Just Justice escrita por Sophie Queen


Capítulo 2
Parceiros




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N/A: Olá amores da minha vida!

Tudo bom com vocês? Estou tão feliz, mais tão feliz de saber que vocês estão aqui lendo esse primeiro capítulo de JUST JUSTICE, esse capítulo está há dias pronto e betado, mas eu queria postá-lo junto com o de INEXPLICAVELMENTE AMOR, por isso que demorei a atualizar, mas finalmente ele está aqui!

Algumas pessoas disseram que o enredo é parecido com de outras fics que tem por aí, garanto que não é parecida, acho que a única similaridade é o fato deles trabalharem no FBI. O resto... bem... o resto vocês vão ter que ler para saber! *hihihihihi*

Aqueles que comentaram no prólogo:

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LUCIENE BARBOSA , ANDY_RD , NAT FURLAN ,

ALEKA_MASENHP , LUNATICA , JANINHA ,

EMME , LADY_CULLEN ,

CHERRY_GIRL , BRUNA OLIVEIRA

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Vamos começar essa nova viagem, no meu assunto preferido... JUSTIÇA! *hihihihi*

Não esqueçam...

EU AMO VOCÊS, E ESSA FIC É ESCRITA PARA VOCÊS!!!

Beijos,

Carol.

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JUST JUSTICE

capítulo um
Parceiros

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"Se quiser fazer as pazes com o seu inimigo, você tem que trabalhar com ele. Daí, ele se torna seu parceiro." - Nelson Mandela

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Toc... toc... toc...

Meu salto soava no piso de mármore negro da sede do FBI em Washington, DC. Eu amava o meu trabalho, eu amava ser agente especial do FBI, eu amava comandar vinte e cinco agentes extremamente treinados para fazer justiça, para defender a nação norte americana, eu amava ser a chefe de operações especiais do FBI, subsecção de crimes organizados. Mas me fazer sair da minha casa, debaixo do meu noivo extremamente sexy para uma reunião de emergência, me deixava possessa.

Jacob Ephrain Black, eu iria matá-lo.

Jacob era o mais novo “chefe” do departamento do FBI. Conhecia Jacob há anos, pois havíamos crescido juntos na bucólica cidade de Forks, no estado de Washington, além de que Jake fora também meu namorado.

Aí se pergunta: como eu consigo amar meu trabalho tendo como chefe o meu ex-namorado?

Fácil.

Apesar de termos namorado por dois maravilhosos e longos anos, nunca amei Jacob como homem e ele também nunca me amou como mulher, nós éramos como gostávamos de chamar a “sala de espera”. Ficamos juntos enquanto o nosso grande amor não aparecia.

Jacob encontrara o seu na Universidade de Columbia em Nova Iorque. Leah Clearwater era tudo o que Jake sempre procurou: uma linda mulher com seu um metro e setenta e cinco centímetros de altura, pele avermelhada, olhos negros como duas jabuticabas, cabelos também negros, lisos descendo até o meio de suas costas, ela era perfeita para ele, que também era lindo – isso eu definitivamente não podia negar.

Jake com seu um metro e noventa e sete centímetros, pele avermelhada, cabelos negros curtos e olhos de um estranho tom de castanho extremamente escuro, com músculos evidentes davam um ar de imponência a ele. Como eu havia dito, um casal perfeito.

Já eu, estava devidamente encantada pelo meu noivo, James William Scott. O homem que eu amava. Com seus cabelos loiros curtos, seus olhos azuis como duas safiras, seu corpo imponente não por conta dos seus músculos esguios, porém bem existentes, sua pele branca, seu um metro e oitenta e cinco centímetros. James era o meu homem, o que me dominava, o que me possuía como nenhum outro já fizera, e eu simplesmente adorava estar em seus braços, gemendo quando ele me penetrava com toda a volúpia que ele conseguia.

E essa manhã não estava sendo diferente até aquele maldito telefonema de Jacob.

- Isso amor... mais fundo... rápido... ohhhh... James... – eu balbuciava enquanto ele me penetrava com toda a voracidade possível.

- Você gosta assim, Bella? – ele me perguntou malicioso, quando estocava de forma alucinante, tocando exatamente no meu ponto G.

- Ohhhhh... James... – eu me desfalecia em seus braços.

Trim... trim... trim...

