Uma escolha escrita por hollandttinson


Capítulo 16
Reconciliação.


Notas iniciais do capítulo

Demorei porque tava muito, muito, muito ocupada! Voltei quinta de viagem, mas tipo, teve Congresso e eu fui no sábado e sexta. Ontem não deu pra postar porque a internet não quis colaborar, então, está aí, capítulo novo.



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POV: DRACO.

A lua de mel acabou mais rápido do que eu tinha planejado, e sem nada surpreendente. Astoria continuou com a sua ideia maluca de não fazer sexo. Eu tento compreender, dizer que está tudo bem, mas não está tudo bem. Se fosse só isso, mas ela simplesmente me atiça. Ela fica vestido aquelas camisolas curtas e pretas e meu Deus, como ela fica incrível de preto! Sem falar que agora ela deu pra dormir bem agarradinha comigo, o que complica as coisas, e não dá pra eu chegar nela e dizer "eu só vou dormir abraçado com você depois que a gente transar". É rude demais e eu acabei aprendendo que apesar de Astoria parecer uma mulher forte e bem decidida, ela é bem molenga e mulherzinha, então, não dá pra ser rude com ela, isso só vai piorar pra mim.

– Bom dia.- Eu disse, quando ela entrou na sala de jantar, só com aquela camisola curta de rendinha, preta. Mulher gostosa do caramba. Revirei os olhos enquanto mexia os ovos na frigideira.

– Bom dia... Que cheiro bom.- Ela disse, se aproximando. Ela deu um beijinho no meu ombro pra ver os ovos fritos.- Eu não sabia que você sabia cozinhar.

– Eu vou ter que aprender, não vou? Quero dizer, você não costuma acordar cedinho assim, e agora eu vou voltar á trabalhar e acordar cedo...

– Eu acordo cedo se você quiser, acordei cedo hoje. Eu não estava esquecida que você ia voltar á trabalhar, apesar de isso não me fazer nada feliz.- Ela disse, se afastando para pegar os pratos e colocar na mesa.- Eu vou com você.

– Pro Ministério?- Perguntei, colocando os ovos nos pratos enquanto ela ia na geladeira pegar alguma fruta pra fazer suco. Eu sorri vendo aqui. Astoria sabia que eu não suportava café. "De amarga já basta a vida." Era o que eu sempre dizia. E Astoria fazia um suco tão gostoso.

– Sim, eu vou falar com Rony Weasley.- Ela disse. Eu deixei a frigideira cair com um baque na pia.

– Vai falar com quem?- Tentei maneirar na voz, mas a surpresa estava explícita. Astoria revirou os olhos enquanto colocava o suco no meu copo.

– Rony Weasley. Eu preciso de alguma ocupação enquanto você fica trabalhando. Vou pedir pra ele arranjar um emprego pra na Gemialidades.- Ela disse, sorrindo pra mim. Eu bufei.

– Você não vai pedir nada á nenhum Weasley, você não precisa trabalhar, Astoria, o meu emprego já sustenta nós dois e mais uma penca de filhos, se você me deixasse tentar. Mas além disso, Gemialidades Weasley não é o tipo de lugar que uma Malfoy deve trabalhar.- Eu disse, cruzando os braços. Foi a vez de Astoria bufar, ela olhou pra mim, seus olhos faiscavam fúria.

– Olha aqui, Draco Malfoy, eu casei com você mas eu não virei sua submissa não, ok? Você não é o meu pai, e no contrato de casamento não estava dizendo que você devia mandar em todas as coisas que eu faço 24 horas por dia. Eu vou falar com Rony Weasley e vou trabalhar na Gemialidades se conseguir e você vai ficar quietinho.- Ela disse, colocando as mãos na cintura. Eu fiquei encarando ela, não dava pra acreditar que ela estava fazendo isso.

– É uma questão de honra á minha família e á minha dignidade.- Eu disse, calmamente, só por fora, mesmo. Eu queria ir lá em Astoria e fazer ela ver que está errada, que não pode, de jeito nenhum, fazer uma coisa dessas comigo.

