Do or Die escrita por LadyThyssa, Dr Hannibal Lecter


Capítulo 6
Capítulo 6 - O Dia que Eu Encarei a Morte Duas Vezes!


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a Demora! Gravelyn queria me matar, porque eu não postava meu capitulo logo. Desculpa mesmo, eu estava sem tempo para escrever e revisar. Porém agora esta ai, um capitulo novinho, um capitulo que acabou de sair do forno.
Tenham uma boa leitura !



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/429574/chapter/6

Logo que eu saltei em direção ao gigante abismo, eu acabei dormindo e no meu sonho as lembranças dos últimos momentos voltaram. Eu vi novamente Jason se transformando em um monstro, eu pude ouvir os gritos de Michael pedindo por socorro enquanto o monstro o destruía, senti a culpa em minha mente quando empurrei Cold em direção ao monstro de cera que vigiava a saída. As lembranças começaram a sufocar meu peito, começaram a roubar meu ar e eu levantei sobressaltado arfando em busca de oxigênio.

– Acalme-se - Finalmente vi que estava em um lugar todo preto e que a voz que tinha falado comigo na primeira vez quando desmaiei e quando pirei no manicômio, tinha voltado.

– Quem é você? O que eu estou fazendo aqui? - Falei com firmeza

– Eu já disse que sem per... - Aquilo me irritou novamente e me irritou muito

– Como assim sem perguntas? Eu acordo em meio ao nada, sem lembrar de nada. Vejo pessoas morrer, sou perseguido por monstros - Quando me dou conta já estou aos berros - E você diz que eu não tenho direito a porcaria de uma pergunta? Eu acabei de viver os piores momentos de minha vida - Minha vontade era esmurrar ou destruir qualquer coisa.

– Eu ainda não sei muitas coisas! - Ele me interrompeu aos gritos

– Quem é você? Onde você esta? Afinal o que é tudo isso? - Eu explodi, não conseguia ter calma, somente sabia gritar com aquela voz

– Apenas sobreviva seu maldito! Apenas sobreviva! Isso é tudo que você precisa saber! - Aquele lugar todo escuro sumiu, consigo sentir meu corpo dolorido novamente, consigo sentir uma suave brisa e... - Aaaaaaaaaaaah - Ouço um horrível grito que parece ser de Theo - Voraz socorro! Voraz! - Não penso duas vezes, levanto rapidamente e finalmente percebo que estou em um lugar diferente.

Eu queria muito descrever onde eu estava e o que estava sentindo porém não deu tempo de observar muito, eu simplesmente sai correndo atras de Theo que gritava muito - Theo cade você? - Comecei a ficar desesperado, não poderia perder meu único aliado e eu ainda não consigo ver ele - Theo me responda! - Tudo se calou, o silencio dominou aquele estranho lugar.

Eu estava sozinho em meio a um estranho lugar, o chão era de terra seca e ao meu lado tinham pequenas barracas de madeiras abandonadas. As barracas estavam velhas e destruídas, em cima delas dava para se ler "Pipoca", em outra estava escrito "Algodão Doce". No alto se encontrava um lindo céu azul, o vento erguia poeira e o lugar tinha cheiro de serragem. O lugar estava deserto e nenhum barulho se ouvia. Tudo estava muito calmo e isso não era um bom sinal.

Nenhum sinal de Theo, nenhum sinal de vida. Desta vez teria que me virar sozinho, entrei dentro de uma destruída barraca escrito "Churros". A barraca parecia que iria ceder, estava cheia de teias de aranha e empoeirada. Comecei a vasculhar em busca de alguma arma ou algo que me ajuda a sobreviver, porém só consegui achar uma pequena caixa amarela empoeirada. Assoprei a tampa, finalmente consegui achar uma pequena trava e abri ela. Dentro tinha um pequeno chip pequeno e dourado, na sua superfície estava cravado a frase "Do or Die".

– Fazer ou Morrer - Eu sussurrei lentamente.

– Exatamente - Neste exato momento meu corpo gelou por inteiro, parece que eu não estava sozinho. Viro para atras e um garoto loiro me encarava, com um olhar frio e um sorriso sarcástico. Para piorar tudo ele estava com uma besta na mão direita que estava apontada exatamente em minha direção, na sua mão esquerda ele tinha três chips iguais ao que eu estava segurando, chips banhados de sangue - Parece que tive uma sorte grande - Ele sorriu ainda mais - Dois chips de uma vez só.