Meu celular berrava em cima do criado mudo, mas não era um telefone que eu poderia ignorar, era o celular que eu usava somente para emergências do FBI. James também notou que ele tocava, pois sem sair de mim somente parando de se movimentar freneticamente, para um ritmo mais calmo, o alcançou para que eu atendesse.

- Swan. – disse ao colocar o telefone na minha orelha.

- Bella, para que tantas formalidades com o seu querido chefinho? Quem vê parece que você não me conhece há anos!! – Jacob dizia com deboche do outro lado da linha.

- Diga. – exasperei ferina.

- Reunião daqui a 40 minutos na sede! – ele disse categórico.

- O quê? – gritei enquanto James voltara a se movimentar dentro de mim, me fazendo soltar um gemido de prazer.

- Ho how... transando uma hora dessas da manhã? – ele disse divertido. – Desse jeito a senhorita cansa um dos meus melhores homens!

James também era agente do FBI, mais especificamente da equipe de ciberguerra (crimes da internet), subsecção antes chefiada por Jacob, que depois que assumira o cargo de chefe geral passou a ser liderada por Sam Uley.

Nos conhecemos de uma maneira única, levando em conta a profissão que seguimos, sob “fogo cruzado”. Estava eu no meu treinamento inicial de vinte uma semanas, especificamente no treino de tiro quando o conheci, James que já era agente há quase dois anos, viera até o Quantico* para treinamento de aperfeiçoamento, e estava praticando sua mira na cabine ao lado da que eu estava, mas infelizmente - ou felizmente -, eu não conseguia me acertar com a pistola automática calibre trinta e oito que estava na minha mão, e ele devido a esse meu probleminha veio me ajudar enquanto eu praguejava a plenos pulmões do revólver.

O que começou com uma breve ajuda para que eu conseguisse armar o revólver, logo se tornou na mais louca aventura sexual da minha vida. Lembro exatamente como se fosse ontem James me possuindo naquele mínimo espaço das cabines de tiro, fora assim que começamos a nos envolver, para depois de dois anos ele me pedir em casamento.

Fui tirada dos meus devaneios quando James me penetrou mais fundo, me fazendo soltar um gemido longo e audível, então notei que ainda estava no telefone com o meu adorado chefe e amigo.

- Sobre o que é a reunião? – questionei como se perguntasse se iria ou não chover.

- Isabella, saia já debaixo do agente Scott, você tem trinta minutos para estar na minha sala. – ele disse exasperado, desligando o telefone na minha cara.

- Sim, chefinho. - disse desdenhosa enquanto jogava o telefone no chão, para enfim encarar aquelas duas safiras brilhantes na minha frente.

- Algum problema, amor? – James perguntou sedutoramente, para em seguida mordiscar o lóbulo da minha orelha. Gemi com isso, enquanto ele continuava a penetrar com calma.

- Uma reunião. – disse com desdém. James entendeu o que eu quis dizer, pois, como se motivado pela minha resposta, começou a estocar mais rápido, para que depois de uns breves minutos, atingíssemos o nosso prazer matinal.

James saíra de cima de mim, caindo sobre seu lado na nossa cama, me virei para ele, o beijei com sofreguidão nos lábios.

- Me espera aqui, não devo demorar nessa maldita reunião, e quando eu voltar, continuaremos de onde paramos. – disse sensualmente em seu ouvido, o fazendo ficar extremamente excitado.

Tomei uma ducha rápida, para em seguida vestir uma saia acima do joelho preta com uma blusa de babados branca, fiz um coque irregular nos meus cabelos, uma maquiagem leve, peguei um scarpin preto que estava jogado num canto do quarto, para depois virar para o meu maravilhoso noivo que continuava extremamente excitado em cima da cama. Fui ao seu encontro para depositar um cálido beijo, mas logo se tornou feroz, com ambos mordiscando o lábio inferior do outro. Esse homem me enlouquecia.

Sai daquele quarto, antes que não chegasse nunca à sala de Jacob. Na sala de estar peguei a minha bolsa e as chaves da minha Pajero Full, e me direcionei rumo ao sede central do FBI.

Subia firmemente os degraus que me levavam a sala de Jacob. Desde quando Jake começou a cursar direito em Columbia – um ano antes de me formar no ensino médio -, eu me via também fazendo direito, só que meu sonho era outro, era Harvard, eu queria estudar lá, no berço do Direito americano, na melhor universidade de Direito dos EUA, e obviamente eu consegui, e quando com os meus vinte e dois anos conclui o meu curso, eu me sentia quase plena, só faltando uma coisa, alcançar o meu último sonho, ser agente do FBI, ser chefe, e claro que eu também consegui.

