Just Justice escrita por Sophie Queen


Capítulo 15
Farsas




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DISCLAIMER: Eu não sou proprietária ou dona da saga TWILIGHT, todos os personagens e algumas características são de autoria e obra de Stephenie Meyer. Mas a temática, o enredo, e tudo mais que contém na fanfiction JUST JUSTICE, é de minha autoria. Dessa maneira ela é propriedade minha, e qualquer cópia, adaptação, tradução, postagem ou afins sem a minha autorização será denunciado sem piedade. Obrigada pela atenção.
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N/A: Oie meus amores!

Como vocês estão? Espero que excessivamente bem. Óbvio que atrasei o capítulo como normalmente acontece, mas é que semana passada estava dando uma de operaria da construção civil aqui em casa, pintando os quartos e que foi meio impossível escrever, mas assim que terminei minha empreitada comecei a trabalhar por aqui.

Outra coisa que gostaria de pedir desde já é a compreensão de vocês. Essa semana saiu o edital do exame da OAB, e se eu quero me tornar gente grande *cof cof advogada cof cof* tenho que me dedicar integralmente aos estudos, por conta das minhas atividades na minha vida real, eu não sei quando poderei escrever um capítulo, mas prometo que tentarei escrever algo no meu tempinho livre, ok?

Agradeço desde já a compreensão de vocês, e se tudo der certo e eu conseguir passar essa etapa da minha vida, prometo recompensá-los no futuro, ok?

Espero que vocês curtam o capítulo, ele é um pouco confuso e tem uma surpresa no final, mas como tudo o que escrevo nessa história já está previamente elaborado e sistematizado.

Obrigada a todos que leram e comentaram, ou aqueles que leram e não comentaram, é bom saber que vocês tiram alguns minutos do seu dia para ler as loucuras que escrevo. Obrigada também pelas reviews, favoritações, recomendações e alertas, são vocês que me motivam a continuar escrevendo essa história.

AGRADEÇO MAIS UMA VEZ PELO CARINHO IMENSO QUE VOCÊS ME DÃO.
OBRIGADA MESMO, AMO MUITO CADA UM DE VOCÊS!

Boa leitura e nos falamos mais lá embaixo. ;D

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JUST JUSTICE

capítulo catorze
Farsas

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"A verdade ou os segredos? A mentira ou as farsas?
Vivemos em um mundo onde a verdade com os segredos
estão fechadas enquanto a mentira e as farsas estão abertas."

- Shton Daglash -

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Isabella Swan

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As palavras de Rosalie pareciam gritar em minha cabeça. Porém, eram gritos em uma língua que desconhecia, provavelmente russo ou algum dialeto daquela região.

"Não existe Camorra. É uma fachada.".

O que isso significava? Como algo que tínhamos todas as evidências de sua existência, de repente não existe? Como seguir com as investigações a partir de agora? O que fazer com tudo o que conseguimos antes? E principalmente, o que faríamos com essa informação vaga e incompleta? Estes eram os pensamentos que dominavam a minha mente nos últimos dez dias.

Havia se passado dez dias da ligação em que Rosalie nos informou que tudo o que vinha trabalhando a mais de um ano era uma farsa. Mas engana-se dizer que conseguimos algum progresso em conseguir descobrir o que isso significava. Não conseguíamos encontrar nada. A polícia italiana não tinha informações, eles assim como nós estavam crentes que a máfia napolitana Camorra era uma das organizações criminosas mais perigosas do mundo, provavelmente lado a lado com a 'Al Qaeda', nenhuma informação era real totalmente ou falsa completamente.

Nem mesmo nosso infiltrado na máfia italiana – Alastair – entrou em contato conosco ou com Eleazar.

Eram dez dias de silêncio absoluto. Nenhuma comunicação sobre qualquer coisa, e devido a essa abstinência de informações os piores cenários surgiam em minha mente. Cenários estes que tinha previsto desde o início, quando Eleazar propunha essa missão. Falhas visíveis e terríveis. Era uma missão suicida. Esse era o maldito pensamento que parecia fincado em meu cérebro, sempre acompanhado de questões preocupantes: será que eles haviam sido pegos? E estavam passando por torturas, castigos para dizer o que sabiam? Será que eles estavam mortos?

Toda essa apreensão e falta de informação fazia meus nervos entrarem em ebulição. Eu sentia o cheiro do fracasso novamente. A frustração que me consumia, atacava meu psicológico mais do que eu gostaria de pensar, foi assim que em uma das sessões semanais com meu psiquiatra-terepeuta, que com dez minutos de conversa notou facilmente o nível alarmante do meu estresse e nervosismo, decidiu aumentar a dosagem dos meus medicamentos – como se já não fosse viciada neles -, na intenção de que eles ajudariam a controlar meu estado emocional e mental no trabalho, mas doce engano, nada era suficiente para me acalmar.

James e Edward estavam preocupados com meu estado nos últimos dias. Não conseguia comer direito, não conseguia dormir bem e vivia constantemente agitada. De alguma maneira bizarra, que prefiro sequer descobrir como os dois homens da minha vida se revezavam em verificar como eu estava um em casa e outro no FBI, isto estava me deixando mais nervosa e irritada do que nunca, odiava atenção sobre mim, ainda mais quando vinham do meu marido e noivo. Era aterrorizante pensar nessa amistosidade entre eles.

Eleazar – de uma maneira mais fraternal, do que apaixonada – era outro que se manifestou preocupado com o meu bem estar, sugerindo que me afastasse do departamento por alguns dias a fim de controlar meu estado emocional, mas nem se me pagassem eu conseguiria me afastar, estava cem por cento focada em tudo o que estava acontecendo, ou melhor, o que deveria estar acontecendo.

Eu me sentia responsável pela integridade dos meus agentes. Emmett e Jasper eram quem me colocavam em uma direção mais centrada nos casos que tínhamos, quando era só minha responsabilidade chefiar a subseção, eles me ajudavam, me conduziam, davam conselhos. Eram os irmãos mais velhos que eu sempre quis, por conta disto não conseguia pensar que ambos poderiam estar sofrendo ou então passando. Eu temia perdê-los.

