Just Justice escrita por Sophie Queen


Capítulo 26
Enfim Para Todo o Sempre (pt. 2)




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Após a discussão que tivemos, onde parecia termos colocado os pontos nos ‘is’ e riscado todos os ‘tês’; Edward e eu evitávamos nos encontrar. Constatei que tínhamos entrado numa espécie de entendimento estranho e que ninguém seria capaz de colocarmos os dois na mesma sala novamente. Sempre que havia necessidade de uma conversa com Eleazar que ainda estava ajeitando suas coisas para deixar o prédio, o Comandante Sacks e Edward, o ruivo sempre convocava Jasper para participar destas, e por incrível que pareça não me incomodava nenhum pouco em não participar destas reuniões. Na realidade me sentia aliviada.

Minha advogada, Dra. Diana Harris, era quem fazia o intercâmbio entre mim e Edward, assim como o advogado de Edward, Dr. Alexander Morgan, fazia comigo. Instruindo-nos sobre o processo de divórcio que enfim seria assinado. O juiz de Las Vegas que iria conduzir a nossa audiência de dissolução matrimonial pediu diversos documentos para avaliar a situação, como também testemunhas para serem usados seus relatos sobre nós dois, para a sua decisão.

Na minha mais sincera opinião era algo desnecessário, mas segundo a minha advogada era algo rotineiro a se fazer, tudo para evitar fraudes conjugais. Ou seja, um casal que afirma estar separado, mas que na realidade compartilham uma vida junto e que desejam fraudar o fisco ou qualquer meio público.

O verão veio de sua forma sufocante e incomoda, devido aos impactos ambientais sofridos no mundo. Desde a discussão entre eu e Edward no início de junho, não mais nos vimos, a não ser em uma raríssima ocasião em que fomos obrigados a ficar no mesmo auditório junto com mais duzentos agentes do FBI, felizmente na ocasião não tivemos um embate, porém eu vivia na tensão, na apreensão do que ocorreria na audiência no dia três de setembro.

Enfim, o fim.

O fim para Edward Cullen e Isabella Swan-Cullen, um casal que partilhou um curto tempo juntos, mas que nunca deveria ter acontecido.

Diana Harris, minha advogada, exigiu uma reunião comigo em meados de agosto e tive que voltar a Boston, a cidade onde tudo começou. Foi uma visita rápida, coisa de oito horas na capital de Massachusetts. Diana, uma mulher que construiu uma longa e dedicada carreira em situações conjugais e causas de família, me inquiriu sobre tudo. Ela não gostaria de ter surpresas na audiência, ou que Edward ou seu advogado declarassem algo que ela não tinha conhecimento, da mesma maneira que gostaria de estar preparada para qualquer coisa que o juiz, Dr. Liam Evans, questionasse ou contrapusesse.

Como sabia que era ridículo esconder qualquer coisa a minha assessora jurídica, lhe contei tudo. Tudo o que havia acontecido comigo e com Edward, desde o bebê que perdi quando o flagrei com Renesmee até a nossa mais recente briga, onde rompemos qualquer vínculo que tínhamos. Aproveitei para contar também que no último ano trabalhamos juntos, partilhamos a mesma cama algumas vezes e trocamos juras de amor.

Era de se supor que ela ficaria abismada com as minhas revelações, contudo a única pergunta que ela me fez fora:

- Tem certeza que não há volta para vocês?

Refleti a questão por alguns minutos.

Será que ainda existia a mais remota esperança para mim e para Edward? E se existisse, quando ela apareceria? Será que iríamos conseguir superar as dificuldades? Esquecer nossos erros e superar juntos tudo o que aconteceu?

- Não, Diana. – respondi com imenso pesar. – Infelizmente não há uma gotinha de esperança neste imenso oceano de fatos e história.

Deixei Boston ainda com as mesmas perguntas na cabeça, mas não conseguia em nenhum momento enxergar qualquer esperança ou um final diferente.

Setembro tomou o seu lugar, junto com um espírito de expectativa. Expectativa de saber que aquele amor adolescente, aquele primeiro amor seria extinto para todo sempre. Meu voo para Las Vegas podia estar lotado, mas nunca me senti tão sozinha em minha vida. Quase sete horas em que só conseguia sentir o âmago da tristeza, da solidão, do desespero, da falta de expectativa que só aumentou quando a aeronave pousou em solo. Como não tinha nenhuma bagagem sai do aeroporto o mais rápido que conseguia indo direto para o quarto de hotel que reservei próximo ao Fórum.

Passei a noite em claro. Meus olhos se recusavam a fechar e meu cérebro negava-se a desligar por algumas horas para que eu pudesse dormir. Tentei ver um filme para esperar o sono, assim como também tentei ler, mas em nenhuma das duas opções surtiram efeito. Às sete e meia quando meu despertador e o telefone do serviço de quarto que havia designado para me despertar caso meu celular não fosse suficiente, ressoaram por todo o recinto, eu já estava a muito devidamente pronta para enfrentar o longo dia que me esperava.

A audiência de divórcio estava marcada para as nove da manhã no terceiro andar do Fórum de Las Vegas. A Dra. Harris gostaria de ter uma pequena conversa comigo antes de entrar na sala de audiência. Ela mais uma vez questionou se eu estava certa da separação, e se eu e Edward havíamos conversado sobre a audiência. Sim e não foram as minhas respostas paras as perguntas, infelizmente em ordem respectiva.

Faltando cinco minutos para o início da audiência que Edward chegou guiando sua cadeira com suas próprias mãos, acompanhado de seu advogado, que caminhava serenamente ao seu lado. Foi inevitável não sentir um sentimento de falha passar por todo o meu corpo quando olhei profundamente nos orbes verdes como esmeraldas sem lapidar de Edward. Um peso de dor, um sentimento de incompetência me consumia como fogo em meio a um palheiro.

- Bom dia, Diana. Isabella. – cumprimentou o advogado de Edward, Dr. Alexander Morgan, com um sorriso genuíno em seu rosto.

- Bom dia Alex. – pronunciou Diana. – Edward.

Da mesma forma que eu, Edward limitou-se a acenar com a cabeça em reconhecimento, entretanto o seu olhar frio e duro estava perfurando o meu rosto. Senti um nó crescendo em minha garganta, e lágrimas querendo rolar por meus olhos. Tive que engolir em seco.

Estava tão perturbada ainda encarando os olhos gélidos de Edward, que se Diana não tivesse me puxado pelo braço, nunca teria notado que deveríamos entrar na audiência. O juiz que iria conduzir o julgamento, Liam Evans, estava sentado em sua cadeira em um respaldar um pouco mais alto do que sua assessora e escrivão, no centro da mesa longa que de esticava a sua frente, onde Edward e eu deveríamos ficar.

Diana supersticiosa e com manias jurídicas, optou para nos sentarmos do lado esquerdo, do lado do escrivão, enquanto Edward e seu advogado se acomodavam em nossa frente, do lado direito. Percebi um lampejo de curiosidade passar pelo olhar do Meritíssimo Evans quando este notou a deficiência de Edward, assim como também reparei no lampejo de raiva de ver que a sala de audiência não era acessível para cadeiras de rodas.