Hoje, depois de três anos no serviço de inteligência, era chefe de uma subsecção há um ano, uma das subsecções mais altivas do FBI. Eu Isabella Marie Swan, com apenas vinte e cinco anos, com meu um metro e sessenta e cinco centímetros, cabelos castanhos meio avermelhados que iam até a minha cintura, pele branca e olhos de um tom de castanho como chocolate, comandava um grupo seleto com os melhores agentes de todo o FBI. Eu me orgulhava da minha profissão, apesar dos pesares.

Finalmente cheguei à sala de Jacob, ouvia as risadas altas e animadas de todos ali dentro, bati na porta para me fazer presente antes de escancará-la. Além de Jacob a sala estava repleta com todos os meus homens, a minha equipe estava toda reunida.

Lancei um olhar indagador para Jake, e esse limitou a sorrir me indicando a cadeira ao seu lado para sentar. Ocupei o meu lugar, esperando que este começasse essa maldita reunião de emergência. Mas ele não deu início a ela. Lancei um olhar questionador a Jacob, esse respondeu a minha pergunta silenciosa.

- Está faltando um membro, Swan. – formalidades do FBI, sempre tratarmos pelo sobrenome quando estávamos próximos aos nossos subordinados, regra idiota, todos ali sem exceção me chamavam de Bella.

Quando iria questioná-lo sobre quem era o membro faltante ouço alguém bater na porta para depois entrar por essa, um homem com seu um metro e noventa centímetros, pele branca como o leite, músculos esguios, discretos, levemente marcados no seu belíssimo terno preto, seus cabelos de uma cor meio loura, meio ruiva, um estranho tom de bronze, seus olhos de um incrível tom de verde. Aquele era...

- Edward Cullen, meu amigo! – Jacob disse animado se levantando da sua cadeira, estendendo sua mão para o recém chegado.

- Black, quantos anos, não? – ele respondeu com sua voz rouca e melodiosa, com um toque de ironia.

Como eu odiava aquele ser que se encontrava na minha frente, eu não o suportava, até hoje não entendia como aguentei conviver na mesma sala de aula por cinco anos. Ali estava meu antigo colega de classe, o sempre arrogante e prepotente Edward Cullen, com seu ar de superioridade, sempre mesquinho, insuportável. Mas que raios ele estava fazendo ali? Junto comigo e com a minha equipe? Lancei a Jacob um olhar indagador, mas esse se limitou a sorrir.

- Cullen, essa é a agente Swan, responsável pela subsecção de crime organizado. – Jacob disse a plenos pulmões para que finalmente o recém chegado olhasse em minha direção. O olhar do imprestável faiscou ao me ver, assim como eu ele nutria um ódio mortal por mim.

- Agente Swan. – ele disse com um pequeno aceno de cabeça, tentando mostrar educação. Limitei-me a assentir levemente, sem dizer mais nada.

- Agora podemos iniciar a reunião. – Jake disse animado indicando a cadeira de frente para mim para que Edward sentasse, enquanto este assumia a sua posição na ponta da mesa. Virei o meu rosto sem encarar aqueles magníficos orbes verdes.

- Black, qual o motivo dessa reunião num sábado pela manhã? – questionei curiosa, afinal uma reunião de emergência com a minha equipe era no mínimo preocupante para mim.

- Il dio**. – Jacob disse temeroso, toda a minha equipe se movimentou com interesse bem como a mim e Edward Cullen. A menção daquele apelido era no mínimo inquietante, afinal, desde que eu assumira a chefia da subsecção venho tentando prender Aro Volturi, mas este mafioso italiano vive me escapando.

Aro Volturi era o que podemos chamar de “poderoso chefão”, sim bem no contexto do filme, já que ele é extremamente manipulador e poderoso. O deus, ou il dio, como todos o chamavam, já que comandava todo o crime organizado dos Estados Unidos e da Itália, sempre envolvido em casos de tráfico de drogas e armas, agiotagem, extorsão, falsificação de documentos, pirataria, prostituição, entre outros inúmeros atos criminosos. Todo o FBI tenta prendê-lo, mas a minha equipe é a responsável número um pelo caso, por esse motivo somos sempre os primeiros a ser chamados em caso de emergência.