Rosalie e Alice haviam se tornado o mais próximo de melhores amigas que já tive na vida – por mais que não consiga confiar cem por cento em alguém do sexo feminino -, ambas eram como o equilíbrio da equipe e desde que elas e Angela ingressaram na mesma, nossos trabalhos ficaram muito mais concisos e coesos. Elas eram como uma parte essencial da estrutura que só notei que faltava quando elas estavam ausentes, nesse maldito período investigando um novo grupo de mafiosos, que constatei ser tão, ou mais, perigosos do que os que tentava prender a um ano.

Coloquei minha cabeça sobre meus braços que estavam cruzados sobre a mesa, e suspirei cansada. Minha cabeça vivia constantemente latejando, nenhum medicamento era suficiente para fazê-la passar, e sinceramente, tinha medo se passasse.

- Tire alguns dias de folga, Bella. Por favor. – implorou Edward, pela milionésima vez.

Desde o telefonema de Rosalie, há dez dias, Edward e eu ficávamos de prontidão em frente ao computador e ao telefone, quando não em minha sala, na dele. Desde que não tínhamos novas informações, nosso trabalho estava dependendo das informações – que nem tinha certeza se existia – dos nossos agentes que estavam no leste europeu, e devido a isso nos tornamos inseparáveis, éramos como extensões um do outro, aonde um ia, o outro ia atrás, pelo menos era assim no departamento.

Por vezes Edward tentava tirar meus pensamentos sobre o caso, relembrando alguns momentos da faculdade, mas por mais que ele tentava não se lembrar do tempo que compartilhávamos sempre acabava com aquele silêncio constrangedor, porque sempre nos lembrávamos do que acontecia depois: Edward e eu nus, nos amando sem nenhum pudor.

- Não quero folga Edward, eu preciso saber o que aconteceu com meus agentes! – exclamei exaltada.

- Bella, eu também quero, mas ficar nesse nervosismo e estresse não vai adiantar nada. Você precisa se acalmar, se não você irá ficar doente. – declamou preocupadamente.

- Eu não irei ficar doente. Só ficarei se não souber o que aconteceu com eles ou se... se o pior aconteceu. – explanei, esfregando meus olhos com as palmas das minhas mãos, provavelmente borrando minha maquiagem.

- Não aconteceu nada com eles. Só devem ter tido um contratempo. – disse incerto. Ri sem humor.

- Nem você acredita em suas palavras. – contrapus. Ele somente deu de ombros.

- Toc toc, será que atrapalho? – inquiriu James que estava parado na porta da minha sala. Sorri ao notar seus olhos azuis brilhando apaixonados para mim, porém, ao olhar de relance para o Edward que estava sentado em frente a mim seus olhos verdes brilhavam da mesma maneira, por mais que não estivéssemos juntos.

Como eu havia dito, essa aproximação dos dois me deixava ainda mais estressada.

- Não James. Como está? – perguntou educadamente Edward.

- Bem, e você? Será que essa pessoa incrível com quem trabalha te deu dor de cabeça hoje? – questionou divertido meu noivo ao meu marido.

- Nada fora do comum. – respondeu Edward, dando de ombros.

Eu queria gritar, chorar de desespero. Tudo estava fora do comum, os dois estavam conversando sobre mim como se ambos não tivessem me fodido de todas as maneiras possíveis. Tudo bem, James não sabia que Edward já havia me fodido muitas e muitas vezes, mas mesmo assim era perturbador. Perturbador porque Edward com toda certeza sabia que James já havia feito tudo o que outrora ele fizera também.

Que merda eu estou pensando?

Sacudi minha cabeça, tentando clarear meus pensamentos. Não podia me prender no meu próprio drama pessoal com a crise que estava vivendo no momento em minha subseção.

- Será que está pronta para irmos almoçar? – a voz de James perguntou ao longe.

- Como? – inquiri incoerentemente.

- James perguntou se você está pronta para almoçar com ele. – respondeu Edward, me fitando com toda a intensidade de seus olhos verdes e os estreitando em desafio, mantive seu olhar por alguns segundos, antes de desviá-los e encarar James que mantinha seu sorriso no rosto, mas seus olhos pareciam estudar a cena em si.

- Claro. – disse com a voz tremida. – Almoço. – levantei-me meio atrapalhada de onde estava sentada pegando a minha bolsa que estava sobre um balcão ao lado da minha mesa.

- Bom almoço para vocês. – disse ironicamente Edward. Olhei estupefata para ele, mas aquele desgraçado era muito cínico e mantinha seu sorriso torto usual enquanto virava sua cadeira giratória nos observando sair.

- Obrigado Edward, até mais. – agradeceu James, apoiando sua mão na base de minha coluna enquanto caminhávamos para fora do complexo de salas que era a minha subseção.

Meus pensamentos ainda estavam presos na ironia que a voz de Edward derramava enquanto conversava com James; ou seria presunção dele por ter sido o outro na minha relação com James ou ainda porque compartilhávamos um segredo sujo? Eu temia as verdadeiras intenções de Edward.

- O que acontece com esse seu parceiro? – inquiriu James, quando estávamos no andar inferior, próximo a saída do prédio.

- Como assim? – perguntei reflexivamente. James estreitou seus olhos azuis, como se me analisasse. Me xinguei mentalmente por ter respondido rápido e efusivamente demais.

- Ah... ele parece super protetor sobre você. Como se soubesse de algo que não faço a mínima idéia do que seja. – explicou dando de ombros.

Merda. Merda. Merda. Merda.

Porque Edward tem que ser tão presunçoso? Claro que as atitudes dele mostravam que sabia algo de mim que ninguém fazia idéia! Éramos casados! Pelo jeito os próximos dez meses custariam a passar, para que finalmente me visse livre daquele casamento impensado.

- Impressão sua, James. – respondi distraidamente.

- Mas vocês fizeram faculdade juntos, certo? – questionou curioso.

- Sim fizemos, mas mal conversávamos. Edward achava que era o rei da cocada preta em Harvard. – expliquei concisamente.

- Bom, o que você escolhe: comida italiana ou chinesa? – perguntou mudando de assunto.

- Qualquer uma. – respondi dando de ombros, porque eu realmente não sabia qual era pior, ambas faziam lembrar-me de Edward.

Mas que merda! Agora ficarei com ele na minha cabeça o tempo todo?