Quando finalmente Edward se acomodou, o Meritíssimo Liam Evans iniciou a audiência sem mais delongas.

- Audiência de divórcio de Edward Anthony Cullen e Isabella Marie Swan-Cullen a ser realizada no dia três de setembro de dois mil e onze no Fórum Estadual de Las Vegas, em virtude do casamento constituído pelas partes referidas no dia treze de julho de dois mil e seis nesta cidade. – iniciou o juiz recitando o cabeçalho.

“Nesta cidade, e neste Fórum, no dia cinco de setembro de dois mil e seis, Isabella Swan-Cullen deu entrada no pedido de separação judicial contra Edward Cullen, que não foi autorizada pelo o Juiz Estadual da situação, Meritíssimo Alfred Jonas Williams, uma vez que as referidas partes compactuaram a uma cláusula contratual em um acordo pré-nupcial registrado no Cartório de Contratos Matrimoniais desta cidade no dia em que contraíram o casamento.”

“Dito isto, damos início a esta audiência de divórcio.” – ponderou o Meritíssimo Evans encarando de mim a Edward com seus olhos acinzentados vorazes e penetrantes. – “Senhor e Senhora Cullen, durante estes cinco anos, teve alguma possibilidade de reconciliação que possa assim ter esperança para esta sociedade conjugal?” – inquiriu como de praxe.

- Nada relevante, Meritíssimo. – respondeu Edward prontamente, fazendo todos na sala voltaram seu olhar para mim.

- N-não. – assenti com a voz falha.

- Ambos estão de acordo com o contrato pactuado entre seus advogados para a não divisão de bens, continuando cada um com o que conseguiu construir desde o casamento, sem a interferência de bens? Aceitam o acordo de separação total de bens? – continuou o juiz inquirindo.

- Sim. – desta vez fui a primeira a responder, mas não sabia o porquê desta atitude corajosa.

- Com toda a certeza. – respondeu friamente Edward.

- Edward Anthony Cullen e Isabella Marie Swan-Cullen, vocês estão de acordo com o fim desta sociedade conjugal?

- Sim. – respondemos em uníssono.

- Para a efetivação e não contestação da decisão tomada nesta audiência preciso da assinatura de ambos na ata e no documento de divórcio. – disse o juiz, enquanto a sua assessora entregava aos nossos advogados uma cópia para eles verem se estava tudo certo.

Logo que o Dr. Alexander Morgan confirmou que estava tudo ok, deu o documento para Edward assinar, que o fez sem hesitar. Passando para mim o papel para que eu firmasse enquanto pegava o que a Dra. Diana Harris lhe estendia.

Vagarosamente peguei a caneta que Diana havia colocado sobre a mesa, quando fiz tal ação meus olhos bateram para o documento que estava a minha frente. Seu cabeçalho estava escrito com letras garrafais ‘Sentença de Divórcio’, enquanto no final da folha os nomes meu e de Edward estavam lado a lado sob linhas pontilhadas. Enquanto o meu espaço estava em branco, o lugar de Edward estava rubricado com sua assinatura perfeita.

Senti um amargor. Uma tristeza arrebatadora.

Segurei a caneta sobre a linha pontilhada, sentindo o meu coração batendo ruidosamente contra a minha caixa torácica. Meus olhos inundaram de lágrimas pesadas e pesarosas. Minha cabeça rodopiou. Meus músculos ficaram fracos.

A caneta que segurava caiu ruidosamente sobre a mesa atraindo a atenção de todos na sala. Com minha visão turva e embaçada olhei para todos na sala, finalizando em Edward que pela primeira vez em muito tempo vi o brilho em seus olhos que me fizeram apaixonar por ele.

- E-eu na-não po-pos-posso. – gaguejei, levantando-me com uma agilidade estrangeira da cadeira em que estava. – Perdoe-me, Meritíssimo. – falei por fim antes de recolher a minha bolsa e sair correndo pelas portas adornadas da sala de audiência.

Corri como nunca corri em minha vida. O meu desespero, a minha vontade para sair daquele Fórum era tamanha que não olhei sequer para trás ou me preocupei com as pessoas que mostravam preocupados com o meu estado. Escutava, obviamente, pessoas me chamando, mas eu não queria parar, eu não queria ver ou pensar em nada, eu só precisava fugir.

Foi muito conveniente que um táxi vazio estava em frente ao Fórum de Las Vegas, e assim que entrei neste comandei desesperadoramente para o motorista que me levasse para o aeroporto.

Não foi uma viagem muito longa. Na verdade ela se passou tão rápida que me surpreendi quando o homem de origem árabe disse que havíamos chegado. Joguei algumas notas para o motorista, que acreditei satisfazer a quantia do trajeto e sai o mais rápido possível para o balcão da companhia aérea que me levaria para Washington.

Paguei um valor alto e sem o reembolso ou alteração da passagem que tinha antes para poder voltar para casa. Tudo para conseguir embarcar no voo que estava prestes sair, mas não me incomodei com valores. Na verdade minha menor preocupação no momento era dinheiro.

As exaustivas e longas sete horas entre o estado de Nevada e o Distrito de Columbia não foram suficientes para abrandar o meu estado emocional extremamente abalado. Os comissários de bordos e alguns passageiros vieram me inquirir se eu estava bem, e sem conseguir pronunciar qualquer palavra somente acenava afirmativamente com a cabeça.

Fui a primeira a sair da aeronave, e sem ter a necessidade de parar para pegar bagagens corri para fora do aeroporto encontrando um taxi que estava sendo desocupado naquele segundo. Comandei com a voz quebrada e desesperadora meu endereço.

Foi como um borrão. Não me recordava do caminho até meu apartamento. Não me recordava quanto havia pagado ao taxista. Não me recordava de cruzar o hall de entrada até o elevador. Não me recordo de entrar em meu apartamento e trancá-lo. Me recordava somente de ter ido direto ao meu quarto, me despir e mergulhar uma banheira de água quente, que consegui preparar.

A exaustão física e emocional deve ter me consumindo, pois acabei adormecendo na banheira, que apesar de a ter enchido com água quente não era necessário por estarmos no verão, algo que se comprovou consolador, pois como a água acabou esfriando devido ao longuíssimo tempo, evitou que eu tivesse uma hipotermia.

Contudo, meu despertar não se deu por conta da minha consciência enfim notando que estava com frio, mas sim pelo barulho irritante da companhia, e também como o oco da madeira da porta. Fiquei irritada com aquilo, mas me contive em não abrir a porta e dizer poucas e boas para quem tirava meu sossego; mas quem disse que a pessoa cessou o que estava fazendo?

Bufando de impaciência, vesti meu felpudo roupão branco e atravessei meu apartamento a passadas pesadas em direção a porta para descobrir quem me atormentava – lancei um olhar ao relógio do micro-ondas – às quatro da manhã, pela escuridão que percebi pela imensa janela de minha sala.