- Alguma novidade, ele finalmente se esgueirou por território americano? – perguntei com um quê de animação já que a adrenalina de uma missão corria em minhas veias.

- Infelizmente não Swan, apesar de que viram os braços direitos dele em Nova Iorque, Caius e Marcus, mas creio que você já havia sido informada. – ele disse com um semblante desanimado.

- Sim, eu já fiquei sabendo. – disse no mesmo tom de Jacob. Caius e Marcus Volturi,  irmãos do il dio, eram os que se espreitavam por nosso território para resolver os assuntos da gigantesca máfia napolitana, Camorra***.

- Mas a questão é que vocês, equipe Águia falharam novamente em prendê-lo, já que devido à informação do nosso infiltrado era Aro que viria a Nova Iorque, o que nos faz crer que temos alguma falha, provavelmente humana aqui. – Jacob disse sério.

“Alguma falha, provavelmente humana”, não entendo por que não dizemos claramente que temos um agente duplo entre nós? Um delator? Um infiltrado? Mas não tínhamos que ser educados, para dar a sensação que o culpado, se sentisse menos culpado. Como eu odiava esse princípio, “ninguém deve se declarar culpado”. Bufei incoerentemente, atraindo a atenção de todos, somente neguei com a cabeça dizendo que não era nada.

- Dessa forma com uma reunião ontem com os superintendentes principais, tomamos algumas decisões, um tanto quanto severas. Já que a Camorra está expandindo a níveis alarmantes no país. – Jake pontuou.

- Mas chefe, - Mike Newton, um dos meus homens começou, atraindo a atenção de todos nós. – como podemos afirmar com cem por cento de certeza que temos alguém da Camorra infiltrado entre nós? Por que bem, se existe mesmo, esse delator pode estar aqui entre nós nesse momento.

Após as palavras de Newton todos os vinte e quatro agentes concordaram com o que ele disse, arrancando um sorriso torto prepotente de Edward Cullen, me fazendo novamente indagar o que aquele desgraçado fazia ali. Jacob sorriu animado como se aquele fosse o motivo daquela reunião. Uma sensação ruim passou pelo meu corpo fazendo um arrepio se instalar nas minhas costas.

- Exatamente ai que todos os nossos superiores se preocupam, por isso essa subsecção de crime organizado será modificada.

- Como é que é Jacob? – perguntei alto, esquecendo de tratá-lo da maneira correta.

- Isso que a senhorita ouviu Swan, essa subsecção está passando por transformações e a primeira delas, e talvez a única que todos os senhores e senhora – já que eu era a única mulher no mar de vinte sete homens. - irão saber hoje, é que a partir de agora vocês terão além da senhorita Isabella Swan, terão como chefe também Edward Cullen!

- Quê? – eu e o detestável Cullen perguntamos em uníssono. Fazendo Jacob alargar ainda mais o sorriso. Desgraçado de um Jacob, literalmente rindo da desgraça alheia.

- Isso mesmo que vocês ouviram, a partir de hoje vocês serão um só. Uma mente só, um corpo só se possível – Jacob deu uma risadinha de escárnio, lançando um olhar de mim para o Cullen. –, todos os passos, atitudes, ações dessa subsecção tem que estar aprovada pelos dois. Já que agora vocês são parceiros. – ele deu um suspiro cansado antes de continuar. – Bem, como todos já estão interados das novidades, Swan, Cullen, vocês dois precisam discutir o plano, e enviá-lo até as cinco da tarde uma cópia para o pentágono, uma para o superintendente Thompson, deixar uma cópia para mim...

- De hoje? – perguntei incoerentemente.

- Obviamente Swan. – Jacob respondeu categórico, arrancando um sorriso cínico do Cullen. Babaca. – É isso, por favor, não se matem. Eu sei como dois colegas de classe devem estar morrendo se saudades um do outro, por isso TRABALHEM! – ele enfatizou o que queria de nós, como se fossemos fazer outra coisa.

- Teremos muito tempo para relembrar os tempos de faculdade, não é mesmo Swan? – o Cullen questionou com escárnio.

- Espero que não. – murmurei o que fez o infeliz rir. Idiota.