James optou por italiana, e como a pequena cantina era uma quadra do departamento do FBI, fomos andando até lá. Durante nosso almoço incomum – incomum porque nunca almoçávamos juntos durante o expediente, era rara as vezes que conseguíamos isto -, mantemos um assunto leve: nada sobre casos que investigávamos ou Edward. Eram coisas aleatórias como detalhes do nosso casamento que gostaríamos – melhor, eu gostaria - de realizar em dezembro do próximo ano, ou uma visita aos seus pais, ou ainda aos meus.

Estava tão confortável na conversa leve e divertida que nem notei que nossas duas horas de almoço haviam passado, parece que foi num piscar de olhos. Voltamos ao departamento de mãos dadas e em um silêncio amigável, e quando estávamos na porta da minha sala James me beijou sofregamente, algo que pelas regras não deveríamos fazer dentro do prédio.

- Te vejo mais tarde. – sibilou, antes de afastar. Sorri bobamente, eu estava encantada e apaixonada por James, não importava que eu amasse Edward, eu poderia me apaixonar e amar duas pessoas.

- Ele é um bom sujeito, vocês ficam bonitos juntos. Pena que você o engana. – sibilou Edward, que quando me virei constatei que ele ainda estava sentado na cadeira que ocupava anteriormente na minha sala.

- Eu não o engano. Só omito algo que é desnecessário ele saber. – disse dando de ombros e colocando minha bolsa sobre o balcão que estava antes.

- Entenda como quiser, para mim você ainda o engana, mente para ele. – ponderou Edward.

- E você não faz isso? – questionei irritadiça, me debruçando sobre a mesa deixando meu rosto a centímetros do dele, que também estava curvado sobre a mesa.

- Mas eu não tenho nenhum compromisso com ninguém. Na verdade, eu sequer tenho um relacionamento com alguém, quer dizer, com você eu tenho, mas ele é profissional. – disse dando uma piscadela. Rolei meus olhos, Edward às vezes era tão infantil.

XxXxXxXxXxX

Nós dois ainda estávamos em minha sala, mais tarde naquele dia, estudando alguns diagramas – que era a única coisa que fazíamos nos últimos dias -, quando o telefone da minha mesa tocou me sobressaltando, mas fora Edward que atendeu.

- Cullen.

- Edward, quero que você e Isabella me encontrem no estacionamento em cinco minutos. – a voz cheia de comando de Eleazar ressoou pelos auto-falantes do telefone. Edward olhou confuso para mim e retribui seu olhar.

- Estamos a caminho, senhor. – Edward respondeu antes de a chamada ser encerrada.

- O que será que aconteceu agora? – perguntei cansada, olhando as horas no meu relógio de pulso.

- Espero que nada grave ou terrível. – declamou Edward.

Com meu celular em mãos, fizemos o caminho até o estacionamento do departamento onde Eleazar estava nos esperando em uma das SVU pretas do FBI. Ele parecia agitado e impaciente, por isso tanto Edward quanto eu, apertamos o passo e logo estávamos acomodados dentro do carro que mal havia terminado de fechar a porta já estava saindo a todo vapor para fora dos limites do departamento.

- Para onde estamos indo, Eleazar? – inquiri curiosa.

- Aeroporto Ronald Reagan. – respondeu impaciente.

Nem eu, nem Edward questionamos o motivo por estarmos indo ao aeroporto, mas a minha confusão e medo pelos motivos pareciam tomar meu corpo através de tremores. Felizmente este era o aeroporto mais próximo a cidade, e exatos vinte minutos depois adentrávamos o estacionamento do mesmo, na aérea destinada as autoridades.

- Vamos? – perguntou Eleazar saindo do veículo, imediatamente o seguimos em silêncio.

A falta de explicações de Eleazar me deixava mais e mais nervosa, porque odiava não saber o que estava fazendo. Olhei de relance para Edward e ele estava com a mesmíssima expressão que a minha: apreensão.

Eleazar parou em determinado tempo e falou rapidamente com um dos guardas alfandegários, que o indicou um lugar, no qual o seguimos. Inesperadamente Eleazar parou bruscamente e nos fitou.

- Teremos que fazer isso aqui, porque a sede do FBI com aquele maldito infiltrado não é segura. – explicou abrindo a porta que estávamos em frente.

Minha expressão era de choque mesclada com alívio, por assim dizer. Sentados naquela sala estavam os quatro agentes de minha equipe, Alastair e uma mulher que nunca havia visto antes, ela tinha cabelos loiros claríssimos quase brancos, olhos de um azul claro singular e pele extremamente branca. Mas o estado em que os seis se encontravam me assustou.

Emmett com todos os seus músculos estava com uma perna e um braço engessados e um imobilizador no pescoço, acompanhado de inúmeras feridas e hematomas em seu rosto.

Jasper talvez fosse o que se encontrava em pior estado. Suas duas pernas estavam engessadas, ele estava deitado sobre uma maca, e eu via ferimentos em seu abdômen, ombro e cabeça que mesmo com os curativos dava para ver sangue no creme pálido das gazes. Seu rosto e braços – que estavam descobertos – eram visíveis inúmeros ferimentos.

Rosalie tinha uma tala em seu braço direito e um curativo próximo a sua costela, que da mesma maneira que os de Jasper pareciam sangrar ainda. Nas partes visíveis do seu corpo havia inúmeros hematomas e pequenos ferimentos.

Alice assim como os outros também tinha inúmeros hematomas e ferimentos, mas o que mais me assustava ao ver a pequenina agente era o imobilizador que esta usava na coluna, e pela sua expressão eu notava que a estava incomodando ou doendo, ou melhor, os dois.

Alastair também tinha hematomas e ferimentos, mas o único mais preocupante era a gaze que sangrava menos do que as de Jasper e Rosalie em seu braço esquerdo. Já a sexta mulher, a loira, que não fazia idéia de quem poderia ser felizmente só tinha pequenos hematomas e ferimentos, mas nada grave aparentemente.

O que havia acontecido a eles? O temor que a resposta me causava dava-me náuseas, eu literalmente me via sucumbindo ao meu próprio peso, por sorte Edward que estava ao meu lado me segurou com agilidade, me sentando em uma cadeira vazia próxima de onde estávamos.