- O quê é? – brandi enquanto abria a porta, todavia a surpresa me consumiu ao ver quem estava ali.

Edward?” – murmurei estupefata e surpreendida por vê-lo, ali, em sua glória, por mais que esta fosse delimitada por sua cadeira.

- Olá Isabella. – saudou com simpatia nos olhos.

- O que você faz aqui? – questionei, enquanto inconscientemente apertava o roupão ao meu corpo, evitando que exibisse a minha nudez.

- Estava achando que tinha lhe acontecido algo. Estou a duas horas batendo em sua porta. – comentou despreocupadamente, enquanto seus olhos viajavam para o meu corpo coberto com o tecido atoalhado branco. – Precisamos conversar.

- Conversar. – repeti lentamente. – Ok. Hum... er... entre. – pedi, abrindo toda a porta e me afastando desta para que ele pudesse entrar com sua cadeira de rodas.

Notei os olhos de Edward vorazes e astutos admirando toda a arquitetura e decoração modesta do apartamento. Como os móveis foram trocados recentemente e eu não tinha tantos recursos como gostaria para gastar com decoração, havia muitos espaços para transitar o que de uma maneira estranha permitiu que Edward pudesse se locomover com facilidade por minha casa.

- Belo apartamento. – comentou enquanto seu olhar fixava na fotografia minha e de James sobre o aparador de entrada. – Como é morar aqui, com todas as coisas dele? – questionou completamente curioso.

- Não há nada dele aqui. Não mais. A não ser a fotografia. – respondi. Edward voltou seus olhos para os meus, que me inquiriram do porque sem emitir um som sequer; me aproveitando dessa paz momentânea resolvi lhe explicar o porquê. – Pedi para que as meninas da equipe reformassem e redecorassem para mim enquanto estava de ‘férias’. – dei de ombros.

- Hum... – murmurou reflexivo, acomodando a sua cadeira em frente ao sofá do qual me sentei totalmente ereta e hesitante. Não pude deixar de notar que Edward carregava uma pasta azul marinho.

‘Os documentos do nosso divórcio estavam ali para que eu assinasse.’ – ponderei com meus pensamentos.

- Bella. – chamou Edward, atraindo a minha atenção que estava na pasta para o seu rosto. – Acho que seria mais adequado que você vestisse uma roupa. Ficarei aguardando. – pediu, soando mais como uma ordem.

- O-ok. – gaguejei, enquanto me levantava lentamente, apertando o roupão ao meu corpo. – Fique a vontade. – praticamente corri até meu quarto com a minha respiração arfante e irregular, e meus batimentos cardíacos acelerados.

Vesti a primeira roupa que encontrei: um vestido florido dos meus tempos de faculdade. Prendi meus cabelos em um coque mal feito e retornei a sala, sentindo meu coração batendo acelerado contra minhas costelas. Sentei-me timidamente no sofá de frente para Edward que me encarava de maneira avassaladora com seus grandes olhos verdes, que mantinham um resquício do brilho que tanto conhecia.

- O que aconteceu? – perguntou depois de longos segundos. – Por que você saiu às pressas e desorientadamente da audiência?

Respirei profundamente. Eu sabia que aquela questão viria mais cedo do que supunha. Fechei meus olhos enquanto avaliava a questão.

- Não sei, Edward. – respondi depois de alguns minutos em silêncio, abrindo meus olhos e controlando para que as lágrimas não rolassem por minha face. – Medo, insegurança, desespero, pesar, tantos poréns e sentimentos que não sei classificá-los.

- Não compreendo, Bella. – afirmou Edward aturdido.

- Durante quatro anos eu vivi esperando que enfim acabasse o prazo que nos foi imposto. Que nós mesmos nos impusemos. Porém neste último ano, acredito que por conta de sua proximidade, eu ficava muito dividida. – ri sem humor. – O que é irônico. Eu queria que setembro viesse logo, assim como gostaria que ele nunca chegasse. Estava relativamente conformada com nosso divórcio, mas uma parte de mim acreditava – parei, tentando colocar meus pensamentos em ordem, antes de voltar a falar. -, sei lá, que ele nunca se confirmaria, comprovasse, não sei. Achei que nunca iria acontecer. – confessei. – Então aconteceu toda a torrente de tragédias que ambos conhecemos bem. – comentei evasiva e desanimadamente lançando um olhar à cadeira de rodas de Edward.

“Evitei, mais do que imaginaria confessar, pensar na audiência ou no nosso divórcio. Era como se algo dentro de mim exigisse que eu tomasse uma atitude que não era condizente com a nossa situação. Só que o tempo não parava para que eu agisse, ele corria e logo estava no dia de voltar a Las Vegas para dar fim em tudo. Dar um fim na nossa história.” – abaixei meu olhar para as minhas mãos que estavam sobre as minhas coxas e se torciam nervosamente. – “Eu tinha certeza que estava preparada para tudo. Para a audiência, para te enfrentar e principalmente para assinar.” – prendi meus lábios com os dentes, e olhei distraidamente para o lustre da sala, observando sem realmente ver a lâmpada.

“Mas, eu não estava. Ouvir a nossa vida, o que partilhamos, ser contado em algumas linhas, ver a hostilidade que existia entre nós, admirar o seu rosto sem expressão e com ódio de mim foi muito. Porém, só acreditei no muito quando vi a sua assinatura naquele papel.” – agora as lágrimas rolaram por minha face sem autorização, enquanto um arrepio frio passava por todo o meu corpo. – “Eu sempre me achei a mais cética, a mais impertinente, a mais correta de nós dois. Sempre imaginei que seria eu que assinaria primeiro aquele documento enquanto você se recusaria veemente em assinar. Exigindo, sei lá, uma nova chance. Me implorando para que eu visse com meus próprios olhos o que estava na minha frente. Que você estava ali para mim.” – sorri admirando o rosto de Edward, seu maxilar firme e o nariz reto e ligeiramente cumprido.

“Não foi isso que aconteceu. Eu vi a sua assinatura. Eu vi você a fazendo sem nenhuma hesitação, sem nenhum pesar, sem nenhum protesto. Aí que percebi que você já tinha desistido de nós a muito mais tempo do que eu sequer supunha. Você não iria lutar. Tentar mais uma vez me convencer de não fazer aquilo. Eu senti o peso de quase uma década que partilhamos cair sobre meus ombros exigindo que eu tomasse qualquer atitude.” – sorri timidamente, enfim encarando os olhos de Edward. – “Então eu fiz o que eu sempre faço desde o inicio. Eu fugi. Fugi mais uma vez.”

- Onde você está querendo chegar com tudo isso, Bella? – inquiriu Edward com suas sobrancelhas grossas e masculinas arqueadas.

Instintivamente me levantei do sofá e me abracei com meus próprios braços, caminhando lentamente até a janela do meu apartamento que dava para ver a iluminação precária das ruas e alguns letreiros luminosos ao longe, entretanto, as ruas em si estavam desérticas naquele horário.

- Bella. – chamou Edward com sua voz grave, porém com uma pitada de surpresa. – Você está dizendo o que eu entendi que você está dizendo? – questionou confusamente.