- Vejo que o clima amigável de vocês está gritante - Jacob sendo irônico é péssimo. –, por isso vou deixá-los trabalharem na sala de reuniões de vocês. – essa era a deixa para que fossemos para o meu, quer dizer, nosso departamento trabalhar.

Levantei da cadeira em que estava sentada, e caminhei até onde Jacob estava para conversar com ele, já que Edward Cullen estava “conversando” com meus homens.

- Que palhaçada é essa, Jacob? – sussurrei em seu ouvido.

- Do que você está falando, Bella? – ele perguntou se fazendo de inocente.

- Cullen? Você quer mesmo que eu trabalhe com ele? – questionei irritada.

- Bella está na hora de você superar o que aconteceu há quase sete anos...

- Eu não vou superar. – disse interrompendo Jake.

- Ele ocupava a mesma posição que você, só que na sede de Los Angeles, e foi indicado pelo Thompson. Então por favor, Isabella, comporte-se. – ele colocou um tom extremamente irônico e autoritário na última palavra o que me fez bufar de raiva. – Muito bem... domine seus instintos, leoa.

Fechei meus olhos e contei até dez para não trucidar Jake. Ele estava fazendo de propósito, me colocando para trabalhar ao lado de Edward Anthony Cullen, ele queria o que? Uma guerra no departamento mais importante do FBI, bem... ele teria uma nova guerra fria, pois eu seria totalmente estrategista nesta briga. Sorri desdenhosa para Jake, antes de sair a passos largos daquela sala.

Caminhava para o andar do meu departamento, que era exatamente no andar debaixo a sala de Jacob. Os meus pensamentos estavam a mil, como eu faria Edward desistir do caso Camorra e principalmente de compartilhar a chefia do departamento comigo?

Estava tão imersa nas minhas divagações que nem notei que havia chego à escada. Só a percebi, pois, literalmente me vi rolando por ela, mas incrivelmente uma mão extremamente quente me segurou para que o meu acidente não fosse catastrófico.

Uma corrente elétrica passou por todo o meu corpo, uma dormência atingiu meus músculos, um cheiro masculino vagamente familiar e marcante invadiu minhas narinas, senti que estava dopada. Pisquei meus olhos algumas vezes, para finalmente encarar quem havia sido meu salvador, mas a última coisa que eu imaginava ver eram aquelas duas esmeraldas me encarando. Maldito Edward Cullen, ele havia evitado a minha queda e ainda sorria presunçoso para mim.

- Continua desastrada Bella. – porque infernos meu nome sai ainda mais melodioso quando pronunciado por aqueles lábios, por aquele homem? Que merda eu estou pensando? Definitivamente eu preciso voltar logo para a minha casa e terminar o meu sexo maravilhosamente bom com o meu noivo.

- O que faz aqui Edward? – questionei sem me importar em respondê-lo sobre o meu equilíbrio.

- Fui convocado para dar um jeito na sua bagunça. – ele disse sarcástico, me posicionando reta, próximo ao corrimão. – Você pelo que fiquei sabendo, vem errando muito.

- Há... há... há... como se fosse a minha culpa que o cara é pior que fumaça. – disse firme começando a descer as escadas, o que foi seguido rapidamente pelo insuportável.

- Então você assume que está falhando?

- Você sabe que eu nunca falho. – disse confiante.

- Aham... sei... oh se sei. – ele disse ironicamente. – Sabe, sinto falta daquela tigresa que começou a cursar Harvard comigo. – ele disse tranqüilo, estanquei, enquanto esse continuava rindo, descendo as escadas.

Maldito, maldito, MALDITO.

Se ele acha que vai ficar me insultando e não vai levar a dele, está muito enganado. Respirei fundo algumas vezes, soltei o coque que havia feito no cabelo pela manhã, abri dois botões da minha blusa para deixar evidente o meu sutiã de renda branco, estufei o meu peito, abri o zíper lateral da minha saia, dando um ar sedutor a minha roupa. Tá que eu estava parecendo uma atriz pornô, daqueles filmes onde a professora dá uma aula sexual ao seu aluno, mas eu sabia que deixaria pelo menos Edward Cullen desconfortável me ver assim. Sorri comigo mesma, e comecei a caminhar a passos firmes ao meu departamento.

Quando entrei na sala, vi que ele se encontrava de costas para a porta, - que era onde eu estava -, sentado em uma das cadeiras da sala lendo alguns documentos, alarguei meu sorriso presunçoso.