– Porque dois? - Estava em uma situação difícil, se eu tentasse me mexer para lutar com ele, ele com certeza atiraria a flecha em minha direção. O jeito seria conversar, este era o único método de tardar minha morte.

– O que esta na sua mão e o que esta no seu pulso - Olhei no meu pulso e só encontrei o "v" tatuado, olhei para ele com uma cara confusa - Você não leu sua pista? - Fiz que não com a cabeça - Deveria ter lido, talvez estivesse em uma situação melhor agora. Acho que já conversamos muito - Não poderia deixar o papo acabar, teria de continuar falando.

– Não! Não! - Disse em desespero - Eu tenho mais um chip escondido comigo e só vou revelar se você me responder algumas perguntas - Era claro que eu não tinha outro chip, porém eu iria morrer de um jeito ou de outro.

– Desembucha logo, não tenho todo tempo do mundo - Ele se aproximou e encostou a flecha de sua besta em meu peito, aquilo me gerou um grande calafrio.

– Cadê os outros? Tem muitos aqui? Você tem aliados? De onde você veio? Como.... - Ele me interrompeu

– Não tenho todo tempo do mundo garoto estupido! - Ele me encaravam friamente - Estamos em muitos aqui. Muitos mesmo! Essa fase é uma daquelas que ocorre a matança, para sair daqui você precisa de quatro chips. Esses chips estão no pulso de cada um, essas fases são matar ou morrer - Ele suspirou e continuou - Já tive aliados, eles tentaram me matar enquanto eu dormia - Seus olhos brilharam cheios de lagrimas e depois me encararam com muito ódio - Cada um vem de uma fase e se encontra aqui, todas as pessoas de todas as fases se encontram aqui. Aqui esta deserto porque todos já foram para o circo, na pista estava escrito que quando o sol estivesse no meio todos estarem no circo - Ele apontou para a frente indicando um gigante circo e para cima indicando o sol quase no meio do céu - Esta na hora de todos se reunirem no circo, esta chegando a hora de uma grande matança. Agora cadê o terceiro chip seu idiota? - Abaixei a cabeça envergonhado - Já deveria esperar isso! - Ele colocou seu dedo no gatilho da besta, fechei meus olhos e aguardei a morte. Fechei meus olhos e esperei a dor chegar, porém algo estranho aconteceu.

Acho que você não deve conhecer a sensação de fechar os olhos e aguardar a morte, pois fique sabendo que é uma das piores sensações do mundo. Com os olhos fechados supliquei pela vida e minhas suplicas foram ouvidas. Um grito estridente irrompeu meu momento de tensão, com os nervos a flor da pele abri os olhos e vejo um corpo morto estendido a minha frente. Um grupo de pessoas corriam com os chips do garoto em sua mão, no grupo uma menina olhava para trás, uma menina me encarava, uma menina com os olhos cor de âmbar. Naquele exato momento eu dei um enorme sorriso, não tinha acreditado no que acabou de acontecer. Então eu percebi que o perigo era iminente, o perigo feito pelo próprio jogo e pelos jogadores. Sem pensar novamente, sai correndo daquela barraca. Abri as frias mãos do corpo estendido no chão, peguei a besta e fui correndo em direção ao circo.

Olhei seriamente para o chip em minha mão, lembrei que o garoto disse que precisaria de quatro destes, ele será útil e preciso de mais três. No céu o sol esta quase no meio, o tempo estava se esgotando. Segui na mesma direção que o grupo da garota dos olhos cor de âmbar, ela provavelmente deve ter ido para o circo. Eu corria sempre com desconfiança, sempre olhando para os lados e com a besta pronta para atirar, mesmo tendo uma mira horrível. Comecei a distanciar das barracas e descer um barranco, onde logo a frente se encontrava uma monumental construção.

Quando cheguei na frente do circo, parei e encarei. O vento batia em meu cabelo e logo a frente tinha um gigantesco, literalmente gigantesco, circo. Ele tinha lonas coloridas empoeiradas, minha visão não conseguia detectar onde ele acabava. Seu tamanho era gigante e ele tinha varias entradas. Respirei o puro ar e fui em direção ao circo. Dentro dele a luz tinha pouco efeito deixando com um tom sombrio, a clássica musica do circo tocava baixo. Aquele clássico cheiro de circo, cheiro de serragem, dominava todo o lugar. O lugar era bifurcado por diversos corredores, segui em um com uma placa apontando "palco principal". Os corredores tinham grandes paredes de lonas e o chão era todo de terra.