- O que você entendeu? – repliquei virando-me para encarar seu rosto.

Foi a vez de Edward segurar uma respiração. Sua boca abria e fechava tolamente. Seu pomo de adão subia e descia. Os olhos verdes que até alguns segundos atrás estavam como esmeraldas sem lapidar, tornavam esmeraldas líquidas de tão brilhantes que estavam. A pele pálida de Edward ficou repentinamente corada em suas maças.

- Você... Bella... tem certeza disso? – perguntou bobamente.

Ri nervosa, voltando para o sofá em que antes estava tornando a sentar.

- Sim. – concordei depois de alguns segundos. – Acho que sempre soube disso, mas simplesmente não tinha coragem de assumir para mim mesma.

Edward aproximou sua cadeira do sofá onde eu estava me perfurando com aqueles espetaculares orbes esmeralda. Quando a distância entre nós era de uns trinta centímetros mais ou menos, Edward travou sua cadeira, sem nunca tirar seus olhos de mim. Tirou a pasta que estava sobre o seu colo e a colocou no sofá ao meu lado.

- Você me perdoou? – perguntou ainda desconfiado. – Perdoou por tudo o que fiz, falei, e também pelo que eu não fiz? – seus olhos estavam conjecturados e confusos.

- Não tenho que te perdoar por nada. – respondi confiante. – Ambos erramos. Erramos muito. Dizemos coisas que nunca deveríamos ter dito. Estávamos sobre a influência dos nossos estados emocionais todas as vezes que conversamos. Não digo que vamos esquecer e superar tudo, porque ainda somos humanos e é complicado superarmos tudo, mas o tempo é que vai determinar muitas coisas, mas uma coisa que o destino decidiu há muito tempo e nós dois fomos teimosos demais para compreender e aceitar é que devemos ficar juntos. – sorri para ele, contendo as minhas mãos que gostariam de afagar o seu rosto.

Respirei profundamente. Eu sabia que a minha próxima frase poderia mudar tudo.

- Eu te amo, Edward. – pronunciei com clareza, enquanto grossas lágrimas caiam copiosamente pelos meus olhos. Vi a surpresa tomar o seu rosto, mas tão rápido quanto à situação permitia, ele devolveu:

- Eu... eu também te amo. – disse Edward com os olhos marejados.

Apesar da declaração que partilhamos exigir que a selássemos, Edward e eu nos mantivemos em nossos lugares com os olhos conectados um no outro. Verde e castanho perfurando um ao outro. Conversando um com o outro, com verdadeira devoção e carinho. Ficamos naquele momento por um longo tempo, até que finalmente Edward quebrou o nosso olhar, indo para as suas mãos que timidamente buscava a minha para enlaçar.

Grandes e masculinas, as mãos de Edward me transmitiam um conforto, uma paz interior maravilhosa. O calor que elas tinham, parecia penetrar em minha pele e avançar por todo o meu corpo como ondas de energia. A atração que partilhávamos, era como imãs, atraindo um ao outro sem hesitação ou indecisão, era sentida por todos os meus ossos, músculos e órgãos. Todos os sentimentos compartilhados eram de amor, esperança, devoção, companheirismo e paixão.

Fechei meus olhos para me deliciar mais com o prazer adorável que aquele calor, aquele conforto me proporcionava. Não me sobressaltei quando senti a respiração quente e o hálito mentolado de Edward, baterem contra meu rosto, eu somente aguardei o que viria a seguir. Felizmente não tive que esperar muito, pois os lábios voluptuosos, luxuriantes, carinhosos e amorosos dele reivindicaram os meus em um beijo avassalador.

Nossos lábios clamavam um pelo outro com desespero, mas este não era violento ou grosseiro. Era um desespero controlado, por assim dizer. Existia saudade, carinho, amor. Era um beijo diferente de qualquer outro compartilhado por nós. Era único. Nossas línguas se acariciavam, e dançavam como se fossem – e elas eram – para se movimentarem juntas. Nossas bocas estavam em um encaixe perfeito, nossos lábios se tocavam serenamente. Nossas mãos que estavam enlaçadas sobre o meu colo se acarinhavam timidamente, antes de por fim enlaçar nossos dedos e apertarmos com força, em um sinal tão antigo quanto o mundo, de união.

Inevitável, foi também, nossas mãos se desenlaçarem e irem; as minhas para a sua nuca e cabelos e as dele para a minha cintura e nuca. A distância imposta pela cadeira de rodas que Edward estava ainda era um empecilho, mas antes que eu pudesse dizer ou fazer qualquer coisa Edward me puxou para ele, fazendo com que me sentasse sobre as suas pernas incapacitadas.

Porém a minha preocupação com suas pernas não duraram um milissegundo sequer, pois a proximidade de nossos corpos despertou reações e sensações inarráveis no meu. A corrente elétrica que já era conhecida minha, quando estava com Edward, pareceu entrar em curto-circuito. Nossos lábios conectados no beijo avassalador, nunca eram interrompidos. Nossas línguas bailavam juntas no espaço de nossas bocas, como um tango erótico. Nossos dentes, voluptuosos, ansiosos e desejosos, mordiscavam sem hesitação nossos lábios inferiores, os chupando em seguida para mais um beijo da mesma intensidade.

As mãos grandes e masculinas de Edward com uma autorização implícita subiam por minhas coxas, a acariciando e levantando tortuosamente lento o vestido que usava. O calor que irradiava de suas mãos despertavam a minha libido adormecida, enquanto as minhas mãos tateavam o peitoral de Edward sentindo o seus músculos definidos sobre o tecido de linho de sua camisa. Meus dedos ávidos desabotoavam sem hesitar os botões de sua camisa, para que as minhas mãos, enfim, sentissem o calor de sua pele contra eles. Tanto Edward quanto eu, seguramos a respiração, o que resultou em nossos lábios se separarem. Os meus foram para o seu pescoço, e os dele para o meu.

Sensações eróticas, sensuais e luxuriosas tomaram todo o meu ser. Eu queria mais. Eu precisava de mais. Foi inconsciente que me vi apertando as minhas pernas, para fazer alguma fricção em meu ponto pulsante, que Edward somente provocava com a ponta de seus dedos. Porém, Edward interrompeu seus movimentos assim como seus lábios voluptuosos, colocando suas mãos de maneira nada sensual em minha cintura.

- Bella – começou arfante. – desde... desde... eu não fiz isso ainda... depois... depois de... você sabe. – disse envergonhado.

Encarei aqueles estupendos, mas envergonhados olhos verdes.

- Mas... – engoli em seco. – você tem certeza? Quer dizer – senti minhas bochechas esquentando. Era estranho falar sobre isso. -, você não consegue ter uma ereção? – perguntei mordiscando meus lábios. – Você não conversou ou ouviu sobre isso com os médicos e na reabilitação?

Edward mordiscou seus lábios e fechou os olhos.