Prepara-se Edward Cullen, seu inferno vai começar.

Peguei a pasta com as novas especificações do Thompson e de Jacob, e caminhei rumo à mesa. Ele escutou meus passos, mas, não levantou seu olhar. Idiota, acha que vai agüentar. Sentei-me sobre a mesa ao seu lado cruzando as minhas pernas, e devido à fenda deixando a minha coxa totalmente a mostra. Escutei-o arfando, e engolindo em seco, para em seguida levantar os olhos e vislumbrar meu decote. Notei seu pomo de adão subindo e descendo violentamente algumas vezes. Coloquei a minha melhor cara de sexy, e quando ele encarou meu rosto, mordi meus lábios provocando. Notei os olhos verdes dele ficarem negros de desejo, novamente tive que rir internamente.

- Ainda sente falta da tigresa, tigrão? – perguntei sedutoramente, xingando-me internamente por usar esses apelidos ridículos. Ele me fitou abobalhado durante uns dois minutos, até que enfim recuperou a sua fala.

- Sabe Bella, você ainda me excita - ele me encarou nos olhos, e depois desviou os olhos para baixo, curiosa eu fui ver o que este olhava, e puta merda, ele estava excitado. – muito, mas não vai ser essas suas maravilhosas pernas, ou esses seus seios totalmente apetitosos, que vão me fazer desistir desse caso. – ele disse convicto.

Eu odeio perder algo, e perder algo para Edward Cullen, era ainda pior, eu fiz a coisa mais vulgar e baixa que eu poderia, mas estávamos em guerra e eu usaria todas as minhas artimanhas. Vir-me-ei de frente para ele, ainda sentada em cima da mesa, e coloquei as minhas pernas uma de cada lado dele, as abrindo literalmente para ele vislumbrar a minha mini calcinha de renda branca.

- Será que não vai mesmo, Edward? – perguntei sensualmente quase enterrando o seu rosto entre meus seios, onde ele tentou beijá-los, mas não conseguiu. Desci da mesa encostando propositalmente nossas intimidades, ele arfou e tentou relaxar em sua cadeira, sorri presunçosa e sai de cima dele. Quando já me encontrava as suas costas, fiz as minhas mãos descerem e subirem por aquele peitoral definido, e depois fazer uma suave massagem nos seus ombros.

- Bell... aaahh. – ele gemeu devido a minha massagem nele.

- Parece que você já está em minhas mãos, Cullen. – sussurrei em seu ouvido, mordiscando o lóbulo. Afastando-me para enfim assumir meu lugar na mesa. Escutei o Cullen ofegante. Quando finalmente sentei na minha cadeira, eu encarei aquele rosto e vi em seu olhar três coisas: desejo, excitação e ódio. Eu sabia facilmente despertar essas três coisas nele, e ele em mim.

- Esse jogo vai ser interessante, Swan. – ele disse dando aquele sorriso torto enigmático. Imbecil! Eu não caio mais nessa sua tática.

Enterrei-me nas novas especificações que o Thompson, Jacob e um novo membro da Interpol que nos auxiliaria nas investigações e na futura prisão do il dio, Carlisle Cullen, me passaram e quando vi o sobrenome do novo chefe, não consegui segurar e tive que questionar o detestável.

- Novamente utilizando seus contatos para ter o que quer, não é mesmo Edward? – perguntei entre os dentes, segurando para não espancar esse desgraçado.

- Você diz isso porque o meu irmão irá “nos” ajudar a fazer o trabalho que você não consegue? – rebateu com outra pergunta cínica.

- Sempre o mesmo arrogante e prepotente do início a faculdade, você deveria tentar mudar esse seu jeito. – disse distraidamente, voltando a minha atenção aos papéis que estavam em minhas mãos.

- Você sempre gostou do arrogante e do prepotente, principalmente nas noites frias de Boston. – ele disse com escárnio.

- E você nas noites quentes não é mesmo, querido? – indaguei irritada, o que o fez soltar uma gargalhada.

- Vai Bella assume que você nunca conseguiu se manter muito longe dos meus lençóis, é algo mais digno de se fazer. – ele disse com a voz cansada, tirando sua atenção dos papéis que deveria analisar, para me encarar com aquele olhar intimidador.