– Quer saber? Eu nunca liguei pra família mesmo e quem vai falar com ele sou eu e não você, o que a sua dignidade tem a ver com isso?

– Bom, eu me importo com a família, Astoria, e você é a minha esposa, você tá carregando meu sobrenome e...

– Não me importa, Draco! Eu vou e ponto. Vou trocar de roupa e você, tome seu café da manhã.- Ela disse, entrando no quarto. Eu respirei fundo algumas vezes antes de me sentar á mesa.

Eu sabia que Astoria não ia mudar de ideia, ela iria até o Weasley, certeza. Com ou sem mim. Mas eu não precisava ficar de acordo com isso. Tomei meu café em silêncio. Astoria voltou, vestida como uma dama, roupas sociais e tudo mais. Ela estava sexy, fingi ignorar. Isso não é hora de fazer elogios, eu estou bravo com ela. Revirei os olhos. Isso parecia tão ridículo, mas ás vezes é necessário ser infantil.

Aparatamos no Ministério em silêncio, Astoria até tentou falar alguma coisa comigo, mas eu ignorei-a totalmente.

– Eu vejo você na hora do almoço, ok? Eu venho aqui pra almoçar com você, se quiser.- Ela disse, quando o elevador começou á descer. Eu dei de ombros e ela suspirou.- Você quer que eu te busque na sua sala ou vai estar no refeitório na hora certa?

– Eu vou estar no refeitório.- Eu disse, seco. Astoria balançou a cabeça e me deu um beijo na bochecha.

– Nos vemos depois, então.- Ela disse e saiu do elevador.

(...)

Era perto do meio dia quando eu saí da sala, deixando um monte de pergaminhos pra assinar e mandar pelo correio, um monte de coisas para confirmar, apenas para almoçar com Astoria. Quando cheguei no refeitório ela estava acompanhada de Rony Weasley, Hermione Granger, Harry Potter e Blásio Zabini. Eu respirei fundo olhando a cena. Astoria me viu e me chamou com o dedo, lancei uma cara feia pra ela.

– Boa tarde, Malfoy.- Disse o Weasley, me olhando com cara feia. Ele e a Granger tinham se casado á 6 meses e pareciam viver numa plena lua de mel. Pelo menos eles tiveram uma, né? Olhei para Astoria, irritado. Ela revirou os olhos.

– Boa tarde.- Eu disse, sentando na cadeira ao lado de Astoria. Ela segurou a minha mão sobre a mesa, resisti á vontade de fazer birra e puxar minha mão fora. Ela sorriu, parecia satisfeita por eu não tê-lo feito.

– Como andam os preparativos para a Copa? Já sabem onde será o jogo dessa vez?- Perguntou a Granger, olhando para mim com um sorriso envergonhado. Eu revirei os olhos, como alguém pode suportar essa garota? Sem falar no fato de que ela nem é bonita. Mil vezes Pansy Parkinson.

– Estamos nos preparando para que a Copa seja na América Latina, mas não sabemos ainda em que país. É absolutamente restrito.- Eu disse, á ela, sem sorrir. Minha voz parecia seca, mas não tanto quanto a minha garganta. Eu queria sair dali direto pra a minha sala, mil vezes o trabalho á isso.

– Você já sabe quais são os jogadores que serão escalados para a Copa, pelo menos daqui da Inglaterra?- Perguntou Harry Potter, se arrumando na cadeira. Os 3 pareciam muito desconfortáveis, acredito que deva estar parecendo uma estátua, eu queria ser uma, surda, muda e cega.

– Acredito que Caleb e a Weasley estejam escalados, provavelmente, eles são bons.- Detestei admitir que Gina Weasley era boa na frente deles, mas era verdade, o Potter sorriu. Ele e a Weasley também casaram, a diferença é que eles estão casados á 1 ano.- Acredito que ela vá ficar feliz em saber de sua predileção.- Eu disse, apertando a mão de Astoria um pouco. Eu queria ir embora, mas ela apenas passou seu braço por cima do meu pescoço e colocou a cabeça no meu ombro, relaxando.