- Não. Quer dizer... eu não quis saber o que eu poderia ou não poderia. Ainda é difícil me acostumar com tudo isso, e o fato de que eu... eu não teria sexo nunca mais em minha vida foi algo que entendi logo. – confessou.

- Mas Edward – comecei, escolhendo as minhas palavras. – isso não quer dizer que você não possa mais ter sexo. Talvez só precise de estímulo. – tentei.

- Eu tenho o meu estímulo aqui, na minha frente – disse apontando para mim, mas não sei se sou capaz disso. Sinto que eu irei falhar e vou acabar te frustrando. – seus olhos se abaixaram envergonhados.

- Ei, ei, ei... – iniciei, colocando cada uma das minhas mãos ao lado do rosto dele e o erguendo para que ele olhasse em meus olhos. – Você nunca irá me frustrar, entendeu?

- Bella... – começou, mais o calei com meus lábios.

- Eu te amo, Edward. – sussurrei contra seus lábios. – Não vai ser essa sua deficiência que vai mudar o que eu sinto por você. Nós vamos dar um jeito nisso. Eu prometo.

Sem que ele pudesse dizer qualquer outra palavra voltei a beijá-lo sofregamente. Meus lábios e minha língua estavam dispostos a provar que nossa sexualidade ainda não estava acabada, que ela estava viva em nossos corações e em nossos cérebros, e que poderíamos fazer qualquer coisa, porque existia amor entre nós.

Nosso beijo voltou ao ponto em que estava antes de Edward interromper. Quente, desejoso. A volúpia e a luxúria estavam exalando por nossos poros. As unhas de Edward fincavam com prazer demasiado em minhas coxas, e por muitas vezes os dedos longos dele provocava a minha feminilidade pulsante e completamente molhada. Sentia o prazer único e inexplicável nos tomar com força. Quando, enfim, sua mão delicadamente afastou a calcinha que usava e seus dedos tocaram sem temor meu sexo, senti um coque correr meu corpo. Gemi contra os lábios de Edward, fazendo o sorrir orgulhoso. Mas antes que eu pudesse sequer me adaptar com a sensação, seus dedos me invadiram. Meu gemido desta vez foi gutural, e instintivamente rebolei sobre Edward.

Uma surpresa me tomou quando senti o membro de Edward se enrijecendo sob mim. Afastei rapidamente meus lábios dos deles, tamanha foi minha surpresa e encarei os olhos verdes de Edward que demonstravam a mesma surpresa que os meus.

- Eu te disse. – sorri, apoiando minha testa a dele. – Nós nos amamos e não seria esse pequeno empecilho que nos atrapalharia.

O meu esposo sorriu brilhantemente, encantado por aquela descoberta.

- Por onde fica o seu quarto? – inquiriu expectante.

- Eu te mostro o caminho. – disse tentando me levantar de seu colo, mas sendo segurada com força por seu braço.

- Diga o caminho, e eu levo nós dois para lá. Não posso ficar um centímetro sequer separado de você. – pronunciou reivindicando mais uma vez os meus lábios para si.

Não faço sequer a ideia de como chegamos em meu quarto. Só tenho a plena consciência de que quando me vi saindo do colo de Edward, para que ele pudesse se mover para a cama, eu estava sem meu vestido, sem sutiã e somente vestida com minha calcinha, enquanto Edward estava com o peito despido. No momento em que Edward estava sentado sobre a minha cama, eu praticamente avancei para ele o beijando sofregamente mais uma vez. Aproveitando cada sensação que era transmitida por nossos lábios. Toda a emoção concentrada naquela ação.

Quando, por fim, o ar ficou faltante em nossos pulmões. Edward afastou a sua boca da minha, mas sem deixar meu corpo, já que passou a se dedicar ao meu pescoço e lóbulo da orelha. Instintivamente comecei fazer o mesmo que ele, explorar o lóbulo de sua orelha e seu pescoço. O arrepio que passava por nossos corpos era único, era conjunto, era aquela maravilhosa corrente elétrica que existia entre nós, que poderia ser facilmente comparada a uma descarga elétrica.

Lentamente o corpo de Edward começou a cair, deitando-se por completo sobre a minha cama, me levando junto a ele. Suas pernas poderiam estar imóveis, inertes, mas suas mãos e o resto de seu corpo se provaram estar nenhum pouco. Já que suas mãos e braços pareciam estar em todos os lugares possíveis e imagináveis. Mal notei que Edward havia retirado a calcinha que usava do meu corpo, e suas mãos hábeis massageavam meu bumbum, despertando sensações novas e incríveis em meu corpo.

Tive que quebrar o beijo e a sensação que Edward produzia em meu corpo com as suas mãos. Tentando, instintivamente, segurar suas mãos, meus lábios desceram por seu pescoço, peitoral, aproveitando e se deliciando de cada ondulação que os seus músculos tinham. Sentindo a textura de sua pele. Do pêlo tão masculino de seu peitoral. Me vi ajoelhando entre as pernas inertes de Edward no chão, enquanto ele ficava apoiado em seus cotovelos, com a respiração arfante e os olhos meio cerrados me encarando. Sorri sensualmente para ele, enquanto as minhas mãos corriam por suas pernas a procura do fecho de sua calça.

Eu tinha conhecimento que Edward não poderia sentir a avidez, o calor de minhas mãos sobre suas pernas, mas parecia que naquele segundo a imaginação, a vontade seria suficiente para sentir a necessidade, a devoção do meu toque, uma vez que ele urrou de prazer.

Foi lentamente e sobre o olhar atento de Edward que o despi de sua calça e sua cueca boxer. E tão felizmente como supunha, fui brindada por sua gloriosa ereção me cumprimentando, me desejando. A acariciei lentamente, com medo que meu toque pudesse fazê-la desaparecer de minha frente. Edward gemeu timidamente, enquanto seus olhos rolavam na própria orbita totalmente inebriados com o prazer.

Sorri sedutoramente, enfim segurando a sua extensão com minhas mãos. Ele jogou sua cabeça para trás aproveitando a sensação que minha mão lhe proporcionava. Eu podia sentir o pré-gozo se acumulando na ponta daquele suntuoso membro. Sem hesitar levei as minhas mãos até ele fazendo movimentos lentos de cima para baixo que fizeram Edward urrar mais uma vez.

Tomada pela luxúria que o urro de Edward fez crescer em mim passei a estimulá-lo com mais agilidade, alternando movimentos lentos com rápidos. Não resistindo mais a vontade de tê-lo o levei inteiramente em minha boca o que foi suficiente para ele choramingar meu nome. Sorri presunçosamente, e comecei a trabalhar com minha língua por toda aquela extensão, ora eu só acariciava, por outras dava beijos, por outras ainda eu sugava a pele sensível, ou ainda circulava com minha língua.

Edward respirava pesadamente, sibilando palavras incoerentes, mas a que mais estava presentes entre elas eram "amor" e "Bella". O coloquei novamente todo em minha boca e enquanto minha língua o acariciava, tocando no fundo de minha garganta, comecei a estimulá-lo em sua base com minhas mãos. Percebi suas mãos apertando os meus lençóis, se controlando para não segurar meus cabelos e me guiar. Eu sabia que seu extremo estava chegando já que seu membro estava mais rígido do que antes.