- Me sinto aliviado em vê-los bem, na medida do possível. – disse Eleazar com um sorriso confortador. – Fiquei perturbado com seu telefone Bree, achei que tínhamos uma tragédia. – disse a mulher loira, que agora percebi ser a nossa infiltrada na máfia russa.

- Desculpa senhor Campbell, mas foram complicados para nós os últimos dias. – disse a mulher com seu sotaque russo arrastado.

- Imagino que sim, mas fico feliz em vê-los vivos. – declamou novamente com um sorriso no rosto. – Eu só quero ter uma conversa rápida com vocês longe do departamento antes de mandar os cuidados médicos. – explanou.

Os seis agentes que estavam na nossa frente confirmaram com a cabeça, acatando as ordens. Eu necessitava saber o que aconteceu com eles, porque o estado em que se encontravam indicava que quase o pior havia acontecido. Parecendo ler meus pensamentos Edward os questionou:

- O que aconteceu? – o temor em sua voz demonstrava o quanto ele estava temeroso em saber a resposta.

- Sofremos um atentado. – Rosalie respondeu sucintamente. Uma risada irônica soou pelos lábios de Emmett.

- Atentado, Rose? Fomos descobertos! – esbravejou com sua voz grossa e profunda, sem nenhum divertimento que era comum ter.

- Mas como? – perguntei nervosa.

- Foi tudo meio inesperado, Bella. – declarou Jasper que estava sobre a maca, sua voz estava fraca, baixa e falha, aquilo me aterrorizou.

- Não faça esforço, Jasper. – pediu Alice, antes de voltar seu olhar para nós. – Ouve um jantar realizado por Liam e Amun, e como nos foi instruído aproximamos dos dois, Rose acompanharia Liam e eu Amun, enquanto Jasper e Emmett tentariam se infiltrar no escritório deles, por assim dizer, que é em uma casa adjacente da onde estava ocorrendo o jantar.

"Estava correndo tudo bem, até que as irmãs dos dois, Siobhan e Kebi nos reconheceu de LA, quando efetuamos a prisão dos dois. E naquela situação, fora Rosalie que estava na sala com Edward, acabou sendo óbvio que foi só observar melhor nosso sotaque americanizado para deduzirem que éramos nós." – explicou calmamente Alice.

"Alastair que estava ao lado de Aro notou a nossa inquietude assim como Bree, e armaram apenas com a troca de alguns olhares uma confusão que fosse capaz de nos afastar dali." – contemplou sorrindo para os dois agentes. – "Porém, tínhamos um problema: não conseguíamos entrar em contato nem com Jasper, nem com Emmett e avisá-los para sair de onde estavam o mais rápido possível. Felizmente eles haviam conseguido copiar os documentos do HD e recolher alguns papéis avulsos e uma hora depois estavam junto de nós no hotel analisando os documentos que tínhamos em mãos."

"Mas fomos inocentes de se esconder no mesmo hotel em que estávamos hospedados, e foi somente o tempo da Rose ligar para vocês para informar algo urgente, que logo em seguida cortaram a comunicação do hotel e adentraram nosso quarto. Teve algumas trocas de tiro, mas por fim acabamos nos rendendo porque não tínhamos como fugir." – explicou com pesar.

"Ficamos dois dias sobre vigilância da Bratva e de alguns homens de Aro, mas inesperadamente durante uma madrugada na terceira noite em que estávamos reféns, Alastair veio ao nosso socorro, nos ajudando a fugir. Todavia, conseguiram nos ver fugindo, e tivemos outra troca de tiros que resultou esse resultado." – deu de ombros, antes de continuar.

"Tínhamos que nos afastar o mais rápido possível de São Petersburgo, quer dizer, do território russo, Rose mesmo ferida conseguiu roubar um carro para que saíssemos o mais breve possível dali." – soltou um suspiro cansado, como se tentasse colocar em ordem seus pensamentos.

"Só que os ferimentos de Jasper estavam terríveis e poderiam infeccionar se não cuidássemos logo, e Emmett estava tentando controlar a própria dor com morfina, mas os ossos quebrados da maneira que estava, era quase impossível. Por isso paramos em uma cidadezinha no interior, umas três horas de onde estávamos. Mas óbvio que quando demos entrada no hospital à polícia russa gostaria de saber como havíamos conseguido nossos ferimentos, e porque não tínhamos documentos."

"Explicamos a eles que éramos do FBI, mas isso só piorou porque os malditos dos policiais no caso, eram pagos pela Bratva, e nos denunciaram para eles. Felizmente Bree chegou antes e conseguiu nos mover dali em uma van da Federação Russa que nos levou até a Finlândia." – contemplou a loira que os havia ajudado antes de soltar um suspiro cansado.

"Infelizmente tínhamos imensos problemas porque não tínhamos documentos, então ficamos retidos em uma prisão de imigrantes. Felizmente Bree tinha seus próprios documentos, e conseguiu retornar à Rússia e se encontrou com Alastair e juntos conseguiram documentos falsos para nós, para que pudéssemos transitar para a Europa e conseguir embarcar de volta sem chamar muito a atenção."

"Foi três dias indo de aeroporto em aeroporto, de cidade em cidade pela Europa, quando chegamos a Madri; na Espanha que finalmente conseguimos embarcar ilegalmente em vôo para Nova Iorque, mas quando chegamos aqui foi um pouco complicado para acreditarem em nossa história. Que foi quando a alfândega entrou em contato com você Eleazar, que nos mandou aquele avião da força aérea." – concluiu Alice.

- Por que vocês não entraram em contato conosco antes? – questionou Edward.

- Estávamos temerosos em fazer uma ligação internacional, não tinha como saber em quem confiar. E tanto eu quanto Bree, conseguimos nos afastar do nosso 'trabalho' com alguma desculpa esfarrapada, mas isso não quer dizer que acreditaram nelas e sinceramente, estamos preocupados com o que pode acontecer quando voltarmos. – ponderou Alastair.

- Os Dimitrov acreditam que estou perseguindo os quatro, talvez prestes a matá-los. – explanou Bree do lugar onde estava sentada. – Mas se eles souberem que eu vim junto com eles para os Estados Unidos, posso me considerar uma pessoa morta. – terminou com seu inglês claramente carregado por conta de seu sotaque russo.