Depois de tanto correr pelo enorme corredor cheguei a um gigantesco lugar todo circular, rodeado de cadeiras e no meio um gigantesco palco. O palco tinha cortinas tampando por inteiro, escondendo a suposta atração. Fiquei abaixado, escondido, atras de uma cadeira. Quando der repente as luzes se apagaram, ouvi alguns gritos, simplesmente me abaixei mais e torci para que ninguém notasse minha presença. Uma enorme voz se ergueu:

– Respeitável publico! - A voz falava com toda intonação - Obrigado por virem em nosso espetáculo! Teremos atrações fatais - A voz falou com um tom de malicia - Os portões foram fechados e os que não entraram terão uma grande atração, a morte! - Um calafrio me dominou, será que Theo conseguiu entrar? - Antes de nosso espetáculo começar, precisamos nos preparar. Os preparativos estão em cima do palco, peguem antes do espetáculo começar, eles serão muito útil.

Uma luz vermelha intensa se acendeu, as cortinas do palco se abriram revelando várias armas, espadas, arcos, todo o tipo de arma. Os jogadores todos se levantaram correndo em direção ao palco, em um impulso levantei e corri também. Tinham vários meninos e meninas, todos jovens. Corri com toda velocidade, cruzando cadeiras, passando do lado de competidores, desviando de tudo e de todos. Aquela multidão de jovens correndo em direção as armas, tentando sobreviver, quando anunciaram que seria fatal não mentiram.

Alguns jogadores já tinham chegado a pilha, enquanto eu ainda subia no palco. Que a matança comece! Flechas, facas e todo o tipo de coisa passavam zunindo ao meu lado. Corria se esquivando, se esgueirando para não ser atingido. Jogadores ao meu lado caiam sem vida no chão atingidos, sangue espirrava molhando meu braço e a luz vermelha só fazia aquele holocausto ter um tom mais mortal. Enquanto corria pisava em poças de sangue e pulava corpos sem vida estendido ao chão. Um menino que voltava da pilha de armas com uma lança veio em minha direção, saquei minha besta e cravei uma flecha em seu peito. Naquele momento me sentia um robô, não ligava de matar e não tinha nenhum tipo de piedade ou dó. Meu extinto de sobreviver simplesmente gritava mais alto.

Finalmente consegui chegar até a pilha, abaixei e peguei a primeira arma que vi, uma espada. Comecei a correr para sair do palco, não conseguiria sobreviver se não saísse o mais rápido possível. Enquanto corria uma dor me dominou, minhas pernas quiseram ceder, porém eu continuei correndo. Olhei em minhas costas e tinha uma flecha cravada, escorrendo sangue.

Finalmente cheguei a beirada do palco, quando finalmente vou saltar algo se agarra em meus pés e eu desabo. Olho para trás e vejo que um garoto prendeu minhas pernas com uma corda e começou a me puxar em sua direção. Não conseguia pegar minha besta e nem a espada, comecei a me contorcer. Tentei agarrar o chão, porém ele me puxava cada vez mais forte em direção a sua maléfica feição. Seus olhos estavam petrificados em minha direção, me olhando assustadoramente e já prevendo minha morte. Porém aqueles seus grandes foram vitimas de um grupo que passou, eles agiam em sincronia enquanto um enfiava a faca, outro já segurava o garoto, cada um com sua função. O garoto começou a gritar, tentando golpear alguém sem sucesso. Sem ressentimento algum, pegaram uma faca, abriram o pulso do garoto e retiraram o chip. Enquanto o grupo corria, uma menina me encarava, me encarava novamente. Aquele grupo foi o mesmo que matou o garoto com a besta, aquele grupo salvou minha vida duas vezes no mesmo dia e a garota continuava me encarando. Naquele momento lembrei que a voz me disse no primeiro dia "Procure uma garota, ela vai te ajudar", parece que achei minha ajudante, a garota dos olhos cor de âmbar.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Finalmente juntos! Os dois protagonistas finalmente vão se encontrar, o que será que vai acontecer? Vão se apaixonar? Vão se odiar? Vão ser parceiros? Ou simplesmente vão ficar se cruzando? Resposta em breve nos novos capítulos da primeira fase :)
OBS: Se você leu da um "alô", os comentários de vocês são importantes para nós.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Do or Die" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.