- Bella... oh meu Deus... eu vou... – pronunciou rouco, quando enfim suas mãos perderam a batalha com seu cérebro e foram se embrenhar em meus cabelos, no mesmo instante em que intensifiquei meus movimentos, e sentindo um tremor vindo dele, para em seguida se liberar em minha boca.

O sabor de Edward era espetacular. Eu sentia uma falta inexplicável de senti-lo. Me aproveitei, deliciando-me ao extremo com aquele líquido que ele me proporcionava. O notei relaxar sob mim. E quando não tinha mais nenhum vestígio de gozo em seu membro comecei a trilhar um caminho de beijos por seu abdômen, peitoral, terminando em sua boca. Ele me beijou com um desejo impressionante. Seus dedos se enrolavam entre meus cabelos, despertando emoções por todo o meu corpo, principalmente por senti-lo completamente nu sob mim.

- Eu preciso experimentá-la também. – falou contra meus lábios, me colocando ao seu lado na cama.

Seus olhos que estavam negros de desejo admiraram meu corpo; sem nenhum aviso, sem nenhum comunicado anterior, ele começou a beijá-lo. Suas mãos acariciavam minha pele. Os lábios voluptuosos e gulosos de Edward, sem qualquer hesitação reivindicavam meus seios. Ele cultuava o meu corpo. A cada toque de seus lábios na pele sensível dos meus seios minha pele arrepiava-se em antecipação, o desejo me consumia, eu o queria naquele segundo sobre mim, me amando sem nenhuma restrição, sem nenhuma censura. Edward sorriu contra meus seios, quando disse palavras ininteligíveis para os meus ouvidos, quando com toda a voracidade, toda a urgência, o capturou com sua boca, fazendo sua língua circulá-lo com demasiado carinho, demasiada devoção, deixando-me ainda mais nublada de desejo.

A língua de Edward circulava calmamente meus mamilos, fazendo-os parecer a mais deliciosa das guloseimas, para depois os beijar com seus lábios, ora fechados, ora beijos abertos e molhados. Eu a muito já me contorcia de prazer ao seu lado; porém ele ou ignorava, ou fazia de propósito demorando demasiadamente ali, dedicando-se exaustivamente a cada um deles.

Creio que cansado só de explorar meus seios ele começou a distribuir beijos pela minha barriga, contornando com sua língua meu umbigo. Um arrepio nada incômodo por conta do toque de sua língua fez a minha barriga se contrair, e ele riu contra a minha pele antes de puxar meu corpo um pouco mais para cima da cama para que ele pudesse explorar meu sexo.

Naquele segundo, mesmo consumida pelo prazer proporcionado a mim, vi o que a deficiência o limitava de ser criativo ou de me amar completamente, mas meus pensamentos sobre isto duraram pouquíssimos segundos, já que fui tirada deles pelos longos dedos acariciando suavemente minha intimidade úmida e pulsante me deixando louca de desejo, aguardando impacientemente para tê-lo ali. Sua boca e língua despertavam sensações inexplicáveis em meu abdômen, fazendo com que me contorcesse de desejo, quando por fim um de seus dedos me penetrou serenamente, fazendo-me entrar em combustão instantânea de tanto prazer e gemer audivelmente, ecoando o som por todo quarto.

Edward atacou a minha feminilidade com seus beijos. No segundo em que seus lábios tocaram-me intimamente eu me contorci em expectativa, sentindo todo o meu desejo queimando as minhas entranhas. Edward beijava e acariciava com suas mãos quentes as minhas coxas, despertando sensações novas em mim, por fim as beijando com seus lábios abertos e molhados. O ar morno que escapava por suas narinas, ao baterem no local úmido, me fizeram arrepiar de desejo. Um tremor de excitação por conta de seus lábios me assolou, e no segundo seguinte, ele me invadiu com sua língua quente e voraz. Tudo ao meu redor foi esquecido e as únicas coisas que importavam ali era eu, Edward e sua língua me levando a outra dimensão.

Ele me chupava de uma maneira tão sedutora, tão amável que estava impossível respirar. Sua língua traçava um caminho lento e pecaminoso por todo o meu sexo, indo até meu períneo, fazendo-me arquear meu quadril por mais. Depois lentamente sua língua fez movimentos da esquerda para direita, de cima para baixo em todo o meu sexo, deixando-me ainda mais desejosa por mais. Seus dentes morderam suavemente meus grandes lábios, fazendo um urro de prazer romper por minha boca.

Sua língua circulava vagarosamente meu clitóris, para em seguida ele aumentar a velocidade, e sempre alternando entre rápido e lento, rápido e lento. Indo novamente da esquerda para a direita, de cima para baixo, sempre alternando a velocidade, sua língua que antes era calma, estava frenética estimulando todo o meu sexo, por vezes conseguia sentir leves mordidas, e por outras sucções, ali era o paraíso que eu gostaria de estar, que eu amava estar.

Sem tardar muito a minha pulsação e meus batimentos cardíacos ficaram aceleradissímos, meus músculos se contraíam involuntariamente, um arrepio inexplicável tomou todo o meu corpo, seguido daquele tremor em minha barriga, o suor escorria em minha nuca, indicando que meu extremo estava próximo, creio que Edward também notou, pois deliberadamente intensificou seus movimentos em minha intimidade estimulando de maneira voraz meu clitóris, e com um tremor involuntário a sensação de entrega me tomou, senti me liberando na boca de Edward que se deliciava do meu orgasmo, deixando-me ainda mais extasiada.

Foi com a enorme sensação de perda que o percebi afastando seu rosto de minha intimidade, caindo ao meu lado na cama. Rapidamente fui até ele, tomando seus lábios com os meus, podendo sentir o meu próprio gosto em sua boca. Ficamos por um longo tempo curtindo aquela sensação. O contato de nossas peles despertando as mais incríveis e impressionantes reações.

Edward gentilmente pediu para que eu deitasse no sentido da cama. Com a cabeça próxima a cabeceira, enquanto ele se postava também deitado, colocando suas pernas sobre a cama. Assim que ele estava deitado, ao meu lado, no sentido da cama, ele olhou em meus olhos. Timidamente acariciou meus cabelos, retirando um fio que caia sobre meus olhos e sentindo a maciez de minha pele.

- Eu te amo – sussurrou. -, tanto que não consigo expressar.

Segurei com minhas mãos o seu rosto e sentindo meus olhos marejarem, enquanto meu coração batia em uma sincronia de paixão.

- Então me ame. – sussurrei contra seus lábios, o beijando suavemente.

Seus olhos brilharam de desejo, expectativa e amor, ele sorriu torto para mim antes de depositar um beijo cálido em meus lábios. Com um pouco de dificuldade, mas não tanto quanto esperava ou imaginava, Edward se postou sobre mim, entre as minhas pernas. Trocamos mais um olhar abarrotado de luxúria para em seguida sentir Edward escorregando todo o seu membro para dentro de mim.