- Por isso que encontramos com vocês aqui. – manifestou-se Eleazar, com um aceno de cabeça. – Mas vamos ao mais importante, o que vocês conseguiram descobrir? – perguntou esperançoso.

- Liam e Amun de fato romperam com seus pais e estão tentando a todo custo reaverem sua parte nos negócios da família, mas Siobhan e Kebi estão convictas que conseguiram fazer os irmãos mudarem de idéia. – comentou Rosalie. – Elas ligam diariamente para os dois, não conseguimos um número exato de chamadas, mas pode-se apostar que são mais que o normal entre irmãos, sem contar reuniões inesperadas entre os quatro, tentando conciliá-los com os pais e ficarem longe de Aro Volturi.

"Mas segundo algumas conversas que conseguimos entreouvir, nenhum dos dois tem interesse nenhum em retornar ao seio da família e ter um relacionamento novamente com seus pais. Eles querem dominar mais que tudo o crime organizado nos Estados Unidos, e Aro está disposto a dar a eles, em troca de alguns favores, um pouco menos que a metade do controle criminal no país, ou seja, a região sudoeste do país: Califórnia, Nevada, Arizona, Novo México e Utah." – explicou a loira que fazia parte de minha equipe.

- A região que eles queriam controle quando os prendi. – disse Edward, cansado. Rosalie, Alice e Bree confirmaram com um aceno tímido de cabeça. – E sobre Aro?

- Bem, ai que temos o grande problema. – começou Rosalie. – Primeiramente nas conversas e algumas coisas que conseguimos ouvir, Aro afirmou que ele já tinha boa parte do controle do território americano, que estávamos tão focados em tentar descobrir quem é ele, ou o que ele faz, tentado prender na Itália, que estamos deixando passar a atividade criminosa dentro do nosso próprio país.

- Mas como? Não temos nenhuma organização criminosa no país! – exclamei confusa.

- Pensamos nisto também Bella, que ele estava endeusando suas atividades criminosas para convencer Liam e Amun a se unirem a ele, e de fato parecia isso. Até que alguns dias depois dessa conversa Liam e Amun começaram a questionar a veracidade dos fatos que Aro os estava fazendo acreditar, então começaram a buscar algumas informações. A primeira é que Aro não é quem diz ser. Que ele não é italiano, mas sim americano. – disse Rosalie cheia de expectativa.

- Já tínhamos conhecimento disto Rose, que ele havia falsificado seus documentos para se declarar a todos como italiano. – expliquei com um sorriso que mesclava presunção e desgosto.

- Já? Por que não sabíamos disto? – perguntou a loira descrente, ao mesmo tempo em que os outros agentes concordavam com um aceno de cabeça.

- Optamos por manter essa informação guardada, com medo quem quer que seja o infiltrado não passasse a Aro. – explanou Eleazar.

- Oh sim. – disse a loira desanimada, antes de continuar: - Bem, com essa informação sobre a nacionalidade de Aro, os primos Dimitrov o empurraram contra a parede, dizendo que já sabiam sobre seu segredinho. Mas o homem não dá laço sem nó, e voou para encontrá-los novamente, com medo de que a ligação estivesse grampeada, como de fato estava, e disse para os dois não se preocuparem e antes de acusá-lo de alguma coisa estudasse sobre a história da máfia Camorra.

"A esse ponto ficamos curiosos sobre o que Aro queria dizer, e pedimos para Alastair conseguir algumas informações sobre as atividades da Camorra e sua história. E foi ai que tudo mudou e o que realmente nos surpreendeu." – a loira deu um suspiro cansado, antes de lançar um olhar rápido a Alastair. – "E que a Camorra é conhecida por ser uma continuidade de família, e que aqueles que a dominam gostam de mantê-la as suas vistas, nada de atravessar continentes para obter poder. Na verdade, segundo alguns dados que Alastair nos mandou, acredita-se que a Camorra não existe mais."

- Mas como se temos inúmeros fatos que comprovam sua existência? – perguntei perplexa.

- Ai que é a questão, tudo o que conseguimos, que a polícia italiana tem sobre os dados da Camorra nos últimos trinta anos é uma mentira, foram dados que o próprio Aro plantou com alguns subornos, tanto que somente as autoridades italianas acreditam na existência da mesma. – explanou Rosalie.

- Vocês estão querendo me dizer que a farsa sobre essa coisa, que esse maldito do Aro Volturi tem, começou primeiro dentro do sistema judiciário italiano? – inquiriu Eleazar pasmo.

- Exatamente senhor, e peço imensas desculpas por não ter verificado isto antes, mas como a Itália teve muito o fenômeno de máfias durante décadas todos acreditavam que haviam retornado com uma máfia e que hoje em dia é somente uma quadrilha sem muita relevância. – desculpou-se Eleazar.

- Eu odeio esse cara! – exclamou cheio de ódio Eleazar. – O que mais ele esconde? – inquiriu irritado, para ninguém em especial. Rosalie engoliu em seco, antes de dizer.

- Na verdade a máfia que Aro comanda nunca foi a Camorra, ele só usou o nome para desviar o nome da verdadeira, que é a...

- Cosa Nostra, óbvio. Como eu não pensei nisso antes! – exclamou Eleazar.

- Na verdade Eleazar – começou Alastair. – Ele foi expulso da Cosa Nostra, ele está tentando ingressar nela novamente, ou fazer uma nova organização criminosa ou máfia que possa se equiparar a que destruiu sua vida e acabar com eles.

- Então o que precisamos é alguém que esteja disposto a nos ajudar na tal Cosa Nostra? – disse soando como uma pergunta, porque até mesmo nos meus ouvidos essa sugestão soava infantil e idiota.

- Como faremos isso, Isabella? Eles nunca vão querer se aliar a polícia para acabar com um 'irmão', por mais destituído que este esteja da máfia. – disse Eleazar.

- Talvez pudessem tentar acabar com as gangues que ele usa para conseguir o domínio? – sugeriu Bree com seu sotaque russo mais arrastado do que antes.

- Que gangues? – perguntou Edward a loira.

- O senhor Aro disse a Liam e Amun que tinha várias marionetes que faziam o trabalho sujo para ele na América. – disse nervosamente a russa, acentuando ainda mais seu sotaque. – Algo como Bloods e Crips. – concluiu a mulher.