- Era culpa da cerveja que servia no Black Rose. – murmurei. O que fez gargalhar ainda mais.

- A culpa agora é da Guinness****? – ele perguntou com humor.

- Talvez... – disse indecisa, afinal, usar a desculpa que eu estava bêbada nas inúmeras vezes em que eu e esse babaca transamos era ridículo até mesmo para uma adolescente, mas eu não assumiria a ele que eu me apaixonei por ele, antes dele fazer o que fez comigo.

- Sabe Bella, está ai uma coisa que eu nunca entendi: nossas discussões, nossos júris simulados, nossos debates na faculdade eram tão fervorosos, tão divergentes, tão ambíguos, mas no fim de noite sempre acabávamos um no braço do outro por mais que declarássemos que nos odiávamos mortalmente. – ele soltou um suspiro, e eu sabia que vinha mais bomba. – Por que era sempre assim? – questionou arqueando uma sobrancelha.

- Porque nós vivíamos bêbados, Cullen. – disse mal humorada, não queria me lembrar daquilo justamente agora.

- É...talvez... – ele disse submerso em lembranças, enquanto eu tentava ler pela sexta vez uma instrução. – Sabe Bella, queria andar logo com esse nosso trabalho, já que daqui algumas horas a minha noiva estará aterrissando aqui em Washington. – ele disse entediado.

Parei o que estava tentando ler, e voltei meu olhar para aquele rosto que eu tanto odiava. Afinal, as palavras Edward Cullen, relacionamento sério e noivo não cabiam na mesma frase.

- Noivo? Você? – perguntei num misto de ironia e surpresa, totalmente descrente.

- Ora Bella, não é só você que pode ter alguém. – ele replicou com certa ironia. Com a minha curiosidade aflorando não resisti e o questionei novamente.

- Quem é a vítima ou a louca? – perguntei com sarcasmo.

- Jane Lewis. – ele disse com um sorriso bobo.

- Jane Lewis de...

- Poder da Corrupção? Sim, é ela mesma. – ele disse orgulhoso.

Jane Lewis era o novo rosto de Hollywood, depois de seu primeiro filme Poder da Corrupção ela se tornou a atriz mais popular e mais prestigiada por todos. Havia uma guerra entre estúdios e diretores para terem ela estrelando seus filmes, mas a mulher escolhia a dedo em qual ela participaria, o que a deixava ainda mais aclamada pela crítica, já que ela tinha em sua casa nada mais nada menos que cinco Globos de Ouro, e dois Oscars, ou seja, uma atriz excepcional.

- Você acha que eu acredito que você está noivo de uma mulher daquelas? – perguntei com descaso.

- Duvida? Olha aqui. – então ele me atirou seu celular com inúmeras fotografias dos dois, infelizmente não poderia negar que formavam um casal muito bonito.

- Humm. – limitei a murmurar finalmente lhe entregando seu telefone, ele sorriu torto, e voltou a sua atenção aos seus papéis.

Ficamos trabalhando em silêncio por um bom tempo, o único som que tinha na sala era o de nossas canetas arranhando papel com nossas anotações. As novas medidas implementadas para tentar prender il dio eram extremas, e sem sombra de dúvidas com o resultado totalmente garantido.

Assim que terminei minhas anotações encarei meu parceiro que escrevia algo em suas recomendações com um sorriso torto e arrogante nos lábios, o que me fez rolar os olhos.

- Me sinto quase envergonhado com você me encarando desse jeito, Bella. – disse ele ainda de cabeça baixa me sobressaltando.

- E quem disse que eu estava encarando você? – o questionei, me esquivando do fato que eu realmente o encarava.

- Como você se ilude Bella, assume que você não resiste a mim. – sibilou antes de finalmente me encarar com aqueles orbes verdes perturbadores.

- Estou para dizer que você que não resiste a mim, Cullen. – rebati com um sorriso de escárnio, que o fez gargalhar.

- Bella, Bella, Bella... esqueceu que você é péssima em blefes? – perguntou divertido, estendendo suas anotações para que eu as verificasse e assinasse, uma vez que agora ambos éramos chefes da subsecção, tudo tinha que ser aprovado pelos dois. Peguei-as com violência, jogando as minhas para ele, sem respondê-lo, ele somente riu torto, e começou a encarar as minhas anotações.