A cada centímetro que ele me preenchia fazia-me sentir plena, mais apaixonada por esse homem que era meu. O que foi destinado para mim. E quando finalmente ele estava todo dentro de mim, encarou-me com seus maravilhosos orbes esmeraldas que me fez retribuir com a mesma intensidade pelos meus castanhos chocolate. Ele me deu um sorriso torto, que eu retribuí, para em seguida começar a se movimentar lentamente.

Nossos olhares estavam conectados, não se desviavam, ele fazia movimentos lentos de vai e vem, depois começando a aumentar a intensidade de suas estocadas, logo comecei a rebolar embaixo dele, o acomodando ainda mais sobre mim. O prazer nos consumia mais ainda. Passei a desejar um contato maior de nossos corpos, fazendo-me abraçá-lo com minhas pernas. Ele gemeu de prazer, o que foi logo em seguida acompanhado por mim, minhas unhas arranhavam as costas de Edward com força e ele parecia não ligar para isso.

Com mais umas estocadas comecei a sentir meus batimentos cardíacos e minha pulsação se acelerando, nosso suor se misturando à nossa fragrância, nossos músculos se contraíram juntos como se fossem somente um corpo, seguido de um tremor que surgia em algum lugar em Edward e espalhava-se por todo o meu corpo, a sensação de entrega já nublava todos meus outros sentidos.

Edward começou a estocar com mais agilidade, seu olhar penetrante no meu dizia claramente "venha junto comigo meu amor", e com um novo tremor, um tremor de entrega ,alcançamos nosso ápice, um gemendo audivelmente o nome do outro. E enquanto ele se liberava dentro de mim, puxou-me para um beijo apaixonado.

- Eu te amo. – sibilamos os dois em uníssono entre os beijos, para em seguida novamente nos beijarmos com fulgor.

Lentamente, Edward saiu de mim deitando-se ao meu lado. Virei o meu corpo, para encarar o seu rosto. Um sorriso singelo estava em seus lábios.

- Foi melhor do que qualquer outra coisa. O melhor sexo da minha vida. – murmurou virando o seu rosto olhando em meus olhos. – Mesmo com essa dificuldade, você continuou ao meu lado. Você é a mulher da minha vida. Dos meus sonhos, Bella.  – suas mãos acariciaram meu rosto. – Eu te amo.

Aquelas palavras despertaram um instinto enorme em mim, e sem conseguir me controlar beijei voluptuosamente seus lábios.

- Eu também te amo. – sussurrei, sorrindo para ele.

Os braços de Edward me abraçaram fazendo com que meu corpo se moldasse a lateral do seu. O sono começou a me tomar, me embalando para o mundo dos sonhos, acompanhada por Edward ao meu lado como seria daqui para frente.

Ouvia ele ressoando tranquilamente em meu ouvido, e meus olhos começavam a pesar indicando que logo o acompanharia, quando me recordei de algo.

- Edward? Edward? – o chamei um pouco alto, o balançando para acordá-lo.

- Oi... oi... – disse despertando ansioso. – O que foi? – questionou meio alerta.

- Eu quero te fazer uma pergunta. – disse me levantando para que meu rosto ficasse um pouco acima do dele, e eu pudesse admirar aqueles belíssimos olhos verdes, sua pele branca e seus cabelos bronzes, que eram iluminados precariamente pelos primeiros raios solares que invadiam pelas grandes janelas do meu quarto.

- Hum... faça. – disse ainda atordoado por ser acordado inesperadamente.

- Você quer casar comigo? – questionei sorrindo.

Vi a confusão tomar os olhos de Edward.

- Bella – riu nervoso. -, nós já somos casados. – disse ligeiramente divertido.

- Eu sei. – afirmei sua sentença. – Mas agora quero me casar com você às vistas de todo mundo, sem nenhum segredo, sem nenhuma limitação, sem esconder nada. Eu quero que todo mundo saiba que eu te amo. Que eu quero passar o resto dos meus dias ao seu lado, para todo o sempre. – declarei ligeiramente emocionada.

Notei Edward avaliando meu pedido, com seus olhos brilhantes admirando meu rosto com cuidado.

- Eu aceito me casar outra vez com você, meu amor. – falou, segundos depois com um sorriso enorme em seu rosto.

Imediatamente meus lábios grudaram aos dele. Carinho, compaixão, devoção, companheirismo, esperança, paixão e amor, eram os sentimentos compartilhados pelo ato. Cada fibra do meu ser sentia uma emoção inigualável e única em mim. Quando o ar ficou escasso, nos separamos apoiando nossas testas uma na outra, encarando com fervor nossos olhos, enquanto murmurava para ele:

- Enfim, para todo o sempre.

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N/A: Oie amores!!

Todo mundo sobreviveu a esse capítulo?! Eu avisei que ele seria muito emocional, e antes que alguém proteste ou afirme que não queria que o Edward ficasse paraplégico um aviso:

Primeiro: ele levou dois tiros na coluna, já foi um milagre ele sobreviver, mas estas situações são complicadas. Eu tenho conhecimento que isto aqui é uma ficção e todo mundo aguarda um final feliz, mas nem tudo na vida é simples. Existiu o final feliz (pra mim o final feliz era eles ficarem juntos) a deficiência dele, é só mais um obstáculo que eles tinham e vão superar com o amor que sentem.

Segundo: ele não vai voltar a andar no epílogo, já afirmo. Foi um dano irreparável que ele sofreu, e como todos devem ter percebido eu gosto de trazer realidade e passar uma mensagem em minhas histórias. Em INEXPLICAVELMENTE AMOR eu explorei o lado do vício das drogas, como as pessoas a volta do viciado se portavam e ficavam, assim como o próprio doente. Aqui em JUST JUSTICE meu instinto pediu para que eu mostrasse esta outra situação, que muitas pessoas têm um preconceito tolo de achar que uma pessoa paraplégica ou tetraplégica não podem ter sexo ou intimidade com alguém. A sexualidade não está no ato sexual, esta na mente de cada um. Na intimidade e na paixão que cada um pode depositar no outro.

Outro ponto que pode vir a causar protestos é que eu não dei um fim na Máfia Italiana. Outra vez falo sobre realidade. Alguém aqui assistiu Tropa de Elite 2?! De qualquer maneira o final o Capitão Nascimento aka Wagner Moura diz a seguinte frase ou algo parecido: “eu poderia usar todas as forças combatentes e armadas do Estado do Rio de Janeiro. Poderia meter bala em quantos filhos da puta existir, mas o sistema que alimenta a criminalidade é maior do que eu sequer imaginava. O sistema era comandado lá do alto e se eu queria mudar esta realidade teria que trabalhar incansavelmente e assim mesmo não conseguiria.” E fechava o filme num panorama de Brasília. OK, não era com essas palavras que era dito, mas foi o que eu entendi da mensagem que passou. O mesmo vale para aqui. A criminalidade existe e ela não morre nem mesmo quando o chefe, o comandante supremo morre, porque ela já está enraizada na sociedade e contamina a todos, querendo ou não.