- Como?

- Bloods e Crips?

- Ele está usando duas gangues inimigas para conquistar o território americano? Ele é doente? – perguntamos Edward, eu e Eleazar praticamente em uníssono.

- Sim, os senhores Dimitrov perguntaram a mesma coisa a ele, quando citou esses nomes, mas ele disse que não se incomodava que as duas entrassem em guerra, desde que ele conseguisse seu objetivo. – respondeu à loira dando de ombros.

- Por que não nos disse isto antes, Bree? – perguntaram Rose e Alastair ao mesmo tempo.

- Perdoem-me, mas achava que isso era alguma expressão inglesa sobre crimes, nunca imaginei que fosse algo importante. – disse rapidamente, acentuando ainda mais seu sotaque. – Falo muito pouco inglês e têm algumas coisas que acabo esquecendo, perdão novamente senhores, senhoras, senhor Campbell.

- Sem problemas Bree, entendo que Bloods e Crips no ouvido de uma pessoa que nunca viveu em território americano possam significar algo como sangue e algum xingamento. – sensibilizou Eleazar.

- Existe mais alguma coisa relevante que vocês possam ter descoberto? – perguntei lentamente.

- Acredito que mais nada, Isabella. Vou voltar à Itália e tentar reunir mais informações sobre os planos de Aro, porque agora o que precisamos mesmo saber é quem são as marionetes principais dele nessas gangues. – ponderou Alastair.

- E eu voltarei à Rússia para ficar de olho nos próximos passos de Liam e Amun e até mesmo suas irmãs Siobhan e Kebi, porque algo me diz que elas atrapalharam muito os planos dos irmãos. – respondeu com fervor Bree.

- Esperamos por isso Bree, seria algo que Aro nunca imaginaria. – disse presunçosamente Edward.

- Acredito que temos agora novos patamares para investigar e tentar acabar de uma vez por todas com esse desgraçado, certo? – questionou Eleazar levantando-se da cadeira em que estava sentado, todos concordamos com eles. – Bem, vou organizar um vôo para vocês, Alastair e Bree para alguma cidade no Canadá e depois para a Europa, porque vocês terem carimbado em seus passaportes Estados Unidos pode estragar seus disfarces.

"Vou pedir para uma equipe médica levá-los a um hospital para verificar esses ferimentos. Emmett, Jasper, Rosalie e Alice, obrigado pelo que vocês fizeram se arriscando desta maneira pelo o país." – explanou Eleazar com um aceno de cabeça. – "Edward, Isabella creio que os dois têm muitas coisas o que planejarem, estou voltando para o departamento, vamos?" – perguntou soando mais como uma ordem, rapidamente Edward e eu nos levantamos despedindo brevemente dos outros agentes e seguindo Eleazar pela porta que havíamos entrado mais cedo.

À volta para o FBI na SVU que havíamos ido foi silencioso, mal nossas respirações eram ouvidas. O motorista guiava mais tranquilamente do que na ida, mas mesmo assim a sua velocidade era acima do permitido. Eleazar que estava no banco da frente, olhava pensativo a paisagem que passava pela janela ao seu lado direito. Edward e eu no banco de trás mantínhamos em silêncio, somente trocando olhares significativos.

Sem tardar muito estávamos de volta ao departamento do FBI, Edward e eu fizemos o caminho para nossa subseção em silêncio; submersos nas novas informações que tínhamos, só quando estávamos no conforto de minha sala na posição que ocupávamos anteriormente, Edward falou:

- O que você achou de tudo isso?

- Não sei, têm muita coisa para se pensar. Mas algo me diz que isso ainda vai nos dar muita dor de cabeça. – disse suspirando confusa, abrindo um novo arquivo no computador para colocar em ordem as novas informações.

- Como assim "nos dar muita dor de cabeça"? – inquiriu Edward curioso.

- Não sei Edward, só que algo está muito errado nessa história. Parece que nunca vai acabar essa trama criminosa com mais e mais pessoas envolvidas, mais e mais dificuldades, impedimentos, parece que alguém está brincando conosco! – exclamei cansada, mas ainda assim exasperada.

- Tem alguém brincando conosco. – afirmou Edward, antes de voltar à atenção para seu laptop. Soltei um suspiro cansado antes de voltar minha atenção ao computador.

XxXxXxXxXxX

O restante do mês de novembro passou mais complexo e atribulado do que nunca. As informações que os agentes de minha equipe, juntamente com as de Alastair e Bree, tomaram grande parte dos planejamentos de nossas ações para erradicar o crime organizado que Aro Volturi tentara introduzir em nosso território, mas assim como eu pressentia todas essas novas informações elas me pareciam becos sem saída.

Interrogamos alguns membros das gangues que ele usava como marionete, assim como fomos informados, porém nenhum destes membros sabia de algo, na verdade tivemos um imenso problema quando grupos de Bloods e Crips cruzaram-se na saída da sala de interrogatório, mas por fim conseguimos controlar a situação caótica, pelo menos a que envolvia os marginais no departamento, porque a situação caótica estabelecida pelo o il dio, era cada dia mais difícil de encontrar uma solução.

A volta – mesmo que para território americano – de Jasper, Emmett, Rosalie e Alice fizeram com que as especulações sobre o afastamento deles mudassem, agora o assunto pelos corredores é que os quatro haviam se ausentado por um pouco mais de um mês para realizar uma missão suicida a mando meu e de Edward, e que os quatro agora estavam entre a vida e a morte no hospital em que recebia os casos do FBI.

Óbvio que os quatro estavam bem. Eleazar os deu até depois do Ano Novo de folga, o que conta como um pouco mais de um mês afastados, mas Alice vire e mexe vinha até o departamento para conversar comigo ou com Edward, ou então para dar suas opiniões como estrategista para as ações que pretendíamos realizar.

Na primeira semana de dezembro, James, Heidi e Sam seguiriam para a Califórnia mais especificamente no Vale do Silício atrás de uma nova tecnologia que possivelmente quebraria o sistema que fazia as ligações de dentro do FBI para informar Aro sobre nossos planos. James não estava muito confiante com os resultados desta empreitada, mas como seguia uma ordem direta de Eleazar ele seguiu junto com o chefe de sua subseção, Sam e a agente de sua equipe, Heidi.