– Ah, com certeza.- Disse Harry Potter.

– Mas fora isso, o que nós vamos ter de novo nessa Copa?- Perguntou Blásio, sorrindo para mim. Conversar com Blásio é mais confortável, além disso, ele parece estar confortável em todo tipo de lugar, conversa e tudo mais.

– Bom, isso é segredo.- Eu disse, foi no instante em que nosso almoço chegou flutuando, magia! Nós almoçamos, em silêncio. Uma vez ou outra Granger e Astoria se falavam. Eu terminei o meu almoço mais rápido possível e me despedi com a desculpa de que precisava trabalhar. Astoria me disse que estaria no "nosso bar" na hora que eu largasse. E foi o que eu fiz, fui me encontrar com ela no bar.

– Olá.

– Não vem com essa não, eu não perdoei você.- Eu disse, irritado, me sentando ao seu lado. Ela revirou os olhos.

– Relaxe, Draco, ninguém sabe que eu vou trabalhar no Gemialidades, eu pedi descrição.

– O Weasley sabe, é isso que importa.- Eu disse, cruzando os braços. Astoria suspirou.- Anda, vamos pra casa.- Eu disse, irritado, estendendo a mão pra ela. Fomos para a rus e aparatamos. Já em casa, eu fui direto para o banheiro do quarto e ela foi para o outro banheiro. Eu queria relaxar e desestressar o dia de hoje. Percebi que tinha demorado tempo demais no banheiro quando a água começou á ficar fria. Fiz uma careta e saí do banheiro. A imagem que eu vi na minha cama me deixou de boca aperta.

– Você ainda está bravo comigo?- Astoria perguntou, se aproximando de mim. Lingerie preta de renda, cabelos soltos e batom vermelho.

– Muito, muito bravo.- Eu disse com a voz rouca. Ela sorriu safada pra mim enquanto se aproximava, colocando a mão na bainha da toalha que estava enrolada na minha cintura.

– Diz pra mim que você não está vestindo nada debaixo da toalha.- Ela sussurrou enquanto beijava o meu pescoço, deixando ele todo manchado de beijos de batom. Eu engoli em seco.

– Diz pra mim que você não vai me pedir pra parar depois que eu te jogar nessa cama.- Eu disse, pegando ela na cintura. Ela gargalhou fraquinho.

– Sabe, uma vez eu li num lugar que o melhor jeito de reconciliar é na cama.- Ela disse enquanto pulava para enlaçar suas pernas ao redor da minha cintura. Eu olhei seus olhos negros cheio de luxúria e sorri.

– Foi a coisa mais inteligente que você já leu.- Eu disse, beijando ela e me aproximando da cama. Eu podia ter jogado ela lá, como eu dise que faria, mas não. Eu a deitei delicadamente. Quando nos afastamos ela tocou a minha boca, devia estar toda vermelha, a dela estava. Que bela visão.- Astoria...

– Oi.- Ela disse, agarrando a minha nuca.

– Eu não quero sexo, então, contribua e me deixe amar você. Eu quero que seja especial pra você, porque é comigo, porque você gosta de mim.- Eu disse, enquanto devagarzinho, eu abria o sutiã dela. Ela sorriu pra mim.

– Draco, eu não gosto de você, eu amo você. Eu decidi que não vou mais deixar meus medos me dominarem, eu sou sua, eu quero ser por inteiro.- Ela disse. Eu parei de beijar seu pescoço para olhar nos seus olhos. Ela estava falando sério. É gay falar isso, mas eu tinha borboletas no estômago. Ela me amava e pela primeira vez na vida eu tive certeza que fiz a escolha certa ao me casar com ela. Eu amo Astoria, e estou feliz por não ter demorado tanto tempo pra descobrir isso.

– Então fica quietinha, abrir a boca só pra falar meu nome e pedir mais, tá legal?- Eu disse, sorrindo. Ela sorriu safada e me beijou.

(...)


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Notas finais do capítulo

Então gente, tá aí :)