A Seleção-Interativa escrita por Alice Zahyr


Capítulo 36
Capítulo 36


Notas iniciais do capítulo

Hey, oi oi príncipes e princesas! Agora é assim que vou chamá-los, portanto acostumem-se kkkk. Gostaria de apresentá-los á minha fic "A Dama Solitária", então por favor leiam e comentem, estou no primeiro capítulo *-* Bem, sem enrolação, aí está o novo capítulo, por favor comentem,né??Beijos e glitter para todos



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Recapitulando...

"

– Estamos em Illéa. - eu falei, tentando acreditar no que minha própria boca dizia. Maxon me olhou com algo que eu nunca havia percebi em seu olhar.

Medo.

– America, a guerra veio para cá. - Maxon falou, e em seguida elevou os olhos para o castelo, obrigado a assistir toda a guerra que acontecia entre os soldados e os mercenários. "

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Poucos segundos se passaram enquanto eu assistia todo o movimento dos mercenários á minha frente. Armas e explosões por todo o lugar, carros e motos, soldados de preto e com metralhadoras gigantes. Meu coração se estilhava a cada tiro que eles soltavam, e eu só conseguia pensar que aquilo tudo tinha de ser um pesadelo. E Anne, Mary e Lucy? Será que estavam bem? Lucy provavelmente estava em pânico dentro dos abrigos do castelo. E a rainha, e o rei? Será que meus pais estavam sabendo daquilo?

E Jason? Onde ele estaria? Será que haviam pego ele ou ele estava a salvo?

– Ei! Acorda, ruivinha! - era Anna, a garota de cabelos com cachos e ar frio. Ela chegou repentinamente, me acordando de meus pensamentos massacrantes. - Os chefes querem falar com você. - ela anunciou. - Eu realmente não gosto de nenhum de vocês, - Anna olhou para mim e Maxon com ar de preocupação - mas também não gosto de ver as pessoas morrerem. Então ouça meu conselho, ruivinha: blefe. Blefe o quanto puder. - Anna aconselhou, e pude perceber de relance que Maxon curvou a sobrancelha ao ouvir isso. - Mas cuidado para não transparecer que está blefando. - ela disse rapidamente ao ouvir os passos dos "chefes". Anna se colocou de pé num milissegundo e se colocou atrás da minha cadeira, em seguida começou a passar as mãos em meus cabelos.

Mas o que diabos ela estava fazendo?

– Ha-ha, - Anna riu - é ruivinha, parece que não vai poder ficar nem com o príncipe e nem com o soldado. - enquanto ela falava, os chefes entraram. Pude perceber que Anna falava com desdém na voz, mas também havia um nervosismo muito bem camuflado. Se ela conseguia mentir tão bem, então eu devia tirar o meu chapéu para ela. Anna deu um pequeno empurrão em meu braço, e eu finalmente entendi o que ela estava fazendo.

– Cala a boca. - eu disse, irritada, em seguida cuspi no chão.

Anna estava jogando, e devo admitir que tão bem que eu quase caí. Enquanto a nossa cena prosseguia, os dois caras se alinharam na parede e observaram calados.

– E quanto á você... - Anna disse indo em direção á Maxon. Um calafrio percorreu meu corpo. - O grande príncipe, o futuro do país! - ela falou com mais desdém ainda. Os dois caras se entreolharam e deram um curto sorriso irônico, e então interromperam o teatro de Anna.

– Chega, Anna. - um deles disse. Não havia sequer iniciais em seu uniforme. Portanto, chamarei-o de A.

Anna entendeu o recado e saiu dali, sem nem olhar para mim, mas eu havia entendido o recado.

– O que vocês que... - eu tentei iniciar uma conversa, mas eles me interromperam.

– Sem papo, America. Não viemos para brincar de casinha. - "A" disse, enquanto o outro se mantinha calado. - Eu faço as perguntas.

Brincar de casinha? Isso era quase o bordão de Jason.

Maxon olhou para mim e eu pude ler sua expressão: raiva, medo e mais raiva. Eu também sentia raiva. Raiva de vê-lo naquele estado, medo de o matarem, e mais raiva ainda ao pensar que nós havíamos caído tão facilmente.

– Não queremos você, não por agora. - ele disse, e se dirigiu á Maxon. - Você, príncipe, suponho que seja parceiro militar de seu pai. O que sabe dos planos militares de Clarkson?

Eu olhei para Maxon o encorajando a blefar assim como Anna dissera.

– Acham mesmo que vou dizer? - Maxon falou, com uma expressão calma e fria.

– Quer do modo difícil, não é... - "A" falou, pensativo, e então veio até minha cadeira. Ele sacou um minúsculo canivete afiado do bolso e apontou perto ao meu pescoço, eu prendi a respiração para que não me cortasse. Maxon arregalou os olhos e eu mantive meu olhar firme para ele. Ele estava blefando, claro. Se falasse qualquer coisa que viesse na mente, eles saberiam que era mentira.

– PARE! - Maxon gritou. "A" se virou e cruzou os braços, esperando. - Eu falo. - Maxon disse, fazendo uma cara de nojo, o que não foi muito difícil já que tínhamos sido sequestrados e estávamos morrendo de ódio daquelas caras. - O que quer saber sobre nosso militarismo?

