, levei a mão ao lugar e vi que estava sangrando.
– ah droga Dam, você foi baleado. – ela disse me sentando no passeio encostado a parede.
– porra eu não sabia que ser baleado doía tanto. – eu disse e ela se ajoelhou no chão a minha frente. Ela colocou a mão sobre meu abdômen em cima do ferimento e apertou.
– ah merda, isso dói! – eu gritei e ela me olhou com cara de culpa.
– está com seu celular?
– bolso da frente. – ela dirigiu sua mão pelo meu bolso.
– opa, cuidado com essa mão, não é o momento mais oportuno para ter uma ereção, seria embaraçoso. – ela sorriu. Ouvi-a chamar uma ambulância com sua mão livre e ligar para um tal de Jim. Coloquei minha mão sobre a dela, o sangue fluía entre seus dedos.
– eu sabia que você era encrenca e que armas brotariam do chão ao seu redor. – eu disse, já estava perdendo as forças. – eu sabia que deveria ter ficado longe de você, mas você é linda pra caralho. – eu disse e ela me olhou nos olhos, seu rosto estava próximo ao meu.
– você não sabe o que esta falando. – eu tossi, minha visão estava meio turva.
– você tem um belo decote. – eu disse olhando para seus seios.
– Dam, não se aproveite da situação. – ela estava quase deitada sobre mim fazendo preção sobre meu ferimento. Levei minha mão ao cabelo dela que caia sobre o rosto, ela me olhou.
– eu vou te beijar. – eu sussurrei e ela não se moveu, mas a ambulância entrou na rua e ela virou seu rosto.
– droga! – eu disse e a ouvi sorrir. Minha visão escureceu e a única coisa que me lembro é de sua mão escorregando da minha.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
e ai o que estao achando? ah obrigada pelos comentarios :)