Tales of Lost Love escrita por Drix


Capítulo 114
Temporary




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Ficaram todos atentos à reação de Bonnie. Stefan e Damon já tinham visto ela ser dominada por outros espíritos antes, e não sendo a primeira vez, esperavam perceber algum detalhe denunciável. Porém, a reação pareceu genuína para todos eles.

— Como assim, a própria Marie falou comigo? - disse espantada – Bom, realmente, não havia ninguém por perto e ela chegou mesmo do nada. Parece sim, que o lugar é místico. - falou como se tivesse descoberto algo - Isso explica algumas coisas agora. Vamos pro hotel? Preciso tomar um banho pra tirar esse ranço de morte. - terminou sorrindo.

— Não, espera aí, explica o quê? - Damon interrompeu no momento que Daniel já pedia a conta.

— Não podemos continuar isso lá no hotel, Damon? - Adrienne falou, fazendo um gesto com os olhos de como se tivessem sendo ouvidos.

Damon se conformou em aguardar a chegada ao quarto, mas, ficou remoendo a duvida, explicava o quê. O que tinha que ser explicado ali que fazia tanto sentido pra bruxa. Foi calado até chegarem, mas, assim que botaram o pé dentro da suíte exigiu explicações.

— Muito bem, agora conta, bruxa, explica o quê?

— Damon! - Stefan o repreendeu.

— O quê? Vocês também não querem saber? Ela some, deixa uma mensagem enigmática, volta com essa cara de quem usou drogas, e tá tudo bem? Não tá não, começa a falar! - se dirigindo a Bonnie que se sentava calma no sofá vermelho.

— Tudo bem, gente. Eu explico. Eu não queria alarmar vocês, mas tive medo. Já disse, me desculpem. A mulher apareceu do nada me mandando me conectar com a terra. Achei meio loucura da parte dela, mas, resolvi tentar. Só que nisso, eu pensei, se eu tentar e me distrair, será que era o propósito? Me tirar de perto de vocês, se tínhamos sido descobertos, vieram várias coisas na cabeça. Então mandei a descrição dela. Não tem foto nem nada no túmulo, se tivesse, eu saberia.

Katherine havia saído do quarto quando os ouviu chegar. Estavam todos em volta de Bonnie a ouvindo contar. Ela falou sobre a aproximação da mulher, a conversa que tiveram e suas dúvidas de como ela tinha descoberto que Bonnie também era uma bruxa.

— Então, isso que fez sentido. Ela sabia porque está desencarnada. Eu fiquei com medo, principalmente disso, como ela poderia saber disso, se mal chegou perto. Não dá pra sentir isso só olhando. Eu fiquei muito intrigada. Por isso decidi seguir as instruções e tentar a conexão. E foi indescritível.

Bonnie relatava a sensação do momento em que percebeu se conectar com o solo mágico, e todo o poder que vinha disso. Disse que se sentia mais forte do que quando foi treinada por Shane, e parecia genuíno.

— É um poder real, entende? Vem do solo, da terra. E, o sacrifício que o tal Marcel interrompeu precisa continuar. A magia daqui precisa ser mantida. Precisamos ajudá-los a cumprir essa tarefa, dessa forma, podemos achar o Klaus.

— Mas como a gente vai fazer, não fazemos nem ideia que sacrifício era esse?! - Danny disse preocupado.

— Bonnie, nessa sua conexão, você viu alguma coisa a mais, sentiu o que seria isso? - Adrienne, gentilmente tentou tirar mais informações.

— Na verdade não. Só senti que é um poder imenso, e acredito que elas não podem ficar sem essa fonte. Essa magia não pode ser destruída. - respondeu com muita convicção.

— Olha... - Katherine resolveu dar seu parecer sobre o assunto – seja o que for esse sacrifício eu tenho uma suspeita de onde você vai conseguir essas respostas.

— Você lembrou de alguma coisa? - Adrienne perguntou empolgada.

— Na verdade, não – ela respondeu, decepcionando – Mas, lá no bar, o rapazinho que estava servindo vocês estava bastante atento ao relato da bruxinha aí, mal ou bem, se ele não for um bruxo também, ele sabe direitinho onde achar um.

— Você acha que ele desconfiou de alguma coisa? - Stefan perguntou preocupado.

— Não, eu acho que ele só estava curioso mesmo, porque começou a prestar atenção quando ela começou a falar dessa... ahn... conexão com a terra. - respondeu com certo desdém usual.

— E como vamos fazer isso, encurralar ele na saída? Não me importo. - Damon resolveu.