Faziam-se quinze dias já que eles haviam ido para a Califórnia e pelo que James havia me dito estavam longe de ter alguma solução, o que me deixava chateada, pois faltavam cinco dias para o Natal e por mais que ele afirmasse que estaria comigo neste dia, eu via mais e mais difícil disso acontecer.

Edward, por sua vez, vendo que eu estava sozinha em Washington agiu como um perfeito e incrível amigo, levando-me para jantar ou até mesmo me convidando para ir aos museus da cidade aos domingos. Passávamos bons tempos juntos, parecia que toda aquela animosidade entre nós que existia quando começamos a chefiar juntos a subseção houvesse se evaporado e todo a amargura que era evidente outrora, foi substituída por uma amizade e companheirismo inigualável. Mas era apenas isso: amizade sem nenhum benefício, sem nenhuma intimidade, amigos no sentido genérico da palavra.

Nestes momentos em que estávamos 'nos divertindo', por assim dizer, evitávamos dois assuntos: trabalho e o passado que compartilhamos, e devido a isso conseguimos conhecer um ao outro de uma maneira diferente, mais profunda, mais discernida do que antes. Descobrimos que não só compartilhávamos o amor pelo Direito, pelas Leis, mas também dividíamos o mesmo gosto musical, a mesma apreciação as artes e em alguns pontos até mesmo o gosto diversificado em determinadas culinárias.

O tempo em que dividíamos fora das paredes do FBI, era tão libertador, tão confortador, tão incomparável que pareciam passar num piscar de olhos. Mas ao voltar ao apartamento que dividia com James, o fato de estar sozinha voltava a pesar sobre meus ombros, me levando a tomar uma dosagem extra de medicamentos e literalmente desmaiando na cama, ficando submersa na realidade fantasiosa dos sonhos.

Fora somente na hora do almoço na véspera de Natal que James me telefonou pedindo para que eu o buscasse no aeroporto. Segundo ele me relatou no caminho até em casa, Sam decidiu continuar na Califórnia, uma vez que estavam quase conseguindo quebrar o código do maldito sistema.

Devido ao nosso trabalho incessante e o cansaço que a viagem de James a Silicon Valley optamos por passar o feriado em casa, fiz uma modesta ceia para nós e a meia-noite fizemos nossa troca de presentes. Era estranho não estarmos com nossas famílias nos feriados, mas não posso deixar de declarar que ficarmos sozinhos na Ação de Graças, Natal e em breve no Ano Novo era uma prévia suave da nossa vida nos próximos anos.

Mesmo com metade do departamento em folga por causa dos feriados a equipe de ciberguerra, eu e Edward trabalhávamos incansavelmente esperando algo acontecer. Infelizmente quatro dias antes da virada do Ano, James teve que ir ao encontro de Sam na Califórnia, mas ele havia me prometido, novamente, que desta vez a viagem seria rápida, algo como auxiliar o chefe de sua equipe em trazer um equipamento.

Apesar de Edward e eu termos jantado juntos esse fora extremamente rápido, ao contrário dos jantares que compartilhamos dias atrás, e quando o inquiri demorou alguns segundos para me dizer que ele tinha um encontro aquela noite, por isso a pressa.

Ficava feliz que Edward estava tendo encontros, ou pelo menos era o que eu queria pensar, mas saber que depois que ele me deixasse em casa iria para sua se arrumar para passar a noite com outra que não era eu, me incomodava mais do que sequer eu gostaria de admitir. Porém, tentei me lembrar que apesar do documento que diz que somos casados, cada um estava livre para viver a sua vida. Eu vivia a minha. Eu era noiva e me casaria em menos de um ano, com um homem que eu amava e que também me amava.

Mesmo querendo manter esses pensamentos, não conseguia evitar o ciúme doentio que parecia se alastrar por meu corpo, mesmo sabendo que teria que acordar cedo no dia seguinte me vi tomando uma dosagem alta de medicamentos para que pudesse dormir e esquecer de Edward, ou pelo menos o ciúmes que estava sentindo. Mas nem mesmo em meus sonhos eu conseguia me livrar daqueles cabelos bronzes desalinhados ou aqueles par de esmeraldas, que eram seus olhos verdes.

Resultado da noite abarrotada de sonhos com Edward: era eu extremamente cansada e irritada mais do que estava normalmente, e parecia que tudo piorou quando o encontrei no FBI e vi seu rosto cansado, mas com aquele olhar satisfeito de quem havia tido uma boa e longa noite de sexo.

Maldito.

Tentei me esquivar de olhar a pele brilhante e o olhar satisfeito que Edward emanava quando estávamos em minha sala tentando estabelecer nosso calendário para o mês de janeiro, mas fui tão bem sucedida quanto tentar prender Aro Volturi, e quando o ruivo me questionou os porquês que evitava olhá-lo, me vi ofendo-o, obviamente Edward sorriu satisfeito afirmando que o ciúme que estava sentindo era à prova que eu ainda seria dele.

Claro que depois dessa declaração presunçosa do babaca do Cullen, me vi saindo mais cedo do departamento sem olhar para trás e conseqüentemente sem jantar. Fora uma surpresa extremamente agradável que meu celular tocou em meio ao caminho para a casa; era James dizendo que eu poderia buscá-lo no aeroporto.

Assim depois de um jantar bastante romântico e intimo que compartilhamos, foi inevitável quando chegamos em casa não nos entregar ao prazer, a luxúria, ao desejo. James conseguia de uma maneira incrível – só perdendo para Edward – responder todos os anseios do meu corpo, e me dar as mais incríveis seqüências de orgasmos múltiplos.

Nem fora necessários medicamentos para ajudar no meu sono , este me veio fácil, após um banho que compartilhamos juntos, dormindo abraçada com James totalmente nua, em um sono sem sonhos.

Contudo parecia que havia adormecido apenas há alguns minutos quando o barulho irritante de algum celular tocava ao longe. Senti James se movimentando e conseqüentemente soltando seu braço que estava me abraçando.