Ok, ok, ok... estou muito política nesta N/A, algo que devo deixar para CONEXÕES ILÍCITAS a substituta de JUST JUSTICE, e aí já deram uma olhada nela?! Dêem uma passadinha lá: http://www.fanfiction.com.br/historia/130124/Conexoes_Ilicitas

Torço imensamente para que vocês tenham gostado deste último capítulo de JJ. Ele foi difícil para escrever, assim como toda a fic, que passou por uma modificação no enredo em seu quarto capítulo por uma série de motivos. Também tive problemas para escrever esta fanfic, por além de ser complexa em escrever eu tinha certa relutância em expor as minhas ideias com temor que me acusassem de plágio ou a denunciassem pelo mesmo fim. Mas encerro esta fanfic, mesmo ainda faltando o epílogo com a sensação de dever cumprido. Acredito que enlacei toda a trama não deixando nenhum fiozinho solto, e se por acaso faltou um... ele será explicado no epílogo.

Agradeço imensamente a todos que estiveram ao meu lado durante os 18 meses que esta fanfic ficou aberta, dentre este tempo o hiatus que fui forçada a dar por conta de problemas pessoais, a minha demora na postagem de capítulos, e outras tantas eventualidades. Obrigada por não desistirem desta fanfic, por não desistirem de mim.

Vocês ainda poderão me encontrar em TEENAGE DREAM e CONEXÕES ILÍCITAS, que passarei a me dedicar. Obvio que as duas são totalmente diferentes entre si, e diferente tanto de JUST JUSTICE quanto de INEXPLICAVELMENTE AMOR, mas isto não quer dizer que deixarei de me dedicar com carinho nelas.

Peço que deixem reviews carinhosas, mesmo que a fic já esteja encerrada há tempos (para quem ler depois que acabei) porque as reviews são recebidas em meu email e sempre vou lê-las. Posso não responder, e isto é algo pessoal, e sem importância, mas saibam que eu li, sorri e fiquei toda animada com a opinião que deram e que talvez eu possa responder.

Agradeço a Tod imensamente que esteve ao meu lado nesta fic. Ainda vamos estar juntas em minhas outras aventuras, mas JUST JUSTICE para ela é um grande xodozinho. Amore, obrigada por tudo. Por me ouvir, por me ajudar, por betar essa loucura para mim. Os créditos que recebo por causa disto aqui são divididos totalmente com você!

Espero nos vermos no epílogo que deve sair lá pelo meio de abril, quem sabe antes, mas por enquanto fica delimitado lá... tenho uns projetos para concluir antes.

Obrigada mais uma vez pelo carinho e atenção de vocês que foi distribuído pelas reviews, comentários, favoritações, indicações, recomendações... cada pequeno gesto que fez a diferença. Obrigada por tudo. E não se esqueçam eu me apaixonei por vocês e por isso afirmo que os amo muito!

Beijos, com amor,

Carol.

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N/B: A Carol perguntando “todo mundo sobreviveu a esse capítulo?” Sou a primeira a levantar a mão e dizer que NÃO! Não sobrevivi. Não sem chorar muito, ir lavar o rosto duas vezes, e voltar a betar com lágrimas nos olhos.

Parece tão clichê, mas por Deus, não é. Eu já tô chorando de novo. Foram 18 meses acompanhando cada pequeno desenrolar de capítulo, acompanhando as ideias loucas e genuinamente incríveis da Carol, dando uma opinião aqui, outra ali, me empolgando via gtalk, MSN, twitter. Fiz uma conta no Nyah por causa dessa fanfic. Conheci pessoas incríveis por intermédio do amor que compartilhamos por essa história. Daí chega à hora de dizer “tchau”, mesmo sabendo que não é um adeus, que ainda estaremos juntos em CONEXÕES ILÍCITAS mas mesmo assim, não está sendo nada fácil.

Tenho tanto a falar, mas sinto que vou meter os pés pelas mãos devida a emoção. Então, vou ser breve porque o capítulo em sai já me destruiu demais.

A Carol sabe que relutei contra a ideia do Edward paraplégico. Porque eu sou uma boba sentimental que queria ver Beward feliz entre flores e arco-íris. Mas daí caiu a ficha, JUST JUSTICE não era pra ser assim, ela era real demais pra acabar de uma forma clichê. De clichê já não basta minhas crises de choro e meus xilikes supremos. A partir do momento que Edward se colocou à frente de Bella durante o tiroteio, por mais que tenha feito por impulso de proteger a mulher que ama, o risco não podia ser amenizado. E não foi. Eis que se o amor dos dois era pra valer, entre tantas brigas e acusações e reconciliações verdadeiras, não seria essa deficiência que ia destruir isso. Não foi. Quase foi pelo fato dos dois serem o casal mais genioso e tempestuoso de todas as fics que já li, o que só aumentava meu amor por eles, mas se toda essa incompatibilidade não os separaria, com certeza uma cadeira de rodas também não. Mas ver a Bella saindo da audiência de divórcio daquela forma foi demais pra mim! Deve ter sido demais pra vocês também, porque até aquele momento não sabíamos se ia ter final feliz. Edward não poder andar NÃO É UM FINAL TRISTE, é consequencia. Agora que aceitei isso, percebi como essa história tem que realmente virar novela da Globo. HAHAHAHAHA. Tá, parei.

Por fim, e o mais importante, queria agradecer a Carol (pelo bilionésima vez) por ter me permitido fazer parte do Universo de JUST JUSTICE. Uma fanfic que no começo foi tão difícil de receber seu devido reconhecimento e que tantas outras fez com que eu conversasse muitas vezes com ela pedindo pra dar mais uma chance e não desistisse pela ausência de reviews. É com honra, orgulho e sorriso nos lábios (e mais lágrimas chegando) que eu digo novamente como admiro essa autora (e amiga) da qual tem os enredos mais criativos, centrados e intensos que eu já tive a oportunidade de conhecer.

Espero que JUST JUSTICE tenha entrado para o “Top 10” da lista de vocês, pois sei que muitos leitores (algumas como a Nessa, Patti, Taty, Dessa, Aninha, Sarah, entre tantas outras) assim me fizeram acreditar no potencial dessa fanfic desde SEMPRE.

Nos vemos em CONEXÕES ILÍCITAS e no Epílogo. Prometo ser menos manteigona derretida, se assim a Carol deixar. Falo que a culpa é toda dela... quem manda ser a melhor autora desse Fandom? *levanta a bandeirinha de fã*

Obrigada pelo carinho de vocês nas reviews, obrigada por mandarem recadinhos pra mim também! Mas acima de tudo, obrigada por não nos abandonarem durante esse 1 ano e meio! Sem vocês, nada disso seria possível!

Bjos,

Tod.

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Quer fazer uma pobre autora feliz? oO

Deixa uma review para mim, dizendo se você gostou, ou se odiou, se você tem alguma sugestão! Pois sugestões e palpites aqui são fundamentais! *.*

Ficarei encantada em ler!

É isso meus amores, obrigada novamente pelo carinho por essa minha fic.

Amo vocês!


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