– As estratégias. - foi tudo o que o cara pediu.

Maxon respirou fundo, fazendo parecer difícil para ele falar, e então disse:

– Meu pai tem um projeto para construir uma base militar de Illéa na Floresta do Norte. Ele... ele sabe onde está uma das bases de vocês, sulistas. - Maxon falou, relevando o "sulistas". O cara subiu uma sobrancelha, desconfiado, e então foi a hora de Maxon revelar seu lado irônico e sugestivo. - O que? Acha que uma potência como Illéa iria se render por causa de rebeldes sulistas miserentos? - ele cuspiu nos pés do cara.

Droga, pensei, Maxon passou dos limites.

Mas, eu estava enganada. Talvez eu estivesse subestimando seus dotes de príncipe. "A" olhou para o chão, cruelmente frio, e deu um soco no rosto de Maxon. E não que eu achasse isso bom, mas um soco não era nada comparado á surras ou tiros.

Em seguida, eles simplesmente saíram dali, nos deixando sozinhos. Maxon tinha um corte no lado inferior da boca, e eu, num impulso idiota de tentar ajudá-lo, tentei sair da cadeira e ir até ele.

E eu consegui. Bastou eu mexer as mãos para que sentisse que uma das cordas estava afrouxada.

Então era isso... No momento em que Anna empurrou minha mão, ela havia na verdade soltado uma parte do nó.

– America, não. - Maxon pediu, para minha surpresa.

– O que?

– Mesmo que Anna tenha nos ajudado, não podemos confiar e simplesmente sair. Se ela fez isso, foi por alguma razão, mas não para sair. Confie em mim, eu sei de que tipo de planos estou falando. - Maxon falou.

– Agora você é especialista em sequestros, rebeldes e planos para testar reféns? - eu perguntei, meio honesta. Maxon riu fraco. - Está doendo, não está?

– Não se preocupe comigo. - ele disse. - Precisamos arrumar um jeito de chegar até um abrigo.

– Tem abrigos fora do castelo?

– Sim, - Maxon respondeu - tem vários nas imediações. Há um túnel exatamente aqui embaixo. Se conseguirmos abrir essa pedreira - ele falou, apontando em direção á parede de pedras atrás de nós - acharemos o abrigo. Você consegue empurrar?

Eu olhei para a parede e desatei o resto das cordas. Em seguida tentei empurrar a parede, o que pareceu impossível no momento em que a toquei.

– Peguem ela! - um mercenário gritou ao longe. - Traidora!

De repente, um tumulto se formou á minha frente e eu rapidamente voltei á cadeira e amarrei as cordas falsamente. Olhei para Maxon buscando alguma explicação.

– America, esse é o plano de Anna. - ele sussurrou vendo alguns soldados entrarem na nossa "cela aberta". - Ela te desatou para ganharmos tempo. Então preste atenção: quando te segurarem, enfie essa adaga neles. Não hesite. - Maxon me pediu com firmeza na voz. - Em seguida me desamarre, e aí a gente corre para a floresta, onde há um abrigo. Um abrigo de verdade.

Os dois caras entraram de novo no lugar e logo um veio em minha direção. Sem hesitar, peguei a adaga que Maxon me deu por baixo da cadeira e direcionei para um, mas no momento em que eu ia matá-lo, uma voz gritou:

– Soltem ela!

Quando me virei para trás, eu o vi.

– O que ele está fazendo aqui? - Maxon me perguntou com as sobrancelhas erguidas. Eu estava atônita, completamente sem entender nada. Anna estava atrás dele, juntamente com Samantha.

O que estava acontecendo ali?

– Saia. - ele ordenou aos dois caras que estavam á minha frente. - Eu assumo daqui. E avisei ao seu superior que eu quero todos vocês longe desse castelo, entendeu? - ele falou, firmemente.

Os dois caras saíram sem pensar duas vezes, completamente amedrontados pela presença dele ali. Mas por que os próprios mercenários teria medo dele?

Rapidamente o acampamento a céu aberto montado pelos mercenários foi esvaziando, restando apenas eu, Maxon, Samantha, Anna, e... Ele.

– O que está acontecendo? - foi tudo o que consegui perguntar, depois de um raciocínio assustador no qual eu preferia não acreditar.

Quando olhei para Maxon, recebi um olhar que eu não queria ter entendido.

Droga. Maxon havia compreendido tudo tão rapidamente! E eu, como ficava?

Simplesmente sem reação.

– Trabalha para eles? - perguntei, sentindo a raiva tomar conta de cada célula do meu corpo.

Se ele dissesse sim, eu não acreditaria. Porque não poderia acreditar no fato de que havia me apaixonado por um sulista. Que também era um mercenário. Bem, mesmo que ele não fosse de sangue mercenário, ele trabalhava para eles. E isso mudava tudo.

– America, eu... - ele tentou se explicar, mas eu não quis ouvir. Então Anna e Samantha se aproximaram, e Anna falou:

– Jason está infiltrado.


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Notas finais do capítulo

Quero comentários, ouviu leitor fantasma????