- Scott. – a voz de James ressoou no seu tom grave de sempre, porém era perceptível a sonolência na mesma. – Sem nenhum problema senhor. Qual o motivo dessa ligação? – perguntou, enquanto de sentava na cama, deixando minha cabeça repousar em suas pernas, que aproveitei para abraçar sua cintura. – Como? – inquiriu alarmado, me fazendo o encarar. – Sim, compreendo perfeitamente. Estaremos em no máximo uma hora ai. Até mais ver, senhor. – disse desligando o telefone ao mesmo tempo em que um suspiro frustrado saia por seus lábios.

- O que aconteceu? – perguntei sonolenta, forçando a abrir meus olhos.

- Sam. – respondeu, sem rodeios.

- Ele precisa de você agora? – perguntei manhosa, fazendo um biquinho.

- Sua casa sofreu um incêndio. – disse engolindo em seco.

- E? – incentivei, meio adormecida.

- Ele e sua esposa Emily estavam dentro e acabaram sendo mortos. – respondeu pausadamente.

- Como é que é? – questionei, me levantando rapidamente e ficando sentada frente a frente dele. – Ele descobriu algo sobre o informante de Aro no FBI, mas não divulgou nada a mim ou Heidi, disse que primeiro passaria para Eleazar, e levou os documentos com si para casa... e parece que ele e a esposa foram... – James engoliu em seco, mas fui eu a continuar sua sentença.

- Assassinados.

.


N/A: Hey meus amores!

Bem... eu os havia avisado que teríamos um duplo assassinato neste capítulo, mas assim como Thompson foi um personagem secundário, porém, todavia, porque, tá na cara que o Sam descobriu quem é o infiltrado e sem querer deve ter dando uma mensagem para Eleazar e o infiltrado foi lá e PIMBA(!) acabou com a vida da família Uley. E próximo capítulo vai ser dramático meus companheiros e companheiras (Galvão feelings). Iremos descobrir alguns detalhes sobre a família Uley, e para variar vou confundir tudo mais um pouco. *HUAHUAHUAHUAHUA*

E a loucura que Emmett, Jasper, Rose e Alice passaram na Rússia? Deus... eu tenho que apreender a não mandar meus personagens a viajar foi complicado sair daquele rolo (por mais que já tivesse planejado anteriormente), mas chegamos a um beco sem saída LITERALMENTE (! !) o que vocês acham? Camorra existe ou realmente é só uma fachada? Isso de ter duas gangues inimigas juntas é tenso, não?

Eu sei que estou confundindo todo mundo, mas eu estou adorando o caminho que essa fic está levando, é tão confuso que JURO se não tivesse meu caderno com tudo definitivamente anotado e exemplificado que eu mesma ficaria confusa e puta da cara. Mas prometo logo tudo vai começar a se encaixar, ainda mais que pelos meus cálculos já passamos da metade da fic. Sim provavelmente ela terá uns 26, 27 capítulos, mas vocês sabem sempre posso estar mudando, então acalmem-se!

Quem aí não gosta de ver a Bella com ciúmes do Edward? Eu ADOOORO, ainda mais quando ele a provoca a deixando toda irritadinha, é incrível. Ah... antes que vocês me perguntem ou me questionem, essa amizade/aproximação entre os dois vai ser essencial no ponto crucial da história, que conseqüentemente resultará o final que todo mundo torce. Qual é? Ah... vocês sabe! *HIHIHIHIHIHIHIHI*

Vou deixar avisado mais uma vez: eu realmente não sei quando vou postar o próximo capítulo. Saiu o edital do exame da OAB e a partir da próxima semana irei me dedicar integralmente a ela, talvez, eu disse TALVEZ, durante minhas poucas horas de folga eu escreva algo, mas não prometo nada, porém não os deixarem um mês sem um capítulo novo, mas aquilo não vou dar certeza de nada. Espero que todos entendam a minha situação.

Aguardo as reviews de vocês, porque para os que não sabem meu e-mail fica aberto quase 24 horas por dia e aumenta o numero de emails vou correndo ver se é review, e fico toda cheia de viadisse quando as leio, então vamos me animar, ok? ;D

OBRIGADA A TODOS POR LEREM E COMENTAREM VOCÊS SÃO FANTÁSTICOS E POR ISSO AMO MUITO CADA UM DE VOCÊS!

Beijos,

Carol.

.


N/B: Olá, amores!

Cosa Nostra, MAS HEIN? Tipo, vocês estão captando comigo que vem uma pulverização de neurônios em massa, né? A Carol já deixou tudo MAIS MAFIOSO do que minha vã filosofia de beta me permite admitir xD E eu confesso, ADOREI! Vocês se recordam da ansiedade e angústia que era em IA quando ficávamos doentes de ver o sofrimento dos dois no drama que sempre foi o amor deles?

Agora vocês se recordam como ficávamos abalados com toda a atmosfera maligna que rodeava o Edward e a Bella em A SEITA?

Agora é a vez de nós nos sentirmos dentro de uma ação policial esperando a primeira bala perdida que vai acertar um dos nosso queridinhos. Suei frio com o estado da Rose, Alice, Jasper e Emmett, e vocês?

Ta ficando feia a coisa... fora a Bella e o Edward nessa situação que SÓ POR DEUS, quem consegue agüentar tanta pressão psicológica assim nesse triangulo amoroso? Só na base de remédio mesmo. Não condeno a Bella... ela sofre.

Ô Isaura, viu!

Mas deixando de divagar um pouco, estou ficando cada vez mais deliciada com JUST JUSTICE, faz a minha semana ser mais feliz. Espero que a de vocês também; e mesmo sabendo que a nossa DIVA-DA-OAB vai ter q se ausentar um pouco pra estudar, tenho certeza que ela não nos abandonará não, é muito amor pra ela ficar longe!

Nos vemos na próxima emoção. Segura firme que o capítulo 14 PROMETE!

Bjos,

Tod.

.


Quer fazer uma pobre autora feliz? oO

Deixa uma review para mim, dizendo se você gostou, ou se odiou, se você tem alguma sugestão! Pois sugestões e palpites aqui são fundamentais! *.*

Ficarei encantada em ler!

É isso meus amores, obrigada novamente pelo carinho por essa minha fic.

Amo vocês!
.


ps.: investigações, suspeitos, culpados e a trama continua ficando mais e mais complexa... ;D


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