A caligrafia perfeita de Edward continuava a mesma, e as anotações que ele havia feito no plano, complementava extraordinariamente as minhas. Não tinha como negar, ele era muito bom no que fazia, e parecia que juntos seriamos excelentes.

Continuei lendo suas especificações, não havia nada que eu pudesse contestar, até que...

- Você quer mudar a minha equipe?

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Notas:

*Quantico: é uma área extremamente verde, e equipada a alguns minutos do centro de Washington - DC, onde se localiza a Academia de Preparação de agentes do FBI.

**Il dio: o deus em italiano.

***Camorra: A Camorra é o único fenômeno mafioso proveniente de um meio urbano. Seu lugar de nascimento é Nápoles, Itália; a data, em torno do início do século XIX. A Camorra controla de perto o território, e é muito integrada ao tecido social, sobretudo junto às camadas mais pobres. Imagina-se que conte atualmente com cerca de 110 famílias operacionais e cerca de 7000 afiliados. As atividades da Camorra são incontáveis, da agiotagem à extorsão, do contrabando de cigarros ao tráfico de drogas, da importação irregular de carne à fraude à União Européia. Sem esquecer os dois sectores "tradicionais" de monopólio: o do jogo clandestino e o de produção de cimento na região da Campânia.

****Guinness: A Guinness é uma cerveja irlandesa cuja história teve início em 1759, quando Arthur Guinness alugou uma fábrica em Dublin, na Irlanda, e começou a produzir sua cerveja. Com quase 300 anos de história, a cerveja Guinness é produzida com a mesma composição: malte irlandês, água de Dublin, lúpulo e levedura. A cerveja Guinness é produzida localmente em 55 países e comercializada num total de 155 países, possuindo 80% de participação no mercado mundial de cerveja preta. Ao redor do mundo, 170 mil pubs consomem 10 milhões de copos (pints) de Guinness diariamente.

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N/A: Amores... então gostaram desse primeiro capítulo?!

Eu sei, inesperado não!? Bella noiva do James, Edward da Jane. Os dois tiveram algo na faculdade, mas que terminou devido a alguma coisa que o Edward fez, mas o que poderia ser?! *huahuahuahua* Isso ainda é segredo!

Bem... eu particularmente não gosto de primeiros capítulos, eles são tão vagos, e esse aqui não foi diferente, tivemos uma apresentação sobre quem é quem, como as coisas acontecem, mas ainda tem muitas, mas muitas outras coisas que nossos dois agentes ainda terão que passar, algumas tensas outras hilárias... e óbvio o drama central da história que em breve eu vou mostrar a vocês.

Mas então gostaram?! Odiaram?!  Acham que eu devo mudar alguma coisa?! Sejam bonzinhos comigo e me deixam reviews e comentários lindos e com suas opiniões, ok?!

Bem vindos a essa nova loucura! *hihihihi*

Beijos,

Carol

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N/B: Uowwwww!!!! Tenho que discordar da Dona Carol: os primeiros capítulos são O MÁXIMO! Quem não fica tentada a continuar lendo depois de um primeiro capítulo assim? MARA TOTAL! Eu curti muito a personalidade da Bella, uma típica mulher boazuda, moderna e que confia loucamente no seu taco! Nem precisa dizer que ter o James envolvido (e sexualmente falando, ui!) também tem tudo pra ter muita tensão no ar! Será que ele vai ser tão cavalheiro e solidário como o nosso querido James de “Inexplicavelmente Amor”? Estou tentada a dizer que não... e isso eu pago pra ver! E esse Edward Cullen causando geral? As mil e uma formas que a Bella arrumou para xingá-lo... hauhauhauahaua, QUANTO ÓDIOZINHO NO CORAÇÃO! Mas onde tem tanta raiva tem um tiquinho de amor e onde tem segredo e passado, tem dedo de Carol Venâncio! Portanto: VAMOS LER, COMENTAR, OPINAR! A bomba relógio foi ativada: Aro Volturi como Il Dio, a Máfia em peso... e alguém já consegue arriscar quem seria a “falha humana” (e a Carol prova mais uma vez que suas fics tem muito mais que boa história, elas tem CONTEÚDO DE VERDADE!) entre eles?Emoções e aventuras, amigas leitoras! E vamos prestigiar!

* Beta totalmente feliz *

Bjins,

Tod!

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Quer fazer uma pobre autora feliz?! oO

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Ficarei encantada em ler!!!

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