— Não, claro que não. - Adrienne respondeu descontente - A cidade está lotada de bruxas. Se a gente for descoberto, já era!

— Bom, eu posso voltar lá, ué?! - Bonnie respondeu com a solução.

Eles se olharam meio incrédulos sobre o assunto. Ainda não estavam de todo certos que a bruxa Marie não tinha tomado posse do corpo de Bonnie. Parecia uma solução óbvia, mas, não tinham certeza se era o correto, justamente por isso.

— Eu posso ir com ela. - Danny achou conveniente, vendo as caras de preocupação.

— Vamos todos, tomamos mais umas cervejas, tô precisando mesmo. - Damon decidiu.

— E vocês acham que com tanta gente em volta, o carinha vai dar alguma informação que ela precise? Vocês só podem estar loucos. - Katherine falou.

— Ela tá certa. - Stefan disse detestando admitir. - Se tiver todo mundo junto, dificilmente ele vai se aproximar. Mas, Bonnie, não acho prudente você ir sozinha.

— Eu concordo. Além disso, acho que pode ficar pra amanhã. Vocês pegaram horas de voo, acredito que precisem descansar. - Adrienne completou – Podemos olhar mais algumas coisas nesses livros, e amanhã começamos de novo. Nos dividimos, eu e Stefan vamos até os armazéns que vi no mapa, Daniel e Katherine podem ir ao Bayou, e Damon e Bonnie podem circular pelo French Quarter e tentar algo que nós dois podemos ter deixado passar.

— Eu preferia ir com Daniel, se não for problema. - Bonnie disse, insatisfeita.

— E por que eu posso sair pra ir pro meio do pântano? - Katherine pareceu inconformada.

— Tudo bem, se Damon não se importar em ir com a Katherine, - Adrienne respondeu - e porque, docinho, no meio do pântano não tem bruxas pra te reconhecer. Além disso, o carro é todo filmado, dá pra circular sem reconhecimento.

— Eu posso fazer um feitiço pra ela não ser reconhecida, seria só uma mudança temporária. Assim, só nós saberemos quem é! - a Bruxa falou, animada. Sentia-se tão forte que queria testar.

Todos se surpreenderam com a ideia. Não haviam pensado nisso, pois nem sabiam que fosse possível. Objetos pareciam ser simples de camuflagem, todavia, pessoas era realmente inusitado.

— Eu gosto do meu rosto assim. Mas, não seria má ideia poder sair um pouco, sem risco. - Katherine não se recusou. - Mas, por favor, me mantenha bonita, gosto dos olhares quando eu entro nos locais.

Bonnie segurou a risada, fazendo uma cara de desprezo, mas achou engraçada a vaidade da criatura. Era a pessoa mais frágil daquela sala, mas, continuava agindo com arrogância.

Começou a entoar uma cantiga, unindo forças, se aproximou de Katherine, e passou as mãos em volta de seu rosto, várias vezes. Os demais observavam as mudanças, num misto de curiosidade e espanto.

O cabelo ficou mais liso, num castanho claro quase loiro e mais curto que o longo e cheio da morena. O rosto também mudou, Bonnie se inspirou na semelhança das amigas e lhe deu olhos esverdeados como os de Adrienne, e a boca um pouco mais fina, também. Acabaram ficando mais parecidas ainda, com aquele semblante, mas, não parecia em nada com o antigo rosto dela.

Katherine olhou-se no espelho assustada com o novo visual, mas, não reclamou. - Mas isso é mesmo temporário, né?! Já disse que gosto do original. - falou, confirmando.

Adrienne ficou abobalhada com a mudança e elogiou o resultado. Bonnie respondeu que sim e pareceu orgulhosa do seu feito. Sentia-se tão poderosa que queria usar os poderes que absorveu. Parecia que tinha um vulcão de poder saindo do seu peito.

— Bom, agora que está tudo resolvido e explicado, eu vou tomar aquele banho, tá? - se despediu do grupo e foi pro quarto.

Katherine ainda se admirava, Damon também. Stefan estava um pouco assustado com a magia e Adrienne achava graça dos olhares de Katherine pra si mesma. Após o impacto inicial, Danny se levantou do sofá e decidiu.

— Eu acho que vou nessa também, foi uma longa noite, seguida de um longo dia. Se não se importam.

Pegou uma bolsa de sangue pra si, Damon também. Stefan e Adrienne aproveitaram pra se alimentar novamente, direito, e decidiram descansar também. Ainda estavam um pouco cansados da noite dirigindo, e não tinham dormido direito. Foram se deitar deixando Damon saboreando lentamente seu sangue e Katherine ainda se admirando no espelho.




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